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fichamento 22222

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“Como professor crítico, sou um “aventureiro” responsável, predisposto à mudança, à aceitação diferente”. Nada do que experimentei em minha atividade docente deve necessariamente repetir-se. Repito, porém, como inevitável, a franquia de mim mesmo, radical, diante dos outros e do mundo. Minha franquia ante os outros e o mundo mesmo é a amaneira radical como me experimento enquanto ser cultura, histórico, inacabado e consciente do inacabamento. ”(p.28-29)
Assim entendemos que Paulo Freire acredita que enquanto houver vida haverá inacabamento, pois somos eternos aprendizes, nunca estamos completos de conhecimento, sempre há coisas a se aprender para que assim as ideias possam ser compartilhadas e discutidas. 
Com certeza o professor deve ter a consciência que não se deve ensinar como se já soubesse tudo, e sim ensinar esperando algo em troca, pois o educando pode sim ter algo a ensinar, o aprendizado não é apenas designado ao aluno e sim ao ser.
“A invenção da existência envolve, repita-se, necessariamente, a linguagem, a cultura, a comunicação em níveis mais profundos e complexos do que o que ocorria no domínio da vida, a “espiritualização” do mundo, a possibilidade de embelezar como enfear o mundo e tudo isso inscreveria mulheres e homens como seres éticos. Capazes de intervir no mundo, de comparar, de ajuizar, de decidir, de romper, de escolher, capazes de grandes ações, de dignificantes testemunhos, mas capazes também de impensáveis exemplos de baixeza e de indignidade. Só os seres que se tornam éticos podem romper com a ética. ”(p.29-30)
Assim entendemos que o ser humano é capaz de muita coisa boa no mundo, porém não somos capazes de respeitar a nossa própria espécie, pois matamos o próximo por motivo fútil, e levamos a nossa falsidade para os familiares e até tentamos destruir cidades consideradas inimigas, com tudo ainda nos resta à esperança de pessoas éticas no mundo.
Analisando o texto, podemos concordar que tudo isso se dá pelo fato de não aceitarmos o próximo, pela opinião tanto na religião, sexualidade, futebol, raça, classe social entre outros, assim sendo, não respeitamos o direito que cada um tem de optar e tomar suas próprias decisões. As coisas podem piorar, mas também podem melhorar.
“Gosto de ser homem, de ser gente, porque sei que minha passagem pelo mundo não é predeterminada, preestabelecida. Que meu “destino” não é um dado, mas algo que precisa ser feito e de cuja responsabilidade não posso me eximir. [...] Daí que insista tanto na problematização do futuro e recuse sua inexorabilidade. ”(p.30)
Assim entendemos que o destino, segundo o texto, não está dado, é algo que nós construímos historicamente a partir da nossa atuação concreta sempre imperfeita e limitada.
E cremos que por isso não podemos fugir da nossa responsabilidade de atuação no mundo, temos uma história de possibilidades e não algo determinado. Podemos sim ir mais a diante.

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