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ENGENHARIA QUÍMICA BEATRIZ Apª OLIVEIRA DE QUEIROZ (3608N) BRUNA MOREIRA BRANCO (3608N) DIEGO BUENO (3609N) DETERMINAÇÃO DA TENSÃO SUPERFICIAL PELO MÉTODO DA GOTA Trabalho feito para a disciplina de Laboratório de Reatores Químicos e Bioquímicos do curso de Engenharia Química do Centro Universitário Unifacvest. Profª. Tamara Zanette. Lages, 06 de Março de 2018 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA A tensão superficial (e a quantidade mais fundamental, energia livre superficial) exerce um papel importantíssimo na físico-química das superfícies. A tensão superficial ys de um líquido é definida muitas vezes como a força que atua ortogonalmente a qualquer segmento unitário imaginado na superfície do líquido (DUNCAN J. SHAW, 1975, p. 42). É mais conveniente definir tensão superficial e energia livre superficial como o trabalho necessário para aumentar a superfície em uma unidade de área, por um processo isotérmico e reversível. (DUNCAN J. SHAW, 1975, p. 42). A tensão interfacial yi de um líquido é definida muitas vezes como a força de contração por unidade de comprimento, ao longo do perímetro de uma superfície, se a superfície separa duas fases não gasosas (DUNCAN J. SHAW, 1975, p. 43). Existem alguns processos que precisam ter uma tensão superficial dos líquidos menor, com isso o uso dos tensoativos ou surfactantes é essencial. Os surfactantes ou tensoativos têm moléculas com cabeça polar e cauda apolar. A cabeça polar é hidrofílica e tem afinidade com as moléculas de água. A cauda apolar é hidrofóbica e, como tal, tem pouca ou nenhuma afinidade com as moléculas de água. Os surfactantes quando adicionados à água diminuem a sua tensão superficial, favorecendo o seu espalhamento (DUNCAN J. SHAW, 1975, p. 48). Para o Behring, J. L (2003), devido à presença do grupo lipofílico, que ocupa preferencialmente a superfície do líquido, diminuindo a força de coesão entre as moléculas do solvente e, consequentemente, diminuindo a tensão superficial. Entretanto, após saturar a superfície, a adição de novas moléculas de tensoativos tem pouco efeito sobre o valor da tensão superficial, principalmente após atingirem uma certa concentração crítica (CMC), onde se formam espontaneamente agregados moleculares de dimensões coloidais, chamados micelas. A CMC depende da estrutura dos tensoativos (tamanho da cadeia do hidrocarboneto) e das condições experimentais (força iônica, contra-íons, temperatura etc.), e as discussões sobre sua formação, funções e relações com aplicações industriais é de extrema importância. O método da gota foi proposto por Tate em 1864 e depois foi aprimorada por Harkins e Brown e Paddy e vários outros pesquisadores. O procedimento que é seguido nesse método é o seguinte: uma quantidade de gotas que cai de um tubo capilar que possua um valor conhecido de raio e que tenha um eixo vertical é pesada. Neste método utiliza-se uma estalagmômetro, porém para líquidos que possuem baixa volatilidade um equipamento simples, como a bureta, pode ser utilizado, sendo assim se pode regular através da quantidade de líquido o tempo de formação da gota. (LUZ, 2001). Figura 1 - Método do peso da gota Fonte: PILLING, S No exato momento de desprendimento, a força exercida pelo peso da gota (m.g) é equilibrada pela tensão superficial (g) multiplicada pela circunferência (2. .r) da gota π formada. Desta forma, a tensão superficial pode ser calculada pela medida da massa (m) de uma gota do líquido, ou mesmo, pelo volume da gota (V) e a densidade do líquido (r), de acordo com a Equação abaixo (BEHRING, J. L.; LUCAS, M.; MACHADO, C.; BARCELLOS, I. O., 2003). Na prática, o peso da gota obtido, é sempre menor que o peso da gota ideal. A razão disso pode ser observada na imagem abaixo, onde aproximadamente 40% do líquido que forma a gota permanece ligado ao tubo (SHAW, D. J. 1975). Figura 2 - Processo de formação da gota Fonte: PILLING, S A massa ideal de uma gota não é a mesma obtida experimentalmente, por isso existe a necessidade de corrigir o volume da gota pela introdução de um fator de correção (f), devido ao fato desta não se separar na forma esférica (BEHRING, J. L.; LUCAS, M.; MACHADO, C.; BARCELLOS, I. O., 2003). O fator de correção f e uma função do raio do tubo e do volume da gota. Estes valores estão tabelados: Tabela 1. Fator de correção para o método do peso da gota Fonte: (SHAW, D. J. 1975) O valor de V (volume), pode ser calculado através da fórmula da densidade, na qual se usará o valor da massa da gota obtida experimentalmente. Já na fórmula de tensão superficial utiliza-se a massa da gota ideal pois já está acrescido o fator de correção (f), consta abaixo a tabela da massa da gota de água que se desprende de tubos de diferentes diâmetros é abaixo a fórmula final de tensão superficial (DUNCAN J. SHAW, 1975). Tabela 2. Massa de uma gota de água que se desprende de tubos de diferentes diâmetros Fonte: (SHAW, D. J. 1975) (2)γ = m x g2 x π x r x f Onde: tensão superficial γ = m = massa de uma gota ideal g = aceleração da gravidade r = raio do tubo f = fator de correção Para auxílio nos cálculos para obtenção de tensão superficial temos abaixo as tabelas com a densidade da água a certas temperaturas, e o valor tabelado de tensão superficial da água para posterior comparação dos resultados. Tabela 3. Densidade da água e Tensão superficial da água em função da Temperatura T °C Densidade da água (g/mL) T °C Tensão superficial da água γ (dyna/cm) 20 0,99823 0 75,64 21 0,99702 5 74,90 22 0,99780 10 74,22 23 0,99757 15 73,05 24 0,99732 20 72,75 25 0,99707 25 71,97 26 0,99681 - - 27 0,99652 - - 28 0,99622 - - 29 0,99592 - - 30 0,99561 - - Fonte: CRC Handbook of Chemistry and Physics Gráfico 1. Tensão Superficial da água x temperatura INTRODUÇÃO A existência de forças de atração van der Waals de curto alcance entre as moléculas, responsáveis pela existência do estado líquido, é um fato bastante conhecido. Os fenômenos da tensão superficial e tensão interfacial são prontamente explicáveis em termos dessas forças. As moléculas situadas no interior de um líquido são, em média, sujeitas a forças de atração iguais em todas as direções, ao passo que as moléculas situadas, por exemplo, numa superfície de separação líquido-ar estão submetidas a forças de atração não-balanceadas ou não-equilibradas, do que resulta uma força em direção ao interior do líquido. O maior número possível de moléculas se deslocará da superfície para o interior do líquido; a superfície tenderá, por isso, a contrair-se espontaneamente. Isso também explica por que gotículas de um líquidoou bolhas de um gás tendem a adquirir uma forma esférica (DUNCAN J. SHAW, 1975, p. 42). O método da gota é, talvez, o mais convenientemente correto para se medir a tensão superficial de um gás-líquido ou líquido-líquido (interface). O procedimento é formar gotas do líquido no fim de um tubo, permitindo a queda dentro de um recipiente até que o suficiente tenha sido coletado, assim o peso da gota pode ser determinado corretamente. Esse método é muito antigo, com observações feitas por Tate (1864), para realizá-lo utiliza-se uma estalagmômetro, porém para líquidos que possuem baixa volatilidade um equipamento simples, como a bureta, pode ser utilizado, sendo assim se pode regular através da quantidade de líquido o tempo de formação da gota. (ADERJANE F. Lacerda, LUCIANA P. Santos, SILVIA M. A). Alguns processos precisam ter uma tensão superficial dos líquidos menor, com isso o uso dos tensoativos ou surfactantes é essencial. McBain sugeriu o comportamento aparentemente anômalo dos tensoativos, em diminuir a tensão superficial da água, poderia ser explicado em termos de formação de agregados organizados, ou micelas, dos íons de substâncias tenso-ativas, sendo as cadeias carbônicas lipofílicas orientadas para o interior da micela, deixando assim os grupos polares em contato com o meio aquoso. A concentração acima da qual a formação de micelas se torna apreciável é chamada de concentração micelar crítica (c.m.c) (DUNCAN J. SHAW, 1975, p. 54). Neste trabalho, testou-se o emprego de uma bureta comum para a obtenção das gotas, visando assim determinar a tensão superficial pelo método do peso da gota para água destilada e para uma solução de detergente e avaliar o efeito da adição de um tensoativo sobre a tensão superficial da água, obtendo assim resultados por meio dos cálculos para se fazer as comparações entre estes dois tipos de líquidos. OBJETIVOS Realizar um experimento em laboratório, com a finalidade de determinar a tensão superficial de líquidos puros e de soluções, pelo método da gota. Avaliar o efeito da adição de um tensoativo sobre a tensão superficial da água. MATERIAIS E REAGENTES Tabela 4. Materiais e reagentes utilizados na metodologia. Materiais Quantidade Reagentes Suporte Universal 1 Água destilada Bureta ( 25 mL) 1 Detergente Garra 2 - Béquer 1 - Erlenmeyer ( 250mL) 3 - Cronômetro 1 - Balança Analítica 1 - Paquímetro 1 - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Primeiramente posicionou-se as vidrarias, pesou-se os erlenmeyers com tampa, zerou-se a bureta com água destilada, que estava presa em um suporte universal com auxílio de uma garra, conforme figura abaixo. Figura 3: Aparelhagem para determinação de tensão superficial pelo método da gota. Abriu-se a torneira da bureta, ajustou a torneira para que formasse 1 gota por minuto aproximadamente (adotamos que o tempo foi de um minuto pelo método de arredondamento, pois obtivemos 50 segundos como tempo da primeira gota, e um minutos e quatro segundos para a segunda gota), recolheu-se 10 gotas de água no erlenmeyer 1 , repetiu-se o procedimento no béquer 3 gotejando somente 5 gotas. No béquer 2 foram recolhidas 5 gotas de solução de detergente e água, não conseguimos ajustar o tempo de uma gota por minuto mesmo após inúmeras tentativas, o procedimento foi realizado então com uma gota a cada 25 segundos. RESULTADOS E DISCUSSÃO Com a realização do experimento obtivemos os seguintes dados: Peso inicial (vazio com tampa) (g) Peso final (com tampa) (g) Peso da gota (total) (g) Peso de uma gota (g) Diâmetro interno (cm) Diâmetro externo (cm) Erlenmeyer 1 58,177 58,594 (10 gotas de água destilada) 0,417 (10 gotas de água destilada) 0,0417 0,23 0,26 Erlenmeyer 2 65,475 65,698 (10 gotas de solução de detergente e água destilada) 0,223 (10 gotas de solução de detergente e água destilada) 0,0223 0,22 0,25 Erlenmeyer 3 102,819 103,024 (5 gotas de água destilada) 0,205 (5 gotas de água destilada) 0,041 0,27 0,32 Através da subtração do peso final, do peso inicial do erlernmeyer, dividindo o resultado pelo número de gotas, temos a massa de uma gota; medido experimentalmente o diâmetro da bureta sendo este 0,0066 m, portanto o raio é 0,0033 m, e utilizando-se então das fórmulas e valores tabelados, temos: Cálculos Erlenmeyer 1 (10 gotas de água destilada) Dados: Peso de 1 gota = 0,0417g Densidade da água 25°C = 0,99707 g/mL d = m/v mL 0,99707 g = V 0,0417 g 0,0417gmL 0,99707 g.V = mL V = 0,0417 0,99707 V = 0,0418 mL V = 0,042 mL = r/V1/3 = 0,33 / (0,042)1/3 = 0,33/0,3476 = 0,949 = 0,95 f = 0,6034 (Valor tabela 1) Dados: Peso de 1 gota = 0,0417g Densidade da água 20°C = 0,99823 g/mL d = m/v mL 0,99823 g = V 0,0417 g 0,0417gmL 0,99823 g.V = mL V = 0,0417 0,99823 V = 0,04177 mL V = 0,042 mL f = 0,6034 (Valor tabela 1) Após obtido o valor do f, podemos calcular a tensão superficial da gota de água destilada a partir da fórmula (2): Cálculo da tensão superficial da gota de água destilada Dados: m = 0,091620 (Tabela 2) g = 9,81 m/s2 r = 0,0033 m γ = m x g2 x π x r x f γ = 0,091620 x 9,812 x 3,14 x 0,0033 x 0,6034 γ = 0,89879220,012504861 1, 7 γ = 7 8 dyna/cm2 γ = 7 Obtivemos 72 dyna/cm como valor de tensão superficial da gota de água destilada, valor este que se assemelha muito ao tabelado para 20°C e 25°C, os quais são respectivamente 72,75 e 71,97 dyna/cm. Cálculos Erlenmeyer 3 (5 gotas de água destilada) Dados: Peso de 1 gota = 0,041g Densidade da água 25°C = 0,99707 g/mL d = m/v mL 0,99707 g = V 0,041g 0,041gmL 0,99707 g.V = mL V = 0,041 0,99707 V = 0,0411mL V = 0,041 mL = r/V1/3 = 0,33 / (0,041)1/3 = 0,33/0,3448 = 0,957 = 0,96 f = 0,6034 (Valor tabela (1) para 0,95 (valor mais próximo do resultado)) Tendo obtido o mesmo valor de f, e sendo que as demais incógnitas são as mesmas utilizadas no cálculo do erlenmeyer 1 (10 gotas de água destilada), o valor de tensão superficial da gota de água é o mesmo para o erlenmeyer 3 (com 5 gotas de água destilada) sendo então: γ = 0,091620 x 9,812 x 3,14 x 0,0033 x 0,6034 2 dyna/cm γ = 7 Dados: Peso de 1 gota = 0,041g Densidade da água 20°C = 0,99823 g/mL d = m/v mL 0,99823 g = V 0,041g 0,041gmL 0,99823 g.V = mL V = 0,0410,99823 V = 0,041mL f = 0,6034 (Valor tabela 1) Para se descobrir o valor de tensão superficial da solução de água destilada e detergente, fez-se uma regra de três com os valores obtidos para água destilada, que serve para comparação: Cálculo Erlenmeyer 2 (10 gotas de solução de água destilada e detergente) Dados: Peso de 1 gota (água destilada) = ma = 0,0417 g Peso de 1 gota (solução de água destilada e detergente) = mb = 0,0223 g 71,87 dyna/cma γ = ?b γ = = 0,0417mb maγb γa , 223 x 71, 7 γ = 0 0 8 = / 0,04170,0223 0,0417 γb 71,87 , 02701 γ = 1 6 dyna/cm8, 3 γ = 3 4 Obtivemos 72 dyna/cm como valor de tensão superficial da gota de água destilada, valor este que se assemelha muito ao tabelado (Tabela para 20°C e 25°C, os quais são respectivamente 72,75 e 71,97 dyna/cm; já a tensão superficial da solução de detergente e água destilada dyna/cm. Podemos notar que o valor de tensão superficial da solução 8, 3 γ = 3 4 de detergente e água destilada diminuiu praticamente na metade, isso ocorre porque o detergente como surfactante baixa a tensão superficial da água. Isso ocorreu porque o detergente forma um filme superficial recobrindo toda a superfície do líquido, a tensão superficial da solução aquosa diminui então acentuadamente, até o ponto onde se inicia a formação das micelas. (Behring, J. L.; Lucas, M.; Machado, C.; Barcellos, I. O.) Em baixas concentrações a concentração de surfactante não é suficiente para a saturação da superfície, e a tensão superficial praticamente não é alterada. Quando presentes em soluções aquosas de baixas concentrações, as moléculas de surfactantes encontram-se na superfície da água, formando o filme superficial, ou no interior da solução, isoladas ou aos pares. Com o aumento da concentração formam-se as micelas, agregados de 50 ou mais monômeros, que adotam a forma esférica. Acima da CMC não existe um aumento significativo no número de partículas isoladas e, conseqüentemente, a força de coesão das moléculas da superfície é pouco modificada e não se observam mais efeitos significativos sobre a tensão superficial da solução. (Behring, J. L.; Lucas, M.; Machado, C.; Barcellos, I. O.) CONCLUSÃO O método do peso da gota se apresenta como uma técnica extremamente simples para a determinação da tensão superficial, pois, utiliza vidrarias comuns e a técnica envolve baixos custos. Vimos que alguns cuidados devem ser tomados para se minimizar erros, a temperatura é um fator que influencia a tensão superficial, e por isso é recomendado efetuar o experimento em locais com temperaturas entre 15 e 25 °C, os equipamentos devem ser bem posicionados e o operador deve manuseá-los com cuidado. Tivemos certa dificuldade em ajustar o tempo correto para cada gota, porém este erro não prejudicou o resultado dos cálculos, os quais ficaram dentro do esperado. Os resultados apresentados demonstram que técnicas fundamentadas em conceitos extremamente simples, onde a partir da prática podemos visualizar o que antes havíamos visto apenas na teoria, e as formulações matemáticas adquiriram sentido físico, podem fornecer resultados bastante precisos, e a partir da realização deste experimento pode-se notar as aplicações industriais dos surfactantes nos mais diversos setores produtivos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ADAMSON, Arthur W., Physical Chemistry of Surfaces. -6th. ed. - New York: John Wiley & Sons, 1997. ADERJANE F. Lacerda, LUCIANA P. Santos, SILVIA M. A., determinação Experimental da Tensão Superficial de Líqüidos Puros, Universidade Federal De Uberlândia,Faculdade De Engenharia Química. BEHRING, J. L.; LUCAS, M.; Machado, C.; BARCELLOS, I. O., Adaptação no método do peso da gota para determinação da tensão superficial: um método simplificado para a quantificação da CMC de surfactantes no ensino da química, Departamento de Química, Universidade Regional de Blumenau, Blumenau - SC. CRC HANDBOOK OF CHEMISTRY AND PHYSICS. Disponível em: http://hbcponline.com/faces/contents/ContentsSearch.xhtml;jsessionid=9E38D2F9015FD1F6 DC57C608F00BD354. Acesso em: 02 de março de 2018. DANIELS, Farrington et al. Experimental physical chemistry. - 7. ed. - New York : McGraw-Hill, 1970. LUZ, J. A. M; LIMA, R . M. F., Medida de tensão superficial . Disponível em: <http://mineralis.cetem.gov.br/bitstream/handle/cetem/1072/Cap%2027%20Tens%C3%A3o %20Superficial.pdf?sequence=1>, acessado em fevereiro de 2018. SHAW, D. J., Introdução da química dos colóides e de superfícies, Ed. Edgard Blücher Ltda, 1975. PILLING, S. Tensão Superficial de Líquidos. Univap SP. Disponível em: https://www1.univap.br/spilling/FQE1/FQE1_EXP5_TensaoSuperficialGota.pdf