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Civil Anotações

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Direito Civil
Fatos
- Fatos Comuns
- Fatos Jurídicos - Ordinários
“Stricto Sensu” - Extraordinários
-Fatos Jurídicos “Lato Sensu” - Ato-Fato Jurídico 
- Ato Jurídico “Stricto Sensu”
- Ato Jurídico “Lato Sensu” - Negócio Jurídico
- Ato Ilícito
Definições:
Fatos Comuns: aqueles que não tem envolvimento com o mundo jurídico. Exemplo: jogar um giz no chão da sala.
Fatos Jurídicos: aqueles que tem envolvimento direito com o mundo jurídico. Exemplo: arremessar uma pedra em alguém.
Fatos Jurídicos “Stricto Sensu”: fatos que causam efeito no mundo jurídico, mas não apresentam atuação humana. Eles se dividem em dois:
-Ordinários: são fatos previsíveis. Exemplo: indivíduo completar 18 anos.
-Extraordinários: são fatos imprevisíveis. Exemplo: ocorrência de um terremoto
Ato-Fato Jurídico: ocorre quando há atuação do ser humano, mas desprovida de vontade. Exemplo: achar petróleo, sem querer, no quintal da casa enquanto procurava por águas subterrâneas para consumo próprio.
Ato Jurídico “Lato Sensu”: atuação humana com vontade. Eles se dividem em três:
- Ato Jurídico “Stricto Sensu: manifestação de vontade do sujeito de maneira consciente. Efeito jurídico já previsto em lei. Exemplo: reconhecimento de um filho.
- Negócio Jurídico: os sujeitos de direito estipulam como será esse negócio. É necessária a manifestação de vontade de ambas as partes para que o negócio seja feito.
- Ato Ilícito: aquele que não é defeso em lei. (não significa que não tenha eficácia).
Elementos do Negócio Jurídico
- Essenciais (Art. 104)
Elementos
Do Neg. Jurídico - Condição {Futuridade e Incerteza} “Expec De Direito”
- Acidentais - Termo {Futuridade e Certeza} “Direito Adquirido”
- Encargo
Essências: elementos que deverão estar presentes no Negócio Jurídico para ser legal.
Acidentais: clausulas facultativas que servem para alterar o campo da eficácia
Plano de análise do Negócio Jurídico
Existência: Manifestação de vontade
Sujeito
Objeto
Forma
Validade: Liberdade
Capacidade
Lícito, possível e determinado ou determinável
Prescrita ou não defesa em lei, ou seja, não proibido
Eficácia: Produção de efeitos do ato jurídico no mundo concreto
Condições
Condição: clausula facultativa que subordina a produção de efeitos num futuro incerto, pois enquanto não verificado o fato o sujeito só tem uma expectativa de direito.
Quanto ao MODO de atuação:
Condição suspensiva: impedimento da aquisição de direito previsto enquanto não há verificação do fato. Geralmente a identificação dessa condição se dá pela palavra “se”. Exemplo:
Se o aluno tirar 10 na prova, receberá o código civil do professor.
Condição resolutiva: diferente da suspensiva, o negócio jurídico com uma condição resolutiva já produz efeitos. Geralmente a identificação dessa condição se dá pela palavra “enquanto. Exemplo:
Enquanto o estudante estiver fazendo parte do programa de monitoria, receberá bolsa de tantos porcento. Caso ele (a) largar a monitoria os efeitos jurídicos cessam.
QUANTO A POSSIBILIDADE
Possível: é a condição que pode ser cumprida tanto do ponto de vista físico como jurídico.
Impossível: é aquela que não pode ser cumprida. Pode ser impossível fisicamente ou juridicamente. As condições impossíveis podem ou não tornar um negócio jurídico nulo. Para que o negócio jurídico seja considerado nulo, a condição impossível deve ser suspensiva. Sendo resolutiva, a condição torna-se inexistente e o negócio, válido.
QUANTO AO FATO 
Condição Casual: é a condição que se fundamenta em um evento alheio à vontade das partes. Depende do acaso e do fortuito, sem a possibilidade de intervenção dos interessados. 
Exemplo: doar um guarda-chuva a alguém, caso chova amanhã.
Condição Potestativa: condição a qual origina somente de uma das partes, ou seja, cabe a outra parte apenas aceita-lo, sujeitando-se ao seu exercício. É ilegal. Se divide em duas:
Puramente Potestativa: origina da simples e pura vontade de uma das partes, sem nenhum fator externo. É ilegal. 
Exemplo: Se EU quiser que você ganhe, você ganhará
Simplesmente potestativa: decorre da vontade de uma das partes, mas apresentando algum fator externo. É legal. 
Exemplo: Dar-te-ei o código caso tire 10 na prova
Condição Mista: depende da vontade de um dos envolvidos com terceiros. Exemplo: dar-te-ei um apartamento se você casar com Maria.
Termos
Quanto a determinação de data
Termo ou termo certo: certeza de em qual momento ocorre os efeitos do negócio jurídico. Exemplo: fixação de data 07/10 – 14/11.
Termo incerto: é no que tange a data não especificada e não na característica de Certeza do termo. (não confundir).
Quanto a origem do termo
Legal: termo previamente determinado por lei. Ex: testamento. Só termos podem ter essa origem, as condições não.
Convencional: é o que decorre da vontade das partes.
Quanto ao modo de atuação
Termo inicial/suspensivo: evento futuro e certo que põe início aos efeitos do negócio jurídico.
Termo final/resolutivo: evento futuro e certo que põe fim aos efeitos do negócio jurídico.
Prazo: é intervalo que decorre do termo inicial ao termo final do negócio jurídico. Quando esse prazo termina no sábado ou domingo, passa-se para o outro dia útil da semana. Salvo exposto em contrato que o pagamento seja feito no dia específico.
(Termo Inicial <--------------Prazo-------------> Termo Final)
Condição x Termo: Enquanto a condição subordina a produção de efeitos num futuro incerto, o termo subordina a produção de efeitos num futuro certo. E enquanto a condição suspensiva gera Expectativa de Direito, o termo suspensivo gera Direito Adquirido.
Negócios Jurídicos podem ser onerosos ou gratuitos.
Oneroso: aquele em que ambas as partes possuintes vantagens e desvantagens, ganhos e perdas. Exemplo: o vendedor tem o ganho do dinheiro e a perda do produto, enquanto o comprador tem o ganho do produto e a perda do dinheiro.
Gratuito: aquele em que um dos envolvidos só tem vantagens e o outro, o negociante, só tem desvantagem. Exemplo: doação.
No caso de empréstimo ele pode ser gratuito ou oneroso. Os gratuitos podem ser: se objeto desse negócio for fungível, ele será um negócio mútuo. Caso seja infungível, esse negócio será um comodato.
Bifrontes: nem todos os doutrinadores falam desse tipo de negócio. Aquele que poderá ser oneroso ou gratuito dependendo da vontade dos sujeitos de direito, desde que não altere a essência do negócio jurídico.
Exemplo: contrato de depósito. Se quiser cobrar pelo depósito ele será mútuo, caso não queira ele será gratuito.
Encargo
Encargo: é uma obrigação imposta ao beneficiário de um negócio jurídico gratuito. Exemplo:
O Código civil doado deve ser compartilhado com todos da sala. Caso o indivíduo o qual recebeu o código não cumpra o encargo, o negócio jurídico pode ser desfeito. Somente o instituidor pode desfazer o negócio e não o beneficiário. Quem quiser utilizar o código, pode entrar com uma Obrigação para que o código seja compartilhado. Se o instituidor falecer, o código permanece com o beneficiário para sempre.
Classificação dos Negócios Jurídicos
Unilaterais: vontade de uma só parte, não sendo necessária uma segunda para que o negócio jurídico seja concluído. 
Exemplo: testamento
Bilaterais: aquele que exige a manifestação de vontade de dois sujeitos de direito para ser concluído. 
Exemplo: contratos em geral. Compra e venda de um imóvel.
*Contrato de doação: é bilateral porque é necessária a vontade de ambas as partes. Uma de de receber a doação e da outra de doar*
No contrato de doação a vontade pode ser expressa ou presumida. Doação com prazo pode ser presumida, pois se for fixada uma data e a pessoa se silenciar, quer dizer que ela concordou com a doação.
Plurilaterais: aquele em que há manifestação de vontade de três sujeitos ou mais.
Exemplo: contrato de consórcio, contrato de sociedade...
QUANTO AO MOMENTO DA PRODUÇÃO
DE EFEITOS
Inter vivos: aquele que produz efeitos enquanto em vida. Exemplo: compra e venda.
Causa mortis: só produzirá efeitos com a extinção da personalidade. Exemplo: testamento.
QUANTO A AUTONOMIA
Principais: aquele que tem autonomia, que existe por si só. Independentemente de qualquer outro negócio jurídico. Os principais atraem os acessórios para seu regime jurídico.
Exemplo: contrato de locação, empréstimo, compra e venda.
Acessórios: aquele que existe só com a existência do principal.
Exemplo: juros, multa, contrato de fiança. Aluguel de uma casa muito cara que precisa de uma garantia. Só existe em razão da existência do principal.
QUANTO A SOLENIDADE/FORMALIDADE
Solenes: são aqueles em que a lei pré-determina uma forma específica de celebração.
Exemplo: - Compra e venda de imóveis acima de 30 salários mínimos é feita por escritura pública.
- Doação. Feita por instrumento particular ou escritura pública.
Informais: são aqueles feitos de forma livre. 
Exemplo: compra e venda simples de um bem com valor aquisitivo baixo. Pode ser feita de forma verbal, ou seja, livre.
QUANTO A CONDIÇÃO/QUALIDADE DOS NEGOCIANTES
Impessoais: aquele que pode ser cumprido por qualquer pessoa. 
Exemplo: contrato celebrado com a faculdade. O que importa é que terá aula, mas não com quem.
Personalíssimo: aquele que é levado em conta a qualidade do sujeito que cumprira o negócio. 
Exemplo:
- Contrato dizendo que as aulas seriam ministradas pelo professor Volney. Por causa a individualidade da pessoa é que o contratante efetuou o negócio jurídico.
- Compra de ingresso de uma banda específica .
Representação
Conceito:
Atuação jurídica em nome de outre.
Espécies/Origem:
-Legal: decorre da norma. É de interesse público, é uma atividade obrigatória. Ela é indelegável, não pode ser passada para terceiros.
Exemplo: pais serão representantes dos filhos menores de 16 anos, quando eles adquirem capacidade relativa. (na verdade “assistentes” e não representantes, mas o a finalidade é a mesma)
-Convencional: decorre da vontade das partes. É de interesse particular, é uma atividade facultativa. Aqui temos um negócio jurídico, pois pode ser gratuito, oneroso etc. Ex.: o advogado atua em nome do cliente.
Espécies de Representantes:
-Legal: decorre da lei. Diz quem pode representar outro indivíduo.
-Judicial: quem escolhe o representante é o juiz
-Convencional (“mandato”) : quem escolherá o representando é o próprio representado. A procuração pode ser cancelada na hora que o representado quiser. Ex.: advogado contratado pelo cliente.
(Representante ---> Representado)
Exemplo: indicação de um representante no rio de janeiro para praticar o ato jurídico no lugar de outro sujeito de direito. Quem suportará os efeitos jurídicos será o representado.
Defeitos do Negócio Jurídico
- Do Consentimento Erro
Dolo
Coação
Vícios Estado de Perigo
Lesão
Fraude Contra Credores
- Sociais 
-----------------------------------
*Simulação
----------------------------------------------------------------------------- 
Existência Validade
------------------------|-------------------------------------------
Vontade Liberdade, Consciência
e Boa-fé
---------------------------------------------------------------------
Negócio é anulável em até 4 anos a partir do negócio jurídico*
Quando não há presença de um dos elementos essenciais do negócio jurídico, há existência de um vício que gera um defeito do negócio jurídico. Esse defeito gera invalidade relativa, enquanto a simulação gerará invalidade absoluta (negócio não produz efeitos)
Do consentimento: O que o sujeito declara não corresponde com a sua real intenção. 
Exemplo: pessoa coagida para que o negócio ocorra.
- Substancial
Erro - Escusável
- Cognoscível
Erro 
A pessoa por desconhecer a realidade comete um equívoco. Ex.: comprar um produto que é feito de um material, mas na verdade é feito de outro.
- Substancial: ligado a essência, ao fundamento, relacionado às declarações de vontade em virtude do negócio jurídico.
Art.138: “São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal...”
Declarante ----------- Destinatário 
(Quem é a pessoa de diligência normal?) Parte da doutrina acha uma coisa e a outra o oposto.
Se a diligência normal recair sobre o Declarante então também teremos um erro Escusável (perdoável).
OU
Caso a diligência normal recair sobre o Destinatário então além do erro Substancial teremos um erro Cognoscível (poderia ser conhecido). Se a pessoa que está recebendo a declaração pudesse perceber o erro está instaurado o instituto.
* Na prática é muito difícil provar que existe Erro no negócio jurídico. 
Algumas espécies de erro substancial:
Interessa a natureza do negócio:
Ex.: acho que é negócio de empréstimo, mas na verdade é uma doação.
Quanto ao objeto: pessoa vai à imobiliária e compra um imóvel numa rua igual ao de outra só que em outro bairro.
Dolo
É o induzimento, a má fé, no intuito de enganar o destinatário.
Dolo x Erro
A diferença entre o erro e o dolo é que no erro, sujeito de direito se engana sozinho. Já no dolo, ele é induzido.
Espécies de Dolo
-Essencial: em relação a substância do negócio jurídico. Ele dá margem a anulação e indenização.
-Acidental: erro reflexo na celebração do negócio jurídico. Quando o dolo é levado no aspecto periférico do negócio jurídico. O dolo acidental pode ser ressarcido, não para desfazer o negócio, mas sim a do aspecto periférico. Ele dá margem somente a anulação.
DA INFORMAÇÃO
Positivo
No positivo há emissão da informação. Há intensão de enganar a pessoa de direito pela falsa informação.
Negativo
No negativo, ele pode ser chamado de dolo por omissão. A informação referente ao objeto do negócio jurídico é silenciada intencionalmente
DA INTENÇÃO
Bonus: dolo admitido, tolerável. Está enraizado no dia a dia. É cultura. Exemplo pessoa provando roupa e o vendedor falando que ela está ótima a usando)
Malus: mal-intencionado, propriamente dito.
Dolo de terceiro
Quando o terceiro, que não faz parte do negócio jurídico, induz a pessoa de direito ao erro para outro se beneficiar com a situação.
Dolo de terceiro é anulável.
Se o beneficiado tem ciência do benefício que ganharia então o negócio pode ser anulado, em caso contrário, o terceiro responderá por todas as perdas e danos.
O dolo de terceiro pode ocorrer em negócio jurídico unilateral como testamento.
Existe outra espécie chamada de Dolo Bilateral.
Ambas as partes estão agindo de má fé, não tem direito a ressarcimento. 
Exemplo: compra de um produto que o vendedor alega ser verdadeiro, mas é falso. E ainda por cima o comprador utilizar de dinheiro falso para obter o objeto.
Coação
-Conceito
Essencialidade
-Requisitos Gravidade (“Condições Pessoais”)
Ameaça “Injusta”
Pessoa Obs.
Dano Atual ou Iminente: Família Art. 151
Bens Pa. Unic
-Coação de Terceiros
Conceito
Coação é ameaça, constrangimento, pressão psicológica para que um sujeito de direito celebre um negócio jurídico contra sua vontade.
Se diferenciando da coação absoluta (física), não há manifestação de vontade do sujeito de direito, ou seja, não gera vício, pois o negócio jurídico exige manifestação de vontade.
Essencialidade
O motivo, o fundamento da celebração do negócio jurídico.
Gravidade
Na gravidade leva-se em conta as condições pessoas de cada indivíduo, diferentemente do ERRO.
Exemplo: coagido por um homem fisiologicamente mais fraco. Não gera desconforto.
Ameaça “Injusta”
Caso haja ameaça sobre coisa justa não há vício
Exemplo: falar para o empregado trabalhar, caso não ele será demitido.
Dano Atual ou Iminente
Dano sobre a pessoa, família, bens e no que tange o artigo 151 do C.C.  Se disse respeito a pessoa não pertencente à família do paciente, o
juiz, com base nas circunstâncias, decidirá se houve coação.
Não se considera coação ameaça do exercício regular de direito, se a ameaça for justa e nem o simples temor reverencial (receio de desagradar, contrariar pessoas a qual se deva respeito. Por exemplo: filho em relação aos pais, funcionário em relação ao patrão...)
Art. 154 e 155 trazem a mesma lógica do dolo de terceiros. Um terceiro coage uma das partes de uma relação para que a outra seja beneficiada.

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