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Resumo Sistema Circulatório - Marina Mota.pdf

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Monitoria de Anatomia 
MMF-I / 2011.2 
Marina Mota 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA CIRCULATÓRIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sistema Circulatório 
Marina Mota 
 
 
 
2 
GENERALIDADES 
 
 
 O sistema circulatório é o responsável pelo transporte de líquidos ao longo de todo o corpo, 
assegurando a condução do sangue, do quilo e da linfa. É constituído basicamente por um órgão central 
de impulsão, o coração, e um conjunto de condutos que compõe o sistema vascular, o qual se subdivide 
em sanguíneo e linfático. O sistema vascular sanguíneo compreende as artérias, capilares e veias, sendo 
o seu fluxo mantido pela ação de bombeamento cardíaco. O sistema linfático, por sua vez, permite a 
drenagem do excesso de líquido tecidual, sendo formado por plexos linfáticos, vasos linfáticos, 
linfonodos e órgãos linfóides. 
 
 
o Coração 
Órgão muscular composto por metades que 
consistem em duas bombas musculares 
freqüentemente designadas como coração direito 
e coração esquerdo. Em cada uma destas metades 
se encontram duas cavidades, um átrio e um 
ventrículo, e suas atuações em série dividem a 
circulação em dois componentes: A circulação 
pulmonar e a sistêmica (descritas posteriormente). 
Embora as metades do coração estejam separadas 
por um septo, cada um dos átrios se comunica 
como ventrículo correspondente por um óstio 
provido de válvulas que asseguram, em cada metade do coração, uma circulação sanguínea em 
sentido único. Aos átrios chegam as veias e dos ventrículos partem as artérias. 
 
 
o Sistema Vascular 
1. Sanguíneo 
 
 
 
a. Artérias 
São os vasos que conduzem o sangue proveniente do coração para o corpo. Apresentam maior 
desenvolvimento da túnica média (muscular) e podem se destinar ao aparato locomotor ou a 
vísceras. De acordo com seus aspectos morfológicos, são classificadas em condutoras, 
distribuidoras, pequenas artérias ou arteríolas. 
 Grandes artérias elásticas ou artérias condutoras: Apresentam muitas camadas elásticas em 
suas paredes, o que as faz expandir no momento da contração do coração (visando minimizar a 
diferença de pressão gerada) e retornar posteriormente ao seu calibre normal. Exemplos 
destes vasos são a aorta e os ramos do seu arco, tronco e artérias pulmonares. 
 
 Artérias musculares médias ou artérias distribuidoras: A parte mais desenvolvida das suas 
paredes consiste na camada muscular não-estriada. Esta composição as torna capazes de 
Sistema Circulatório 
Marina Mota 
 
 
 
3 
promover vasoconstricção e vasodilatação para controle do fluxo sanguíneo nas diversas partes 
do corpo. Grande parte das artérias nomeadas constitui exemplos deste grupo. 
 
 Pequenas artérias e arteríolas: Assim como as anteriores, possuem espessa camada muscular; 
se diferenciam, contudo, pela estreita luz que apresentam. A diferença entre pequenas artérias 
e arteríolas está no calibre destas últimas, que é bem menor. Geralmente não possuem nomes. 
 
 
b. Veias 
São os vasos que conduzem o sangue dos capilares ao coração, podendo ser sistêmicas ou 
pulmonares. As veias, principalmente de calibre pequeno ou médio, apresentam válvulas no seu 
interior – cada uma destas é um par de dobras da camada íntima, em forma de semilua, fazendo 
saliência para a luz do vaso; Atuam direcionando o fluxo sanguíneo para o coração e evitando o 
refluxo. De acordo com seus aspectos morfológicos, podem ser classificadas em grandes veias, 
veias médias e vênulas. 
 Grandes veias: Possuem túnica média muito fina (poucas camadas de células musculares lisas e 
muito tecido conjuntivo), enquanto a adventícia é a mais espessa e desenvolvida. Esta última 
geralmente contém feixes de músculo liso. Os exemplos são as veias cavas superior e inferior. 
 
 Veias médias: Correspondem às veias 
superficiais e profundas nominadas. Estas 
últimas quase sempre acompanham as 
artérias – são veias acompanhantes ou 
satélites – e recebem seus nomes. 
 
 Vênulas pós-capilares: São os mais 
delgados destes vasos. Podem apresentar 
células pericíticas contráteis, mas 
geralmente possuem algumas células 
musculares lisas em suas paredes. Participam juntamente com os capilares das trocas entre o 
sangue e os tecidos. 
 
 
c. Capilares 
São tubos endoteliais simples que unem os lados arterial e venoso da circulação, tributários das 
veias. São formados por uma camada de 1 a 3 células endoteliais e uma lâmina basal, podendo 
apresentar os pericitos – células contráteis de longos prolongamentos citoplasmáticos que 
envolvem a parede capilar, influenciando o fluxo sanguíneo nestes vasos. Os capilares podem 
ser contínuos, fenestrados, fenestrados destituídos de diafragma ou sinusóides. 
 Capilares contínuos ou somáticos: Não apresentam orifícios em suas paredes. São 
encontrados em todos os tipos de tecido muscular, tecidos conjuntivos, tecido nervoso e 
glândulas exócrinas. 
 
 Capilares fenestrados ou viscerais: Possuem orifícios 
(fenestras) nas paredes das células endoteliais, as 
quais são obstruídas por um diafragma mais fino que 
a própria membrana plasmática celular. As lâminas 
basais são contínuas. São encontrados em áreas de 
intercâmbio rápido de substâncias entre os tecidos e 
o sangue como no rim, intestino e glândulas 
endócrinas. 
 
 Capilares fenestrados destituídos de diafragma: Há fenestras, mas não existe diafragma – o 
sangue só está separado dos tecidos pela lâmina basal espessa e contínua. São específicos dos 
glomérulos renais, pois a filtração glomerular é contínua. 
 
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4 
 Capilares sinusóides: Descrevem um caminho tortuoso e possuem diâmetro bem maior que os 
demais para reduzir a velocidade do sangue. Apresentam fenestras, mas sem diafragma e a 
lâmina basal é descontínua. São encontrados no fígado e em órgãos hematopoiéticos como 
medula e baço. 
 
 
d. Vasa vasorum (vasos dos vasos) 
São arteríolas, capilares e vênulas que se ramificam profusamente e desempenham função 
nutridora das túnicas média e adventícia dos grandes vasos, camadas nas quais os metabólitos 
não chegariam por difusão a partir da luz do vaso. 
 
 
e. Estrutura dos vasos sanguíneos 
 
 
f. Anastomoses 
São comunicações entre ramos, sejam eles arteriais, venosos ou nervosos. Nas artérias, visam 
oferecer possíveis desvios para o fluxo sanguíneo (circulação colateral) em caso de obstrução do 
trajeto habitual, mantendo o suprimento da região irrigada. Mas nem todas as áreas do corpo 
possuem uma circulação colateral adequada para substituir o canal principal; também não são 
todas as artérias que apresentam estas comunicações – As que não o fazem são denominadas 
artérias terminais verdadeiras. 
 
*Os vasos capilares se anastomosam e formam redes que ligam as arteríolas às vênulas. As arteríolas se 
ramificam em vasos pequenos envoltos por uma camada descontínua de músculo liso – as metarteríolas 
Sistema Circulatório 
Marina Mota 
 
 
 
5 
– que terminam por formar os capilares. Mas em algumas áreas, como nos dedos, há conexões diretas 
entre arteríolas e vênulas: são as anastomoses arteriolovenulares. Outro dispositivo que contribui para 
regular a circulação é a anastomose arteriovenosa, ligação direta entre artérias e veias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
g. Circuitos Vasculares 
I. Circulação Pulmonar 
O ventrículo direito impulsiona o sangue pobre em oxigênio que retorna da circulação 
sistêmica para os pulmões através das artérias pulmonares. O dióxido de carbono é 
trocado por oxigênio nos capilares pulmonares e, então, o sangue rico em oxigênio é 
reconduzido pelas veias pulmonares ao átrio esquerdo do coração. 
II. Circulação Sistêmica 
O ventrículo esquerdo impulsionao sangue rico em oxigênio que chega ao coração, 
proveniente da circulação pulmonar, através das artérias sistêmicas (aorta e seus 
ramos), e há troca de oxigênio e nutrientes por dióxido de carbono no restante dos 
capilares do corpo. O sangue pobre em oxigênio retorna ao átrio direito através das 
veias sistêmicas (tributárias das veias cavas superior e inferior). 
 
 
2. Linfático 
a. Plexos linfáticos 
Redes de capilares linfáticos cegos que se originam no 
espaço intersticial. 
 
b. Vasos linfáticos 
Vasos de parede fina que possuem válvulas. Os capilares e 
demais vasos linfáticos estão presentes em quase todas as 
áreas nas quais há capilares sanguíneos. Os superficiais 
acompanham a drenagem venosa e convergem para ela; já 
os profundos acompanham as artérias e também recebem 
drenagem de órgãos internos. 
 
*Capilares linfáticos especiais denominados lácteos 
recebem todos os lipídeos e vitaminas lipossolúveis 
absorvidos pelo intestino. 
 
c. Linfa 
Líquido tecidual que entra nos capilares linfáticos e é 
conduzido por vasos linfáticos. De composição semelhante 
Sistema Circulatório 
Marina Mota 
 
 
 
6 
ao plasma sanguíneo, a linfa é transparente, aquosa e de aspecto ligeiramente amarelado. 
 
d. Linfonodos 
Pequenas massas de tecido linfático encontrado ao longo do trajeto dos vasos linfáticos. Filtram 
a linfa até que esta chegue ao sistema venoso. 
 
e. Órgãos linfóides 
Partes do corpo que produzem linfócitos como timo, baço, medula óssea vermelha, tonsilas e os 
nódulos ou gânglios linfáticos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sistema Circulatório 
Marina Mota 
 
 
 
7 
AORTA E SEUS RAMOS 
 
 
Ao emergir da valva aórtica do coração, a aorta descreve um percurso ascendente, em seguida 
inclina-se para a esquerda formando um arco e segue posteriormente um percurso descendente. É, 
assim, dividida em três partes: Aorta ascendente, Arco da aorta e Aorta descendente. 
 
o Aorta Ascendente 
Nasce na valva aórtica do ventrículo esquerdo e apresenta em seu trajeto uma leve curva para a direita. 
Na sua origem existem três pequenas dilatações chamadas seios aórticos, que originam as artérias 
coronárias. Termina superiormente no arco da aorta ao nível do ângulo do esterno e nesta continuação 
tem seu calibre aumentado. 
 
Ramos: 
1. Artéria coronária direita 
a. Artéria interventricular direita ou posterior: Irriga os ventrículos. 
b. Ramo marginal maior: Irriga átrio e ventrículo direitos, fornecendo ramos para nutrir o 
nodo sinoatrial. 
 
2. Artéria coronária esquerda 
a. Artéria interventricular esquerda ou anterior: Irriga os ventrículos. 
b. Ramo circunflexo: Irriga átrio e ventrículo esquerdos. 
 
 
 
o Arco da aorta 
É a continuação curva da parte ascendente da aorta. Inicia-se na borda cranial da 2ª articulação 
esternocostal direita no nível do ângulo esternal, curvando-se superiormente para a esquerda e depois, 
inferiormente. 
 
Ramos: 
1. Tronco Braquiocefálico 
a. Artéria Carótida Comum direita 
b. Artéria Subclávia direita 
2. Artéria Carótida Comum esquerda 
3. Artéria Subclávia esquerda 
 
 
1. Tronco Braquiocefálico 
É o primeiro ramo emitido pelo arco, originando-se no nível da borda cranial da 2ª cartilagem costal 
direita. Sobe dorsal e obliquamente para a direita até o nível da articulação esternoclavicular direita, 
onde se bifurca em artéria carótida comum direita e artéria subclávia direita. 
 
*Pode emitir um ramo, a artéria tireóidea ima, para irrigação da glândula tireóidea. Provavelmente ela 
compensa a deficiência ou ausência de algum vaso tireóideo. 
 
a. Artéria Carótida Comum direita 
Começa na bifurcação do tronco braquiocefálico dorsalmente à articulação esternoclavicular, 
situando-se no pescoço. No nível da borda cranial da cartilagem tireóidea, se divide nas artérias 
carótidas interna e externa. 
 
I. Artéria Carótida Externa 
Começa em frente à borda superior da cartilagem tireóidea, dirigindo-se cranialmente e em 
seguida inclinando-se dorsalmente para o espaço atrás do colo da mandíbula, onde se divide nas 
artérias temporal superficial e maxilar (seus ramos terminais). 
Sistema Circulatório 
Marina Mota 
 
 
 
8 
Ramos: 
1) Tireóidea superior 
2) Faríngea ascendente 
Emite ramos meníngeos que penetram no crânio através dos forames jugular e lácero e 
do canal condilar. 
3) Lingual 
4) Facial 
Sua parte terminal é a artéria angular, a responsável pela única anastomose existente 
entre as artérias carótidas interna e externa: No ângulo medial do olho ela se 
anastomosa com a artéria dorsal do nariz (ramo da artéria oftálmica, ramo da carótida 
interna). 
5) Occipital 
Emite ramos meníngeos que penetram no crânio através do forame jugular e do canal 
condilar. 
6) Auricular posterior 
Um dos seus ramos é a artéria estilomastóidea, que penetra no crânio através do forame 
estilomastóideo. 
7) Temporal superficial 
Acima do processo zigomático e na frente do pavilhão auricular, esta artéria é pouco 
profunda, estando coberta por pele e fáscia e sendo facilmente palpável para verificação 
da pulsação. 
8) Maxilar 
É dividida nas partes mandibular, pterigóidea e pterigopalatina. O seu ramo mandibular 
emite as artérias meníngeas média e acessória. A primeira é a maior e mais constante 
das artérias que irrigam a dura-máter, além de suprir a lâmina interna da calvária; 
Externamente ao crânio, se apóia sobre o ptério, penetra no crânio pelo forame 
espinhoso e posteriormente emite ramos orbitais que passam pela fissura orbital 
superior. Já a segunda, penetra no crânio através do forame oval. 
 
Irriga: Regiões externas do crânio e pescoço (ou seja, EMITE ramos cervicais). 
 
II. Artéria Carótida Interna 
Começa na bifurcação da carótida comum, em frente à borda cranial da cartilagem tireóidea. Em 
seguida sobe ventralmente aos processos transversos das três primeiras vértebras cervicais e 
penetra no crânio pelo canal carótico. Em seu trajeto, é dividida em quatro porções: cervical, 
petrosa, cavernosa e cerebral. 
 
Ramos: Emite muitos ramos no seu percurso, os terminais são as artérias cerebrais anterior e 
média. Participa do círculo arterial do cérebro (Polígono de Willis) e também é responsável pela 
irrigação do bulbo ocular e estruturas anexas através de seu ramo oftálmico. É deste ramo que 
surge a artéria central da retina. 
 
Irriga: Estruturas internas do crânio e regiões do viscerocrânio (NÃO emite ramos cervicais). 
 
 
b. Artéria Subclávia direita 
Origina-se dorsalmente à articulação esternoclavicular direita, se estendendo até a borda cranial da 
1ª costela (onde se continua como artéria axilar). Possui 5 ramos: 
 
I. Vertebral 
Segue um percurso ascendente, corre ventralmente ao processo transverso de C7 e sobe 
através dos forames transversários das vértebras cervicais superiores. Ao atravessar o forame 
transversário do atlas, segue dorsal e medialmente pelo sulco da artéria vertebral (situado na 
face cranial do arco posterior) e penetra no crânio através do forame magno – onde se une à 
outra vertebral, formando a artéria basilar. Atua na irrigação do Sistema Nervoso Central. 
 
Sistema Circulatório 
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9 
II. Tronco Tireocervical 
1) Tireóidea inferior 
2) Supra-escapular 
Passa sobre o ligamento transverso superior da escápula, penetrando na fossa supra-
espinhal e se unindo ao nervo supra-escapular para passarem juntos pela grande 
incisura da escápula. 
3) Cervical transversa 
 
III. Torácica interna 
Ao nível do 6° espaço intercostal, divide-se nas artérias musculofrênica e epigástrica 
superior. Ramos importantes: 
1) Intercostais anteriores 
Irrigam os 5 ou 6 primeiros espaços intercostais(os demais são supridos pela artéria 
musculofrênica) passando pela margem inferior das costelas (sulcos costais). 
Anastomosam-se com as artérias intercostais posteriores, que são ramos diretos da 
aorta torácica. 
2) Epigástrica superior 
Irriga os músculos abdominais e se anastomosa à artéria epigástrica inferior (ramo da 
ilíaca externa). 
 
IV. Costocervical 
 
V. Escapular descendente 
 
 
2. Artéria Carótida Comum esquerda 
Origina-se da parte mais alta do arco da aorta. Possui uma porção torácica e uma cervical, nesta 
última se assemelha à artéria do lado oposto, logo as descrições são as mesmas. 
 
 
3. Artéria Subclávia esquerda 
Origina-se do arco da aorta por trás da Carótida Comum esquerda, ao nível de T4. As descrições 
feitas para a Subclávia direita também se aplicam a esta. 
 
 
 
o Artérias do membro superior 
 
 Artéria Subclávia 
(Até borda externa 
 da 1ª costela) 
 Artéria Axilar 
 (Até o tendão do redondo maior) 
 
 
 
 
 Artéria Braquial 
 (Até a prega do cotovelo) 
 
 
 
 
 Artéria Radial Artéria Ulnar 
 
 
 
Sistema Circulatório 
Marina Mota 
 
 
 
10 
1. Artéria Axilar 
Continua-se como artéria braquial ao atravessar o nível do tendão do redondo maior. 
Ramos: 
I. Torácica suprema 
II. Toracoacromial 
III. Torácica lateral 
IV. Subescapular 
1) Circunflexa da escápula 
2) Toracodorsal (principal irrigação do Latíssimo do dorso) 
V. Circunflexa posterior do úmero 
VI. Circunflexa anterior do úmero 
Ao alcançar o sulco intertubercular do úmero, fornece um ramo que sobe por ele para irrigar a 
cabeça do úmero e a articulação do ombro. Anastomosa-se com a circunflexa posterior do úmero. 
 
 
2. Artéria Braquial 
No começo passa medialmente ao úmero, se dirigindo depois para a parte anterior do osso. 
Ramos: 
I. Profunda do braço 
Emite as artérias colateral radial e colateral média.* 
II. Nutrícia do úmero 
III. Colateral ulnar superior* 
IV. Colateral ulnar inferior* 
V. Musculares 
 
*As artérias indicadas formam anastomoses no cotovelo, citadas mais adiante. 
 
 
3. Artéria Radial 
Após sua origem, segue pela borda radial do antebraço até o pulso. Em seguida se curva para a parte 
dorsal do carpo; Chegando ao 1° espaço metacárpico interósseo, se dirige para a face palmar da mão. 
- Inicialmente, emite um ramo que se anastomosa à artéria colateral radial (ramo da artéria braquial): A 
artéria recorrente radial. 
- Na face palmar da mão forma o arco palmar profundo, que é COMPLETADO por sua anastomose com 
o ramo palmar profundo da artéria ulnar (A maior contribuição para este arco é dada pela artéria radial, 
mas há participação da artéria ulnar). 
- Emite um ramo palmar superficial para completar o arco palmar superficial. 
 
 
4. Artéria Ulnar 
Após sua origem segue anteriormente pelo antebraço, curvando-se para a borda medial a meia 
distância entre o cotovelo e o pulso. 
- Inicialmente, emite ramos que se anastomosam às artérias colaterais média e ulnares superior e 
inferior (ramos da artéria braquial): Recorrente ulnar anterior e recorrente ulnar posterior. 
- Logo abaixo da tuberosidade do rádio emite a artéria interóssea comum, que se divide nas artérias 
interósseas palmar e dorsal. A artéria interóssea palmar emite a artéria mediana (que acompanha o 
nervo mediano e o irriga) e a artéria interóssea dorsal emite o ramo recorrente interósseo, que sobe e 
participa das anastomoses com a artéria braquial citadas no item anterior. 
- Na face palmar da mão forma o arco palmar superficial, que é COMPLETADO pelo ramo palmar 
superficial da artéria radial (A maior contribuição para o este arco é dada pela artéria ulnar, mas há 
participação da artéria radial). 
- Emite um ramo palmar profundo para completar o arco palmar profundo. 
 
 
 
 
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11 
o Aorta Descendente 
É dividida em duas partes pelo hiato aórtico do diafragma. 
 
1. Aorta Torácica 
Estende-se da borda caudal de T4 ao hiato aórtico do diafragma. Emite 4 ramos viscerais e 3 parietais. 
 
Ramos viscerais: 
I. Pericárdicos 
II. Bronquiais 
III. Esofágicos 
IV. Mediastinais 
 
Ramos parietais: 
I. Intercostais posteriores 
Se anastomosam às artérias intercostais anteriores (ramos da artéria torácica interna, ramo da 
subclávia). 
II. Subcostais 
III. Frênicos superiores 
 
 
2. Aorta Abdominal 
Estende-se do hiato aórtico ao corpo de L4. Emite 6 ramos viscerais, 3 parietais e 2 terminais. 
 
Ramos viscerais: 
I. Tronco celíaco 
1) Artéria gástrica esquerda 
Seu ramo dorsal se anastomosa à artéria gástrica direita. 
2) Artéria hepática comum 
- A. Gastroduodenal 
- A. Gástrica direita 
- A. Hepática direita 
- A. Hepática esquerda 
- A. Hepática média 
3) Artéria esplênica 
 
II. Mesentérica superior 
Atua na irrigação de vísceras do trato gastrointestinal como o jejuno (por seus ramos jejunais), 
íleo (artérias ileais, ileocecal e ileocólica), ceco (artéria ileocecal), apêndice vermiforme (artéria 
apendicular), cólon ascendente do intestino grosso (artérias ileocólica e cólica direita) e cólon 
transverso (artéria cólica média) até a flexura cólica esquerda. 
 
III. Mesentérica inferior 
Atua no suprimento do cólon descendente do intestino grosso (artéria cólica esquerda), cólon 
sigmóide (artéria sigmóidea) e parte superior do reto (artéria retal superior). 
 
IV. Supra-renais médias 
 
V. Renais 
 
VI. Gonadais 
1) Ováricas 
2) Testiculares 
 
 
 
 
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12 
 Esquema da irrigação do trato gastrointestinal: 
 
 
 
 
 
*Um evento importante da irrigação entérica é a formação de anastomoses entre as artérias 
mesentéricas superior e inferior, formando um verdadeiro ARCO anastomótico. Esta é a Arcada das 
Mesentéricas ou Arcada de Ryoland. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ramos parietais: 
I. Frênicos inferiores 
II. Lombares 
III. Sacral mediano 
 
Ramos terminais: 
I. Ilíacos comuns 
1) Ilíaca interna ou hipogástrica 
Irriga as paredes da pelve, as vísceras pélvicas, as nádegas, os órgãos genitais e a parte 
medial da coxa. 
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13 
2) Ilíaca externa 
Emite ramos epigástricos inferiores, que se anastomosam aos epigástricos superiores 
da artéria torácica interna. Ao cruzar o ligamento inguinal, torna-se artéria femoral. 
 
 
 
o Artérias do membro inferior 
 
 Artéria Ilíaca externa 
(Até o ligamento inguinal) 
 
 Artéria Femoral 
 (Até o hiato dos adutores) 
 
 
 
 
 Artéria Poplítea 
 (Até a borda inferior do músculo poplíteo) 
 
 
 
 Artéria Tibial Anterior Artéria Tibial Posterior 
 
 
 Artéria dorsal do pé Artéria Artéria 
 Plantar medial Plantar lateral 
 
 
1. Artéria Femoral 
Começa no ligamento inguinal, passa pelo triângulo femoral (de Scarpa), atravessa o canal do adutor (de 
Hunter) e se continua como artéria poplítea ao cruzar o hiato dos adutores. 
 
 
1. Artéria Poplítea 
É a continuação da femoral. Nasce após o hiato dos adutores e segue dorsalmente pela coxa e pelo cavo 
poplíteo (espaço em forma de losango na parte dorsal da articulação do joelho) até a borda inferior do 
músculopoplíteo. 
 
Ramos importantes: 
I. Superior medial do joelho* 
II. Superior lateral do joelho* 
III. Inferior medial do joelho* 
IV. Inferior lateral do joelho* 
V. Médio do joelho 
Origina-se na parte dorsal da articulação do joelho e serve para irrigação desta. 
 
*Os ramos indicados se anastomosam formando uma rede arterial anastomóstica ao redor do joelho. 
 
 
2. Artéria Tibial Anterior 
Começa na bifurcação da poplítea, dorsalmente. Em seguida, atravessa uma abertura na membrana 
interóssea e passa para a frente, descendo na borda medial da fíbula; Aproxima-se gradativamente da 
tíbia e ao chegar no tornozelo, continua-se como dorsal do pé. 
Sistema Circulatório 
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14 
- Emite ramos que seguem ascendentemente para se anastomosarem com outros poplíteos, compondo 
os plexos arteriais do joelho. São eles: Artéria recorrente tibialposterior e artéria recorrente tibial 
anterior. 
- Na sua porção final emite a artéria maleolar medial anterior e a artéria maleolar lateral anterior. 
 
 
3. Artéria Tibial Posterior 
Começa na borda distal do poplíteo e desce obliquamente se dirigindo para a borda medial da perna. 
Termina nas artérias plantares medial e lateral do pé. 
 
Ramos importantes: 
I. Fibular 
1) Maleolares laterais posteriores 
2) Comunicante 
Une as artérias tibial posterior e fibular. 
3) Calcaneares laterais* 
II. Maleolar medial posterior 
III. Calcaneares mediais* 
 
*As artérias calcaneares mediais e laterais se anastomosam na parte posterior do pé. 
- As artérias maleolares posteriores (provenientes da artéria fibular e da tibial posterior) se 
anastomosam com as maleolares anteriores (provenientes da artéria tibial anterior) e formam a rede 
maleolar medial e a rede maleolar lateral. 
 
 
4. Artéria dorsal do pé 
É a continuação da tibial anterior. Corre pela borda medial do dorso do pé e termina nos ramos plantar 
profundo* e primeiro metatársico dorsal**. Ainda emite as artérias társicas laterais e medial e a artéria 
arqueada (origina ramos para irrigação dos dedos). 
 
 
5. Artéria Plantar medial 
Corre anteriormente ao longo da borda medial do pé. Anastomosa-se com a primeira artéria 
metatársica dorsal** (ramo da artéria dorsal do pé). 
 
6. Artéria Plantar lateral 
Corre obliquamente em direção lateral na planta do pé. Anastomosa-se com o ramo plantar profundo* 
da artéria dorsal do pé para formar o arco plantar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sistema Circulatório 
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Correlações Clínicas (Coração e Artérias) 
 
o Persistência do Canal Arterial 
 
 
 
 
Durante a vida fetal, a maior parte do sangue bombeado pelo ventrículo direito não passa pelos 
pulmões, fluindo da artéria pulmonar diretamente para a aorta através do canal arterial. Logo após 
o nascimento (período de 12 a 15 horas de vida), a expansão pulmonar dilata os vasos sanguíneos 
pulmonares de modo que o sangue pode fluir facilmente por eles. Como resultado, a pressão 
arterial pulmonar cai, levando à inversão do fluxo sanguíneo no canal arterial – o qual passa a 
ocorrer da artéria aorta para a pulmonar. Este fluxo invertido leva à passagem de sangue oxigenado 
pelo canal arterial, o que promove a contração imediata da parede deste canal, extremamente 
sensível ao oxigênio. Isto produz o fechamento do canal dentro de minutos; e nas semanas 
seguintes a proliferação de tecido conjuntivo concretiza a oclusão definitiva. Entretanto, em 1 a 
cada 2000 recém-nascidos, este canal não se fecha. Com o desenvolvimento da criança e do seu 
coração, a pressão na aorta fica muito maior que na pulmonar, forçando a passagem de 
quantidades enormes de sangue daquela para esta. O sangue, então, passa dos pulmões ao 
ventrículo esquerdo e deste para os pulmões, descrevendo este ciclo 2 a 3 vezes antes de atingir a 
circulação sistêmica; e com isso, quantidades muito maiores de sangue passam a participar da 
circulação pulmonar, levando ao aumento da pressão nos capilares pulmonares. Uma vez que a 
pressão capilar pulmonar tenha atingido valor superior ao da pressão coloidosmótica normal do 
plasma (28 mm Hg), o líquido começa a vazar para fora dos capilares, sendo absorvido pelos 
alvéolos pulmonares: É gerado o estado de inchaço do pulmão por líquidos e sangue, denominado 
Edema ou Congestão Pulmonar. A persistência do canal arterial apresenta nas crianças sinais como 
sopro no coração, taquicardia e cansaço ao mamar. O diagnóstico é confirmado através de um 
ecocardiograma e a solução cirúrgica pode consistir na colocação de ligadura oclusiva em torno do 
canal ou na secção deste com posterior sutura – o que oferece menores taxas de recorrência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Canal arterial duplamente clipado 
Sistema Circulatório 
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16 
*É importante lembrar que não apenas casos de persistência do canal arterial são capazes de gerar 
edema pulmonar. Esta coleção de líquido nos espaços intersticiais dos pulmões pode ser causada por 
outras disfunções cardíacas como insuficiência ventricular esquerda (sua causa mais freqüente) ou 
doença valvular mitral. 
 
 
 
o Tetralogia de Fallot – A “Criança Azul” 
Esta doença é caracterizada por quatro anormalidades no coração: 
1. Um orifício no septo (parede divisória) entre os ventrículos direito e esquerdo; 
2. Artéria pulmonar extremamente constringida; 
3. Deslocamento da aorta para o lado direito, diretamente sobre o orifício septal, de modo que o 
sangue que flui para este vaso vem tanto do ventrículo direito como do esquerdo; 
4. Músculo ventricular direito muito hipertrofiado. 
 
Nestas condições, pouco sangue passa do ventrículo direito para a artéria pulmonar 
constringida. Pelo contrário, é forçado a passar pelo orifício do septo para a aorta: Assim, a 
maior parte do sangue bombeado pelo ventrículo direito não passa pelos pulmões e não é 
aerada. Como o sangue não aerado tem coloração azul fosca, todo o corpo do recém-nascido 
assume esta tonalidade. Assim, a Tetralogia de Fallot é uma das malformações congênitas do 
coração que produzem a chamada “criança azul”. O tratamento é cirúrgico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sistema Circulatório 
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17 
VEIAS SISTÊMICAS 
 
 
Existem duas subdivisões das veias sistêmicas: Uma composta por tributárias da coronária e das 
cavas e outra compreendendo a veia porta e suas tributárias (Sistema Porta). 
 
 
o Veias do coração 
Quase todos estes vasos são tributários do seio coronário, as exceções são as veias cardíacas anteriores 
e mínimas. O seio coronário é o vaso coletor para o sangue venoso drenado do coração através das 
veias cardíacas. Passa pela parte posterior do sulco coronário, que separa átrio e ventrículo esquerdos e 
termina no átrio direito em uma abertura guarnecida pela válvula do seio coronário (de Tebésio). 
 
I. Veia cardíaca magna 
II. Veia cardíaca parva 
III. Veia cardíaca média 
IV. Veia posterior do ventrículo esquerdo 
V. Veia oblíqua do átrio esquerdo (veia oblíqua de Marshall) 
Não possui válvulas. 
 
VI. Veias cardíacas anteriores* 
VII. Veias mínimas do coração (de Tebésio)* 
 
*Estas não se destinam ao seio coronário, abrindo-se diretamente nas câmaras cardíacas. 
 
 
 
o Veias da cabeça e pescoço 
 
A. Veias do Crânio 
 
 Seio sagital inferior 
 
 
 Seio reto + Seio sagital superior + Seio occipital 
 (Confluência dos seios ou Prensa de Herófilo) 
 
 
Seio cavernoso Seio petroso Seio transverso 
 superior 
 
Seio petroso Seio sigmóide 
 inferior 
 
Veia Jugular Interna 
 
 
*Também é importantelembrar as veias emissárias, as que comunicam os seios da dura-máter com as 
veias extracranianas. Principais: Mastóidea, parietal, nasal e a veia emissária do seio cavernoso para o 
plexo venoso pterigoideo. 
 
 
B. Veias da Face 
Estas veias podem ser superficiais ou profundas e tanto um grupo como o outro são formados por 
tributárias das veias jugulares interna e externa. 
Sistema Circulatório 
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I. Veias superficiais 
1) Facial 
2) Temporal superficial 
3) Auricular posterior 
4) Occipital 
5) Retromandibular 
 
II. Veias profundas 
1) Maxilar 
2) Plexo venoso pterigóideo 
 
- Veias tireóideas superior e média, lingual, facial, seio petroso inferior  Veia jugular interna 
 
- Plexo venoso  Veia maxilar 
 pterigóideo + Veia temporal superficial  Veia retromandibular 
 + Veia auricular posterior  Veia Jugular externa 
 
 
 
C. Veias do pescoço 
 Veia jugular externa direita 
 
 
Veia jugular interna direita + Veia subclávia direita 
 
 
 Tronco Braquiocefálico direito + Tronco Braquiocefálico esquerdo 
 
 
 
 Veia cava superior 
 
 
*Dorsalmente a cada tronco braquiocefálico desemboca a veia vertebral correspondente. 
 
I. Veia jugular externa 
Coleta sangue da cavidade craniana e face. 
II. Veia jugular interna 
Coleta sangue do encéfalo, face e pescoço. 
III. Veia vertebral 
Acompanha a artéria vertebral na passagem pelos forames transversários das vértebras 
cervicais e desemboca dorsalmente à veia braquiocefálica. 
 
 
*O ângulo de união entre as veias jugular interna e subclávia, de cada lado, é denominado Ângulo de 
Pirogoff. No ângulo direito desemboca o ducto linfático direito e no esquerdo, o ducto torácico. Em 
ambos desembocam as veias jugulares anteriores e externas. 
 
 
 
o Veias do membro superior 
As veias do membro superior se dividem em superficiais e profundas. 
 
I. Superficiais 
1) Cefálica 
Sistema Circulatório 
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Inicia-se na parte radial da rede venosa dorsal da mão, segue lateralmente pelo antebraço 
e se anastomosa com a veia mediana do antebraço. Permanece pelo lado radial do braço e 
após a passagem pelo sulco deltopeitoral, termina na veia axilar. 
2) Basílica 
Inicia-se na parte ulnar da rede venosa dorsal da mão, segue medialmente pelo antebraço 
e se anastomosa com a veia mediana do antebraço. Através do hiato basílico, penetra na 
parte profunda do braço se unindo à veia braquial para formar a veia axilar. 
3) Mediana do antebraço 
Drena o plexo venoso palmar da mão, segue medialmente pela face anterior do antebraço 
e termina na veia mediana do cotovelo. 
4) Veias dorsais dos dedos 
 
 
 Veia subclávia 
 
 
 Veia axilar 
 
 
 Veia cefálica 
 (Superficial) 
 Veia braquial + Veia basílica 
 (Profunda) (Profunda) 
 
 
 
 Veia basílica 
 (Superficial) 
 
 
 
 Rede venosa dorsal da mão 
 
 
 
 Veia mediana do cotovelo 
 (Encontro das veias cefálica e basílica) 
 
 
 Veia mediana do antebraço 
 (Superficial) 
 
 
 Rede venosa palmar da mão 
 
 
 
 
II. Profundas 
1) Profundas da mão 
a. Arcos venosos palmares (superficial e profundo) 
2) Profundas do antebraço 
Geralmente estão em pares, já que são veias acompanhantes. 
a. Radial 
b. Ulnar 
Sistema Circulatório 
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20 
Estas veias unem-se na dobra do cotovelo e formam as veias braquiais. Também 
emitem ramos comunicantes para a veia mediana do cotovelo. 
3) Profundas do braço 
a. Braquiais 
Terminam na veia axilar. 
b. Axilar 
É formada pela união das veias braquiais e basílica, ao nível do tendão do redondo 
maior. Em seguida recebe a veia cefálica e se continua até a borda externa da 1ª 
costela, quando passa a ser chamada veia subclávia. 
4) Veia subclávia 
É a continuação da veia axilar, segue até a articulação esternoclavicular – onde se une à 
jugular interna formando a veia braquiocefálica. Tributária: Jugular externa. 
 
 
 
o Veias do tórax 
I. Veia Ázigos 
Inicia-se na veia lombar ascendente direita e estende-se até a cava superior, passando da 
cavidade abdominal para a torácica através do hiato aórtico do diafragma. 
Tributárias: 
1) Veias intercostais posteriores* 
2) Veia subcostal direita 
3) Veia hemiázigos 
Começa na veia lombar ascendente esquerda e passa da cavidade abdominal para a 
torácica através de um orifício do pilar esquerdo do diafragma. Recebe veias esofágicas, 
mediastinais e subcostal esquerda e termina na veia ázigos. 
4) Hemiázigos acessória 
Desce pelo lado esquerdo da coluna vertebral e termina na hemiázigos ou diretamente na 
ázigos. 
5) Veias esofágicas, mediastinais, pericárdicas e bronquiais 
 
*Já as veias intercostais anteriores desembocam na torácica interna, a qual desemboca na veia 
subclávia. Estas veias se anastomosam com as intercostais posteriores para drenagem da parede 
torácica. 
 
II. Veias braquiocefálicas 
Unem-se abaixo da 1ª cartilagem costal formando a veia cava superior. Como visto em veias do 
pescoço, são formadas pelo encontro das veias jugular interna e subclávia. 
Tributárias: 
1) Veia vertebral 
2) Veia torácica interna 
3) Veia tireóidea inferior 
4) Veias intercostais supremas (esquerda) 
 
III. Veias da coluna vertebral 
 
 
 
o Veias do abdome e pelve 
I. Veia cava inferior 
Traz de volta o sangue das partes inferiores ao diafragma para o coração. É formada pelo 
encontro das veias ilíacas comuns e termina no átrio direito em uma abertura guarnecida pela 
válvula da veia cava inferior (de Eustáquio). Passa da cavidade abdominal para a torácica 
através do forame da veia cava inferior presente no tendão central do diafragma. 
Tributárias: 
1) Lombares 
Sistema Circulatório 
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21 
2) Gonadais direitas 
a. Testicular direita 
b. Ovárica direita 
*A veia testicular/ovárica direita abre-se na veia cava inferior formando um ângulo agudo, já a esquerda 
termina na veia renal esquerda em ângulo RETO. Assim, o percurso descrito por esta última traz maior 
probabilidade de ocorrer hematocele ou hidrocele no testículo esquerdo. 
3) Renais 
Veia renal esquerda recebe as tributárias: Gonadal esquerda, frênicas inferiores esquerdas 
e supra-renal esquerda. 
4) Supra-renal direita 
5) Frênica inferior direita 
6) Hepáticas 
 
 
 
o Veias da pelve e períneo 
 
 Veia cava inferior 
 
 
 Veia ilíaca comum direita + Veia ilíaca comum esquerda 
 
 
 Veia ilíaca interna + Veia ilíaca externa 
 direita direita 
 
 
*Além de ser formada pelas veias ilíacas interna e externa esquerdas, a veia ilíaca comum esquerda tem 
como tributária a veia sacral mediana.I. Veia ilíaca interna 
Tributárias: 
1) Glútea superior 
2) Glútea inferior 
3) Pudenda interna 
4) Obturatória 
5) Sacral lateral 
6) Retal média 
7) Dorsal do pênis 
8) Vesical 
9) Uterina 
10) Vaginal 
 
 
 
o Veias do membro inferior 
 
Veia ilíaca externa 
 
 
Veia femoral 
 
 
- Veia ilíaca externa 
Recebe como uma de suas tributárias a veia epigástrica inferior, que se anastomosa com a 
epigástrica superior (tributária da torácica interna, que desemboca na subclávia). 
Sistema Circulatório 
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I. Superficiais 
 
 
 Veia femoral 
 
 Veia poplítea 
 
 
 Veia safena magna Veia safena parva 
 
 
Veia marginal medial Veia marginal lateral 
 
1) Veia safena magna 
Começa na veia marginal medial no dorso do pé e termina na veia femoral. 
2) Veia safena parva 
Começa na veia marginal lateral e termina na veia poplítea. Anastomosa-se com a safena 
magna. 
 
 
 
II. Profundas 
 
 Veia femoral 
 (Do hiato do adutor até o ligamento inguinal) 
 
 
 Veia poplítea 
 (Da borda distal do poplíteo até hiato do adutor magno) 
 
 
 Veia tibial anterior + Veia tibial posterior 
 
 
 Veia fibular 
 
 
 Veias dorsais Veia plantar + Veia plantar 
 do pé medial lateral 
 
 
1) Veia tibial anterior 
Inicia-se nas veias dorsais do pé e segue anteriormente pela perna, passando para a face 
posterior através de uma abertura na membrana interóssea. Une-se à tibial posterior para 
formar a veia poplítea. 
2) Veia tibial posterior 
Origina-se das veias plantares do pé e segue dorsalmente pela perna até formar a veia poplítea. 
3) Veia poplítea 
Estende-se da borda distal do músculo poplíteo até o hiato do adutor magno. Recebe as 
mesmas tributárias da artéria poplítea (veias geniculares para comporem a rede arterial do 
joelho). Continua-se cranialmente como femoral. 
4) Veia femoral 
Estende-se até o ligamento inguinal, onde se continua como veia ilíaca externa. Recebe a veia 
femoral profunda e próximo ao seu término, a veia safena magna. 
 
 
Sistema Circulatório 
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23 
III. Veias perfurantes 
São veias que interconectam os sistemas venosos profundo e superficial do membro inferior. 
Suas válvulas impedem que o sangue flua do sistema profundo para o superficial. São elas: 
1) Veias de Dodd 
Conectam as veias safena magna e femoral. 
2) Veias de Boyd 
Conectam a safena magna às veias tibiais posteriores. 
3) Veias de Cockett 
Conectam as tributárias da safena magna às veias tibiais posteriores. 
 
 
 
o Sistema Porta 
Inclui todas as veias que drenam o sangue da parte abdominal do tubo digestivo e do baço, pâncreas e 
vesícula biliar. O destino deste sangue é o fígado, e ele é conduzido através da veia porta. No fígado 
esta veia se ramifica e termina nos capilares sinusóides; A partir destes o sangue é conduzido pelas veias 
hepáticas à veia cava inferior. 
 
Fígado 
 
 
Veia Porta 
 
 
 Veia mesentérica superior + Veia esplênica 
 
 
 Veia mesentérica inferior 
 
 
 
 
Vísceras abdominais

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