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ARTIGO PSICOPEDAGOGIA mmINSTITUCIONAL

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FUNDAÇÃO FRANCISCO MASCARENHAS-FFM
FACULDADES INTEGRADAS DE PATOS-FIP
PROGRAMA DE POS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA
MARIA DA CONCEIÇÃO PIRES
DIAGNÓSTICO PSICOPEDAGÓGICO
ITAPORANGA-PARAÍBA
AGOSTO-2015
RESUMO
O presente artigo, trata-se de uma teoria psicopedagogia, com o propósito de conhecer as derivadas dos problemas de aprendizagem, mostrando a atuação do psicopedagogo no campo institucional. Utilizando-se dos pontos de identificação da psicopedagogia no processo de diagnóstico institucional educacional foram demonstrados, neste artigo, diretrizes que antecedem uma intervenção. O Diagnostico Psicopedagógico permite investigar o meio, estabelecendo regularidades entre o cognitivo e o funcional e as diferenças de aprendizagem para a consolidação do conhecimento, dentro dos parâmetros.. Esta pesquisa de caráter bibliográfica, tem como referencial teórico Jorge Visca, Sara Paín, Nadja Bossa entre outros, cujo cunho é primordial para o exercício profissional do psicopedagogo.
Palavras-chaves: Aprendizagem, Causa, Conhecimento, Trabalho. 
ABSTRACT
RESUMO
Palabras clave :, 
INTRODUÇÃO
 A Psicopedagogia, é um campo do conhecimento que faz uma justaposição de duas ciências –Psicologia e a Pedagogia- que visa identificar a complexidade inerente sobre os variados processos envolvidos no aprender humano. Estuda o processo de aprendizagem e suas dificuldades, compreendendo os padrões evolutivos normais e patológicos. Considerando a influência da sociedade, da família e da escola no processo da construção do conhecimento. Para Santos (2010), o psicopedagogo institucional é o profissional que
 “a partir de uma macro visão da instituição, como um todo, proporcionada através do diagnóstico psicopedagógico institucional que poderá tomar decisões mais acertadas nos momentos de crise. A previsão de tais momentos e as estratégias para evitá-los e ainda o adequado planejamento culminarão para o alcance dos objetivos da instituição. Evidencia-se assim, ser esta uma atividade constante”. (p.1)
 Para que o trabalho da psicopedagogia se concretize é necessário que o mesmo tome conhecimento dos procedimentos e testes de aplicação de Diagnóstico Psicopedagógico. Onde há uma investigação que, pretende-se obter uma compreensão global do indivíduo, bem como sua forma de aprender e dos desvios que estão ocorrendo nesse processo.
Referencial teórico
 A Psicopedagogia é uma área de estudo nova que lida com as dificuldades de aprendizagem em padrões normais ou patológicos, levando em consideração o meio onde o indivíduo está inserido. Fernández (1990) afirma que o diagnóstico, para o terapeuta, deve ter a mesma função que a rede para um equilibrista. É através do diagnostico que o psicopedagogo intervê para fazer o encaminhamento necessário.
 O trabalho do Psicopedagogo na instituição tem caráter preventivo, desenvolve a função de Assessor psicopedagógico, de modo que trabalha com mapeamento da instituição para um diagnóstico institucional. Ele ouve e observa todos os envolvidos com a instituição. Para que assim crie competências e habilidades para solucionar os problemas. 
Piaget, em Psicología de la Inteligência, afirma que:
O indivíduo não atua senão quando experimenta a necessidade; ou seja; quando o equilíbrio se acha momentaneamente quebrado entre o meio e o organismo, a ação tende a reestabelecer este equilíbrio, quer dizer, precisamente, a readaptar o organismo... (PIAGET apud VISCA, 1991, p. 41).
	 A intervenção do Psicopedagogo favorece os mecanismos de aprender e de ensinar, nos aspectos das relações de vínculos dos alunos com a escola, com o professor e com todos da comunidade escolar, Segundo Bossa (1994, p.23),
[...] cabe ao psicopedagogo perceber eventuais perturbações no processo aprendizagem, participar da dinâmica da comunidade educativa, favorecendo a integração, promovendo orientações metodológicas de acordo com as características e particularidades dos indivíduos do grupo, realizando processos de orientação. Já que no caráter assistencial, o psicopedagogo participa de equipes responsáveis pela elaboração de planos e projetos no contexto teórico/pratico das políticas educacionais, fazendo com que os professores, diretores e coordenadores possam repensar o papel da escola frente a sua docência e as necessidades individuais de aprendizagem da criança ou, da própria ‘ensinarem’.
 
 Porto (2006), define o psicopedagogo institucional como um mediador entre o sujeito e sua história, intervindo nos fatores que causaram a dificuldade de aprender deste aluno. Na perspectiva de Linhares (1985: 31) a “psicopedagogia aponta como centro de sua ação e reflexão o pedagógico e, dentro dele, sublinha os fatores psicológicos”. 
 Atualmente vem crescendo a necessidade de um profissional com atuação terapeuto-preventivo. Essa necessidade é condizente com o fenômeno aprendizagem em seu processo maior, num processo educativo na vida , na sociedade e nas relações sociais. Tratar de questões que diz respeito ao ensinar e o aprender, torna um desafio mesmo para aquele educador “construtivo”, de acordo com Oliveira (2009, p.124), “uma atitude investigativa é fundamental para que o educador esteja atento às necessidades dos educandos”. Bossa (2000, p.21) afirma que: 
A Psicopedagogia ocupa-se da aprendizagem humana que adveio de uma demanda – o problema de aprendizagem, colocado num território pouco explorado, situado além dos limites da Psicologia e da própria Pedagogia – e evolui devido à existência de recursos, ainda que embrionários, para entendera essa demanda, constituindo-se assim, numa prática. Como se preocupa como problema de aprendizagem, deve ocupar-se inicialmente do processo de aprendizagem. Portanto, vemos que a Psicopedagogia estuda as características da aprendizagem humana: como se aprende, como essa aprendizagem varia evolutivamente e está condicionada por vários fatores, como se produzem as alterações na aprendizagem, como reconhecê-las, tratá-las e preveni-las.
 O psicopedagogo possibilita intervenção visando à solução dos problemas de aprendizagem, considerando o caráter indissociável entre os processos e as dificuldades na aprendizagem. As dificuldades de aprendizagem estão cada vez mais presentes nas escolas o que acarretar prejuízos para os educandos, ocorrendo até a vazão escolar. O código de ética da Associação Brasileira de Psicopedagogia. No Capitulo I,a rtigo 2, prevê a que Psicopedagogia é de natureza interdisciplinar. Utiliza recursos das várias áreas do conhecimento humano para a compreensão do ato de aprender no sentido, ontogenético e filogenético, valendo-se de métodos e técnicas.
 Os educadores deverá ter conhecimentos para estar em sintonia com o processo de aprender do estudante e as dificuldades para facilitará a pratica do diagnostico psicopedagógico. Para Scoz (2009, p. 154): 
O psicopedagogo auxilia os educadores a aprofundarem seus conhecimentos sobre as teorias de ensino/aprendizagem e as recentes contribuições de diversas áreas do conhecimento, redefinindo-as e sintetizando-as numa ação educativa. Esse trabalho levaria o educador a olhar-se como “aprendente” e como “ensinante”, conectando-o com as próprias inseguranças, com a angústia de conhecer e de desconhecer, fazendo-os redimensionar seus próprios modelos de aprendizagem e o seu vínculo com os alunos.
 O educador deve buscar, pesquisar, aprender a ensinar, mantendo sempre atualizado quanto aos conhecimentos. Cabendo-lhe desenvolver a afetividade e respeito consigo, com o outro, agir como um ser ativo. Para Pires (1990), “ 
A educação depende do conhecimento menor ou maior que o educador possua de si mesmo. Porque conhecer-se a si mesmo é o primeiro passo do conhecimento do ser humano.... Essa igualdade fundamental e essencial é o que caracteriza o homem. As diferenças temperamentais, culturais, de tipologia psicológica,de raça ou nacionalidade, de cor ou tamanho são apenas acidentais. 
Cada dia aumenta o número de crianças com dificuldade de aprendizagem na maioria dos casos o professor é o primeiro a identificar que a criança está com alguma dificuldade, mas a família deve ficar atentos ao desenvolvimento e ao comportamento da criança, sabe que a criança tem alguma dificuldade de aprendizagem, deve se encaminhar para um psicopedagogo para que possa diagnosticar e intervi. É necessário, nas dificuldade de aprendizagem que o psicopedagogo tenha um olhar abrangente sobre as causas das dificuldade, indo além dos problemas biológicos, esses problemas deve ser diagnosticado, prevenido e curado a parti de dois personagens e no vínculo entre educando e educador Segundo Bossa (2000,p.31) “proposta da Psicopedagogia, numa ação preventiva, é adotar uma postura crítica frente ao fracasso escolar, numa concepção mais totalizante, visando propor novas alternativas de ação voltadas para a melhoria da prática pedagógica nas escolas”. 
Para diagnosticar psicopedagogicamente as dificuldades de aprendizagem do aluno no âmbito escolar, explica Escott apud Porto (2006, p. 118), o psicopedagogo desenvolve “(...) através de um olhar alimentado por esse campo do conhecimento, é possível identificar as dificuldades, os obstáculos, relações e possibilidades dos sujeitos envolvidos na instituição”. Diagnosticar um problema é investigar os meios utilizando métodos instrumentos próprios da psicopedagogia para identificar a queixa da escola em relação à dinâmica processual de ensino e aprendizagem, e compreender fundamentalmente tais processos. O diagnóstico psicopedagógico institucional, de acordo com Bassedas, (1996, p.24):
(...) busca conhecer, olhar e escutar a relação do sujeito com o conhecimento objetivando a melhoria do ensino e da aprendizagem, ou seja, para ajudar a família, a escola (em todos os níveis – administrativo, docente, técnico, discente) a cumprir o seu papel, atuando como um articulador do ensino e da aprendizagem.
Para se chegar a um diagnóstico escolar deve se investiga o meio para identificar o problema. O diagnóstico psicopedagógico institucional, de acordo com Bossa (2000, p. 101).
 É de extrema relevância detectarmos, através do diagnóstico, o momento da vida da criança em que se iniciam os problemas de aprendizagem. Do ponto de vista da intervenção, faz muita diferença constatarmos que as dificuldades de aprendizagem se iniciam com o ingresso na escola, pois pode ser um forte indício de que a problemática tinha como causa fatores intra-escolares. 
 Cabe ao psicopedagogo perceber eventuais perturbações no processo-aprendizagem, participar da dinâmica da comunidade educativa, favorecendo integração, promovendo orientações metodológicas de acordo com as características e particularidades, dos indivíduos do grupo, realizando processos de orientação. (BOSSA, 2000, p. 24). Afirma que o diagnóstico psicopedagógico é, em si, uma intervenção, pois o psicopedagogo tem de interagir com o cliente, a família e a escola, partes envolvidas na dinâmica do problema. Para Miranda (2008) “o diagnóstico psicopedagógico significa uma investigação da aprendizagem que considera a totalidade dos fatores intervenientes no ato de aprender”. Já Rubinstein (1996) compara o diagnóstico psicopedagógico a um processo de investigação, onde o psicopedagogo assemelha-se um a detetive a procura de pistas, selecionando-as e centrando-se na investigação de todo processo de aprendizagem, levando-se em conta a totalidade dos fatores envolvidos neste processo.
O diagnóstico Psicopedagogo deve levantar hipótese, verificar o potencial da aprendizagem para que seja possível saber o que aquele individuo sabe, quais suas dificuldades, competências e de que forma aprende. Miranda (2008, p.156) traz a seguinte colocação: 
(...) Cada um segue seu ritmo, segundo suas possibilidades de reorganização das estruturas cognitivas; sempre há, portanto, níveis distintos de conceptualização. Do ponto de vista da psicogênese, as aquisições realizam-se por caminhos que não são determinados pela escola. Nesse sentido, as pesquisas de Ferreiro e Teberosky (1986) evidenciam que, independente da metodologia de trabalho do alfabetizador, as crianças avançam em momentos distintos. Isso ocorre porque o método não cria aprendizagens: o conhecimento é resultado da própria atividade do sujeito (...). 
 Nas dificuldades de aprendizagem, é necessário que analise o sujeito, para que possa decifrar os processos que dão sentido ou seu entorno para que seja capaz de conhecer-lhe e buscar uma resposta.  Para. (PORTO, 2007, p. 109)
[...] O psicopedagogo atua intervindo como mediador entre o sujeito e sua história traumática. [...] O profissional deve tomar ciência do problema de aprendizagem e interpretá-lo para a devida intervenção. Com essa atitude, Psicopedagogo auxiliará o sujeito a reelaborar sua história de vida, reconstruindo fatos que estavam fragmentados, e a retomar o percurso normal de sua aprendizagem. (...). Enfim, analisa a dinâmica institucional como todos os profissionais nela inseridos, detectando os possíveis problemas e intervindo para que a instituição se reestruture. 
 Os recursos constituem instrumentos que os psicopedagogos se tem utilizados, para a realização do diagnóstico e da intervenção faz se uso dos jogos, desenhos e brincadeiras, pois é através dos mesmos que as crianças manifestam suas emoções. Cabe, portanto, ao psicopedagogo escutar e analisar as mensagens.
A brincadeira é extremamente excitante. Compreenda-se que é excitante não primariamente porque os instintos se acham envolvidos; isto está implícito. A importância do brincar é sempre a precariedade do Inter jogo entre a realidade psíquica pessoal e a experiência de controle de objetos reais. É a precariedade da própria magia, magia que se origina na intimidade, num relacionamento que está sendo descoberto como digno de confiança. Para ser digno de confiança, o relacionamento é necessariamente motivado pelo amor da mãe, ou pelo seu amor ódio ou pela relação de objeto, não por formações reativas. Quando um paciente não pode brincar, o psicoterapeuta tem de atender a esse sintoma principal, antes de interpretar fragmentos de conduta (Winnicott, 1975 p.71).
 Para (Efronet al. 1994, p. 169). A hora de jogo constitui um recurso ou instrumento técnico que o psicólogo utiliza dentro do processo psicodiagnóstico com a finalidade de conhecer a realidade da criança que foi trazida à consulta.
 No Diagnóstico Psicopedagógico há a chamada Entrevista, onde é aplicada uma Anamnese com o sujeito e a família, que tem a intenção de investigar o modelo de aprendizagem do sujeito extraindo informações importantes. Todas as informações essenciais da anamnese devem ser registradas para que se possa fazer um bom diagnóstico e confrontada com todo o trabalho do diagnóstico para se proceder a devolução e o encaminhamento. Para Visca, a EOCA deverá ser um instrumento simples, porém rico em seus resultados. Há também a Entrevista Familiar Exploratória Situacional (E.F.E.S), a E.O.C.A. (Entrevista Operativa Centrada na Aprendizagem) sugerida por Jorge Visca (1987 apud WEISS, 1992, p.41), o D.I.F.A.J. (Diagnóstico Interdisciplinar Familiar de Aprendizagem em uma só Jornada) sugerida por Alícia Fernandéz (1990 apud WEISS, 1992, p.44). 
Para Visca, a EOCA deverá ser um instrumento simples, porém rico em seus resultados. Consiste em solicitar ao sujeito que mostre ao entrevistador o que ele sabe fazer, o que lhe ensinaram a fazer e o que aprendeu a fazer, utilizando-se de materiais dispostos sobre a mesa, após a seguinte observação do entrevistador: "este material é para que você o use se precisar para mostrar-me o que te falei que queria saber de você" (VISCA, 1987, p. 72).). 
Visca propôs o seguinte Esquema Sequencial Proposto pela Epistemologia Convergente:
 
	Ações do entrevistador
 
EOCA
 
 
Testes
 
 
 
AnamneseElaboração do Informe
	Procedimentos Internos do Entrevistador
 
1º sistema de hipóteses
Linhas de investigação
 
Escolha de instrumentos
2º sistema de hipóteses
Linhas de investigação
 
Verificação e decantação do 2º sistema de hipótese.
Formulação do 3º sistema de hipóteses
 
Elaboração de uma imagem do sujeito (irrepetível) que articula a aprendizagem com os aspectos energéticos e estruturais, a-históricos e históricos que a condicionam.
(VISCA, 1991)
 Percebe-se no quadro acima, que ele propõe iniciar o diagnóstico com a EOCA e não com a anamnese afirmando que:
“... os pais, invariavelmente ainda que com intensidades diferentes, durante a anamnese tentam impor sua opinião, sua ótica, consciente ou inconscientemente. Isto impede que o agente corretor se aproxime ‘ingenuamente’ do paciente para vê-lo tal como ele é, para descobri-lo. (Id. Ibid., 1987, p. 70).
Alguns profissionais iniciam com a anamnese como é o caso de Weiss:
	1º - Entrevista Familiar Exploratória Situacional (E.F.E.S.)
2º - Anamnese
3º - Sessões lúdicas centradas na aprendizagem (para crianças)
4º - Complementação com provas e testes (quando for necessário)
5º - Síntese Diagnóstica – Prognóstico
6º - Devolução - Encaminhamento
(WEISS, 1994)
 Para Visca, o que nos interessa observar na EOCA são "...seus conhecimentos, atitudes, destrezas, mecanismos de defesa, ansiedades, áreas de expressão da conduta, níveis de imperatividade, mobilidade horizontal e vertical etc. (1987, p. 73)
 Observando também três aspectos a serem verificados em outros momentos do diagnóstico:
A temática – é tudo aquilo que o sujeito diz, tendo sempre um aspecto manifesto e outro latente;
A dinâmica – é tudo aquilo que o sujeito faz, ou seja, gestos, tons de voz, postura corporal, etc). A forma de pegar os materiais, de sentar-se são tão ou mais reveladores do que os comentários e o produto.
O produto – é tudo aquilo que o sujeito deixa no papel.
(Id. Ibid., 1987, p. 74)
As provas operatórias têm como objetivo principal determinar o grau de aquisição de algumas noções-chave do desenvolvimento cognitivo, detectando o nível de pensamento alcançado pela criança, ou seja, o nível de estrutura cognoscitiva com que opera (2003, p. 106). Sobre as provas projetivas Weiss observa que:
 O princípio básico é de que a maneira do sujeito perceber, interpretar e estruturar o material ou situação reflete os aspectos fundamentais do seu psiquismo. É possível, desse modo, buscar relações com a apreensão do conhecimento como procurar, evitar, distorcer, omitir, esquecer algo que lhe é apresentado. Podem-se detectar, assim, obstáculos afetivos existentes nesse processo de aprendizagem de nível geral e especificamente escolar (2003, p. 117)
Anamnese
 Consiste em uma entrevista mais abrangente através de um roteiro onde é realizada com a família. Para a investigação das dificuldades apresentadas por terceiros. É ela que possibilita a integração das dimensões de passado, presente e futuro do paciente, além de conhecer sua mentalidade; medo, anseio, desejos e pensamento. Com essa entrevista, tem-se por objetivo colher dados significativos sobre a história de vida do paciente. Segundo Weiss, o objetivo da anamnese é "colher dados significativos sobre a história de vida do paciente" (2003, p. 61). 
 Para que a pesquisa flua e necessário que o sujeito no profissional, no qual a sua função é diagnosticar e não fazer meros julgamentos a respeito de suas dificuldades. Segundo Andrade (2001, p.165) “não há construção do saber, se não se joga com o conhecimento”. Para (BOSSA, 2000, p. 101).
É de extrema relevância detectarmos, através do diagnóstico, o momento da vida da criança em que se iniciam os problemas de aprendizagem. Do ponto de vista da intervenção, faz muita diferença constatarmos que as dificuldades de aprendizagem se iniciam com o ingresso na escola, pois pode ser um forte indício de que a problemática tinha como causa fatores intra-escolares. 
A entrevista, é de responsabilidade de quem realizou o diagnostico psicopedagogo, deve-se evitar questionamentos instigativos e promessas. A entrevista deve seguir os seguintes tópicos.
1- HISTORIA FAMILIAR: inicia-se pelos pais: se são vivos, situação de saúde, relação pai-mãe/irmão-irmão, e como medida sensata obter informações adicionais com terceiros.
2-HISTORIA PESSOAL: data do parto, tipo de parto, saúde da mãe durante a gestação, a amamentação e a criação.
3-INFÂNCIA: desenvolvimento, fala, dentição, locomoção, amigos, escola.
4-ESCOLA: primeira vez, rotina, relação com os docentes e colegas.
5-TRABALHO: idade que começou.
6-MESTRUAÇÃO: início da mestruação, reação à mestruação, sintomas e queixas.
7-PRATICAS SEXUAL: queixas e relatos.
8-RELIGIÃO: costumes.
 
 O diagnóstico psicopedagógico é um instrumento que investiga os elementos que se interpõem no processo de aprendizagem do sujeito Para Fernandez( 1990), a tarefa diagnostica é “que determina discriminatoriamente o futuro intelectual de uma criança...”. Sendo necessária a identificação das habilidades do sujeito de imediato para que o mesmo não se exponha com posturas desagradáveis. Como diz Carvalho (1993), “a criança na verdade não apresenta déficit, o que existem são diferenças e não deficiências”.
Os transtornos a seguir são exemplos das dificuldades que os sujeitos, ao procurar o Psicopedagogo Institucional, apresentam:
Transtornos Neurológicos:
Autismo
Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade – TDAH
Transtornos Psiquiátricos
Esquizofrenia
Transtornos Comportamentais
Agressividade
Distúrbios Sexuais
Transtornos Emocionais e Psicossomáticos
Depressão
Medo
Enurese
Transtornos da Aprendizagem e da Comunicação
Dislexia
Dislalia
Disgrafia
Gagueira
Para Weiss, o objetivo da anamnese é “colher dados significativos sobre a história de vida do paciente” (2003, p. 61).
Conforme Weiss, em alguns casos deixa-se a família falar livremente. Em outros, a depender das características da família, faz-se necessário recorrer a perguntas sempre que necessário. Os objetivos deverão estar bem definidos, e a entrevista deverá ter um caráter semi diretivo (2003, p. 64).
Além de todas essas questões a serem desenvolvidas o setor de psicopedagogia da escola, precisa buscar também, mais abrangente. Essas áreas para Perrenoud (2000) são)
 A) Criar e fazer funcionar um conselho de alunos; 
b) Ampliar a gestão de classe para um espaço mais amplo;
 c).Criar a possibilidade para que os alunos colaborem entre si no processo de ensino- aprendizagem; 
d) Criar um projeto comum a todos; 
e) Fazer grupos de trabalhos e dirigir reuniões; 
f) Criar e renovar equipe pedagógica; 
g) Sempre administrar os conflitos interpessoais;
 h) Ampliar a participação dos alunos no ‚ambiente da escola; 
i) Realizar reuniões de informações e debate;
 j) Realizar as regras de disciplinas; 
l) Desenvolver o senso de responsabilidade, humildade, comprometimento e solidariedade entre todos.
O trabalho do psicopedagogo e de caráter preventivo, no qual o seu principal objetivo é a prevenção das dificuldades de aprendizagem, mas dependendo da realidade encontrada na escola o psicopedagogo pode trabalhar de forma curativo. 
A psicopedagogia institucional atual, ela pretende, primeiramente, prevenir situações de aprendizagem e/ou de adaptação ao ambiente escolar ou profissional; mas uma vez que o problema de aprendizagem já exista e suas raízes estejam situadas no sujeito, mas no ambiente escolar ou profissional, na pratica pedagógica dos professores, nas práticas administrativas ou, ainda, nos vínculos afetivos, a intervenção curativa grupal deve ocorrer no âmbito institucional (SERRA,2004, p.7)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 No presente trabalho declaramos que a atuação psicopedagógico é bastante
Abrangente, pois interfere de forma direta ou indireta em todos os espaços que influenciam aprendizagem do aluno: família, escola, social,individual, etc.
Porém é de fundamental importância discutir, qual é o papel da psicopedagogia na instituição educacional, porque é algo amplo e cheio de surpresas no dia a dia da sua atuação. O objeto de estudo desse processo é o ser humano, ele é complexo e mutante na sua essência, neste aspecto a psicopedagogia tem um papel importante no processo escolar, pois vem colaborar nas possíveis intervenções. Independentemente da concepção teórica que se tem sobre o ser humano, um fato é certo: o ser humano, Afirma BOSSA (1994), que os problemas de aprendizagem possuem origem na constituição do desejo do sujeito. Nesse sentido, compreender o processo de aprendizagem e suas implicações, assim como auxiliar na superação dessas implicações, constituem objetivos específicos da atuação psicopedagogia. 
A intervenção Psicopedagogia almeja desenvolver habilidades no individuo, eliminar dificuldades e proporcionar uma aprendizagem conforme sua capacidade. Goulart (2011,p. 63) afirma que a descentração necessária para se chegar às operações não se baseia apenas num universo físico, mas também num universo social, o que significa dizer que o contexto familiar e social do indivíduo deve ser analisado, pois pode ter respostas precisas.
Conclui-se que ter um psicopedagogo atuando na escola e fundamental para prevenir possíveis percalços relacionado a aprendizagem. Além disso o Diagnostico Psicopedagógico é um passo inicial para conhecer o indivíduo no que tange seu desenvolvimento. E para que isso ocorra, desde já é essencial a participação da família, na qual é o primeiro laço afetivo do indivíduo. 
REFERENCIAS
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