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Curso de Reanimação Neonatal Prof. Edmar Feijó ead.universoenfermagem.com Reanimação Neonatal ILCOR – 2015 Força Tarefa Neonatal do International Liaison Committee on Resuscitation (ILCOR) - Neonatal Resuscitation Program da Academia Americana de Pediatria - Associação Americana de Cardiologia (2015) - Programa de Reanimação Neonatal da Sociedade Brasileira de Pediatria (2011) - MS (2011) - Força Tarefa Neonatal do ILCOR (2015) - Pré-Teste Ao nascimento, alguns recém-nascidos podem precisar de medidas de reanimação neonatal, além dos passos iniciais que envolvem: prover calor, posicionar a cabeça em leve extensão, aspirar vias aéreas (se necessário) e secar o paciente. De acordo com as novas diretrizes de reanimação neonatal, recomendadas pela American Heart Association (2015), assinale a alternativa que contém os procedimentos sequenciais que devem ser realizados caso o recém-nascido mantiver frequência cardíaca menor que 100bpm, apneia ou respiração irregular após 30 segundos dos passos iniciais: A) Iniciar oxigênio inalatório a 100% e monitorizar a SatO2. B) Iniciar ventilação com pressão positiva e avaliar a cor do recém-nascido. C) Iniciar ventilação com pressão positiva e monitorizar a SatO2. D) Iniciar ventilação com pressão positiva com FIO2 21 – 30%. E) Iniciar ventilação com pressão positiva e massagem cardíaca. Pré-Teste Em relação ao uso da EPINEFRINA no RN A) Pode ser administrada por via endotraqueal na dosagem de 0,1 a 0,3ml/Kg, porém esta via só deve ser usada nos casos em que não for possível obter acesso venoso. B) É uma catecolamina que atua diretamente sobre os receptores alfa e beta adrenérgicos, produzindo efeitos cronotrópicos, inotrópicos e aumento da pressão arterial. C) É uma droga de escolha na reanimação neonatal, devendo ser administrada imediatamente sempre que o recém-nascido estiver com frequência cardíaca menor que 60bpm ao nascimento. D) Pode provocar efeitos adversos importantes, incluindo diminuição do consumo de oxigênio pelo miocárdio e aumento do fluxo sanguíneo renal em doses altas. E) Quando administrada por via endovenosa em bolus, deve ser diluída na concentração de 1:9 e administrada na dose de 0,01 a 0,03 ml/Kg. Medicações de emergência fazem parte do material que deve estar disponível em todos os partos. Cada membro da equipe de ressuscitação neonatal deverá saber quais as medicações utilizadas, ação, indicações, dose, via de administração e como administrá-la. Analise as afirmações a seguir e assinale a alternativa correta. I. Sangue, soro fisiológico e ringer lactato são expansores de volume utilizados em caso hipovolemia, resultando em aumento do volume circulante, aspecto relevante para a boa perfusão tecidual. II. A Adrenalina é um estimulante cardíaco, capaz de aumentar a frequência e a força de contração do coração. Pode ser administrada por via endovenosa ou traqueal uma única vez durante o procedimento de reanimação. III. O bicarbonato de sódio é utilizado em casos de reanimação para corrigir a acidose metabólica. Sua administração deve ser lenta. IV. Medicações de emergência são usadas quando a frequência cardíaca do neonato mantém-se abaixo de 60 batimentos por minuto, apesar de ter sido instituída ventilação por pressão positiva e compressão cardíaca externa. Estão corretas as afirmativas: a) I, II e III apenas. b) II, III e IV apenas. c) I, II e IV apenas. d) I, III e IV apenas. e) III e IV apenas. Pré-Teste A hipotermia é um dos agravos mais frequentes nos recém-nascidos prematuros. Dentre as medidas utilizadas em um nosocômio para a manutenção do controle térmico em recém-nascidos menores que 29 semanas, o Programa de Reanimação Neonatal da Sociedade Brasileira de Pediatria, em conjunto com a Academia Americana de Pediatria, recomenda as seguintes medidas: A) O RN deve ser colocado dentro de saco plástico de polietileno (30 x 50cm), envolvendo todo o corpo até a altura do pescoço, imediatamente após ser colocado sob fonte de calor radiante, sem ser secado e antes de serem iniciados os procedimentos de reanimação. B) O RN deve ser colocado dentro de saco plástico de polietileno (30 x 50cm), envolvendo todo o corpo até a altura do pescoço, imediatamente após ser colocado sob fonte de calor radiante, sem ser secado e após serem iniciados os procedimentos de reanimação. C) O RN deve ser colocado dentro de saco plástico de polietileno (30 x 50cm), envolvendo todo o corpo até a altura do pescoço, antes ser colocado sob fonte de calor radiante, após a secagem e antes de serem iniciados os procedimentos de reanimação. D) O RN deve ser colocado dentro de saco plástico de poliuretano (30 x 50cm), envolvendo todo o corpo até a altura do tórax, imediatamente após ser colocado sob fonte de calor radiante, sem ser secado e antes de serem iniciados os procedimentos de reanimação. E) O RN deve ser colocado dentro de saco plástico de polietileno (30 x 50cm), envolvendo todo o corpo até a altura do abdômen, imediatamente antes ser colocado sob fonte de calor radiante sem ser secado e antes de serem iniciados os procedimentos de reanimação. Pré-Teste Necessidade de reanimação e avaliação de sua eficácia dependem da avaliação simultânea de 2 sinais Respiração Frequência Cardíaca A FC é o principal determinante da decisão de indicar as diversas manobras de reanimação. Assistência ao RN com necessidade de reanimação Passos iniciais: • Promover calor – manter a temperatura entre 36,5 à 37,5 C. RN com IG inferior a 29 sem /ou peso inferior a 1.500g, usar saco plástico transparente para envolver o corpo do bebê. • Posicionar a cabeça leve extensão - neutra. • Aspirar VAS, somente em excesso de secreções. • Secar e desprezar campos úmidos. • Reposicionar a cabeça. Assistência ao RN com necessidade de reanimação • Em RN com idade gestacional inferior a 29 semanas ou peso ao nascer inferior a 1.500g, recomenda-se o uso de saco plástico transparente de polietileno de 30x50 cm, até o pescoço. Se houver recursos para aquecimento do RN - Não secar. • Todos os procedimentos da reanimação são executados com o RN dentro do saco plástico. FC maior que 100 bpm e Respiração rítmica e regular. Respiração efetiva, FC maior ou igual 100 bpm e cianose central. Apneia, respiração irregular e FC menor que 100 bpm. Cuidado de Apoio Oxigênio Inalatório Ventilação com Pressão Positiva VPP Balão e Máscara TOT Prover Calor Secar e desprezar campos úmidos Aspirar boca e nariz Verificar a cor Posicionar Rn no tórax/abdome materno Máscara Oxy-Hood CPAP FC < 100 bpm Assegurar VPP adequada Considerar O2 suplementar Considerar intubação FC < 60 bpm Compressão Cardíaca Externa c/c VPP FC < 60 bpm Epinefrina endovenosa Uma vez iniciada a ventilação com pressão positiva, recomenda-se o uso do ECG e oximetria de pulso para monitorização. Sim Sim Sim Minutos de Vida Saturação de O2 2 60% 5 85% 10 90 % O boletim de APGAR não deve ser utilizado para determinar o início da reanimação e sim para avaliar a resposta do RN às manobras de reanimação. Se o escore é inferior a 7 no 5 minuto, recomenda-se sua aplicação a cada 5 minutos, até 20 minutos de vida (10, 15 e 20 minutos). Ventilação por Pressão Positiva - VPP Esta precisa ser iniciada nos primeiros 60 segundos de vida (“The Golden Minute”). Oferta de oxigênio: O2 inalatório; Ventilação com pressão positiva com máscara ou tubo traqueal. Reanimação Neonatal • Indicação de VPP: Ventilaçãocom Pressão Positiva O balão autoinflável (bolsa-válvula-máscara), a pressão inspiratória máxima a ser administrada é limitada pela válvula de escape, ativada em 30 a 40cm H2O para evitar o barotrauma. Ventilação com Pressão Positiva (VPP) - Se, após 30 segundos de VPP , o paciente apresentar FC > 100 bpm e respiração espontânea e regular, suspender o procedimento. - A cada 10 recém-nascidos que recebem VPP com balão e máscara, nove melhoram e não precisam de outros procedimentos de reanimação. Técnica da ventilação com balão e cânula traqueal Indicação de ventilação: 1. Ventilação com máscara facial prolongada ou ineficaz; 3. Aplicação de CCE e/ou de adrenalina; 4. Bebê deprimido banhado em LAM; 5. Hérnia diafragmática; 6. PT < 1.250g para administração de surfactante pulmonar. Intubação Traqueal • Material: - Laringoscópio com lâminas retas 0 e 1 - Cânulas traqueais nºs 2,5; 3; 3,5 e 4 - Material para aspiração - Esparadrapo – “Bigode” - CFR (Continuous flow reviver) - Estetoscópio - Cateter Gástrico – distensão abdominal CFR Intubação Traqueal Intubação Traqueal Risco de Complicações: Hipoxemia, apneia, bradicardia, pneumotórax, laceração de tecidos moles, perfuração de traqueia ou esôfago, além de maior risco de infecção. REGRAS GERAIS Idade Lâmina Número do Tubo Distância (cm) Recém-Nascido / Prematuro Reta 0 2; 2,5; 3 (sem cuff) RNPT 8 RNT 9-10 Lactente até 6 meses Reta 0 ou 1 3 a 3,5 (sem cuff) 10,5 a 11 Lactente 6 a 12 meses Reta 1 4 a 4,5 (sem cuff) 11 a 12 1 a 8 anos Reta Até 4 anos (Idade em anos/4) +4 (sem cuff) 1a – 12 a 13,5 2a – 13,5 Acima de 8 anos e Adolescentes Curva Acima de 4 anos 7 a 8 (com cuff) N0 de inserção (cm) = diâmetro interno do COT x 3 ou Peso + 6 1. Gestação a termo? 2. Bom tônus? 3. Respira ou chora? Equipe: quem massageia fica atrás do RN e quem ventila se desloca para o lado CCE coordenada à ventilação – 3:1 (intubado) Terço inferior do esterno Técnica dos 2 polegares (sobrepostos) com as mãos envolvendo o tórax é a mais efetiva para manter o débito cardíaco Profundidade 1 ½ polegada – 4 cm COMPRESSÃO CARDÍACA EXTERNA - CCE MEDICAÇÃO Curso de Reanimação Neonatal contato@universoenfermagem.com ead.universoenfermagem.com