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Fatos e Negócios Jurídicos

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Fatos e Negócios Jurídicos 
Fraude Contra Credores e Simulação

Fraude contra credores é um defeito do negócio jurídico, um vício social, e está disciplinado no art. 158 a 165 do código civil. 
FRAUDE CONTRA CREDORES

Credor = pessoa que tem a receber um crédito; um serviço; um benefício; um bem; etc.
Devedor = pessoa que está obrigada a pagar um valor; prestar serviço; entregar um bem; etc. 
Por exemplo: João comprou uma bicicleta na Casa Delta em 12 parcelas. 
 Loja Delta = credor
 João = Devedor
CREDOR E DEVEDOR 

Quem tem interesse de cometer fraude contra o(s) Credor(es)?
Resposta: O devedor. 
Fraude contra credores é a manobra maliciosa do devedor, que aliena (diminui) o seu patrimônio, com o objetivo de não pagar o(s) credor(es). 
FRAUDE CONTRA CREDORES

O patrimônio do devedor responde pelas suas dívidas. 
O patrimônio do devedor é a garantia do credor. 
FRAUDE CONTRA CREDORES

Se o devedor alienar o seu patrimônio, o credor não conseguirá cobrar, pois o que garante o pagamento da dívida é o patrimônio do devedor. 
Assim, ao diminuir o seu patrimônio, o devedor se torna INSOLVENTE, pois não tem patrimônio suficiente para garantir o pagamento de suas dívidas.
FRAUDE CONTRA CREDORES 

Para evitar que isso ocorra, o credor vai ajuizar uma ação chamada de Ação Pauliana ou Revocatória, com o objetivo de anular os atos fraudulentos cometidos pelo devedor. 
Ao anular os atos fraudulentos, os bens do devedor retornam para o seu patrimônio para pagamento de suas dívidas. 
FRAUDE CONTRA CREDORES

Mas todo credor pode ajuizar a ação pauliana ou revocatória para anular os atos fraudulentos realizados pelo devedor? 
Resposta: Não, somente o credor quirografário (ou os credores cuja garantia se tornou insuficiente). 
FRAUDE CONTRA CREDORES

Credor Quirografário é o credor que não possui uma garantia real. O credor que possui uma garantia real (por exemplo, uma hipoteca sobre um apartamento) deve executar a própria garantia para receber seu crédito, já o credor quirografário, como não possui garantia real, terá que executar os bens que integram o patrimônio do devedor para receber o seu crédito. 
FRAUDE CONTRA CREDORES

João prestou um serviço para José, que pagou com um cheque de R$ 50.000,00 reais para 30 dias. 
Decorridos os 30 dias, João depositou o cheque, mas o cheque foi devolvido sem fundos. 
João é o credor de José na quinta de R$ 50.000,00
EXEMPLO DE FRAUDE CONTRA CREDORES 

Após emitir o cheque, José com o objetivo de não pagar a dívida que possuía com João (evitar a penhora do seu patrimônio), doou seu único bem imóvel, um terreno baldio, para seu filho de 3 anos de idade. 
EXEMPLO DE FRAUDE CONTRA CREDORES

Credor quirografário: João 
Devedor insolvente: José
Ato fraudulento: José doou seu único bem para seu filho de 3 anos de idade. 
Ação: Pauliana ou Revocatória 
Objetivo: Anular a doação que José efetuou para o filho, para que o imóvel retorne para o patrimônio de José e satisfaça o crédito do credor. 
EXEMPLO DE FRAUDE CONTRA CREDORES 

A simulação está disciplinada no art. 167 do Código Civil: 
É nulo o negócio jurídico simulado (...)
SIMULAÇÃO 

§ 1º Haverá simulação nos negócios jurídicos quando: 
I – Aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas ás quais realmente se conferem, transmitem. 
II – Contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira. 
III – Os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados. 
SIMULAÇÃO 

O negócio jurídico foi realizado na verdade com uma pessoa, mas no contrato consta outra pessoa como favorecida. 
Art. 167, § 1º, I, do Código Civil 

João comprou um carro de José. No entanto, como João possuía dívidas, José concordou em transferir o carro para a mãe de João (Maria), para evitar que os credores penhorassem o veículo. 
O negócio jurídico aparentou transmitir um direito para Maria, mas na verdade o verdadeiro proprietário do veículo era João que adquiriu e pagou pelo veículo. 
EXEMPLO

§ 1º Haverá simulação nos negócios jurídicos quando: 
II – contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira; 
Art. 167, § 1º, II, do Código Civil 

Declaração: Um atestado médico para abonar faltas no trabalho, sendo que a pessoa não estava doente. 
Confissão: João firma uma confissão de dívidas no valor de R$ 100 mil em favor de José para resguardar o seu patrimônio e evitar pagar os seus credores. 
EXEMPLO

Condição: João (gerente) e José (vendedor) simulam que implementaram uma condição (venda de 10 veículos em um mês) para receber uma comissão.
 
Cláusula: No contrato social da empresa consta uma cláusula em que João vendeu suas cotas para José, mas na verdade a empresa ainda pertence a João que possui muitas dívidas e não quer correr o risco de perder o seu patrimônio. 
EXEMPLO

III – Os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados. 
Art. 167, § 1º, III, do Código Civil 

Nesse caso a simulação está na data do negócio jurídico, que não representa a data verdadeira em que o negócio jurídico foi realizado. 
A simulação pode ocorrer para aparentar que o negócio ocorreu em uma data anterior (antedatado) ou em uma data posterior (pós-datado). 
Art. 167, § 1º, III, do Código Civil 

João e Maria convivem em união estável desde o ano de 2012 quando adquiriram um terreno de José, primo de João.
João pretende dissolver a união estável que mantém com Maria. 
Para não dividir o imóvel com Maria, João e José simularam um contrato de compra e venda em favor de João com data de 2010, quando João ainda não convivia com Maria. 
O CONTRATO É SIMULADO, POIS FOI ANTEDATADO. 
EXEMPLO

Quando um negócio jurídico é declarado nulo por ter sido simulado ele contamina os demais atos posteriores que também não terá validade. 
 simulado boa-fé
Art. 167, § 2º, III, do Código Civil 
A
B
C
 Mas apesar de os atos posteriores não terem validade, o terceiro de boa-fé (C) terá direito de cobrar, daqueles que realizaram o ato simulado, os prejuízos que sofreu. 

23
João e Maria convivem em uma união estável desde o ano de 2015, quando adquiriram um carro zero quilômetro. 
João pretende dissolver a união estável que mantém com Maria. Para não dividir o veiculo com Maria, João simulou a venda do veículo em favor de seu irmão José. 
Posteriormente, José vendeu o veículo para Pedro (terceiro de boa-fé). 
DIREITOS DE TERCEIROS DE BOA-FÉ

A transferência que João fez para José foi declarada nula pelo juiz, por ter sido simulada. 
A declaração de nulidade também contaminou a venda posterior, realizada para Pedro (terceiro de boa-fé). 
Nesse caso, Pedro poderá requerer os prejuízos que sofreu em face dos contraentes do negócio jurídico simulado, ou seja poderá requerer os prejuízos em face de João e José. 
DIREITOS DE TERCEIROS DE BOA-FÉ

Obrigada!!!


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