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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL Carina G. C. Carvalho Rafael K. G. Otani Paula Martins Iara Possionatto COLISÃO INELÁSTICA Campo Grande - MS Janeiro / 2016 Carina G. C. Carvalho Rafael K. G. Otani Paula Martins Iara Possionatto COLISÃO INELÁSTICA Relatório apresentado como parte da disciplina de Laboratório de Física 1 ao Instituto de Física da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, sob a avaliação do Prof. Dr. Valter Aragao do Nascimento Campo Grande - MS Janeiro / 2016 RESUMO Carina CARVALHO, Rafael OTANI, MARTINS, Paula, PASSIONATO, Iara. Colisão Inelástica. Campo Grande, 2016. [Relatório – Universidade Federal do Mato Grosso do Sul] Em um experimento laboratorial foram utilizados uma bola de borracha e uma fita métrica. Foram feitas medições a fim de se obter o coeficiente de restituição da bola. Objetivou-se aferir as medidas de alturas alcançadas pela bola cada vez que a mesma foi solta, e sua força exercida sob o chão a impulsionou novamente à subir. Então aplicou-se a fórmula da restituição após obtidas as médias de cada altura, para assim estimarmos o coeficiente de restituição. Palavra-chave: coeficiente de restituição; medição; altura média. LISTA DE TABELAS E ANEXOS Tabela 1 – Medias coletadas em experimento ........................................................ p.3 Tabela 2 – Tabela 2 – Cálculo do coeficiente de restituição para as diferentes alturas .................................................................................................................................. p.4 Tabela 3 – Valor do Coeficiente A por tentativa....................................................... p.5 Tabela 4 – Cálculo da média do coeficiente de restituição e seu desvio padrão médio........................................................................................................................ p.6 Tabela 5 - Cálculo da Energia Cinética dissipada ................................................... p.7 Anexo 1 – Gráfico de Altura versus Colisão ...........................................................p.11 Anexo 2 - Gráfico mono-log da altura em função da ordem de quiques.................p.12 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 1 OBJETIVO................................................................................................................... 2 CAUSUISTICA E MÉTODOS ...................................................................................... 2 RESULTADOS ............................................................................................................ 3 DISCUSSÃO ............................................................................................................... 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 10 1 INTRODUÇÃO A análise efetuada no laboratório teve por objetivo determinar o coeficiente de restituição de uma esfera de borracha com o chão. Tal coeficiente define a habilidade de um material para absorver energia quando é atingido. Em geral, o coeficiente de restituição pode ser definido como a razão das velocidades de um objeto em queda, no instante em que ele atinge uma dada superfície e no instante em que ele deixa essa superfície.Conforme JEWETT & SERWAY (2002) inicialmente pode-se avaliar o coeficiente de restituição do objeto que incide sobre a superfície e da superfície sobre a qual o objeto incide, ou seja, o coeficiente de restituição é característica de ambos os materiais que participam da colisão. Uma forma de determinar o coeficiente de restituição citada por NETTO consiste em medir a velocidade ou a altura do movimento elástico do material sendo avaliado, quando um objeto feito deste material é solto de uma determinada altura sobre um material fixo e mais duro ou resistente. Há diversos métodos para determinação de tal coeficiente, pode-se utilizar a velocidade do objeto antes do impacto e após o impacto. Conforme divulgação do sitio online FÍGARO outra maneira é pela altura máxima dos impactos sucessivos. Nesse experimento, utilizaremos esse método, através da média das três diferentes medidas efetuadas sucessivamente por diferentes pessoas e suas respectivas visualizações após o lançamento da bola de ping pongue. 2 OBJETIVO Determinar o coeficiente de restituição de uma bola de ping pong com o chão. CAUSUISTICA E MÉTODOS Material utilizado para o experimento: Bola de borracha (massa de 0,05kg); Trena. Iniciamos o trabalho escolhendo uma altura inicial com o auxilio da trena, no caso a altura escolhida foi H0=2m, posicionamos então a bola de borracha na marcação de 2m. Um integrante do grupo segura a trena à vista de os demais integrantes enquanto que outro integrante solta a bola de sua altura inicial. Observa-se então o percurso da bola atingindo o chão e voltando com uma determinada força de restituição até certa altura H1, altura essa que 3 observadores analisam na trena, onde cada qual chega a uma conclusão próxima de valor um do outro, então é feito novamente o mesmo método de se soltar a bola da altura H0 para que os 3 observadores marquem sua nova percepção da altura H1. Feito isto, temos 6 valores para altura H1, distintas ou não entre si, com estes 6 valores é calculado uma média. A partir dessa média temos então estabelecido nosso valor real e inalterado de H1. O passo seguinte é igual ao anterior, porém desta vez sendo a bola de borracha solta na altura H1, com mesmos procedimentos para se achar a altura H2. Que será a altura que a bola subirá decorrente de sua força exercida no chão após cair da altura H1. Nova média é calculada para ser o valor real da altura H2. O mesmo procedimento é repetido por 5 vezes para acharmos as alturas H1, H2, H3, H4 e H5. Após encontradas todas as alturas necessárias para o experimento aplicamos a fórmula r2 = H1/H0 = H2/H1 = Hn+1/H para determinarmos o coeficiente de restituição. 3 RESULTADOS Os resultados encontrados foram dispostos de forma a responder os questionamento levantados na apostila disponibilizada para instrução e apoio a este experimento e segue: Após o lançamento da esfera das 5 diferentes alturas foram coletados por três distintos observadores a altura máxima atingida pela esfera. O procedimento foi o seguinte, da altura inicial H0 lançou-se a bola e cada um dos observadores anotou a altura atingida pela esfera, o processo foi repetido mais uma vez totalizando 6 medidas distintas. A média destas medidas foi tirada e então a esfera foi novamente solta na vertical, agora da nova altura determinada pela média dos dados coletados. Os valores encontrados seguem na tabela1. Medida Altura1 Altura2 Altura3 Altura4 Altura5 Altura6 Altura Média Desvio Médio Padrão H0 2,000 --- --- --- --- --- 2,000 ±0,00 H1 1,330 1,320 1,330 1,350 1,330 1,340 1,333 ±0,004 H2 0,900 0,950 1,000 0,950 0,900 0,940 0,940 ±0,015 H3 0,600 0,670 0,620 0,650 0,610 0,670 0,637 ±0,012 H4 0,460 0,440 0,450 0,440 0,450 0,430 0,445 ±0,004 H5 0,270 0,290 0,280 0,280 0,290 0,270 0,280 ±0,003 Tabela 1 – Medias coletadas em experimento. Um gráfico em folha milimetrada foi geradorelacionando as alturas médias e diferentes tentativas. Este gráfico encontra-se anexo a este trabalho. 1 - Os pontos possuem tendência linear? Não, gera uma curva que tende ao infinito de forma exponencial. 4 2 - Utilizando a relação r²= H1/H0 = H2/H1 = H3/H2 = ... = Hn/Hn-1 , demostre que Hn = H0 r²n n H média r² Demonstração Hn pela fórmula 0 2,000m - - - - 1 1,333(± 0,004)m 0,666 H1 = H0(r²) 1 H1 = 2(0,666) 1 H1 = 1,332m 2 0,940(± 0,015)m 0,704 H2 = H0(r²) 2 H2 = 2(0,704) 2 H2 = 0,991m 3 0,637(± 0,012)m 0677 H3 = H0(r²) 3 H3 = 2(0,677) 3 H3 = 0,620m 4 0,445(± 0,004)m 0,698 H4 = H0(r²) 4 H4 = 2(0,698) 4 H4 = 0,474m 5 0,280(± 0,003)m 0,628 H5 = H0(r²) 5 H5 = 2(0,628) 5 H5 = 0,195m Tabela 2 – Cálculo do coeficiente de restituição para as diferentes alturas. 3 - É possível observar que existe uma relação linear entre hn e n ? Sim, o gráfico (anexo 2) gera uma reta mostrando a tendência linear entre Hn e n. 4 - Por meio do processo de regressão linear, determine os valores dos coeficientes da equação de reta: Ln(Hn) = A + Bn em que A e B são coeficientes que definem a mesma. Utilizando a fórmula B = ∆ [(ln X) – (ln X0)] / ∆ (y – y0). Para os valores do 4º e 1º quique, escolhidos aleatoriamente, temos que: B = ∆ [(ln 1,333) – (ln 0,445)] / ∆ (1 – 4) B = -0,365 Utilizando tal valor na fórmula ln (Y) = A + Bx em cada um dos quiques obtemos os valores a seguir. 5 n Coeficiente A 1 0,650 2 0,668 3 0,644 4 0,650 5 0,552 Tabela 3 – Valor do Coeficiente A por tentativa A média para o valor do coeficiente A é de 0,632. 5- O que representa o coeficiente A? Qual o seu valor? Qual o valor esperado para ele? A representa o coeficiente linear da reta e seu valor encontrado foi 0,632. No gráfico (Anexo 2) o valor encontrado é de 1,6, sendo este o seu valor esperado. 6 - O que representa o coeficiente B? Qual o seu valor? B representa o coeficiente angular da reta e seu valor corresponde a -0,365. 6 7 - Calcule o coeficiente de restituição. Media r² Média de r por divisão Média total de r² Desvio de r² Desvio padrão médio de r² (H1/H0)-dpm 0,666 H1/H0 0,668 0,666 0,008 (H1/H0)+dpm 0,664 (H2/H1)-dpm 0,693 H2/H1 0,705 0,704 0,030 (H2/H1)+dpm 0,716 (H3/H2)-dpm 0,664 H3/H2 0,677 0,677 0,674 0,003 ±0,006 (H3/H2)+dpm 0,690 (H4/H3)-dpm 0,692 H4/H3 0,698 0,698 0,024 (H4/H3)+dpm 0,704 (H5/H4)-dpm 0,622 H5/H4 0,629 0,628 0,046 (H5/H4)+dpm 0,635 Tabela 4 – Cálculo da média do coeficiente de restituição e seu desvio padrão médio. O desvio padrão médio utilizado na coluna Média é aquele exibido na Tabela 1. r² = H1/H0 = H2/H1 = H3/H2 = H4/H3 = H5/H4 r² = coeficiente de restituição. H = alturas medidas. 8 - Utilizando o valor do coeficiente de restituição encontrado, determine a fração percentual da energia cinética dissipada em cada colisão com o chão. 7 A energia cinética dissipada pode ser encontrada pela fórmula ∆E = m . g . Hn (1 - r² ) A massa da esfera é m=0,05 kg e consideramos a gravidade como g=9,81 m/s² n H média r² ∆E (kg.m/s²) 1 1,333(± 0,004)m 0,666 0,363 2 0,940(± 0,015)m 0,704 0,232 3 0,637(± 0,012)m 0,677 0,169 4 0,445(± 0,004)m 0,698 0,111 5 0,280(± 0,003)m 0,628 0,083 Tabela 5 – Cálculo da Energia Cinética dissipada. 8 DISCUSSÃO As distintas medidas coletadas a cada soltura da bola em queda livre demonstram, possivelmente, o erro humano na coleta do dado tendo em vista que a bola atingiu a cada tentativa apenas um único valor máximo bem definido. O método adotado para a coleta de dados do experimento também pode ser considerado um possível fator pelo qual diferentes valores foram encontrados a cada medição. Para o experimento não levou-se em consideração as propriedades do solo, fator que influencia no coeficiente de restituição. Considere por exemplo um solo de areia e um de borracha. Pode-se, sem a necessidade de demonstração concluir que uma bola de borracha atingiria distintas alturas conforme fosse lançada sob as mesmas condições. Outra importante consideração sobre o solo é a sua inclinação ou não. Não se mediu em momento algum a possível inclinação do mesmo. Qualquer alteração no valor de ângulo entre a bola e o solo incorreria em alteração no valor de altura máxima alcançado pela esfera. 9 CONCLUSÕES Com o apoio dos instrumentos do laboratório, foi possível encontrar as diferentes alturas da bola de borracha determinando o coeficiente de restituição através de uma queda livre desses em uma altura determinada, utilizando os impactos sucessivos das bolas até o chão. Embora, cada aluno tivesse uma percepção diferente da altura máxima que a bola alcançava, foi possível através da media, obter valores para as analises necessárias. Em alguns casos a altura média coletada difereil para além do valor médio somado ou subtraído de seu desvio padrão médio, como mostrado na tabela do exercício 2, o qual H5 média resultou em 0,28m e a prevista pela fórmula resultou em 0,195m. Atribui-se a este fato à falha na coleta dos dados, pois os observadores não estavam alinhados com o evento, olhando o mesmo por ângulo superior, ocasionando em erro além do padrão. As distintas medidas coletadas a cada altura também evidenciam a probabilidade de erro na coleta de dados que um observador pode expor o experimento. Outros métodos como por exemplo uma sequência fotográfica do acontecimento, tiradas por uma câmera fixa e alinhada ao acontecimento possivelmente reduziria a tendência ao erro. Outro fator importante, o solo e seu nivelamento, também não foram estudados para se obter uma maior acurácia dos resultados, fatores esses importantes. Por fim o estudo mostrou-se de grande valia demonstrando ao discentes em prática aquilo que costumeiramente se estuda apenas teoricamente. 10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SERWAY, R. A.; JEWETT Jr., J. W. Princípios de Física, Volume 1; Editora Thompson, 3.ª Edição. São Paulo, 2002. NETO, Luiz Ferraz. Choque mecânico. http://www.feiradeciencias.com.br/sala05/05_RE_09.asp, acesso em 27/01/2015 http://figaro.fis.uc.pt/FEXP/Parte3/P3_intro1.html#analise, acesso em 27/01/2015
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