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Resumo Objetiva-se, com esse trabalho debater sobre a importância do correto manejo da adubação na cultura da soja, tendo como base o uso racional dos adubos minerais. As pesquisam realizadas mostram de forma objetiva, informações, conceitos, tabelas e gráficos, ligados a fertilidade do solo. Apresenta-se, também os efeitos da nutrição mineral da planta de soja. Os métodos recorrentes a realização do trabalho dirige-se principalmente a pesquisas em artigos científicos, documentos da Embrapa Soja, dissertações, catálogos e livros. Conclui-se que através da adubação mineral racional, o produtor pode alcançar melhores produtividades e resultados econômicos, além da preservação da fertilidade dos solos. Palavras-chave: Fertilidade do solo. Macronutrientes. Micronutrientes. . Abstract The objective of this work is to discuss the importance of the correct management of fertilization in the soybean crop, based on the rational use of mineral fertilizers. The researched perform show objective, information, concepts, tables and graphs, linked to soil fertility. The effects of the mineral nutrition of the soybean plant are also presented. The recurring methods to carry out the work are mainly directed to research in scientific articles, Embrapa Soja documents, dissertations, catalogs and books. It is concluded that through rational mineral fertilization, the producer can achieve better yields and economic results, as well as the preservation of soil fertility. Key-words: Soil fertility. Macronutrients. Micronutrients. Sumário 1 Introdução ........................................................................................................... 5 2 Cultura da soja .................................................................................................... 6 3 Os adubos ou fertilizantes ................................................................................. 7 3.1 Classificação sob o ponto de vista químico................................................... 7 4 Necessidades nutricionais da soja ................................................................... 8 5 Adubação balanceada e equilibrada ................................................................. 9 6 Fatores que afetam a disponibilidade dos nutrientes ................................... 10 7 Mobilidade dos nutrientes no Solo ................................................................. 12 8 Macronutrientes – N, P, K, Ca, Mg e S ............................................................ 12 8.1 Nitrogênio (N) .................................................................................................. 12 8.1.1 Fatores que afetam a disponibilidade do nitrogênio ................................. 13 8.2 Fósforo (P) ....................................................................................................... 13 8.2.1 Fatores que afetam à disponibilidade do fósforo ...................................... 14 8.3 Potássio (K) ..................................................................................................... 15 8.3.1 Fatores que afetam à disponibilidade do potássio .................................... 15 8.4 Cálcio (Ca) ....................................................................................................... 15 8.4.1 Fatores que afetam à disponibilidade do cálcio ........................................ 16 8.5 Magnésio (Mg) ................................................................................................. 16 8.5.1 Fatores que afetam à disponibilidade do magnésio .................................. 17 8.6 Enxofre (S) ....................................................................................................... 17 8.6.1 Fatores que afetam à disponibilidade do enxofre ..................................... 18 9 Micronutrientes – B, Co, Cu, Fe, Mn, Mo, Ni, Zn, Cl ....................................... 18 9.1 Boro (B) ........................................................................................................... 18 9.1.1 Fatores que afetam a disponibilidade do boro .......................................... 19 9.2 Cobalto (Co) .................................................................................................... 19 9.2.1 Fatores que afetam a disponibilidade do cobalto ...................................... 19 9.3 Cobre (Cu) ....................................................................................................... 20 9.3.1 Fatores que afetam a disponibilidade do cobre ......................................... 20 9.4 Ferro (Fe) ......................................................................................................... 20 9.4.1 Fatores que afetam a disponibilidade do ferro .......................................... 21 9.5 Manganês (Mn) ................................................................................................ 21 9.5.1 Fatores que afetam a disponibilidade do manganês ................................. 21 9.6 Molibdênio (Mo) .............................................................................................. 22 9.6.1 Fatores que afetam a disponibilidade do molibdênio ............................... 22 9.7 Níquel (Ni) ........................................................................................................ 22 9.7.1 Fatores que afetam a disponibilidade do níquel ........................................ 23 9.8 Zinco (Zn)......................................................................................................... 23 9.8.1 Fatores que afetam a disponibilidade do zinco ......................................... 23 9.9 Cloro (Cl) ......................................................................................................... 24 10 Avaliação da fertilidade do solo ...................................................................... 24 10.1 Diagnose visual ............................................................................................... 24 10.2 Diagnose foliar ................................................................................................ 25 10.3 Análise química do solo ................................................................................. 25 11 Adubação de correção e adubação de manutenção ..................................... 25 12 Adubação fosfatada.......................................................................................... 26 13 Adubação potássica ......................................................................................... 26 14 Adubação com enxofre .................................................................................... 27 15 Adubação com micronutrientes ...................................................................... 27 15.1 Adubação com cobalto e molibdênio ........................................................... 27 15.2 Adubação com boro, cobre, manganês e zinco ........................................... 28 16 Agricultura de Precisão .................................................................................... 29 17 Considerações finais ........................................................................................ 30 18 Referências bibliográficas ............................................................................... 31 5 1 Introdução Sabe-se que, a agricultura moderna exige o uso de insumos em quantidades adequadas, de maneira a atender critérioseconômicos e ao, mesmo tempo, preservar o solo, possibilitando manter ou aumentar a produtividade das culturas. Com o crescimento da população mundial, maior que a produção agrícola, os produtores necessitam produzir mais e em menores áreas. Para isso, houve um intenso emprego de fertilizantes no campo nos últimos anos, visando o aumento da produção. Segundo pesquisas, os fertilizantes são fontes de nutrientes, as quais são elementos sem os quais as plantas não completam seu ciclo e morrem. Os nutrientes são divididos em nutrientes orgânicos (carbono, hidrogênio e oxigênio), que são provenientes do ar e da água, e nutrientes minerais (nitrogênio, fosforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre, ferro, manganês, cobre, zinco, molibdênio, boro) os quais devem ser fornecidos por meio da adubação quando os teores não são suficientes no solo para crescimento e desenvolvimento das plantas. A cultura da soja é bastante exigente em todas os macronutrientes essenciais. Para que os nutrientes possam ser eficientemente aproveitados por ela, devem estar disponíveis no solo em quantidades suficientes e equilibradas. A insuficiência ou desequilíbrio entre os nutrientes resultam em uma absorção deficiente de alguns e excessiva de outros. Nesse sentido, devido ao constante aumento do custo de produção, é preciso que se utilizem níveis mínimos de adubos minerais, que possibilitem melhores produtividades e um retorno econômico maior. Dessa forma, recomenda-se um acompanhamento da fertilidade do solo, com análises periódicas, ao produtor de soja, que procura fazer o uso racional de fertilizantes. Objetiva-se com esse trabalho, analisar aspectos relacionados a fertilidade do solo, dando ênfase principalmente sobre o uso racional e adequado de adubos no cultivo da soja no Brasil. Sendo abordado os macro e os micronutrientes de importância fundamental para essa cultura, a função que cada um deles desempenham na planta e as suas inter-relações. 6 2 Cultura da soja A soja (Glycine max L.) pertence à classe das dicotiledôneas, família leguminosa e subfamília Papilionoides. O sistema radicular é pivotante, com a raiz principal bem desenvolvida e raízes secundarias em grande número. Ricas em nódulo de bactérias Rhizobium japonicum fixadoras de nitrogênio atmosférico, segundo Embrapa (2011). É uma das culturas mais cultivadas no mundo, estando presente em quase todo o território brasileiro. É uma espécie de grande interesse socioeconômico, em função dos elevados tores de proteína (40%) e óleo (20%), da produtividade de grãos e da possibilidade de adaptação a ambientes diversos (RIBEIRO et al., 2016). Em 2004, o Brasil figurou como o segundo produtor mundial com produção de 50 milhões de toneladas ou 25% da safra mundial, montante menor que o de 2003, quando o País produziu 52 milhões de toneladas e participou com quase 27% da safra mundial, estimada em cerca de 200 milhões de toneladas em 2004. Estima-se que aproximadamente 10 milhões de toneladas ou 20% da safra brasileira de 2004 tenham sido perdidas. Na região Sul a perda ocorreu pela estiagem e na Região Centro-Oeste pelo excesso de chuvas e falta de controle da ferrugem asiática (EMBRAPA, 2004). Gráfico 1- Evolução da soja no mundo Fonte: Embrapa, 2004. 7 Nas últimas décadas ocorreu aumento significativo na produção da soja (Gráfico 2). O principal fator que propiciou o aumento na produção da soja foi o aumento expressivo na sua produtividade. Na década de 70, a produtividade da soja situava-se na faixa de 1,44 t/ha e nas últimas safras atingiu uma média ligeiramente superior a 3 t/ha. Vários fatores contribuíram para este aumento na produtividade, dentre os quais, utilização racional dos nutrientes (GRUPO BIO SOJA, 2014). Gráfico 2- Área cultivada, produção e produtividade da soja a partir da década de 60. Fonte: Caminhos da soja (2004). Com a constante elevação nos custos de produção, é imprescindível que os produtores rurais realizem um manejo nutricional mais adequado para maximizar os investimentos realizados na cultura da soja e otimizar o elevado potencial de produtividade das atuais cultivares. 3 Os adubos ou fertilizantes Segundo Alcarde, Guidolin e Lopes (1998), o adubo ou fertilizante é um produto mineral ou orgânico, natural ou sintético, fornecedor de um ou mais nutrientes vegetais. 3.1 Classificação sob o ponto de vista químico Fertilizantes minerais: são os fertilizantes constituídos de compostos inorgânicos (compostos desprovidos de carbono). São também considerados fertilizantes minerais aqueles constituídos de compostos orgânicos 8 (compostos que contêm carbono) sintéticos ou artificiais, como a ureia – CO(NH2)2, a calciocianamida e os quelatos. Os fertilizantes minerais se subdividem em três classes: a) Fertilizantes simples: são os fertilizantes constituídos fundamentalmente de um composto químico, contendo um ou mais nutrientes vegetais, quer sejam eles macro ou micronutrientes ou ambos. b) Fertilizantes mistos ou misturas de fertilizantes: são os fertilizantes resultantes da mistura de dois ou mais fertilizantes simples. c) Fertilizantes complexos: são misturas de fertilizantes resultantes de processo tecnológico em que se formam dois ou mais compostos químicos. São misturas produzidas com a participação de matérias primas (amônia – NH3, ácido sulfúrico – H2SO4, ácido fosfórico – H3PO4), as quais dão origem a compostos químicos como sulfato de amônio – (NH4)2SO4, fosfato monoamônico (MAP) – NH4H2PO4, fosfato diamônico (DAP) – (NH4)2HPO4. 4 Necessidades nutricionais da soja Segundo o Grupo Bio Soja (2014) a absorção dos nutrientes pela soja é influenciada por vários fatores, dentre os quais, as condições climáticas (chuvas e temperaturas), as diferenças genéticas entre as cultivares, os tratos culturais e a disponibilidade dos nutrientes no solo. Na Tabela 1 há a quantidade de nutrientes absorvidos e exportados pela soja para a produção de 1 t de grãos e 1 t de restos culturais. O nitrogênio é o nutriente exigido em maior quantidade pela soja e é fornecido na sua maior parte pela fixação biológica do nitrogênio. Para a produção de 1 t de grãos de soja são necessários cerca de 83 kg/ha de N. O potássio, o enxofre e o fósforo são respectivamente, o segundo, o terceiro e o quarto nutriente mais exigido pela cultura da soja. Em relação aos micronutrientes, o cloro é o mais absorvido pela soja seguido pelo ferro, manganês, boro e zinco. Tabela 1- Quantidade absorvida e exportada de nutrientes pela cultura da soja para uma produção de 1 t de grãos. 9 Fonte: Sfredo (2008). 5 Adubação balanceada e equilibrada A Lei do Mínimo proposta em 1840 pelo químico alemão Justus von Liebig, ilustra muito bem, a importância da nutrição equilibrada e balanceada nas culturas (Figura 1). Cada tábua do barril representa o teor disponível de um determinado nutriente no solo. Figura 1- Representação gráfica da Lei do Mínimo. Fonte: Google imagens, 2017. Na prática da adubação, a “Lei do Mínimo ou de Liebig”, explica que a produção é limitada pelo nutriente que se encontra em menor disponibilidade, mesmo que todos os outros estejam disponíveis em quantidades adequadas (LOPES e GUILHERME, 2000). Em relação à quantidade ou dose é fundamental levar também em consideração, principalmente no caso dos fertilizantes,a “Lei dos Incrementos Decrescentes”, que estabelece o seguinte: para cada incremento sucessivo da quantidade de fertilizante, ocorre um aumento cada vez menor na produção. 10 O agricultor não usa insumos com o objetivo apenas de aumentar sua produtividade (produção por unidade de área). O agricultor usa e deve usar insumos a fim de aumentar o seu lucro, ou seja, a relação benefício/custo. Para isso, o que interessa não é a busca da Produtividade Máxima (PM) mas a Produtividade Máxima Econômica (PME), isto é, o nível de produtividade que proporciona o maior lucro. Basicamente, a PME se fundamenta na redução dos custos e no aumento da produtividade (ALCARDE, GUIDOLIN e LOPES,1998). Figura 2- Relação entre a eficiência das adubações e a Produtividade Máxima Econômica (PME).PM = Produtividade Máxima. Fonte: Lopes e Guilherme, 2000. Portanto, o produtor precisa utilizar a análise de solo para a avaliação da disponibilidade dos nutrientes do solo e a análise foliar para o monitoramento do estado nutricional da soja. 6 Fatores que afetam a disponibilidade dos nutrientes A disponibilidade dos nutrientes à cultura da soja é afetada por diversos fatores. O pH do solo é o principal fator que afeta a disponibilidade dos nutrientes à soja. A maior disponibilidade dos nutrientes ocorre na faixa de pH entre 6,0 e 6,5 (Gráfico 3). Entretanto, o aumento no pH do solo reduz a disponibilidade dos micronutrientes, exceto o boro, cloro e molibdênio. 11 A maioria dos solos do Brasil, principalmente os solos de cerrado, apresenta reação ácida, com níveis tóxicos de alumínio ou de manganês, e com baixos teores de cálcio e de magnésio. A acidez de um solo é devida aos íons de hidrogênio livre (H+), gerados por componentes ácidos presentes nos solos, tais como fertilizantes nitrogenados e ácidos orgânicos. A acidez é corrigida com a neutralização dos H+ por ânions OH- (hidróxidos). Gráfico 3- Relação entre o pH e a disponibilidade dos nutrientes no solo Fonte: Broch e Ranno, 2011/2012. A correção da acidez é necessária para melhorar o aproveitamento dos fertilizantes e alcançar maior produtividade das culturas exploradas. Quando se eleva o pH do solo com o uso de corretivo, promove-se o aumento da disponibilidade de alguns nutrientes e, ao mesmo tempo, a insolubilização de outros, considerados tóxicos para as plantas, como alumínio e manganês, e também o aumento dos teores de cálcio e de magnésio, possibilitando dessa maneira a incorporação desses solos ao processo produtivo (PRIMAVESI e PRIMAVESI, 2004). A textura do solo influência na disponibilidade dos nutrientes às plantas. Nos solos argilosos ocorre maior fixação do P reduzindo a sua disponibilidade às culturas. Nos solos arenosos ocorre maior lixiviação dos nutrientes aniônicos (nitrato, sulfato, molibdato e boro) e do potássio. Em solos com altos teores de matéria orgânica com predominância de ácidos húmicos ocorrem a formação de complexos muito estáveis com os micronutrientes metálicos (Co, Cu, Fe, Mn, Ni e Zn) podendo induzir deficiências nas culturas. 12 Em solos compactados ocorre menor difusão do P, Zn, Mn e K reduzindo a absorção destes nutrientes pela soja. 7 Mobilidade dos nutrientes no Solo O movimento de nutrientes no solo varia muito e influencia grandemente a sua disponibilidade para as plantas. O conhecimento sobre a mobilidade de nutrientes no solo é muito importante do ponto de vista da disponibilidade de nutrientes ao decidir os métodos, tempo e frequência das fontes de nutrientes. Com base na sua mobilidade no solo, os nutrientes podem ser categorizados como: móveis, parcialmente móveis e imóveis. Os nutrientes móveis são altamente solúveis e sua grande fração é encontrada na solução do solo. Devido à sua alta mobilidade, tornam-se prontamente disponíveis para as plantas e podem ser perdidos por lixiviação (NO3-, SO42-, Cl- e H3BO3-). Por outro lado, os menos móveis, também são solúveis, mas são encontrados em menor quantidade na solução do solo como eles são adsorvidos em complexos de argila e facilmente ser liberado na solução do solo. Sua disponibilidade para plantas é moderada (NH4+, K+, Ca2+, Mg2+ e MoO42-). Quanto aos nutrientes imóveis, estes nutrientes são muito fortemente mantidos pelas partículas do solo e não são facilmente liberados na solução do solo. Portanto, a disponibilidade para plantas é baixa (Fe2+, Mn2+, Zn2+, Ni2+, Cu2+, HPO42- e H2PO4. 8 Macronutrientes – N, P, K, Ca, Mg e S A seguir, o Grupo Bio Soja (2014) ressalta sobre os fatores que afetam a disponibilidade de cada nutriente em especifico. 8.1 Nitrogênio (N) O N pode ser absorvido como amônio e nitrato. A forma predominante é a de nitrato e, quando isso acontece, o NO3- deve ser reduzido a NH4+ para o N ser transformado em aminoácidos e proteínas. Nas leguminosas, contudo, o nitrogênio atmosférico é fixado simbioticamente em amônia nos nódulos radiculares e, transportado como íon amônio. Para uma eficiente fixação biológica, há a necessidade da presença de molibdênio e cobalto. É um nutriente bastante móvel no floema, provocando sintomas de deficiência, inicialmente, nas partes mais velhas da planta (SFREDO, 2008). 13 Fixação biológica do nitrogênio (FBN) - É a principal fonte de N para a cultura da soja. Bactérias do gênero Bradyrhizobium, quando em contato com as raízes da soja, infectam as raízes, via pelos radiculares, formando os nódulos. A FBN pode, dependendo de sua eficiência, fornecer todo o N que a soja necessita (EMBRAPA, 2008). A deficiência de nitrogênio na planta reduz o crescimento e produção, caracterizando se por clorose generalizada e uniforme, folhas pequenas e senescência prematura. A ausência deste elemento provoca várias alterações no metabolismo, reduzindo o crescimento e tornando a planta raquítica (CHEPOTE et al., 2013). 8.1.1 Fatores que afetam a disponibilidade do nitrogênio A disponibilidade do N à soja está diretamente relacionada com os fatores que afetam a atividade dos microrganismos e a dinâmica deste nutriente nos solos. Os solos com baixo teor de matéria orgânica têm menor reserva de N orgânico e tem menor disponibilidade de N às plantas. As regiões com alta precipitação pluviométrica aumentam a probabilidade de perdas de N por lixiviação reduzindo a sua disponibilidade às plantas. As estiagens prolongadas reduzem a mineralização do N orgânico reduzindo a disponibilidade do nutriente às plantas. Ocorre também redução no crescimento das raízes das plantas reduzindo a sua capacidade de absorção do N do solo. O solo com acidez elevada tem menor atividade dos microrganismos do solo proporcionando menor mineralização do N orgânico. 8.2 Fósforo (P) O fósforo é absorvido, predominantemente, na forma iônica, como H2PO4-. O ácido fosfórico (H3PO4), forma, por dissociação, três espécies iônicas: H2PO4-, HPO4- 2 e PO4-3. A primeira é a forma predominante na faixa de pH 4,0 a 8,0, na qual se desenvolvem a maioria das plantas (MILANESI, 2015). O teor de P total dos solos tropicais situa-se entre 200 e 3.000 mg/kg de P, equivalente a 400 a 6.000 kg/há de P2O5. O P no solo encontra-se na solução do solo e na fase sólida. O teor de P da solução do solo é muito baixo e está em equilíbrio com o P da fase sólida. 14 A maior parte do P do solo encontra-se na fase sólida e é dividida em P-lábil e P-não lábil. O P-lábil é aquele que está adsorvido aos coloides minerais e orgânicosdo solo, mas em equilíbrio com o P da solução do solo, podendo ser considerado como disponível às plantas. O P-não lábil é o P precipitado em compostos insolúveis com o Ca, Fe e Al ou adsorvido em sítios de elevada energia e deste modo, o seu aproveitamento pelas plantas é incerto. O principal papel do P, na fisiologia da planta, é fornecer energia para reações biossintéticas e para o metabolismo vegetal. Havendo deficiência, o P não metabolizado no vacúolo pode sair da célula, sendo direcionado para os órgãos mais novos da planta. Esse nutriente apresenta fácil mobilidade no interior da planta e, por isso, os sintomas de deficiência aparecem, em primeiro lugar, nas partes mais velhas, que apresentam coloração verde azulada e menor crescimento (SFREDO, 2008). Na deficiência de fósforo, as plantas apresentam crescimento reduzido, baixa inserção de vagens e folhas mais velhas com coloração verde azulada. 8.2.1 Fatores que afetam à disponibilidade do fósforo A disponibilidade do P à soja é reduzida pela retenção do P nos solos e é conhecida como “fixação”. Várias propriedades do solo afetam a fixação do P sendo as mais importantes: pH, textura, tipo e quantidade de coloides (minerais de argilas e húmus) e quantidade de outros ânions que podem competir com o íon fosfato pelos sítios de adsorção, por exemplo, sulfato e silicato. A fixação do P é afetada pelo pH do solo. A maior disponibilidade do P ocorre na faixa de pH entre 6,0 a 6,5. Em solos ácidos, o P é precipitado pelos íons Fe e Al e é adsorvido nos oxidróxidos de Fe e de Al formando fosfatos pouco solúveis. Em solos alcalinos, a reação do P ocorre com o Ca formando o fosfato tricálcio com baixa solubilidade em água. A fixação do P também é influenciada pelo teor de argila do solo. Quanto maior o teor de argila do solo, maior é a fixação do fósforo. Em solos compactados ocorre menor difusão do P reduzindo a absorção pela soja. Os solos com menor teor de umidade têm redução na disponibilidade do P às plantas (menor difusão e menor crescimento das raízes). Em solos com excesso de umidade ocorre redução no crescimento das raízes ocasionando menor absorção de P pelas plantas. 15 8.3 Potássio (K) O potássio é absorvido, ou retirado do solo, pelas plantas, forma iônica (K+). Ao contrário do nitrogênio e do fósforo, o potássio não forma compostos orgânicos nas plantas. Sua função principal parece estar ligada ao metabolismo. Ele está envolvido em vários processos nas plantas. O potássio é vital para a fotossíntese. Quando o teor de potássio é deficiente, a fotossíntese diminui e a respiração das plantas aumenta. Estas duas condições de deficiência de potássio, redução na fotossíntese e aumento na respiração, diminuem o suprimento de carboidratos para as plantas (LOPES, 1998). O K é um nutriente móvel no floema da soja. Portanto, os sintomas de deficiência do K na soja ocorrem inicialmente nas folhas velhas. Inicialmente, ocorre clorose nas bordas das folhas velhas da soja. Com o agravamento da deficiência, a clorose progride para uma necrose nas bordas e pontas das folhas da soja. Posteriormente, a necrose atinge a base das folhas até a necrose total. Ocorre redução no tamanho e no peso das sementes da soja. Os grãos da soja tornam-se enrugados e deformados reduzindo o vigor e o poder germinativo. Pode ocorrer haste verde ou retenção foliar. As folhas da soja permanecem verdes e o grãos maduros. 8.3.1 Fatores que afetam à disponibilidade do potássio A disponibilidade do K à soja é afetada pelo pH do solo. Quanto maior o pH do solo, maior a disponibilidade de K à cultura da soja. Os solos com desequilíbrios nos cátions básicos (altos teores de Ca e/ou Mg e baixos teores de K) apresentam menor disponibilidade de K à cultura da soja. Em solos arenosos com baixa CTC localizados em regiões com alta precipitação podem ocorrer perdas de K por lixiviação para as camadas mais profundas, reduzindo a sua disponibilidade à cultura da soja. 8.4 Cálcio (Ca) O teor de cálcio em plantas varia geralmente entre 0,5 e 3,0% na matéria seca da planta. A absorção de cálcio ocorre na forma de Ca2+ da solução do solo. O cálcio pode ser absorvido apenas na região da coifa de raízes jovens. A presença de outros cátions como K+ e NH4 + na solução do solo suprime a absorção de cálcio pelas raízes 16 das plantas. O cálcio desempenha um papel muito importante no alongamento das células e na divisão celular. O cálcio é um constituinte dos pectatos de cálcio, que são constituintes importantes da parede celular que também estão envolvidos na manutenção de biomembranas (RICHART e KOTZ, 2017). Sintomas de deficiência de cálcio (Ca) nas plantas: Diminuição acentuada no porte da planta, caracterizando sintoma de planta raquítica. Os sintomas são mais visíveis nas folhas mais novas porque o Ca é um elemento pouco móvel no floema. Necrose nas regiões meristemáticas jovens, como o ápice das raízes e de folhas jovens nas quais a divisão celular e a formação de parece celular são mais rápidas. As folhas de milho apresentam maior intensidade visual do verde na deficiência de Ca pelo fato do crescimento ser mais afetado do que a síntese de clorofila, resultando em uma maior concentração desta nos tecidos (VIECELLI, TATIM, RAUBER, MOMBACH, MOREIRA, CECLUSKI, 2017). 8.4.1 Fatores que afetam à disponibilidade do cálcio A disponibilidade do Ca às plantas é afetada pelo pH do solo. A maior disponibilidade do Ca ocorre em pH entre 6,0 a 6,5. Nos solos com desequilíbrio entre os cátions básicos (altos teores de Mg2+ e/ou K+ e baixos teores de Ca2+) ocorre redução na disponibilidade do Ca à cultura da soja. 8.5 Magnésio (Mg) É absorvido como Mg2+, sendo fortemente influenciado pela presença de K+ e de Ca2+ no meio. O Mg corresponde a 2,7% do peso da clorofila, fazendo parte na sua composição química (50% de Mg contido nas folhas estão no cloroplasto), sendo fundamental nos processos de fotossíntese. A clorofila é o único composto estável, abundante nas plantas, que contém um átomo de Mg não dissociável (SFREDO, 2008). O Mg é um nutriente móvel no floema das plantas. Portanto, os sintomas de deficiência do Mg na soja ocorrem inicialmente nas folhas velhas. As folhas mais velhas mostram uma clorose internerval (amarelo-claro) e as nervuras permanecem com uma coloração verde-pálido. 17 A deficiência do Mg reduz a fotossíntese da soja causando diminuição da síntese dos fotoassimilados e comprometendo a produtividade da cultura. Ocorre redução no desenvolvimento do sistema radicular. 8.5.1 Fatores que afetam à disponibilidade do magnésio A disponibilidade do Mg às plantas é afetada pelo pH do solo. A deficiência de Mg ocorre em solos com pH em água menor que 5,4. Nos solos com desequilíbrio entre os cátions básicos (altos teores de Ca2+ e/ou K+ e baixos teores de Mg2+) ocorre redução na disponibilidade do Mg à cultura da soja. A saturação de magnésio nos solos mais adequada à cultura da soja em solos com CTC menor que 8 cmolc /dm3 situa-se na faixa de 13 a 18%. Nos solos com CTC maior que 8 cmolc /dm3, a saturação de magnésio mais adequada é de 13 a 20%. As relações do Mg com o Ca e K nos solos mais adequada à cultura da soja são variáveis conforme a CTC. Em solos com CTC menor que 8 cmolc /dm3, a relação Ca/Mg e Mg/K mais adequada à cultura da soja é de 1 a 2 e de 5 a 10, respectivamente. Em solos com CTC maior que 8 cmolc /dm3, a relação Ca/Mg e Mg/K mais adequada à cultura da soja é de 1,5 a 3,5 e de 3 a 6, respectivamente. 8.6 Enxofre (S) O S é absorvido pelas raízes na formade sulfato, podendo ser absorvido pelas folhas na forma de S02 da atmosfera, sendo a primeira a fonte mais importante de enxofre. A falta de sulfato no meio ativa o sistema de alta afinidade para o S042- na membrana plasmática da raiz, podendo resultar em aumentos de até 500 vezes na absorção de S042-, dependendo da espécie de planta. Quanto à mobilidade no floema, diferente do N, o S é mais móvel e uniformemente distribuído nas folhas velhas e novas (FURLANI, 2004). O S é um nutriente com baixa mobilidade no floema da soja. Portanto, os sintomas de deficiência do S ocorrem inicialmente nas folhas mais novas da soja. Ocorre uma clorose geral das folhas novas, incluindo as nervuras, que de verde-pálido passam a amarelo, similar ao do N. Redução no porte e no florescimento da soja. O caule torna-se delgado e fraco e as plantas ficam muito susceptíveis ao acamamento. 18 8.6.1 Fatores que afetam à disponibilidade do enxofre De forma similar ao N, a principal fonte natural de S à soja é a matéria orgânica e os fatores que afetam a sua dinâmica nos solos influenciam na disponibilidade deste nutriente à cultura da soja. Os solos com baixo teor de matéria orgânica têm menor reserva de S orgânico e tem menor disponibilidade de S às plantas. As regiões com alta precipitação pluviométrica aumentam a probabilidade de perdas de S por lixiviação reduzindo a sua disponibilidade às plantas. As estiagens prolongadas reduzem a mineralização do S orgânico reduzindo a disponibilidade do nutriente às plantas. Ocorre também redução no crescimento das raízes das plantas reduzindo a sua capacidade de absorção do S do solo. Os solos com acidez elevada têm menor atividade dos microrganismos do solo proporcionando menor mineralização do S orgânico. 9 Micronutrientes – B, Co, Cu, Fe, Mn, Mo, Ni, Zn, Cl Segundo Gaspar H. Korndörfer, no Brasil, sintomas de deficiência em micronutrientes são raros, devido principalmente a acidez dos solos. Os micronutrientes mais necessários à cultura da soja são: zinco, manganês, molibdênio e boro, pois tanto a deficiência quanto o excesso destes elementos podem afetar drasticamente a produção. 9.1 Boro (B) O boro está presente principalmente numa forma não dissociada na solução do solo. A absorção de boro ocorre na forma de H3BO3. O boro é considerado relativamente imóvel nas plantas. Não é um componente de enzimas ao contrário de muitos outros nutrientes essenciais. Boro desempenha um papel importante no metabolismo de ácidos nucleicos, metabolismo de proteínas, fotossíntese, biossíntese de carboidratos e na estabilidade da membrana celular. A uracila é um componente essencial do RNA e, na sua ausência, os ribossomos não podem ser formados, o que afeta a síntese de proteínas. O boro está muito intimamente envolvido na síntese de uracila. Nos tecidos meristemáticos, a síntese de proteínas, síntese de RNA e formação de ribose são processos muito importantes que são influenciados pelo boro e, portanto, o teor de boro afeta o crescimento meristemático (RICHART e KOTZ, 2017). 19 A toxicidade de B caracteriza-se pelo aparecimento de manchas pardas nos bordos das folhas, progredindo para a necrose das margens e pontuações internervais, o encarquilhamento das folhas mais velhas, encurtando os internódios e causando a morte da gema apical. 9.1.1 Fatores que afetam a disponibilidade do boro A disponibilidade do B à soja é afetada pelo pH do solo. A maior disponibilidade do B às plantas ocorre na faixa de pH entre 5 e 7. As altas precipitações pluviométricas causam lixiviação do B e reduzem a sua disponibilidade às plantas principalmente em solos de textura arenosa. As secas prolongadas reduzem a disponibilidade do B e podem induzir deficiência nas culturas. Ocorre menor decomposição da matéria orgânica, principal fonte natural de B nos solos tropicais. Além disso, ocorre também redução no crescimento das raízes das plantas reduzindo a sua capacidade de absorção do B do solo. 9.2 Cobalto (Co) O cobalto é um nutriente absorvido pelas raízes como Co2+, considerado móvel no floema. Contudo, quando aplicado via foliar, é parcialmente móvel. O Co é essencial para a fixação do N2 através de bactérias, pois participa na síntese de cobamida e da leghemoglobina. Os nódulos com o rizóbio necessitam de Co para sintetizar a vitamina B12, como a enzima cobamida. Portanto, deficiência de Co pode ocasionar deficiência de nitrogênio na soja, devido à baixa fixação simbiótica. Sua deficiência causa clorose total, seguida de necrose nas folhas mais velhas, devido à deficiência de nitrogênio O excesso de Co diminui a absorção de ferro, motivo pelo qual os sintomas de toxicidade de Co são semelhantes aos de deficiência de ferro, com folhas cloróticas na parte superior das plantas e atrofiamento das plantas. 9.2.1 Fatores que afetam a disponibilidade do cobalto A disponibilidade do Co às plantas é afetada pelo pH do solo. Quanto maior o pH do solo, menor é a disponibilidade do Co às plantas. Os solos com alto teor de matéria orgânica possuem menor disponibilidade de Co podendo induzir deficiência nas culturas. Ocorre formação de complexos muito estáveis do Co com as substâncias húmicas notadamente os ácidos húmicos. 20 9.3 Cobre (Cu) A absorção é na forma de Cu2+, a qual é inibida por altas concentrações de P, Zn, Fe e Mn. Plantas deficientes em Cu mostram menor síntese de proteínas e diminuição na atividade fotossintética, uma vez que este nutriente é ativador de enzimas que participam do transporte eletrônico terminal da respiração e da fotossíntese (plastocianina). Os sintomas de deficiência ocorrem nos tecidos mais novos, devido à sua baixa mobilidade na planta. Sua deficiência causa redução no crescimento da planta, as folhas mais novas assumem a cor verde-acinzentada ou verde azulada e há, também, a redução no crescimento das plantas pelo encurtamento dos internódios (SFREDO, 2008). Sua toxicidade causa aparecimento de pontos necróticos nas bordas dos folíolos, das folhas mais velhas, que progridem para as mais novas. 9.3.1 Fatores que afetam a disponibilidade do cobre A disponibilidade do Cu às plantas é afetada pelo pH do solo. Quanto maior o pH do solo, menor é a disponibilidade do Cu às plantas e dependendo do teor do micronutriente no solo pode causar deficiências nas culturas. Os solos com alto teor de matéria orgânica possuem menor disponibilidade de Cu podendo induzir deficiência nas culturas. Ocorre formação de complexos muito estáveis do Cu com as substâncias húmicas, notadamente os ácidos húmicos. Os altos teores dos demais micronutrientes catiônicos (Fe, Mn e Zn) no solo reduzem a disponibilidade de Cu às plantas (inibição competitiva). 9.4 Ferro (Fe) O ferro é essencial para a síntese da clorofila e entra na composição de algumas proteínas envolvidas em processos de oxidação como componente organometálico; é também constituinte de enzimas ligadas a respiração. O ferro pode ser absorvido pelas plantas nas formas di e trivalente, mas a primeira é que parece ser metabolicamente ativa, pois tecidos com alto teor de Fe3+ podem mostrar deficiência deste elemento. É pouco móvel na planta, apresentando sintomas de deficiência nas folhas novas que se tornam pequenas e cloróticas entre as nervuras. A carência de ferro 21 reduz o crescimento vegetativo, diminuindo desta maneira a produção e em casos agudos verifica-se a seca dos ramos e morte da planta (CHEPOTE et al., 2013). Em solos mal drenados, o excesso de chuva pode induzir à toxicidade de Fe, ao aumentar a redução desse elementono solo, por falta de aeração, pela maior disponibilidade de Fe2+ e, consequentemente, aumentando a absorção pela planta. 9.4.1 Fatores que afetam a disponibilidade do ferro A disponibilidade do Fe às plantas é afetada pelo pH do solo. Os solos com pH na faixa ácida têm maior disponibilidade de Fe às plantas. Os solos com alto teor de matéria orgânica possuem menor disponibilidade de Fe podendo induzir deficiência nas culturas. Ocorre a formação de complexos muito estáveis do Fe com as substâncias húmicas notadamente os ácidos húmicos. Entretanto, nas condições brasileiras é rara a deficiência de Fe induzida pelas substâncias húmicas. Altos teores de Cu e Mn no solo reduzem a disponibilidade de Fe à cultura da soja. Os solos com alto teor de fósforo podem induzir deficiência de Fe na soja. 9.5 Manganês (Mn) De acordo com Sfredo (2008) é absorvido como Mn2+ e transportado no xilema na forma iônica, devido à pouca estabilidade dos quelatos de Mn. As funções do Mn2+ lembram as do Mg2+. Sua deficiência causa clorose em tons amarelo-esverdeados das folhas mais novas entre as nervuras e as nervuras de cor verde-escura. Sua toxicidade aparece inicialmente, também em folhas jovens, caracterizado por encarquilhamento dos folíolos e pontos necróticos de coloração marrom-escura no limbo foliar. 9.5.1 Fatores que afetam a disponibilidade do manganês A disponibilidade do Mn às plantas é afetada pelo pH do solo. O aumento de uma unidade de pH no solo provoca uma redução de 100 vezes na atividade do Mn na solução do solo. Os solos com alto teor de matéria orgânica têm menor disponibilidade de Mn às plantas pela formação de complexos muito estáveis com este micronutriente principalmente quando ocorre predomínio da fração húmica. 22 O teor de umidade também afeta a disponibilidade do Mn às plantas. Os solos com maior teor de umidade (ambiente redutor) têm maior disponibilidade do Mn. As estiagens prolongadas reduzem a disponibilidade do Mn às plantas. Ocorre oxidação do Mn2+ para formas não disponíveis (Mn3+ e Mn4+). Os solos com alto teor de Fe têm redução na disponibilidade de Mn às plantas (inibição competitiva). 9.6 Molibdênio (Mo) É um constituinte essencial do sistema da redutase do nitrato, isto é, da conversão do nitrato absorvido em nitrito. O molibdênio é absorvido na faixa de pH 5 – 6 na forma de MoO4-2 e transportado, via xilema, nessa forma. É o principal ativador do metabolismo de nitratos e da fixação do nitrogênio atmosférico por microrganismos. De maneira contrária aos demais micronutrientes, sua deficiência na planta relaciona- se com a elevação do pH do solo. Sua disponibilidade diminui em condições de acidez acentuada (CHEPOTE et al., 2013). 9.6.1 Fatores que afetam a disponibilidade do molibdênio A disponibilidade do Mo é afetada por diversos fatores, dentre os quais, material de origem, textura e pH do solo. A disponibilidade do Mo às plantas é afetada pelo pH do solo. A deficiência de Mo ocorre com maior frequência em solos ácidos. A calagem corrige a deficiência de Mo nas culturas, se os teores deste micronutriente nos solos forem adequados. A aplicação de doses elevadas de fertilizantes contendo sulfato pode induzir deficiência de Mo na soja. Ocorre lixiviação do Mo para as camadas subsuperficiais do solo. As adubações fosfatadas aumentam a disponibilidade de Mo às plantas. 9.7 Níquel (Ni) O níquel (Ni) é um micronutriente catiônico componente comum das rochas ígneas e é um dos elementos mais recentemente identificado como essencial para as plantas. Ele é absorvido na forma de cátion divalente (Ni2+), com uma concentração na solução do solo muito pequena. Em solos onde ocorrem serpentinas corre-se o risco de ocorrer toxicidade. Atua no metabolismo do N, principalmente quase é realizada a adubação com ureia ou com seus derivados (via foliar), aumenta a atividade da urease foliar, impedindo a acumulação de teores tóxicos de ureia, atua 23 no crescimento, metabolismo, envelhecimento e absorção de ferro (Fe) pelas plantas bem como, tem papel importante na resistência das plantas a doenças. 9.7.1 Fatores que afetam a disponibilidade do níquel Os fatores que afetam a disponibilidade dos metais afetam também a disponibilidade do Ni às plantas. A disponibilidade do Ni é afetada pelo pH do solo. Quanto maior o pH do solo, menor é a disponibilidade do Ni às plantas e dependendo do teor do micronutriente no solo pode causar deficiência nas culturas. Os ácidos húmicos formam complexos muito estáveis com o Ni reduzindo a sua disponibilidade às plantas. Entretanto, os ácidos fúlvicos aumentam a disponibilidade do Ni à soja. Altos teores de Ca, Mg, Cu e Zn nos solos inibem a absorção de Ni pela soja. Altas doses de fertilizantes fosfatados ou altos teores de P nos solos reduzem a disponibilidade no solo ou na soja propriamente dita. 9.8 Zinco (Zn) O teor total de Zn nos solos é influenciado pelo material de origem e pelo processo de formação dos solos. Os solos derivados de rochas ígneas básicas (Latossolo Roxo e Latossolo Vermelho-Escuro) possuem os teores mais elevados de Zn, enquanto os solos derivados de sedimentos arenosos apresentam os menores teores. 9.8.1 Fatores que afetam a disponibilidade do zinco A disponibilidade do Zn é afetada pelo pH do solo. Quanto maior o pH do solo, menor é a disponibilidade do Zn às plantas e dependendo do teor do micronutriente no solo pode causar deficiência nas culturas. Os ácidos húmicos formam complexos muito estáveis com o Zn reduzindo a sua disponibilidade às plantas. Entretanto, os ácidos fúlvicos aumentam a disponibilidade do Zn às plantas. Os solos com alto teor de P disponível ou adubações com elevadas doses de P (íon fosfato) reduzem a absorção do Zn e podem induzir deficiência deste micronutriente na soja. As baixas temperaturas associadas com excesso de umidade no solo podem induzir deficiência de Zn. 24 9.9 Cloro (Cl) O cloro é absorvido pelas plantas em quantidades apreciáveis na forma de íons Cl- da solução do solo. A absorção é metabolicamente 1controlada e é sensível a ambas as variações de temperatura e inibidores metabólicos. Na fotossíntese, o cloro é um cofator essencial para a ativação da enzima responsáveis pela quebra da molécula de agua e liberação de elétrons associados ao fotossistema II (RICHART e KOTZ, 2017). A deficiência de cloro raramente ocorre, por ser ele um elemento presente em todos os ambientes. Mas, quando ocorre, a deficiência de Cl ocasiona a redução drástica no peso seco das plantas e no tamanho das folhas, ocorrendo também uma clorose internerval nas folhas maduras e o murchamento das folhas (SFREDO, 2008). A toxicidade de Cl é muito mais comum do que a deficiência, com inúmeros casos relatados na literatura, especialmente quando grande quantidade de cloreto de potássio é aplicado como adubo em solos ácidos. A aplicação de calcário para corrigir a acidez do solo reduz e elimina este efeito tóxico do cloro. Os sintomas são conhecidos como “Queima Foliar da Soja”. 10 Avaliação da fertilidade do solo As três técnicas normalmente utilizadas na avaliação da fertilidade de um solo são: diagnose visual, diagnose foliar e análise química do solo. A seguir Vitti e Trevisan (2000) descreve cada uma delas: 10.1 Diagnose visual A técnica da diagnose visual baseia-se no princípio de que todas as plantas necessitam dos mesmos nutrientes, e se houver deficiências no solo elas apresentarão sintomas semelhantes (alterações morfológicas oriundas de alterações fisiológicas). Os sintomas de deficiência ou de toxidezsão característicos para cada elemento, levando-se em consideração sua função e mobilidade na planta. Assim, os elementos móveis (macronutrientes primários N, P, K e o macronutriente secundário Mg) provocam inicialmente sintomas nas partes mais velhas da planta, enquanto os parcialmente móveis e imóveis (macronutrientes secundários Ca e S e micronutrientes) inicialmente provocam sintomas nas partes novas da planta. Para a caracterização do sintoma de deficiência ou de toxidez de um elemento o mesmo deve ocorrer de modo generalizado e apresentar gradiente e simetria na 25 planta, para se diferenciar de outras anomalias, como, por exemplo, as ocasionadas por pragas, doenças, clima, etc., embora a fitotoxidez causada principalmente por herbicidas pós-emergentes como, por exemplo, Cobra, Volt, Shogum e Chart, tem provocado sintomas semelhantes aos da deficiência de boro, isto é, folhas mais novas coriáceas e enrugadas. Assim, quando do uso dessa técnica, é importante conhecer o histórico da cultura em relação ao manejo do mato. 10.2 Diagnose foliar A principal vantagem da técnica da diagnose foliar em relação à da diagnose visual é que esta permite diagnosticar o problema antes que se manifeste o sintoma, isto é, permite identificar a “fome oculta” do elemento. Para avaliação do estado nutricional pela técnica da diagnose foliar, AMBROSANO et al. (1996) recomendam que seja coletada a 3ª folha com pecíolo de 30 plantas no início do florescimento, enquanto a EMBRAPA (1996) recomenda que sejam coletadas folhas recém-maduras com pecíolo, correspondente às 3ª e 4ª folhas trifolioladas a partir da haste principal, no período entre o início da floração e o pleno florescimento. 10.3 Análise química do solo O processo de amostragem consiste em coletar amostras de solo com a pá de corte na profundidade de 0-20 cm, preferencialmente, (aproveitando uma porção central de 7,5 cm de largura e desprezando-se as extremidades) para a análise dos atributos de acidez, macronutrientes (incluindo o enxofre), micronutrientes e textura e, na profundidade de 20-40 cm com trado de rosca, preferencialmente, para a análise dos atributos de acidez e macronutrientes (incluindo o enxofre). 11 Adubação de correção e adubação de manutenção Adubação de Correção, teoricamente, visa a saturação dos sítios de adsorção de fosfatos e de troca de cátions no solo, de P e K, respectivamente. Desse modo, o solo estaria “corrigido” com esses nutrientes. Após essa correção do solo, é efetuada uma adubação, somente para repor a quantidade de nutrientes extraídos pelas plantas cultivadas, o que evitaria que os níveis alcançados, com a correção, baixassem novamente. A essa reposição, deu-se o nome de “Adubação de Manutenção”. A recomendação de adubação com fósforo e potássio é função da exigência da cultura, da textura do solo e da disponibilidade dos nutrientes, nos solos. 26 Para atender as particularidades regionais, a recomendação de adubação PK é apresentada por estado/região, com base em estudos de calibração e de resposta à adubação. 12 Adubação fosfatada A indicação da quantidade de nutrientes, principalmente em se tratando de adubação corretiva, é feita com base nos resultados da análise do solo (EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA, 2003). Na Tabela 2 são apresentados os teores de P extraível, obtidos pelo método Mehlich I e a correspondente interpretação, que varia em função dos teores de argila. Quando o nível de P estiver classificado como Médio ou Bom, usar somente a adubação de manutenção, que corresponde a 20 kg de P2O5 ha-1, para cada 1000 kg de grãos de soja produzidos. Tabela 2 - Interpretação de análise de solo para indicação de adubação fosfatada (fósforo extraído pelo método Mehlich I), para solos de Cerrado. Fonte: Sousa & Lobato (1996). TABELA 3- Indicação de adubação fosfatada corretiva, a lanço e adubação fosfatada corretiva gradual no sulco de semeadura, de acordo com a classe de disponibilidade de P e o teor de argila, para solos de Cerrado. Fonte: Sousa & Lobato (1996). 13 Adubação potássica A indicação para adubação corretiva com potássio, de acordo com a análise do solo, é apresentada na Tabela 4. Essa adubação deve ser feita a lanço, em solos com 27 teor de argila maior que 20%. Em solos de textura arenosa (<20% de argila), não se deve fazer adubação corretiva de potássio, devido às acentuadas perdas por lixiviação. Na semeadura da soja, como manutenção, aplicar 20 kg de K2O para cada 1.000 kg de grãos que se espera produzir (EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUARIA, 2013). Estando o nível de K extraível acima do valor crítico (50 mg dm-3 ou 0,13 cmolc dm-3), indica-se a adubação de manutenção de 20 kg de K2O para cada tonelada de grão a ser produzida. TABELA 4- Adubação corretiva de potássio para solos de Cerrado com teor de argila >20%, de acordo com dados de análise de solo. Fonte: Sousa & Lobato (1996). 14 Adubação com enxofre Em solos com teores de S abaixo do nível crítico, realizar a adubação com S corretiva. Em solos com teores adequados a altos de S, realizar a adubação de manutenção (10 kg de S para uma expectativa de produtividade de 1 t de grãos de soja). 15 Adubação com micronutrientes Como sugestão para interpretação de micronutrientes em análises de solo, com os extratores Mehlich-1 e DTPA e, Boro (B) pela Água quente, respectivamente, são apresentados os teores limites para a cultura da soja, nos solos do Cerrado, tabela 5 (SFREDO, 2008). 15.1 Adubação com cobalto e molibdênio Realizar o fornecimento de 2 a 3 g/ha de Co e de 12 a 25 g/ha de Mo na fertilização das sementes de soja. A aplicação destes micronutrientes também pode 28 ser realizada em pulverização foliar nos estádios de desenvolvimento entre o V3 e o V5 na dose de 30 a 50 g/ha de Mo. 15.2 Adubação com boro, cobre, manganês e zinco De forma similar ao manejo realizado com fósforo e potássio, a construção da fertilidade do solo também pode ser realizada para o cobre e zinco. Em solos da região do Cerrado, a aplicação destes micronutrientes a lanço com incorporação na camada superficial proporciona efeito residual de 3 a 5 anos. A aplicação do ferro e o manganês a lanço no solo, mesmo aplicado em altas doses, não apresentam efeito residual significativo, não sendo adequados nas adubações corretivas. A forma química disponível do manganês à soja (Mn2+) é gradualmente oxidada às formas não disponíveis (Mn3+ e Mn4+) reduzindo a sua disponibilidade. De forma similar ao Mn, o Fe também é oxidado para uma forma química não disponível à cultura da soja (Fe3+). A forma mais eficiente para o fornecimento do ferro e manganês à cultura da soja são as pulverizações foliares. Em solos com baixo teor de manganês e saturação de bases acima da faixa adequada à cultura da soja, realizar de 3 a 5 aplicações foliares do manganês iniciando as pulverizações foliares na fase vegetativa da soja. Eventualmente, o Mn pode ser aplicado no sulco de plantio, região do solo com maior teor de umidade e com maior potencial de redução. Nestas condições, há uma tendência do Mn permanecer por mais tempo na forma Mn2+ prontamente disponível à cultura da soja. Mesmo assim, são necessárias pulverizações foliares com este nutriente para a manutenção dos teores foliares na faixa adequada à cultura da soja. Tabela 5- Interpretação dos teores de micronutrientes no solo, extraídos por dois métodos de análises para a soja nos solos do Cerrado.Fonte: Sfredo, 2008. 29 Tabela 6 - Recomendação de micronutrientes aplicados no solo para a cultura da soja. Fonte: Sfredo, 2008. 16 Agricultura de Precisão A Agricultura de Precisão (AP) compreende um conjunto de técnicas e metodologias que visam otimizar o manejo de cultivos e a utilização dos insumos agrícolas, proporcionando máxima eficiência econômica. As ferramentas de AP permitem o uso racional dos fertilizantes e agrotóxicos garantindo a redução dos impactos ambientais decorrentes da atividade agrícola. A Agricultura de Precisão é um sistema de gerenciamento agrícola baseado na variação espacial de propriedades do solo e das plantas encontradas nas lavouras e visa à otimização do lucro, sustentabilidade e proteção do ambiente. Trata-se de um conjunto de tecnologias aplicadas para permitir um sistema de gerenciamento que considere a variabilidade espacial da produção. Existem relatos de que se trabalha com AP desde o início do século XX. Porém, a prática remonta aos anos 1980, quando na Europa foi gerado o primeiro mapa de produtividade e nos EUA fez-se a primeira adubação com doses variadas. Mas o que deu o passo determinante para a sua implementação foi o surgimento do GPS (Sistema Posicionamento Global por Satélites), em torno de 1990. No Brasil, as atividades ainda muito esparsas datam de 1995 com a importação de equipamentos, especialmente colhedoras equipadas com monitores de produtividade (MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, 2009). 30 17 Considerações finais Conclui-se que, para a obtenção de boa produção agrícola, é preciso que os nutrientes estejam em quantidades adequadas as plantas, proporcionando uma maior produtividade. Nesse sentido, são utilizados os fertilizantes minerais para repor a perda desses nutrientes no solo. Nota- se que, se os nutrientes não forem fornecidos pelos fertilizantes, eles serão absorvidos das reservas do solo, ocasionando o seu esgotamento. Sem a adubação com fertilizantes, o solo pode sofrer degradação e consequentemente redução da oferta de alimentos. É necessário o uso racional da adubação química, pois além de proporcionar a redução de custos na lavoura, também proporciona a preservação da natureza. 31 18 Referências bibliográficas ALCARDE, J. C.; GUIDOLIN, J. 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