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Prática Simulada- caso concreto 02 - 2018

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PRÁTICA SIMULADA II (TRABALHO) 
 
CASO 02 
Descrição 
TÍCIO, auxiliar administrativo, residente no município de São Gonçalo-RJ, foi 
contratado pela empresa ALFA LTDA, para trabalhar na filial localizada no Município 
do Rio de Janeiro-RJ, em 4 de janeiro de 2016. A contratação ocorreu no município 
de Niterói, local onde está situada a matriz da empresa. Cumpria jornada de trabalho 
das 8 às 17h, com 1 hora de intervalo para repouso e alimentação. Recebia o salário 
mensal de R$ 2.000,00 (dois mil reais). Foi imotivadamente dispensado, sem prévio 
aviso, no dia 26 de janeiro de 2017, ocasião em que nada lhe foi pago a título de 
verbas resilitórias. Informa que, encontra-se desempregado até o presente momento 
e que nunca usufruiu férias. Você, na qualidade de advogado(a) do sindicato da 
categoria de TÍCIO, promova a medida processual cabível, observando o 
procedimento devido e o Juízo competente. 
 
 
 
 
 
PEÇA INICIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO DR. JUÍZ DE DIREITO DA VARA DO TRABALHO DA CIDADE 
DO RIO DE JANEIRO/RJ 
 
 
 
 
 
 
 
 TÍCIO, brasileiro, estado civil..., auxiliar administrativo, data de nascimento..., 
inscrito no RG nº... e no CPF nº..., portador da CTPS nº..., inscrito no PIS sob o nº..., 
nome da mãe..., endereço eletrônico..., residente e domiciliado no endereço..., com 
CEP..., vem, por seu advogado infra- assinado, endereço eletrônico..., com endereço 
profissional completo com CEP..., onde recebe intimações, com fulcro no artigo 840, 
§1°, da CLT c/c art. 319 do CPC, propor RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, em face 
DA SOCIEDADE LIMITADA ALFA, inscrita no CNPJ nº:..., com endereço, Cep:..., 
pelos seguintes fatos e fundamentos jurídicos que se passa a expor: 
 
I. DAS PRELIMINARES 
 
I.II. DA GRATUIDADE JUDICIÁRIA 
Requer o Autor, nos termos da lei nº 1.060 de 1950 e dos artigos 98 e 
seguintes do CPC e 5º, LXXIV da CF/88, que lhe seja deferido os benefícios da 
justiça Gratuita, tendo em vista de que o mesmo não pode arcar com as custas 
processuais e com os honorários advocatícios sem o prejuízo do sustento próprio. 
 
I.III. DA COMPETÊNCIA DO JUÍZO 
É competente este foro para a propositura da presente ação, tendo em vista 
que, embora a contratação tenha sido feita na cidade de Niterói-RJ, a prestação do 
serviço se deu na cidade do Rio de Janeiro/RJ, conforme é exposto nos autos e assim 
preleciona o artigo 651 da CLT. Vejamo-lo: 
 
Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é 
determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, 
prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro 
local ou no estrangeiro. (Vide Constituição Federal de 1988) (CLT) 
 
 Portanto, resta-se nítido a competência deste juízo para apreciação do caso 
em tela. 
II. DOS FATOS 
 
Ocorre que Tício, ora reclamante, fora admitido como auxiliar administrativo, 
em contrato firmado com a empresa ALFA LTDA, ora reclamada, para trabalhar na 
filial desta localizada no Município do Rio de Janeiro-RJ, em 4 de janeiro de 2016. 
 Tício cumpria jornada de trabalho das 8 às 17h, com 1 hora de intervalo para 
repouso e alimentação. Percebia o salário mensal de R$ 2.000,00 (dois mil reais). 
Acontece que em 26 de janeiro de 2017, com mais de um ano de prestação 
de serviços, o autor fora imotivadamente dispensado, sem prévio aviso, e 
percebimento algum das verbas resilitórias, tampouco pode-se dizer das férias, 
jamais usufruídas. 
Tício hoje encontra-se desempregado, vivendo as amarguras de uma vida 
com direitos violentamente extirpados. 
 
III. DO MÉRITO 
 
 III. I. DA DIREITO A PERCEPÇÃO DAS VERBAS RESCISÓRIAS 
 
 Excelência, desde logo, convém registrar que o Autor possui o digno direito 
de receber as suas verbas resilitórias, não por tão somente terem sido todas elas 
olvidadas e injustificadamente não pagas, mas, a bem verdade, por serem o primeiro 
socorro alimentício de um trabalhador quando se encontra repentinamente sem os 
provimentos as suas mínimas condições de existência. 
 Percebe-se, no caso em tela, que o Sr. Tício foi obstado de receber os 
valores do aviso prévio (no caso, indenizado), saldo de salário, férias vencidas 
integrais acrescidas do terço constitucional, o décimo terceiro salário, os depósitos 
referentes ao fundo de garantia por tempo de serviço (FGTS) com a respectiva multa 
dos 40% do saldo do aludido fundo. 
 Como se vê, nobre magistrado, resta-se claro a proporção da severidade na 
vida do trabalhador e nos mandamentos da lei, que foram sumariamente feridos por 
um empregador sem escrúpulos. 
 
III. II. DA DESCRIÇÃO DAS VERBAS RESILITÓRIAS DEVIDAS 
 Nobre julgador, por motivos aclaratórios, faz-se necessário discriminar de 
modo específico os valores e os fundamentos legais de todas as verbas devidas. 
 
Como já explanado em alhures, são os valores referentes: 
• Ao aviso prévio indenizado (Art. 487, II, da Clt, art. 7º, XXI da 
CF/88 e o artigo 1º da Lei 12.506/2011); 
• Saldo de salário (art. 457 e 458 c/c 462 da Clt); 
• Férias vencidas integrais acrescidas do terço constitucional 
(Art. 7º/CF88, XVII. CLT - Art. 129, CLT - Art. 146, súmula 328 
do TST); 
• Décimo terceiro salário (CF88 – Art. 7º VIII, Lei 4090/62 Art. 1º 
e Art. 3º); 
• Depósitos referentes ao fundo de garantia por tempo de serviço 
(Lei 8036/90 Art. 20.) Com a respectiva multa dos 40% do 
saldo do aludido fundo (Lei 8036/9 - Art.18.) 
 
 
 
III. III. DA APLICAÇÃO DA MULTA DISPOSTA NO ARTIGO 477, § 8º, DA CLT 
Excelência, com o devido respeito, mostra-se claramente necessário no caso 
em tela a aplicação da multa que é exposta no artigo 477, parágrafo 8º da CLT, 
levando em consideração que o prazo para o pagamento das verbas rescisórias em 
muito fora desrespeitado pelo empregador, tornando, assim, a premente 
necessidade de se estabelecer uma punição a contento para aquele que desrespeita 
a lei. E quando, então, tal desrespeito fere gravemente verbas de natureza 
alimentícia, mostra-se ainda mais justa a penalidade. Nesse sentido: 
 
RECURSO DE REVISTA. MULTA DO ARTIGO 477 DA CLT. A multa 
do artigo 477, § 8º, da CLT tem como escopo compensar o prejuízo 
oriundo, unicamente, do não pagamento das verbas rescisórias no 
prazo legal estabelecido por seu § 6º, não aquele porventura 
decorrente de atraso na homologação da rescisão contratual. 
Recurso de revista não conhecido. 
 
(TST - RR: 404020145120031, Relator: Renato de Lacerda Paiva, 
Data de Julgamento: 20/05/2015, 2ª Turma, Data de Publicação: 
DEJT 29/05/2015) Destaquei. 
 
IV. DOS PEDIDOS 
 Por todo o exposto, juntamente com a efetiva condenação da Reclamada, 
desde logo, com o devido respeito e acatamento, perante a vossa Excelência, o 
autor passar a requerer: 
 
I. Seja julgado procedente os pedidos expostos 
na exordial; 
II. Protestar em provar o alegado por todos os 
meios de provas em direito admitidos, 
notadamente oitiva de testemunhas e 
depoimento pessoal, nos termos do artigo 
369 do CPC/15; 
III. O deferimento do pedido de justiça gratuita, 
visto que o mesmo é pobre na forma da lei e 
com base nos artigos 98 do CPC/15, e 5º, 
LXXIV, da CF/88 e na lei 1.060/50. 
IV. A notificação da Reclamada para comparecer 
à audiência a ser designada, para, querendo, 
apresentar defesa a presente reclamação e 
acompanhá-la em todos os seus termos, sob as 
penas da lei. 
V. Julgar ao final, TOTALMENTE PROCEDENTE 
a presente Reclamação, condenando a 
Reclamada a: 
a) Aviso Prévio indenizado e 
b) 13º salário proporcional 
c) Férias vencidase proporcionais do ano de 
+1/3 constitucional; 
d) Condenar a Reclamada ao pagamento da 
multa prevista no art. 477 da CLT. 
 
Dar-se-á o valor da causa em R$ 10.000,00 (Dez mil reais) 
 
Nestes termos, pede e espera deferimento. 
Local, Data... 
 
 
ADVOGADO 
OAB.../UF...

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