Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Tubulações de IPCI Parte 1 Universidade Federal Rural do Semiarido – UFERSA Centro de Engenharias – C.E. / Departamento de Engenharia Civil Instalações Hidrosanitárias – AMB 1066 Aula 06: Instalações Prediais de Combate a Incêndio Prof. Dr. Adriano Gomes de Matos 1. Generalidades Prof. Dr. Adriano Gomes de Matos Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 1. Generalidades Uma instalação de combate à incêndio tem a função de salvaguardar bens e vidas humanas. Uma vida humana salva já justifica o custo. Como se trata de uma instalação à qual se espera nunca recorrer, existe uma tendência de desprezar-se a possibilidade do sinistro, o que, conscientemente ou não, procura justificar a economia com a execução de instalações inadequadas. A engenharia de prevenção de acidentes consagra especial importância ao estudo da chamada Proteção contra fogo. Para proteger contra o fogo, devem ser adotadas: Medidas de prevenção de incêndios Instalações de combate a incêndio Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 1. Generalidades 1.1. medidas de prevenção de incêndios Devem ser consideradas desde o projeto arquitetônico. O confinamento do incêndio pelo uso de portas corta-fogo; o uso de materiais incombustíveis; a previsão de saídas de emergência; instalações elétricas com dispositivos de segurança, etc. Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 1. Generalidades 1.2. Instalações de combate a incêndio Compreendem as que objetivam, detectar, informar onde se iniciou o incêndio e debelá-lo tão logo surja, evitando que se propague, restringindo, portanto, os prejuízos e impedindo pôr em risco a vida das pessoas. Neste capítulo, veremos apenas as instalações contra incêndios, ficando as medidas de prevenção para serem consultadas em obras e literaturas de Higiene e Segurança do Trabalho. As instalações contra incêndio no Brasil obedecem às normas da ABNT: NBR 13.714/1996 - Instalações Hidráulicas contra Incêndios. NBR 10.897/2004 – Proteção contra incêndio por chuveiro automático. NBR 14.100/1998 - Proteção contra Incêndio: símbolos gráficos para projetos. Instruções técnicas; Portarias Normas específicas (gás, subestação, etc.) Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 1. Generalidades Ao se projetar instalações contra incêndios, a principal condição para o êxito na extinção do fogo é a rapidez com que a instalação entra em funcionamento. Os primeiros minutos são decisivos. Não sendo combatido prontamente, é pouco provável que o corpo de bombeiros evite danos maiores, apesar de sua presteza. A instalação tem uma função secundária de auxiliar a ação dos bombeiros. 2. Classes de incêndio Prof. Dr. Adriano Gomes de Matos Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 2. Classes de Incêndio Classe A. Fogo em materiais comuns de fácil combustão com a propriedade de queimarem em sua superfície e profundidade, deixando resíduos. P.ex., madeira, tecidos, lixo comum, papel, fibras, etc. Classe B. Fogo em inflamáveis que queimam somente em sua superfície, não deixando resíduos, como óleos, graxas, vernizes, tintas, gasolina, querosene. Classe C. Fogo em equipamentos elétricos energizados (motores, geradores, transformadores, reatores, aparelhos de ar condicionado, TV’s, etc). Classe D. Fogo em materiais piróforos e suas ligas (magnésio, sódio, potássio, alumínio). Inflamam-se em contato com o ar ou produzem centelhas e até explosões quando pulverizados e atritados. 3. Natureza da Instalação Prof. Dr. Adriano Gomes de Matos Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 3. Natureza da Instalação A escolha da substância com a qual se irá apagar o incêndio, o tipo de instalação e o modo de executá-la dependem da natureza do material cujo incêndio se cogita debelar. Há materiais combustíveis cujo incêndio pode ser apagado com diversas substâncias, caso da madeira, mas há outros cujo incêndio só pode ser contido e apagado com produtos especiais, é o caso do álcool, solventes, gás liquefeito e outros. A tabela a seguir fornece elementos para a escolha dos meios de combate a incêndio em função dos produtos cujo incêndio deve ser extinto. Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 3. Natureza da Instalação Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 3. Natureza da Instalação 3.1. Água Abundante, baixo custo, com grande capacidade de resfriar os materiais, absorver calor e apagar incêndios. Formas de utilização: Jato (jato sólido ou jato denso): Mangueiras dos bombeiros (canhão), ligadas a hidrantes. Aspersão. Os SRINKLERS: A água pulverizada forma um chuveiro sobre o local do incêndio, e o vapor d’água formado com a água espargida constitui, por si, uma barreira à penetração do oxigênio. Emulsificação com água. Óleos combustíveis, lubrificantes, tintas, vernizes e alguns líquidos inflamáveis tornam-se incombustíveis por meio da formação de uma emulsão temporária com água sobre sua superfície. Pulverização ou nebulização. É recomendado para a proteção contra incêndio em gases liquefeitos derivados de petróleo, como propano, propileno e butano. Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 3. Natureza da Instalação 3.2. Espuma O sistema denominado espuma mecânica é aconselhável para líquidos inflamáveis, derivados de petróleo e solventes, e consiste no lançamento, sobre o local do incêndio, de considerável quantidade de espuma. Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 3. Natureza da Instalação 3.3. Gás Carbônico (CO2) É um gás inodoro e incolor 1,5 vezes mais pesado que o ar, mau condutor de eletricidade, que não é tóxico nem corrosivo, entretanto, pode causar morte por asfixia, cegar (se lançado nos olhos) e produzir queimaduras na pele pelo frio. Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 3. Natureza da Instalação 3.3. Gás Carbônico (CO2) O efeito produzido pelo CO2 na extinção dos incêndios decorre do fato de que ele substitui rapidamente o oxigênio do ar, fazendo com que o teor de oxigênio baixe a um valor com o qual a combustão não pode prosseguir. Ao ser liberado no ar, seu volume pode expandir-se 450 X. Tipografias, arquivos, filmotecas, bibliotecas, museus, caixas fortes, navios, etc. Recomenda-se seu emprego em: Centros de processamento de dados, instalações de computadores. Transformadores a óleo, geradores elétricos, equipamentos energizados. Indústrias químicas. Cabines de pintura. Tipografias, arquivos, filmotecas, bibliotecas, museus, caixas fortes, navios, etc. Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 3. Natureza da Instalação 3.4. Pó químico seco É fornecido em extintores portáteis com mangueiras de até 10m. Empregado em indústrias, refinarias, aeroportos, fábricas de produtos químicos, etc. O produto químico básico é o bicarbonato de sódio micropulverizado. 4. Combate a incêndio com água Prof. Dr. Adriano Gomes de Matos Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 4. Combate a incêndio com água A instalação de combate a incêndio com emprego de água pode ser feita por um dos seguintes sistemas de funcionamento: 5. Sistema automático Prof. Dr. Adriano Gomes de Matos Aula 06 – InstalaçõesPrediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 5. Sistema automático O sistema é dito automático quando o afluxo de água, ao ponto de combate ao incêndio, se faz independentemente de qualquer intervenção de um operador. Conforme o tipo, os dispositivos podem ser acionados quando se atinge determinada temperatura, ou ainda, na presença de fumaça. Os Sprinklers ou aspersores automáticos de água, também conhecidos como chuveiros automáticos; os pulverizadores e os sistemas de inundação. Simultaneamente ao acionamento do Sprinkler deve haver um sinal de alarme sonoro e luminoso. 6. Sistema sob comando Prof. Dr. Adriano Gomes de Matos Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 6. Sistema sob comando O afluxo de água ao local do incêndio é obtido mediante manobras de registros localizados em abrigos e caixas de incêndios. Os registros abrem e fecham os hidrantes (tomadas de incêndio) e permitem o uso das mangueiras. Esse sistema é utilizado de acordo com os códigos de segurança contra incêndio, que é exigido quando: i. A edificação possuir área construída superior a 750 m²; ii. A edificação ser classificada como risco “C”; iii. Tratar-se de estação coletora de petróleo com volume armazenado superior a 200 m³. Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 6 . S is te m a s o b c o m a n d o Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 6 . S is te m a s o b c o m a n d o Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 6. Sistema sob comando 6.1. Hidrante ou tomada de incêndio É o ponto de tomada d’água provido de registro de manobra e união tipo engate rápido. É colocado nas caixas de incêndio, juntamente com a mangueira e o esguicho. Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 6. Sistema sob comando 6.1. Hidrante ou tomada de incêndio Colocados na prumada da tubulação de incêndio em quantidade e locais tais que assegurem a possibilidade de combater o incêndio em qualquer ponto do pavimento onde se encontram, usando mangueiras de até 30 m de comprimento, i.e., usando dois lances de 15 m engatados. Acrescenta-se mais 10 m de alcance do jato d’água. Cada hidrante (instalação de risco médio) possui: Um registro de gaveta de 2 ½” ; Uma junta Storz de 2 ½” que permite a adaptação da mangueira do CB; Uma redução de 2 ½” para 1 ½” para permitir a adaptação da mangueira colocada na caixa de incêndio, e que é operada pelos moradores; Mangueira de 1 ½”, com junta, esguicho e requinte (bico) de ½”. Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 6. Sistema sob comando 6.2. Hidrante de passeio Instalado na canalização preventiva de incêndio, destinado à ligação da mangueira do carro do CB, permitirá o recalque da água da canalização pública para o prédio. O CB poderá conectar suas mangueiras nos hidrantes das caixas de incêndio. É protegido por tampão Storz. Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 6. Sistema sob comando 6.3. Hidrante de coluna É um hidrante de coluna, ligado à rede de abastecimento da municipalidade. Permite a ligação direta das mangueiras do CB ou do mangote de aspiração da bomba do carro do CB. Sua instalação compete ao órgão municipal encarregado pelo abastecimento de água. Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 6. Sistema sob comando 6.3. Hidrante de coluna Deverá haver um hidrante de coluna, no máximo, a 90 m de distância útil do eixo da fachada de cada edificação ou do eixo do lote. Exigido de acordo com a Tabela abaixo retirada do Anexo A da IT 34/2015: Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 6. Sistema sob comando 6.4. Mangueira de incêndio O comprimento das linhas de mangueira e o diâmetro dos requintes podem ser determinados de acordo com a tabela a seguir: As mangueiras devem ser guardadas em abrigos, junto ao respectivo hidrante, para facilitar seu uso imediato. Em cada abrigo, dois lances de mangueira de 15 m. O requinte adaptado à extremidade do esguicho tem a função de dar forma cilíndrica ao jato d’água. 7. Sistema sob comando com hidrante Prof. Dr. Adriano Gomes de Matos Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 7. Sistema sob comando com hidrante 7.1. Características gerais Consideremos primeiramente o caso de um edifício cuja instalação de combate a incêndio prevê caixas com hidrantes nos pavimentos. Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 7. Sistema sob comando com hidrante 7.1. Características gerais Na extremidade superior da coluna de incêndio existe uma válvula de retenção que impede a entrada da água no reservatório superior, quando o CB liga a mangueira da bomba do carro-tanque ao hidrante de passeio, recalcando a água até as caixas de incêndio nos andares. Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 7. Sistema sob comando com hidrante 7.1. Características gerais Essa reserva para incêndio é fixada pela legislação estadual e depende do tipo de prédio, do número de pavimentos e do sistema segundo o qual são alimentadas as colunas de descida da água, das quais derivam os ramais e sub-ramais que vão ter às peças de consumo. Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 7. Sistema sob comando com hidrante 7.1. Características gerais Uma tubulação, saindo do fundo de cada seção do reservatório superior, alimenta as colunas de incêndio que, em cada pavimento, servem às caixas de incêndio. Essas colunas, ao atingirem o teto do subsolo, ou o pavimento térreo, se não existir subsolo, se ligam a uma tubulação que segue até o passeio em frente ao prédio, onde é colocada uma caixa com um registro, chamada de hidrante de passeio ou de recalque. Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 7. Sistema sob comando com hidrante 7.1. Características gerais Sabemos que a reserva para incêndio deve ser feita nos reservatórios superior e inferior. Tal reserva, denominada Reserva Técnica para Incêndio – RTI, deve ser capaz de garantir o suprimento de água, no mínimo, durante meia hora, alimentando dois hidrantes que trabalhem simultaneamente em locais onde a pressão for mínima. Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 7. Sistema sob comando com hidrante 7.2. Bomba de Incêndio O emprego de uma bomba de incêndio de funcionamento automático decorre da conveniência e mesmo da necessidade de: i. Construir-se um reservatório superior de menor capacidade, cuja reserva para incêndio seja de apenas 50% do total de água necessária ao funcionamento de dois hidrantes simultaneamente. Este reservatório deve ter, no mínimo, 10.000 L de reserva para incêndio. Mesmo com sistema dotado de bomba, o reservatório inferior deverá ter capacidade total de, no mínimo, 120.000 L. Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 7. Sistema sob comando com hidrante 7.2. Bomba de Incêndio ii. Obter-se pressão mínima de 10 mca e máxima de 40 mca nos hidrantes. Dependendo do caso, a pressão mínima poderá ser fixada em 40 mca (instalações industriais,pátios de armazenamento, etc). Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 7. Sistema sob comando com hidrante 7.2. Bomba de Incêndio A pressão efetiva de 10 mca não será possível de se obter nos três últimos pavimentos superiores com o desnível existente entre o reservatório superior e as caixas de incêndio. Portanto, torna-se necessária uma bomba de incêndio (B) recalcando a água do reservatório inferior na própria tubulação de incêndio. de modo a se obter a pressão necessária ao jato, inclusive nos três pavimentos superiores. Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 7. Sistema sob comando com hidrante 7.2. Bomba de Incêndio Uma válvula de retenção (VR) impede que a água bombeada alcance o hidrante de passeio. Costuma-se, entretanto, quando existe bomba, executar a instalação de acionamento de modo que a mesma, pela atuação de uma válvula automática de controle, entre em ação logo que ocorra a abertura de um hidrante em qualquer dos andares, e então, a água para o combate a incêndio advirá do reservatório inferior. Quando na irrupção de um incêndio for possível o uso de caixas de incêndio abaixo do antepenúltimo pavimento, pode-se contar com a pressão proporcionada pela reserva de água na caixa superior. Esgotada esta, ligar-se-á a bomba de incêndio. Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 7. Sistema sob comando com hidrante 7.3. Carga de incêndio A carga de incêndio varia de acordo com a ocupação da edificação e com sua descrição e pode ser classificada de acordo com o Anexo A da IT-14/2015 do Estado de São Paulo. Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 7. Sistema sob comando com hidrante 7.3. Carga de incêndio Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 7. Sistema sob comando com hidrante 7.3. Carga de incêndio Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 7. Sistema sob comando com hidrante 7.3. Carga de incêndio Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 7. Sistema sob comando com hidrante 7.3. Carga de incêndio Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 7. Sistema sob comando com hidrante 7.3. Carga de incêndio . . . Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 7. Sistema sob comando com hidrante 7.3. Carga de incêndio Com o valor da carga de incêndio, pode-se definir a classificação do risco da edificação de acordo com a Tabela 2 da IT 14/2015: 8. Reserva Técnica Prof. Dr. Adriano Gomes de Matos Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 8. Reserva Técnica De acordo com o Código de Segurança e Prevenção Contra Incêndio e Pânico do Estado do Rio Grande do Norte, a capacidade dos reservatórios deverá ser suficiente para garantir o suprimento dos pontos de hidrantes, considerando-se em funcionamento simultâneo, durante o tempo de: i. 30 minutos nas áreas construídas até 20.000 m²; ii. 45 minutos nas áreas construídas de 20.001 até 30.000 m²; iii. 60 minutos nas áreas construídas de 30.001 até 50.000 m² e nas instalações de produção, manipulação, armazenamento ou distribuição de gases e líquidos combustíveis ou inflamáveis; iv. 90 minutos nas áreas construídas de 50.001 até 100.000 m²; v. 120 minutos para áreas construídas acima de 100.000 m². Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 8. Reserva Técnica A capacidade mínima de reserva para combate à incêndio será de 7.200 litros e pode ser calculada por: Onde: Q – Vazão (de acordo com a ocupação do risco); T – Tempo de utilização; H – Número de hidrantes funcionando simultaneamente. 𝑅 = 𝑄. 𝑇. 𝐻 Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 8. Reserva Técnica O número de hidrantes (H) variará de acordo com o risco da edificação, sendo: i. Para edificações classificadas nos riscos de ocupação “A” e “B” serão considerados 2 hidrantes funcionando simultaneamente; ii. Para edificações classificadas no risco “C”, será obedecido o seguinte critério: a) 2 hidrantes, quando instalados 2 a 5; b) 3 hidrantes, quando instalados 6 a 8; c) 4 hidrantes, quando instalados mais de 8. Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 8. Reserva Técnica As vazões e pressões do sistema de hidrantes são consideradas no bocal do esguicho, ligado a mangueira, e deverão obedecer ao disposto na imagem abaixo: (tabela 2) Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 8. Reserva Técnica Exemplo resolvido Calcular a reserva técnica de incêndio, vazão e pressão mínimas no hidrante mais desfavorável para um loja de calçados com 500 m² de área construída. 1º passo: Classificação do risco: Anexo A da IT-14/2015 do Estado de São Paulo. 500 MJ/m2 Risco Médio Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 8. Reserva Técnica Exemplo resolvido 2º passo: Determinação da vazão e pressão no hidrante mais desfavorável: Dessa forma, a vazão será de 250 L/min e pressão de 23 mca com esguicho de 16mm. Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 8. Reserva Técnica Exemplo resolvido 3º passo: Determinação da reserva técnica Risco “B”: uso simultâneo de dois hidrantes (H=2); Área construída de 500 m², portanto pertence ao grupo das edificações com área construída de até 20.000 m², logo o tempo de funcionamento (T) será de 30 minutos. Aplicando a fórmula, tem-se 𝑅 = 𝑄. 𝑇. 𝐻 𝑅 = 250 𝐿/min𝑥 30min 𝑥 2 𝑅 = 15.000 𝐿 9. Proteção por extintores Prof. Dr. Adriano Gomes de Matos Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 9. Proteção por extintores Na distribuição dos extintores de incêndio deverão ser considerados os riscos a proteger, devendo cada unidade extintora instalada garantir a extinção das possíveis classes de incêndio existentes na sua área de proteção; A densidade de extintores de incêndio por área construída será proporcional ao risco da edificação, sendo: i. Risco “A” – para cada 250 m² ou pavimento, um jogo de extintores para classes A, B e/ou C, colocados preferencialmente juntos, devendo-se ser observada a distância máxima a ser percorrida pelo operador, que é de 20 m; ii. Risco “B” – para cada 200 m² ou pavimento, um jogo de extintores para classes A, B e/ou C, colocados preferencialmente juntos, devendo-se ser observada a distância máxima a ser percorrida pelo operador, que é de 15 m; iii. Risco “C” – para cada 150 m² ou pavimento, um jogo de extintores para classes A, B e/ou C, colocados preferencialmente juntos, devendo-se ser observada a distância máxima a ser percorrida pelo operador, que é de 10 m. Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 9. Proteção por extintores Na edificação onde exista proteção por hidrantes, fica dispensado o critério da área coberta por unidade extintora, devendo ser atendida a distância máxima a ser percorrida pelo operador, de acordo com o risco específico; A localização das unidades extintoras deverá atender aos seguintes requisitos: i. No caso da edificação dispor de uma única unidade extintora, deverá ser instalada junto à entrada principal;ii. Os extintores não podem ser instalados nos degraus ou patamares intermediários das escadas; iii. No caso de mais de uma unidade extintora, uma delas deverá ser instalada junto a entrada principal, outro no acesso da escada, no caso do pavimento superior, e as unidades restantes distribuídas uniformemente internamente ao prédio ou pavimento; Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 9. Proteção por extintores iv. As instalações que constituírem risco isolado (central de gás, casa de máquinas, gerador, etc.), deverão estar protegidos por extintores específicos, além daqueles da proteção geral; v. Deverá estar instalado internamente à dependência quando a ocorrência do risco exigir a presença humana, e externamente quando não for; vi. Os extintores devem ter a sua parte superior no máximo a 1,60 m acima do piso, e possuir sinalização com indicação do tipo de extintor e telefone do Corpo de Bombeiros Militar. 10. Recomendações: sistema de hidrantes Prof. Dr. Adriano Gomes de Matos Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 10. Recomendações: Sistema de Hidrantes Os hidrantes da rede interna deverão ser distribuídos de forma que qualquer extremidade da área protegida possa ser alcançada considerando-se raio máximo de 30 metros, utilizando-se dois módulos de 15 metros de mangueira de incêndio; Na rede externa de hidrantes da edificação é permitida a utilização de dois módulos de 30 metros de mangueiras de incêndio, considerando o alcance do jato de 10 metros, ficando o raio de proteção por hidrante, estimado em sessenta metros; As mangueiras de incêndio deverão ser flexíveis, de fibra de nylon, revestidas internamente de borracha, capazes de suportar uma pressão mínima de teste de 20 Kgf/cm² dotadas de juntas de acoplamento tipo “storz” (engate rápido), e com lances de 15m ou 30m de comprimento; Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 10. Recomendações: Sistema de Hidrantes As mangueiras deverão estar acondicionadas na forma “aduchada” (dobradas ao meio e enroladas a partir da dobra, de forma que ambas as extremidades fiquem para fora da espiral), mantendo as juntas pré-conectadas ao registro e esguicho, a fim de facilitar o manuseio em caso de incêndio, apoiadas em suporte metálico ou estrados de madeira; Quando não for possível a instalação de abrigo de mangueiras no mesmo ponto do hidrante, este não poderá estar a uma distância superior a 5 metros, e em local de fácil acesso; Todos os hidrantes deverão obrigatoriamente estar equipados com um ou dois módulos de mangueiras (a depender do seu comprimento), um esguicho e uma chave de mangueira; Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 10. Recomendações: Sistema de Hidrantes As bombas de motor elétrico terão instalação independente da rede elétrica geral; As bombas serão de partida automática e dotadas de dispositivo de alarme sonoro que acuse o seu funcionamento; As bombas de recalque deverão funcionar em plena carga, no tempo máximo de 30 segundos após a partida, devendo dispor de ponto de teste instalado no barrilete, capaz de acionar o sistema; As tubulações utilizadas na rede de hidrantes serão em aço galvanizado, aço preto ou cobre, e terão diâmetro mínimo de 63 mm; Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 10. Recomendações: Sistema de Hidrantes No caso de edificações classificadas como industrial ou de uso especial diverso, o diâmetro mínimo será de 100 mm; As tubulações da rede de combate a incêndio que estiver aparente deverá ser pintada na cor vermelha. Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 11. Exercícios Exercício 11.1 Dimensionar a rede do sistema de hidrantes da figura considerando que a edificação seja uma joalheria e que os diâmetros de recalque e sucção são de, respectivamente, 63 mm (2 1/2”) e 75 mm (3”). Sabendo-se que os coeficientes “C” de Hazen-Williams para equação de perda de carga para tubulação e mangueira são, respectivamente, 120 e 140, e que o desnível entre o reservatório apoiado e o hidrante mais desfavorável é de 2 m. Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 11. Exercícios Exercício 11.1 1º passo: Classificação do risco: Anexo A da IT-14/2015 do Estado de São Paulo. 300 MJ/m2 Risco Baixo Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 11. Exercícios Exercício 11.1 2º passo: Determinação da vazão e pressão no hidrante mais desfavorável: Dessa forma, a vazão será de 180 L/min e pressão de 12 mca com esguicho de 16mm. Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 11. Exercícios Exercício 11.1 3º passo: Determinação dos comprimentos Comprimentos Reais: Tubulação de Sucção: Tubulação de Recalque: 𝐿𝑟 𝑠𝑢𝑐 = 1,94 + 0,95 + 1,31 𝐿𝑟 𝑠𝑢𝑐 = 4,2 𝑚 𝐿𝑟 𝑟𝑒𝑐 = 1,72 + 2,00 + 1,33 + 3,50 + 3,60 𝐿𝑟 𝑟𝑒𝑐 = 31,83 𝑚 +3,50 + 2,50 + 2,00 + 4,18 + 7,50 Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 11. Exercícios Exercício 11.1 3º passo: Determinação dos comprimentos Comprimentos Fictícios: Tubulação de Sucção: Tubulação de Recalque: Peça Qde Lequiv. Saída de canalização (3”) 1 2,2 Joelho 90º (3”) 1 2,5 Tê de saída lateral (3”) 1 5,2 SL 9,9 Peça Qde Lequiv. Tê passagem direta (2 ½”) 1 1,3 Joelho 90º (2 ½”) 8 16,0 Tê de saída lateral (2 ½”) 1 4,3 Reg. globo aberto (2 ½”) 1 21 SL 42,6 Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 11. Exercícios Exercício 11.1 4º passo: Determinação das perdas de carga: Tubulação de Sucção Tubulação de Recalque ∆𝐻𝑠𝑢𝑐 = 𝐽𝑠𝑢𝑐 . 𝐿𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑠𝑢𝑐 ∆𝐻𝑠𝑢𝑐 = 10,65. 𝐿𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑠𝑢𝑐. 𝑄 1,85. 𝐶−1,85. 𝐷−4,87 ∆𝐻𝑠𝑢𝑐 = 10,65. (9,9 + 4,2). 180 60.000 1,85 . 120−1,85. 75 1.000 −4,87 ∆𝐻𝑠𝑢𝑐 = 0,138 𝑚 ∆𝐻𝑟𝑒𝑐 = 𝐽𝑟𝑒𝑐 . 𝐿𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑟𝑒𝑐 ∆𝐻𝑟𝑒𝑐 = 10,65. 𝐿𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑟𝑒𝑐 . 𝑄 1,85. 𝐶−1,85. 𝐷−4,87 ∆𝐻𝑟𝑒𝑐 = 10,65. (42,6 + 31,83). 180 60.000 1,85 . 120−1,85. 63 1.000 −4,87 ∆𝐻𝑟𝑒𝑐 = 1,708 𝑚 Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 11. Exercícios Exercício 11.1 4º passo: Determinação das perdas de carga: Mangueira Considerar diâmetro de 38 mm com dois lances de 15 m. Esguicho 𝑘 =0,10 (𝑐𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑒𝑠𝑔𝑢𝑖𝑐ℎ𝑜 𝑡𝑟𝑜𝑛𝑐𝑜−𝑐ô𝑛𝑖𝑐𝑜) ∆𝐻𝑚𝑎𝑛 = 𝐽𝑚𝑎𝑛. 𝐿𝑚𝑎𝑛 ∆𝐻𝑚𝑎𝑛 = 10,65. 𝐿𝑚𝑎𝑛. 𝑄 1,85. 𝐶−1,85. 𝐷−4,87 ∆𝐻𝑚𝑎𝑛 = 10,65. (15 + 15). 180 60.000 1,85 . 140−1,85. 38 1.000 −4,87 ∆𝐻𝑚𝑎𝑛 = 6,071 𝑚 𝑄 = 𝐴. 𝑣 → 𝑣 = 𝑄 𝐴 = 18 60.000 𝜋. 16. 10−3 2 4 ⇛ 𝑣 = 14,92 𝑚/𝑠 ∆𝐻𝑒𝑠𝑔 = 𝑘𝑣2 2𝑔 = 0,1. (14,92)2 2.9,81 ⇛ ∆𝐻𝑒𝑠𝑔 = 1,135 𝑚 Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 11. Exercícios Exercício 11.1 5º passo: Determinação da Altura Manométrica Considerar diâmetro de 38 mm com dois lances de 15 m. Onde: Pmín = pressão mínima no hidrante mais desfavorável Hg = variação de altura geométrica entre reservatório e hidrante mais desfavorável. 𝐻𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = ∆𝐻𝑠𝑢𝑐 + ∆𝐻𝑟𝑒𝑐 + ∆𝐻𝑚𝑎𝑛 + ∆𝐻𝑒𝑠𝑔 + 𝑃𝑚í𝑛 ± 𝐻𝑔 𝐻𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 0,138 + 1,708 + 6,071 + 1,135 + 12 − 2 𝐻𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 19,052 𝑚𝑐𝑎 Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. AdrianoGomes de Matos 11. Exercícios Exercício 11.1 6º passo: Escolha da Bomba Htotal=19,052 mca Temos então a bomba Schneider BPI-22 de 5,5 cv (H=20 mca) Verificação se a vazão fornecida pela bomba atende ao sistema: 𝑄𝑏𝑜𝑚𝑏𝑎 = 29,4 𝑚3 ℎ × 1000𝐿 1𝑚³ × 1ℎ 60𝑚𝑖𝑛 = 490 𝐿 𝑚𝑖𝑛 ≥ 250 𝐿/𝑚𝑖𝑛 (OK!) Aula 06 – Instalações Prediais de Combate a Incêndio - IPCI Prof. Adriano Gomes de Matos 11. Exercícios Exercício 11.1 7º passo: Determinação da vazão e da pressão no hidrante mais desfavorável Pressão: Vazão: Fórmula geral para orifícios pequenos 𝑃 = 𝑃𝑚í𝑛 + ∆𝐻𝑚 𝑃 = 12 + (20 − 19,052) 𝑃 = 12,948 𝑚𝑐𝑎 𝑄 = 0,2046. 𝐷2 𝑚𝑚 . 𝑃 (𝑚𝑐𝑎) Τ𝐿 𝑚𝑖𝑛 𝑄 = 0,2046. 162 𝑚𝑚 . 12,948 𝑄 = 188,47 Τ𝐿 𝑚𝑖𝑛
Compartilhar