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HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA E NÍVEIS DE PREVENÇÃO História natural da doença: refere-se à evolução de uma doença no indivíduo através do tempo, na ausência de intervenção. A história natural da doença é o curso da doença desde o início até sua resolução, na ausência de intervenção. Em outras palavras é o modo próprio de evoluir que tem toda doença ou processo, quando se deixa seguir seu próprio curso. O processo se inicia com a exposição de um hospedeiro suscetível a um agente causal e termina com a recuperação, deficiência ou óbito. O modelo HND – Dois Domínios Meio Externo – onde interatuam determinantes e agentes. Desenvolvem-se todas as etapas necessárias à implantação da doença. Meio Interno – locus onde se processaria, de forma progressiva, uma série de modificações bioquímicas, fisiológicas e histológicas, próprias de uma determinada enfermidade. Pré-patogênese Compreende a evolução das inter-relações dinâmicas entre condicionantes ecológicos e socioeconômicos-culturais e condições intrínsecas do sujeito, até o estabelecimento de uma configuração de fatores propícios à instalação da doença (Leavell e Clark, 1976). Patogênese Este modelo considera quatro níveis de evolução da doença no período de patogênese: Interação agente-sujeito. Alterações bioquímicas, histológicas e fisiológicas. Sinais e Sintomas. Cronicidade. Epidemiologia e prevenção A epidemiologia, ao identificar causas de doenças que são passíveis de modificação, pode desempenhar um papel central na prevenção. Exemplos são os estudos relacionados à doença coronariana, doenças ocupacionais, sequelas de acidentes de trânsito, dentre outras. NÍVEIS DE PREVENÇÃO Níveis de Prevenção Primária Promoção à Saúde: impedir o surgimento e estabelecimento de padrões de vida, sociais, econômicos e culturais que sabidamente contribuem para um elevado risco de doença. É feita com medidas gerais: moradia adequada; educação; áreas de lazer; alimentação adequada, etc. Proteção Específica: é limitar a incidência de doença através do controle de suas causas e de fatores de risco. Imunização, saúde ocupacional, higiene, proteção contra acidentes, aconselhamento genético e controle de vetores. Níveis de Prevenção Secundária Curar o paciente e reduzir as conseqüências mais sérias, através do diagnóstico precoce e tratamento/limitação da incapacidade. Este nível de prevenção é dirigido para o período entre o início da doença e o momento em que normalmente seria feito o diagnóstico. Diagnóstico precoce: inquéritos para descoberta de casos na comunidade; exames periódicos, individuais, para detecção precoce dos casos; Tratamento imediato/limitação da incapacidade: tratamento para evitar a progressão da doença e evitar futuras complicações, evitar seqüelas. Níveis de Prevenção Terciária Reabilitação: conjunto de medidas que tem como finalidade diminuir o sofrimento provocado pela doença, como também promover a adaptação à doenças incuráveis e a reabilitação. Fisioterapia; Terapia ocupacional, emprego para o reabilitado, etc. Esse modelo assume que os casos clínicos da doença passam por uma fase pré-clínica detectável e que, na ausência de intervenção, a maioria dos casos pré-clínicos evoluem para a fase clínica. Como foi mencionado anteriormente, os períodos de tempo de cada etapa são importantes para a detecção, triagem (ou rastreamento) e intervenção com medidas preventivas e terapêuticas sobre os fatores do agente, hospedeiro e ambiente..
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