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Políticas Governamentais

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Políticas Governamentais
Imposição de um Preço Teto no Mecanismo de mercado
Se o Preço Teto ficar acima do Preço de Equilíbrio de Mercado, a imposição de um Teto não afetará a alocação de recursos. O preço e a quantidades produzidas permanecerão iguais.
Entretanto, se o Preço Teto for abaixo do Preço de Equilíbrio, haverá escassez de bens. Ao Preço Teto imposto pelo governo, os Produtores só se sentirão estimulados a produzir uma certa quantidade de bens, enquanto que os consumidores desejarão consumir uma quantidade bem mais elevada do produto.
Caso haja possibilidades do Preço subir acima do Preço Teto, o mercado voltará ao Equilíbrio com a quantidade produzida igual à quantidade consumida, a um Preço de Equilíbrio ,mais elevado.
Caso a Imposição desse Preço Teto não possa ser burlada, haverá escassez de bens no Mercado.
Preço Teto e Choque de Oferta
Em 1973 o primeiro choque do petróleo elevou o preço do Barril de Petróleo de 2 dólares para 8 dólares. Como era comum que governos estipulassem um Preço Teto para o Petróleo naquela época, a quadruplicação dos preços do petróleo gerou um efeito inesperado no Mecanismo de Mercado.
Se não houvesse o Preço Teto, o preço da gasolina depois do choque do petróleo seria muito mais cara, mas a queda da oferta de gasolina seria relativamente pequena.
Mas como existia um Preço Teto na época, o consumo de gasolina teve que cair significativamente, ainda que o preço se situasse bem mais baixo que o máximo.
Controle de preços no curto e no longo prazo
Se determinado preço, como o preço da energia elétrica é controlado pelo governo em um determinado patamar, as conseqüências de consumo e produção no curto e no longo prazo serão diferentes.
No curto prazo, o controle de preços tende a gerar uma pequena escassez de energia elétrica, porque a oferta é infinitamente inelástica.
No longo prazo, a oferta deixa de ser inelástica para se tornar elástica e a demanda tente a ficar mais elástica ainda. A escassez, que era pequena no curto prazo, tende a crescer enormemente no longo prazo.
Como o Preço Mínimo afeta o Mecanismo de Mercado
Já foi visto que o governo pode interferir no mecanismo de mercado impondo um Preço Teto, Subsidiando a Produção ou efetuando Compras Governamentais. A imposição de um Preço Mínimo também afetará a alocação de Recursos de Mercado.
Se o governo impuser um Preço Mínimo em um valor abaixo do Preço de Equilíbrio, não haverá nenhuma alteração no Mecanismo de Mercado.
Se o Preço Mínimo ficar acima do Preço de Equilíbrio de Mercado, os produtores desejarão ofertar uma quantidade muito maior que aquela que os Consumidores desejariam consumir. Com isso haverá crise de superprodução.
A solução natural de toda crise de superprodução é a queda de preços. Isso não poderá ocorrer porque o Preço Mínimo estipulado pelo governo ficará acima do preço de Equilíbrio, a não ser que produtores e consumidores consigam burlar a legislação e barganhem livremente concordando com um preço abaixo do Preço Mínimo, que tende a ser o Preço de Equilíbrio.
O Salário Mínimo
A imposição de um Salário Mínimo pelo governo tende a afetar o mercado de trabalho se esse salário mínimo for estipulado acima do Salário de Equilíbrio de Mercado.
A quantidade de trabalho ofertado excede a quantidade de trabalho demandado. Se os trabalhadores e empresários não tiverem liberdade para decidir o salário de acordo com a oferta e demanda de trabalho, o resultado final será desemprego (Oferta de trabalho maior que demanda por trabalho).
Caso haja uma forma de burlar essa imposição governamental, trabalhadores e empresários comprarão e venderão força de trabalho em um mercado subterrâneo.
No Brasil, O mercado informal emprega uma parcela significativa da população não por causa do Salário Mínimo, já que muitas vezes o trabalhador recebe o Salário Mínimo, ou até mais, mas pelos encargos sociais que trabalhadores e empresários são obrigados a pagar.
Bem-Estar Econômico
Quando as pessoas vão comemorar a Páscoa, desejam que o preço do Peixe esteja barato. Muitas vezes se decepcionam por achá-lo muito acima do esperado. Entretanto, os pescadores muitas vezes se decepcionam por ter que vender o Peixe mais barato do que desejariam, levando em conta o esforço e a dedicação para pescá-los.
Qual seria então o preço justo do peixe. O mecanismo de Mercado nos mostra qual o Preço de Equilíbrio, de acordo com a oferta e a demanda por peixe. É uma análise positiva e não normativa.
A Economia do Bem-Estar procura estudar como a Alocação de Recursos pode ser modificada para assegurar o Bem-Estar da Sociedade.
Excedente do Consumidor
É a quantidade que o consumidor deseja pagar por um bem, subtraído daquilo que ele realmente paga por ele.
Graficamente, o Excedente do Consumidor é a área entre a Reta de Preço e a Curva de Demanda.
Diz que o excedente do Consumidor mede o Bem-Estar que os consumidores extraem do ato de consumir um bem, porque os próprios consumidores o consideram assim.
A queda do Preço de um bem não aumenta apenas o Bem-Estar dos consumidores que passam a consumir o bem, mas também o Bem-Estar dos consumidores que continuam a consumir o bem, mas que agora pagam menos por ele.
Excedente do Produtor
É a quantidade que o produtor deseja receber por um bem, subtraído daquilo que ele realmente recebe por ele.
Graficamente, o Excedente do Produtor é a área entre a Reta de Preço e a Curva de Oferta.
Da mesma forma que o Excedente do Consumidor mede o Bem-Estar do ato de consumir um Bem, o Excedente do Produtor é considerado uma medida de Bem-Estar para o Produtor.
Quando o Preço de um bem sobe, novos produtores passam a produzir esse bem, tendo acesso ao Bem-Estar que os antigos produtores tinham. Os produtores que já estavam no mercado também aumentam o seu Bem-Estar, pois estão ganhando muito mais do que costumavam ganhar para produzir a mesma quantidade.
Eficiência
Diz-se que o Mercado está alocando eficientemente os recursos quando o Bem-Estar da sociedade (Produtores e Consumidores) é o máximo possível.
Se a Alocação de Recursos não for a mais eficiente possível, ainda existe a possibilidade de modificações na utilização dos recursos existentes melhorarem o Bem-Estar da sociedade.
A alocação é considerada ineficiente se o bem não estiver sendo produzido ao menor custo possível, ou se consumidores que se dispõem a pagar pelo preço mais alto possível não estiverem consumindo o produto.
Equidade
É a distribuição mais justa possível do Bem-Estar da Sociedade.
Nem sempre é possível distribuir igualmente todos os bens que são produzidos pela sociedade. Tanto porque os indivíduos têm preferências diferentes, quanto porque uma divisão unilateral do governo poderia afetar significativamente a Eficiência Econômica.
Avaliando o Equilíbrio de Mercado
Pode-se resumir a Alocação de Recursos do Mecanismo de Mercado em 3 aspectos:
Mercados Livres procuram alocar os bens preferencialmente para aqueles que valorizam mais os bens, ou seja, para aqueles se submetem a pagar o preço mais alto.
Mercados Livres alocam a demanda pelos bens para os vendedores que os produzem ao custo mais baixo possível.
Mercados Livres produzem a quantidade de bens que maximiza a soma dos excedentes dos produtores e consumidores.
Eficiência de Mercado e Falhas de Mercado
Sempre que os mercados atuarem livremente o máximo de eficiência pode ser alcançado. Entretanto as suposições para existência do mercado livre precisam ocorrer.
Falhas de Mercado
- É quando Mercados Livres não são capazes de Alocar Recursos com Eficiência.
Fala-se em Falhas de Mercado, quando
as suposições básicas feitas a respeito dos Mercados Livres não são satisfeitas. A ocorrência de Falhas de Mercado é constatada na presença de:
Poder de Mercado.
Externalidades e Bens Públicos.
Informação Assimétrica e Racionalidade Limitada.
Perda de Bem-Estar decorrente dos Impostos
Quando impostos são cobrados, o montante que o governo recebe corresponde à Transferência de Renda de Produtores e Consumidores ao Governo.
Entretanto, a queda da quantidade de Equilíbrio decorrente da adoção de impostos gera perda de Bem-Estar Social: nem todo o custo que a sociedade tem com a produção e o consumo é traduzido em renda para os integrantes da sociedade.
A Cobrança de Impostos gera um peso morto para a Sociedade. O peso Morto corresponde ao que a sociedade paga subtraído do que a sociedade recebe de volta em termos de Excedente do Consumidor, Excedente do Produtor e Arrecadação de Impostos.
As Elasticidades da Demanda e da Oferta mostram quem mais perde com a adoção de um Imposto.
Peso Morto, Arrecadação de Impostos e a Curva de Laffer
Quando um taxista compra um automóvel, ele deixa de pagar IPI e ICMS ao adquirir o novo veículo. O preço cai em média 28%. O que se pode esperar do Bem-Estar social e da arrecadação do governo com essa isenção fiscal?
Que as elasticidades da Oferta e da Demanda determinam ganhadores e perdedores, já foi demonstrado. Mas como a alíquota de impostos pode influenciar o tamanho do Peso Morto? Se o governo duplicar a alíquota, a arrecadação duplicará? Ou o Peso Morto duplicará?
Am 1974 o economista Arthur Laffer desenvolveu a noção de que a Arrecadação do Governo atinge um ponto máximo. A partir daí, um aumento de alíquota diminuirá a arrecadação.
A Noção por trás da curva de Laffer é que o Peso Morto cresce exponencialmente com o aumento da alíquota de impostos, criando desincentivos ao trabalho.
Por outro lado, um aumento das alíquotas de impostos incentiva os agentes econômicos a devotar recursos na tentativa de minimizar o pagamento de impostos, gerando queda de arrecadação.
Aplicações de Políticas Governamentais ao Comercio Internacional
Quando uma mercadoria, como o petróleo ou o aço, é vendida no mercado mundial, a possibilidade de um produtor ou consumidor influenciar os preços desse bem é muito pequena.
O que acontece quando os mercados domésticos são abertos às importações e exportações de produtos concorrentes? Que ganhos ou perdas de Bem-Estar ocorrem?
Dependendo do preço internacional ficar acima ou abaixo do preço de equilíbrio doméstico, produtores ou consumidores vão ganhar Bem-Estar e o país será exportador ou importador do bem. Mas em quaisquer dos casos, maior Bem-Estar será gerado.
O que ocorre quando o governo impõe taxas de importação sobre os bens? Quem são os perdedores e ganhadores e qual o resultado final?
Há perda de Bem-Estar (existência de Peso Morto) quando tarifas de importação são aplicadas. Se as importações forem restritas por quotas, o resultado é o mesmo para produtores e consumidores. A única mudança é que o governo não tem receita e sim os detentores de licenças de quotas de importação.
Outras razões a favor do livre comércio são:
Aumento da Variedade de Bens disponíveis.
Diminuição dos Custos de Produção pela Economia de Escalas.
Aumento da Competição
Aumento do Fluxo de Idéias e Inovações.
Argumentos a Favor do Protecionismo:
Proteção dos Trabalhadores domésticos.
Aumento da Segurança Nacional.
Proteção a Indústrias Nascentes.
Proteção contra Competição Injusta ou Desigual.
Protecionismo como forma de Barganha em Negociações.

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