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Experimento E7 COLISÃO INELÁSTICA 24 de fevereiro de 2011 1 Objetivo Obter o coeciente de restituição entre uma bola e o chão. 2 Teoria Uma colisão entre dois corpos pode ser classicada considerando-se a energia cinética do conjunto antes e depois da colisão. Se a energia cinética do conjunto se conserva, a colisão é chamada totalmente elástica; se parte da energia cinética se transforma em outra forma de energia, a colisão é inelástica. Quando os dois corpos permanecem unidos após a colisão, esta é dita totalmente inelástica. Considere uma bola que, sendo solta do repouso da altura inicial Hi, chega ao chão com uma velocidade vi. Imediatamente após o contato com o chão, a bola se deforma e segue sofrendo uma compressão, até atingir o repouso (situação de compressão máxima). A partir desse instante, ela passa a se expandir e salta, com velocidade vf , indo até uma outra altura. Observe que, em geral, a bola deixa o chão com uma velocidade menor que a velocidade que possuía quando atingiu o chão, alcançando uma altura Hf , que é menor que a altura inicial da qual ela foi solta. A figura 1 ilustra esta situação. vi vf H i Hf Figura 1: A bola cai de uma altura Hi e chega ao solo com velocidade vi. Após a colisão, ela sai com velocidade vf atingindo a altura Hf . Define-se o coeciente de restituição, r, de uma colisão desse tipo como r = |vf | |vi| . (1) O coeficiente de restituição pode ser utilizado como um indicativo de quão elástico é o choque entre a bola e o chão. A perda de energia cinética nessa colisão é dada pela diferença entre a energia cinética da bola ao colidir com o chão e a energia cinética da mesma ao deixar o chão, ou seja ∆K = 1 2 mv2f − 1 2 mv2i , que, em termos do coeciente de restituição, pode ser colocada na forma ∆K = 1 2 mv2i ( r2 − 1) . (2) Observe que esta variação de energia cinética é negativa, indicando uma perda de energia cinética. Na realidade, esta �perda� corresponde, fisicamente, a uma transformação de energia cinética em outras formas de energia durante a colisão. As equações (1) e (2) mostram que, numa colisão totalmente elástica, r = 1 e a energia cinética é conservada durante a colisão. Numa colisão inelástica, devido a transformação de parte da energia cinética em outras formas de energia, a velocidade de saída do chão, vf , é menor do que a velocidade de chegada ao chão, vi, o que dá r < 1 e, portanto, ∆K < 0. 1 Vamos analisar a situação em termos de energia potencial gravitacional U . A potencial gravitacional no momento em que a bola é solta vale 1 Ui = mgHi. Após colidir com o chão, a bola retorna à altura Hf , onde sua energia potencial gravitacional vale Uf = mgHf . Logo, a variação de energia potencial na colisão vale ∆U = mg (Hf −Hi) , (3) que também é negativa, pois Hf < Hi. Considerando que a energia mecânica se conserva entre o instante inicial quando a bola foi solta e o momento imediatamente anterior ao choque, podemos escrever mgHi = 12mv 2 i , o que dá para a variação de energia cinética ∆K = mgHi ( r2 − 1) . (4) Mas ∆K = 1 2 mv2f − 1 2 mv2i = mgHf −mgHi que, inserida na equação (4), nos dá mgHi ( r2 − 1) = mg (Hf −Hi) , ou seja, r2 = Hf Hi , dando o coeciente de restituição em termos da razão entre as alturas antes e após a colisão da bola com o chão. Desta forma, a altura que a bola atinge após colidir com o chão será sempre uma fração fixa da altura inicial da qual ela caiu. 3 Descrição do experimento O experimento consiste em deixar uma bola cair, de uma altura inicial, e medir a altura da mesma após a colisão com o chão, repetindo-se algumas vezes. A seguir, solta-se novamente a bola desta nova altura, medindo-se novamente a nova altura final, repetindo-se o procedimento algumas vezes. Serão anotadas cerca de seis alturas diferentes. 4 Equipamento/Material utilizado 1. Régua decimetrada. 2. Bola. 5 Procedimento Experimental (a) Antes de começar suas medidas, treine um pouco a maneira de observar e medir para possibilitar um melhor resultado, com menor erro. (b) Deixe a bola cair da uma altura Ho (desconhecida) acima de 18, 0 dm e anote a altura H1 atingida após a primeira colisão inelástica com o solo. Repita a operação quatro vezes e determine a média da altura H1 atingida e o desvio médio da mesma. (c) Em seguida, solte a bola dessa altura média H1 e meça o valor de H2, repetindo o procedimento afim de determinar o valor médio de H2 e de seu desvio médio. Faça o procedimento acima para as seis primeiras colisões, anotando os dados na Tabela da folha de relatórios. (d) Responda as demais questões da folha de relatórios. 1 Considera-se o nível zero de energia potencial gravitacional no chão. 2 Experimento 7 - COLISÃO INELÁSTICA FEX 1001 Tabela 1 Altura ( ) medida 1 medida 2 medida 3 medida 4 medida 5 altura média: H desvio médio: ∆H H1 H2 H3 H4 H5 H6 Tabela 2√ H2/H1 √ H3/H2 √ H4/H3 √ H5/H4 √ H6/H5 r 1. Usando o fato de que r2 = H1 Ho = H2 H1 = H3 H2 = · · · = Hn Hn−1 , mostre que Hn = Hor2n. 2. Linearize a equação Hn = Hor2n mostrando claramente os coeficientes angular e linear da reta. Construa o gráfico linearizado em papel mono-log utilizando os dados de sua tabela 1. 3. Calcule, a partir do gráfico linearizado, o valor do coeficiente de restituição entre a bola e o chão e o valor da altura inicial de lançamento Ho. Indique no gráfico os pontos lidos. Mostre os cálculos com clareza. 3 4. Usando a igualdade apresentada na questão 1 e os valores médios de Hi da tabela 1, calcule os diferentes valores do coeficiente de restituição e complete a tabela 2. 5. Calcule o valor médio de r e compare com o valor que você obteve a partir do gráfico linearizado, calculando o erro percentual. Adote o valor médio como valor de referência. Mostre os cálculos com clareza. 4
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