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VA Contabilidade Avancada I Aula 03 Tema 05 3p

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CONTABILIDADE AVANÇADA I
Curso de Ciências Contábeis
Prof. Me. Hugo David Santana
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TEMA 5: INVESTIMENTOS EM 
COMPANHIAS DO EXTERIOR: 
COLIDAGADAS, 
CONTROLADAS, SUAS 
EQUIPARADAS E 
CONTROLADAS NO EXTERIOR.
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INTRODUÇÃO
• O Pronunciamento CPC 2 – Efeito nas
Mudanças das Taxas de Câmbio e Conversão
de Demonstrações Contábeis – foi emitido
pelo Comitê dos Pronunciamentos Contábeis
como parte do processo de convergência
das Normas Contábeis Brasileiras para as
Normas Internacionais de Contabilidade.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
• Procedimentos de avaliação e mensuração dos
investimentos societários no exterior.
• Contabilização da conta Investimentos no
exterior.
• Uniformidade dos critérios contábeis.
• Consolidação das Demonstrações Contábeis em
sociedades controladas no exterior.
• Conversão das Demonstrações Contábeis em
moeda estrangeira para a moeda nacional.
DETERMINAÇÃO DA MOEDA FUNCIONAL 
E MÉTODO DE CONVERSÃO
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• O CPC 2 define Moeda Funcional como: moeda
do ambiente econômico principal no qual a
entidade opera.
• Métodos de Conversão
Dependendo da moeda funcional e das
condições inflacionárias em que o país esteja
instalado, os seguintes métodos de conversão
deverá ser aplicados:
Características do país-sede da
coligada e controlada e do
sistema contábil
Método de conversão
aceitável
País de Moeda forte e estável Método de taxa corrente
ou de fechamento
País de moeda fraca e alta inflação,
mas que tenha adequado sistema
de correção monetária e de ajustes
em face da inflação local
Método de taxa corrente
ou de fechamento
País de moeda fraca e alta inflação,
sem sistema de correção
monetária
Método de taxa histórica
ou do monetário, não
monetário
RESULTADO DE INVESTIMENTO NO 
EXTERIOR
Tributação até 31/12/1995
• Os Lucros rendimentos e ganhos de capital,
provenientes de atividades, exercidas no
exterior por pessoa jurídica domiciliada no
país, não eram tributadas pelo Imposto de
Renda, até 31/12/1995, por força do
disposto do Art. 337 do então vigente
Regulamento do Imposto de Renda aprovado
pelo decreto nº 1.041/94 (RIR/1994).
• A partir do ano-calendário de 1996, em virtude
do dispostos nos Artigos 25 a 27 da Lei nº
9.249/95, os lucros, rendimentos e ganhos de
capital auferidos no exterior por pessoa jurídica
domiciliada no país passaram a ser tributadas
pelo Imposto de Renda no Brasil.
TRIBUTAÇÃO A PARTIR DE 01/01/1996
• O Objetivo dessa modificação conforme
exposição de motivos do Poder Executivo na
remessa do anteprojeto de lei ao Congresso
Nacional, foi impedir a evasão fiscal praticada por
algumas empresas brasileiras, que concentravam
suas atividades em filiais sucursais, coligadas ou
controladas sediadas em países denominados
paraísos fiscais.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
• As Demonstrações Financeiras das filiais,
sucursais, controladas ou coligadas no exterior
serão elaboradas segundo as Normas da
Legislação do país de seu domicílio ou , na sua
inexistência, com observância dos Princípios
Contábeis, segundo as normas da legislação
Brasileira.
• A sua conversão, da moeda de origem para
Reais, será efetuada tomando-se por base a
taxa de câmbio para a venda fixada pelo Banco
Central ou na sua inexistência os valores serão
primeiramente convertido para dólares
americanos e depois para Reais.
CONVERSÃO DA MOEDA
FILIAL OU SUCURSAL SEM AUTONOMIA
• Caso a filial ou sucursal no exterior não
tenha autonomia contábil que faculte a
apuração do seu resultado de forma
individualizada, a apropriação dos custos e
despesas escriturados na matriz é a elas
correspondentes, será efetuada através de
rateio. O critério de rateio será a proporção das
receitas operacionais da venda de bens e
serviços da filial ou sucursal em relação o total
das receitas da mesma natureza escrituradas
pela matriz no Brasil.
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• Caso haja mais de uma sucursal no mesmo
país no exterior, seus resultados poderão ser
apurados englobadamente, utilizando-se o
mesmo critério de rateio.
EXEMPLO:
. Receitasde vendas da filial (ou grupo de filiais) no 
exterior................
R$ 250 
milhões
. Receitas de vendas da 
matriz......................................
R$ 500
milhões
. Total das Receitas de vendas escrituradas pela 
matriz..
R$ 750
milhões
. Total das despesas escrituradas pela 
matriz................
R$ 600
milhões
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APURAÇÃO DO RESULTADO (em R$ milhões)
Itens Matriz Filial ou Grupo de Filiais Total 
Receitas de 
Vendas
500 250 750
Despesas (*) 400 200 600
Lucro 100 50 150
(*) Rateio das Despesas
• Matriz = 500 x 600 = 400
750
• Filial = 250 x 600 = 200
750
DATA DA CONVERSÃO DO LUCRO
• O Art. 25, § 4º da Lei nº 9.249, de
26/01/1.995, determinou que os lucros de
filiais, sucursais, coligadas ou controladas no
exterior devem ser convertidas para reais
pela taxa de câmbio para venda do dia das
demonstrações financeiras em que forem
apurados.
EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
• Os resultados decorrentes de avaliação de
investimentos no exterior, pelo Método da
Equivalência Patrimonial, não produzirão
modificações no valor do lucro real da
investidora sediada no Brasil, aplicando-se-
lhes os mesmos procedimentos utilizados
em relação a investimentos no Brasil, ou
seja, serão excluídos do lucro líquido, se
positivos, e a ele adicionados, se negativos.
A EQUIVALÊNCIA E A VARIAÇÃO CAMBIAL 
DOS INVESTIMETNOS NO EXTERIOR
• Um problema interessante e ainda não
equacionado inteiramente pela Secretaria
da Receita Federal é a tributação da
variação cambial do valor do investimento
no exterior. Para esclarecer a questão,
vamos utilizar um exemplo. Suponhamos
que, no início do ano-calendário, uma
empresa brasileira abra uma filial no
exterior com o capital US$ 200.000,00
equivalente, na data, a R$ 320.000,00 (US$
1,00 = R$ 1,60).
No final do ano, a filial apurou um lucro de
US$ 20.000,00, tendo o Patrimônio Líquido da
filial passado a ser, portanto, US$ 220.000,00.
A taxa de câmbio, no período, se
desvalorizou para US$ 1,00 = R$ 1,80.
O lucro que será considerado disponibilizado
pela matriz no Brasil, corresponderá R$
36.000,00 (US$ 20.000,00 x R$ 1,80), a ser
adicionado ao lucro real da investidora
brasileira.
Entretanto, ao fazer a equivalência, a matriz
apurará um ganho de R$ 76.000,00, conforme
demonstrado a seguir
PL Da filial (em dólar)............................... US$ 220.000,00
(X) Taxa de câmbio no final do período........... . (X) R$ 1,80
(=) PL da filial (em reais).............................. R$ 396.000,00
(X) % capital................................................. . 100%
(=) Valor do investimento pelo MEP................. R$ 396.000,00
( -) Valor contabilizado na investidora.............. . R$ 320.000,00
(=) Ganho na equivalência .............................. R$ 76.000,00
RESGISTRO DO MEP – LEGISLAÇÃO 
TRIBUTÁRIA
• Participação Societárias (ANC) a resultado
positivo em participações societárias R$
76.000,00.
A diferença entre os R$ 76.000,00 obtidos
na equivalência e os R$ 36.000,00 a serem
tributados no lucro real da matriz
corresponde à variação cambial ativa do
investimento original de US$ 200.000,00:
US$ 200.000,00 x (R$ 1,80 – R$ 1,60) = R$ 40.000,00
Como ganhos na equivalência são excluídos
na apuração do lucro real da investidora,
somente os R$ 36.000,00 correspondentes ao
lucro serão tributados e R$ 40.000,00 ficarão
isentos.
Se a pessoa jurídica no Brasil tivesse feito
uma aplicação financeira direta no exterior de
US$ 200.000,00 em vez de abrir filial e a
referida aplicação tivesse rendido 10% de
juros, ela seria tributada pelo total de R$
76.000,00
Aplicação financeira no final período US$ 220.000,00
(X) Taxa de Câmbio (X) R$ 1,80
(=) Valor em reaisR$ 396.000,00
(-) Valor de aplicação contabilizado R$ 320.000,00
(=) Receita Financeira 
(variação cambial + juros)
R$ 76.000,00
Portanto, o tratamento não é isonômico entre
os dois investimentos de igual valor.
ALTERAÇÕES DA IN SRF N. 213/2002
• A Instrução Normativa SRF n. 213, de
07/10/2002, regulou a tributação dos
resultados auferidos no exterior, tendo
revogado a IN SRF n. 38/1996.
Em seu Art. 7º, transcrito a seguir, o
referido ato legal disciplinou os efeitos
tributários da equivalência patrimonial de
participações societárias no exterior:
EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
Art. 7 º A contrapartida do ajuste do valor do
investimento no exterior em filial, sucursal,
controlada ou coligada, avaliado pelo método da
equivalência patrimonial, conforme estabelece a
legislação comercial e fiscal brasileira, deverá ser
registrada para apuração do lucro contábil da pessoa
jurídica no Brasil.
§ 1º Os valores relativos ao resultado positivo da
equivalência patrimonial, não tributados no
transcorrer do ano-calendário, deverão ser
considerados no balanço levantado em 31 de
dezembro do ano-calendário para fins de
determinação do lucro real e da base de
cálculo da CSLL.
§ 2º Os resultados negativos decorrentes da
aplicação do método da equivalência
patrimonial deverão ser adicionados para fins
de determinação do lucro real trimestral ou
anual e da base de cálculo da CSLL, inclusive
no levantamento dos balanços de suspensão
e/ou redução do imposto de renda e da CSLL
.
§ 3º Observado o disposto no § 1º deste artigo,
a pessoa jurídica.
I - que estiver no regime de apuração
trimestral, poderá excluir o valor
correspondente ao resultado positivo da
equivalência patrimonial no 1 º , 2 º e
3 ºtrimestres para fins de determinação do
lucro real e da base de cálculo da CSLL;
II - que optar pelo regime de tributação anual
não deverá considerar o resultado positivo da
equivalência patrimonial para fins de
determinação do imposto de renda e da CSLL
apurados sobre a base de cálculo estimada;
III - optante pelo regime de tributação anual
que levantar balanço e/ou balancete de
suspensão e/ou redução poderá excluir o
resultado positivo da equivalência patrimonial
para fins de determinação do imposto de
renda e da CSLL.
A VARIAÇÃO CAMBIAL DO 
INVESTIMENTO – NOVAS REGRAS
O Pronunciamento Técnico CPC n. 02, que trata
dos Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e
Conversão demonstrações Contábeis determina
que as variações cambiais de participações
societárias não podem afetar a apuração do
resultado do exercício.
• Desse modo, somente quando ocorrer a baixa da
participação societária (investimentos), haverá o
reconhecimento no resultado dos valores
registrados na conta “Ajustes Acumulados de
Conversão” que representa conta transitória
do patrimônio líquido utilizada para registro das
variações cambiais da participações societárias
em controladas, controladas em conjunto e
coligadas.
• A Conta “Ajustes Acumulados de Conversão”
poderá ter saldo devedor ou credor. O saldo
dessa conta não poderá compor o a base de
cálculo dos juros sobre o Capital Próprio (JCP)
e deverá ser apresentada no patrimônio
Líquido logo após a conta “Ajustes de
Avaliação Patrimonial”. Observe no quadro a
seguir:
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social
Reserva de Capital
(+) Ajustes de Avaliação Patrimonial (saldo credor ou devedor)
(+) Ajustes Acumulados de Conversão (saldo credor ou devedor)
Reservas de Lucros
(-) Ações em Tesouraria
(-) Prejuízos Acumulados
• Utilizando os mesmos dados do caso
prático (a equivalência patrimonial e a
variação cambial nos investimentos nos
exterior), a contabilização será efetuada da
seguinte forma:
1º) Pela Constituição da Filial no Exterior
Participação Societária (ANC-Investimentos)
a Disponível
320.000,00
2º) Pela Equivalência Patrimonial
Participação Societária (ANC-Investimentos)
a Resultado Positivo na Equivalência
Patrimonial (ARE)
36.000,00
3º) Pela Variação Cambial da Participação
Societária
Participação societária (ANC-Investimentos)
a Ajustes Acumulados de Conversão (PL)
40.000,00
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ATIVIDADE / EXEMPLOS PRÁTICOS
1. Pronunciamento CPC 2 apresenta o
seguinte conceito para a moeda funcional:
A ( ) é a moeda de curso legal em um país
estrangeiro;
B ( ) é a moeda do ambiente econômico
principal no qual a entidade opera;
C ( ) é a moeda de cursos legal em um país
estrangeiro na qual deve ser mantidos os
registros e as correspondentes demonstrações
contábeis;
D( ) é a moeda vigente na data do
fechamento das demonstrações contábeis da
controladora e da controlada que serão
objetos de consolidação;
E( ) é moeda vigente na data de aquisição
de ativos não monetários.
Resposta = Letra “B”
FINALIZANDO
• A Instrução nº 247/96, da Comissão de
Valores Mobiliários (CVM), em seu Art. 1º
determina que o investimento permanente
de companhia aberta em coligadas, suas
equiparadas e em controladas localizadas
no país e no exterior deve ser avaliado pelo
método da equivalência patrimonial.

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