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REVISÃO PENAL

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REVISÃO – PENAL 
 Ilicitude – Contrariedade entre a conduta e o ordenamento Jurídico
 
Causas de exclusão de ilicitude.
 Legais – Estado de Necessidade, legitima defesa, estrito cumprimento do dever legal, ou no exercício regular do direito. ART.23 CP
Supralegais – Consentimento do ofendido. DOUTRINA
 Elementos para que se possa excluir ilicitude.
Objetivos – Expressos ou implícitos no tipo penal
Subjetivos – Consciência que atua amparado por uma causa de justificação.
 ESTADO DE NECESSIDADE
Conceito – Tem dois bens que tem que ser colocado numa balança e os dois são protegidos pelo ordenamento, ocorre colisão de bens, e os dois bens são juridicamente protegidos. Em que um bem vai ser mais relevante que outro. Conflito de bens juridicamente protegidos. ART 24 CP.
Teorias 
 Unitária – EN JUSTIFICANTE (Exclui a ilicitude). TEORIA ADOTADA NO NOSSO ORDENAMENTO JURIDICO, NÃO EXCLUI A CULPABILIDADE
 Diferenciadora – EN JUSTIFICANTE (Exclui a ilicitude). EXCLUI OS DOIS FATOS
 EN EXCULPANTE (Exclui a culpa).
Obs¹ - O estado de necessidade só engloba quem está em perigo atual, e não quem alega estar em iminência, perigo passado e perigo remoto ou futuro.
Obs² - O agente que por si só pratica o fato com dolo, ele não pode alegar estado de necessidade, e assim caso ele pratique algum fato que lesione ou que possa matar alguém, ele irá responder pelo fato praticado.
Obs³ - O agente que por culpa pratica um fato, ele poderá alegar estado de necessidade, porque não tinha intenção de ferir, matar ou causar mal a qualquer outrem indivíduo.
Evitabilidade do Dano – Deixar de praticar o dano.
 
 Escolher a conduta menos danosa.
Se um indivíduo tem uma saída de emergência que não está muito cheia de pessoas para sair de um determinado lugar, o mesmo deve sair sem lesionar ou matar alguém, caso ele venha a ferir e/ou matar, ele irá responder. MAS CASO TIVER UMA SAIDA E ESTÁ LOTADA DE PESSOAS PARA SAIR DE DETERMINADO LUGAR, E O AGENTE TEM QUE SAIR, É NECESSÁRIO QUE ELE LESIONE OU MATE ALGUÉM, MAS SEMPRE PROCURANDO ESCOLHER A CONDUTA MENOS DANOSA.
En próprio e de terceiro – Salvar bem de terceiro, a única restrição é que não pode atuar é se o bem de 3° for disponível, só pode se for indisponível. EX.: Mãe que está em uma tabua e seu filho não conseguiu se salvar, porem tem outra pessoa tentando subir na tábua e a tábua só aguenta mais uma, hipoteticamente obvio que a mãe vai salvar seu filho. A pessoa salva quem ele acha melhor, portando que seja um bem indisponível. 
Razoabilidade do sacrifício – Quer dizer que o agente não pode hipoteticamente se salvar de uma lesão e causar a morte de alguém. Então exclui estado de necessidade, porém o ART.24 $ 2° CP, entende que que a pena pode ser reduzida de um a dois terços. E também não é exigível que eu proteja meu patrimônio para deixar de salvar o bem de outras pessoas. Tem que salvar as o bem jurídico tutelado, a vida, então se uma casa está pegando fogo eu não deixo ninguém quebrar uma porta ou janela para se salvar. Então a mesma pessoa não estará em estado de necessidade. Não é permitido.
Dever legal de enfrentar o perigo – São aquelas que tem o dever de enfrentar o perigo, são exemplos as profissões de bombeiros, policiais, salva-vidas, etc. Art. 24 $ 1° 
Classificação 
Defensivo – Conduta é dirigida ao causador do perigo
Agressivo – Conduta é dirigida a bens de quem não provocou o perigo.
 Ex.: O agente dirigindo um carro em uma via terrestre e percebe que atrás dele está vindo um caminhão desgovernado e ele sabe que esse caminhão pode ocasionar um acidente e tirar a vida do indivíduo e ele joga o carro para o acostamento onde tem outros carros para proteger o bem jurídico. Então também é estado de necessidade 
Ex.: Cachorro muito bravo solto na rua e vai correndo em direção ao agente, saca uma faca e acaba matando o animal. Então é estado de necessidade.
Elemento subjetivo – O agente precisa saber ou acreditar que atua em estado de necessidade
 Ex.: Medico que realiza parto de natureza grave, que põe a gestante em risco e o beber, será permitido aborto para salvar vida de terceiro. No caso obviamente, a gestante. 
Aberratio criminis – O cachorro corre em direção ao agente e saca uma arma e desfere os tiros no cachorro, obviamente era estado de necessidade. POREM QUANDO A BALA BATE NO CHÃO, ELA RICOCHETEIA E ACERTA EM UMA PESSOA QUE ESTAVA PASSANDO NO MOMENTO, SENDO ASSIM ELE NÃO IRÁ RESPONDER QUE PREVER O RESULTADO DIVERSO DO PRETENDIDO. ART 74 CP.
EN PUTATIVA – É quando o agente imaginando uma ação que de fato não está acontecendo
 
 LEGITIMA DEFESA
Conceito - Temos uma agressão que ela é justificada, que é justa, por que ela está se defendendo de uma agressão injusta, então é um conflito que é o direito de se defender contra um ilícito que é o de atacar, então seria quem comete um ato ilícito é o que ataca, contra uma defesa que seria licita. ART.25 CP.
Bens amparados – Qualquer bem juridicamente tutelado, não protege
I – O bem somente será passível de defesa se não for possível socorrer – se ao estado.
II – Bens comunitários, fé pública, saúde pública, segurança do tráfico
Legitima defesa autentica – Quando a situação da ingressão injusta está efetivamente ocorrendo no mundo concreto, existe realmente uma agressão injusta que pode ser repelida pela vítima, atendendo aos limites legais.
Legitima Defesa putativa - Quando é imaginária, só existe na mente do agente, só o agente acredita que por erro que está ou será agredido injustamente. ART.20 $1°
Injusta Agressão – Bens que estejam sendo lesados ou ameaçados de lesão por uma conduta proveniente do homem e a conduta não pode ser amparada pelo ordenamento jurídico.
Meios Necessários – Todos aqueles meios eficazes e suficiente à repulsa da agressão injusta que está sendo praticado ou que está prestes a ocorrer.Com moderação no uso dos meios necessários até que cesse a agressão injusta
Atualidade e iminente agressão – Atual: Agressão está ocorrendo
 Irá acontecer, sem intervalo longo de tempo.
Inexigibilidade da conduta diversa – É quando o agente é ameaçado antes de um consumação, e pelo fato da ameaça, decide matar o que lhe fez ameaça, logo não será legitima defesa. Porque é remota e futura.
 IMPUTABILIDADE 
Imputável – É a regra
Inimputabilidade – A exceção 
Por doença mental 
Imaturidade natural 
Caratês de inimputabilidade 
 
 Existência de doença mental (biológico). 
 Incapacidade do entendimento (psicológico). 
Critério adotado – BIOPISCOLOGICO que diz que não basta o doente, ter a doença, tem que ter uma perícia confirmando sobre o fato.
 ERRO SOBRE ELEMENTO DO TIPO
Conceito – Ocorre quando alguém não conhece, ao cometer um fato, uma circunstância que pertence ao tipo legal. Falta a consciência que pratica uma infração, afastando o dolo. Erro exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo previstos em lei. Significa que pode haver culpa.
 Ex.: Quando uma pessoa pega celular de outra pensando que era o dela pelo fato de os celulares terem o mesmo modelo.
Erro do tipo invencível – Escusável, justificável, inevitável. Estes erros ocorrem quando o agente não tinha como evita – lá mesmo tomando todas as cautelas. Qualquer pessoa incorreria em erro se estivesse na mesma situação. Afasta dolo e culpa, excludente de ilicitude
Erro do tipo Vencível - inescusável, injustificado, evitável. Estes erros ocorrem quando o agente poderia evitar o resultado, se tivesse atuado com a diligencia exigida. AFASTA SOMENTE O DOLO, O AGENTEPODE RESPONDER POR CRIME CULPOSO, SE PREVISTO EM LEI.
 Erro Acidental
 Conceito - Agente age sabendo que comete um delito, apenas erra um elemento não essencial ou erra no movimento da execução.
Erro sobre objeto – O erro recai no objeto a que se destina a conduta do agente.
 Ex.: O agente vai furtar uma saca de açúcar, e acaba furtando uma saca de feijão. Significa que ele vai responder do mesmo jeito, só errou no objeto.
Erro sobre a pessoa – Por erro do agente atinge – se pessoa diversa da pretendida. ART 20 $ 3°
 A B
O agente quer acertar A e acaba acertando B, ele vai responder por homicídio do mesmo jeito, não importa se ele errou.
Erro na execução – Por erro na execução, o agente atinge pessoa diversa. (Igual o art. 20 $ 3°). E se também atingir a pessoa pretendida, aplica se o concurso formal de crimes. ART.70 CP. 
Resultado diverso do pretendido – O erro deverá ser de coisa para a pessoa. O agente responde por culpa, se houver previsão. Se também ocorrer o resultado pretendido aplica o concurso formal.
Erro sobre o curso causal – O erro está na causa do resultado. 
 ERRO DE PROIBIÇÃO 
Consciência da Ilicitude
 
 Real – o agente dever saber efetivamente. Tem que ter consciência que é crime
 Potencial – Basta a possibilidade de conhecimento. (TEORIA ADOTADA NO NOSSO ORDENAMENTO JURIDICO). 
Espécies.
Direto – Erra sobre o conteúdo proibitivo da norma. 
 Ex.: Quando um estrangeiro vem para o Brasil tipo, um holandês pensando que a maconha é permitida no Brasil, significa que ele não tem consciência da norma brasileira e acaba fumando.
Indireto – Descriminante putativa, o erro recai sobre a existência. 
 Ex.: Pai que matar um indivíduo pelo fato do mesmo ter estuprado sua filha. Ele pensa que não tem crime para esse tipo de caso e acha que agiu em legitima defesa.
Mandamental – Ele incide sobre o mandamento contido nos crimes omissivos.
 Ex.: Quando um indivíduo ver uma criança se afogando e não faz nada, pelo fato de ele não ter feito nada e achar que não iria acontecer nada com ele. Ele é omisso, porque a norma obriga que ele ajude a criança, mas ele não sabia disso, não tinha consciência. E ele erra, do tipo de erro mandamental.
Consequências 
 Inevitável – Isento de pena. Não tinha como agente saber que naquele caso aplicaria aquela norma.
 Ex.: Fazendeiro muito tempo sem ir na cidade, não sabe que caçar capivara é crime. O erro é inevitável, pois ele ia caçar de todo jeito pensando que o fato era licito, legal.
 Evitável – Diminui a pena de 1/6 a 1/3. ART.21 PARAGRAFO ÚNICO CP
 COAÇÃO IRRESISTIVEL E OBEDIENCIA HIERARQUIA 
Os dois são causas legais que excluem a culpabilidade.
 Coação irresistível – Ex.: Pai que tem seu filho sequestrado, e os sequestradores estão com arma na cabeça de seu filho e exigem que o pai mate alguém que os sequestradores querem, então esse pai teve uma coação irresistível. Ele não queria matar, mas foi obrigado, forçado.
 Obediência Hierárquica 
 Requisitos:
 - Ordem de superior Hierárquico. Ex.: Na PM, uma comandante manda que um cabo faça algo ilegal, pelo fato de o comandante ter um grau superior ao cabo, o cabo tem que obedecer. E isso. Essa ilegalidade não vai ser atribuída à ele, pelo fato de ele obedecer.
 - Ordem não manifestamente ilegal – Quando o agente sabe que é ilegal a ordem do comandante, mas mesmo assim faz, ele não estará acobertado pela excludente de culpabilidade.
 - Cumprimento estrito da ordem – Quando o agente não cumpre a obediência hierárquica de seu superior.

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