Buscar

Desenvolvimento Pessoal e Profissional

Prévia do material em texto

Desenvolvimento Pessoal e Profissional
O Mundo do Trabalho
Com a globalização, o trabalho sofreu mudanças significativas, o que transformou as formas de produção e o próprio mercado de trabalho. Neste cenário, novas configurações de trabalho revelam-se, podendo ser terceirizado, por projeto, a distância etc. Fortalece-se, então, a noção de empregabilidade, vista como um conjunto de ações que focam o desenvolvimento de habilidades e a busca de conhecimentos favoráveis à conquista ou à manutenção de uma colocação no mercado de trabalho. Outro relevante componente do mundo do trabalho é o empreendedorismo, que não se limita à criação ou à manutenção de um negócio próprio, pois apresenta hoje novas e diferentes maneiras de empreender.
O trabalho sofreu mudanças significativas nas últimas décadas com a chamada globalização, que transformou as formas de produção e o próprio mercado de trabalho. Para compreender esta situação, é preciso destacar alguns fatores: 
 Mudanças na economia mundial – a pouca concorrência existente até a década de 1980 proporcionava estabilidade e bons lucros às empresas, que, até então, não se preocupavam muito em “encantar o cliente”, mas a abertura do mercado às importações imprimiu um ritmo diferente, em que a disputa pelo consumidor se tornou feroz. 
 Mudanças no padrão de consumo – com as alterações apontadas, atualmente “o cliente é o rei”, e suas exigências e preferências estão em foco, fazendo com que as organizações busquem superar constantemente as expectativas dos consumidores.
 Inovações no processo produtivo – para agradar o consumidor, fez-se necessário investir recursos na compra de maquinários mais modernos, na automação e automatização de diversos processos produtivos, o que resultou em cortes significativos de pessoal – o chamado desemprego estrutural.
Mudanças no perfil do trabalhador – a modernização das indústrias fez com que o trabalho passasse a ser mais intelectual que braçal, e ao trabalhador foi exigido buscar novos conhecimentos que pudessem trazê-lo de volta ao mercado e enfrentar relações de trabalho mais autônomas.
O emprego formal (carteira assinada, benefícios legais) passou a ser substituído por trabalho (relação demanda e oferta, ganhos imprevisíveis, horários flexíveis, diversos clientes), que pode ser: terceirizado, por projeto, a distância, entre outros. Como resultado, surgiu a noção de empregabilidade, vista como um conjunto de ações que visam desenvolver habilidades e buscar conhecimentos favoráveis à conquista ou à manutenção de uma colocação no mercado de trabalho.
O empreendedorismo é frequentemente associado à ideia de criar e manter um negócio próprio; no entanto, existem diferentes maneiras de empreender. Portanto, existe não só um, mas vários tipos de empreendedores, que se diferenciam ou pelo fator motivador que os levou a iniciar um negócio ou pela área de atuação que resolvem seguir. Quanto aos fatores que o levaram a iniciar um negócio, o empreendedor pode ser classificado em:
Por oportunidade necessidade de mercado e consegue desenvolver produtos e serviços inovadores para atendê-la.
Por necessidade Visualiza uma oportunidade Empreende como alternativa ao desemprego. Realiza negócios bem planejados e com maior chance de sobrevivência. Realiza negócios normalmente não planejados, informais, que fracassam rapidamente.
Dornelas (2007, p. 13) detalha os diferentes empreendedores e suas respectivas áreas de atuação:
 Empreendedor Empresário: é o dono do seu próprio negócio. Inova para atender às necessidades de mercado, planeja suas ações, aceita os riscos inerentes a incertezas nos resultados (lucro/prejuízo).
Empreendedor Coorporativo ou Intraempreendedor: atua dentro de uma organização já estabelecida; por este motivo, é comum que sua autonomia seja reduzida. É geralmente executivo empreendedor, sendo excelente gestor com capacidade de inovar e convencer as pessoas dentro e fora da organização. 
 Empreendedor Social: atua com Organizações Não Governamentais (ONGs) ou projetos sociais, reagindo fortemente perante os problemas sociais, desenvolvendo projetos e liderando equipes que trabalham para modificar cenários de pobreza, carência, desamparo, enfim, são heróis da sociedade que buscam realização pessoal acima de qualquer retorno financeiro.
José Dornelas (2012, p. 23) traça um perfil dos empreendedores de sucesso, citando as seguintes características:
 Sabem decidir: são seguros, decidem na hora certa
. Fazem diferença: agregam valor a tudo o que fazem.
 São visionários: possuem excelente visão de futuro. 
 São “planejadores”: planejam cada “passo” de seus projetos.
 São líderes: são hábeis em formar e conduzir equipes.
 Identificam e exploram oportunidades: conseguem enxergar necessidades e traduzi-las em produtos, serviços e projetos que as atendam.
É notável também como a figura do empreendedor mostra-se sempre associada a grandes mudanças e transformações na sociedade, e é por esta transformação social que diversos países focam a educação empreendedora como “chave” para o desenvolvimento, investindo recursos e criando programas de incentivo.
Conceitos fundamentais 
Competências: conjunto de atributos que conduzem uma pessoa aos resultados esperados. Consistem na combinação de saberes. 
Empreender: significa deliberar-se a praticar, propor-se, tentar ou, ainda, pôr em execução. 
Empreendedor: aquele que identifica oportunidades/necessidades, transformando-as em negócios e projetos.
Pré-sal: conjunto de reservatórios petrolíferos encontrados abaixo da camada de sal marinho. 
Proatividade: capacidade de se antecipar aos problemas, propondo soluções e oferecendo auxílio em diferentes situações.
 Tecnólogos: formados em um curso de nível superior com 2 anos de duração, habilitados especialmente para atuação prática em determinada área.
Tema 3
A diferenciação entre sonhos (querer), desejos (possibilidades) e projetos (dados reais) é um passo importante para a construção do projeto de vida e para planejar o futuro.
Projeto de vida é uma visão de futuro que deve levar em consideração as expectativas e aspirações de uma pessoa com relação ao horizonte a que pretende chegar, sendo necessário um planejamento quanto a objetivos, tempo, recursos, bem como uma avaliação real das condições atuais e do que falta para chegar às condições almejadas.
Para realizar um projeto de vida, é preciso, primeiramente, estabelecer uma missão de vida, algo que oriente aonde você quer chegar, e, neste sentido, o autoconhecimento e sua visão de mundo são fundamentais. Na sequência, informações claras sobre o contexto em que se vive, o conhecimento das oportunidades existentes e a compreensão dos recursos que possui (financeiros, de tempo, conhecimento etc.) irão ditar significativamente o modo como você conseguirá se preparar para alcançar seus projetos.
Projeto de vida é algo pessoal e intransferível, que sofre influência das suas características de personalidade, do contexto socioeconômico e da geração a que pertence; portanto, não pode ser feito por outra pessoa, pois é individual.
O projeto de vida deve levar em consideração fatores como saúde, família, trabalho, lazer etc., entendidos como esferas importantes na manutenção da qualidade de vida de uma pessoa, que ajudarão tanto na realização pessoal quanto profissional. Vale lembrar que, com o aumento da expectativa de vida da população, torna-se ainda mais importante planejar não apenas seus anos de vida “produtiva”, mas também a construção de uma vida saudável e confortável para o futuro após este período.
Alguns exercícios e técnicas visam transpor metodologias consagradas no meio empresarial para a utilização objetiva e pragmática na construção de um projeto de vida. Estas possibilitam definir um plano ou conjunto de ações a serem desenvolvidos em função de seus objetivos. É o caso da Análise SWOT.
Análise SWOT: original da língua inglesa, é traduzida pelas noções de Forças (Strengths), Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças(Threats), que podem ser identificadas em um ambiente ou em uma situação.
 Autoconhecimento: conhecimento de si mesmo, ou seja, saber quem você é, o que quer, do que gosta etc.
 Desejos: ligados à vontade, aspiração, querer algo que inspira satisfação, mas pressupõe a consideração de algumas possibilidades.
 Geração: conjunto de indivíduos nascidos em uma mesma época. Projetos: baseiam-se em elementos de realidade e envolvem a construção gráfica ou descritiva de algo que pretendemos fazer.
 Sonhos: envolvem a construção de imagens, ligada à noção de fantasia, em que “tudo é possível”, sem fundamentos concretos.
Tema 4
Os seres humanos são seres sociais que interagem a todo instante em diferentes ambientes, tais como o familiar, o escolar, o profissional, entre outros. Neste sentido, as interações acontecem ao longo de todos os estágios da vida das pessoas. Durante a infância, por exemplo, os contextos familiar e escolar proporcionam o desenvolvimento de aspectos cognitivos, afetivos e sociais que influenciam as etapas posteriores. Já, quando o indivíduo se insere no mundo do trabalho, o contexto profissional passa a influenciar seu desenvolvimento, provocando mudanças que ocorrem diante das necessidades do ambiente social.
Sociologicamente, uma interação social significa uma ação recíproca de ideias, atos ou sentimentos entre pessoas, entre grupos ou entre pessoas e grupos. Com isso, destaca-se o conceito de socialização, que remete ao processo por meio do qual o ser humano, desde criança, aprende o modo de vida de sua sociedade. A socialização é, portanto, um processo cultural em que se adquirem as maneiras de agir, pensar e sentir próprias dos grupos, da sociedade ou da civilização em que se vive. Entre os principais agentes de socialização e, portanto, de interações sociais estão a família, a escola, o mercado de trabalho, entre outros.
Para que as interações sejam produtivas e construtivas, é preciso compreender conceitos como habilidades sociais, gestão da imagem, autoapresentação, entre outros. As habilidades sociais são os comportamentos que uma pessoa desenvolve para lidar com as exigências do ambiente social e dependem do contexto em que ocorrem os relacionamentos e dos aspectos culturais de cada grupo. Para ajudar a compreender o significado do desempenho socialmente competente, Del Prette e Del Prette (2001) classificam as habilidades sociais em categorias que incluem:
 • Habilidades sociais de automonitoria – relacionadas ao autocontrole de pensamentos, sentimentos e ações, para a manutenção do equilíbrio nos relacionamentos.
 • Habilidades de comunicação – fundamentais para a interação humana. Estão presentes quando você consegue realizar diálogo amistoso, dar e receber feedback.
• Habilidades sociais de civilidade – envolvem a expressão de cortesia e educação nos contatos sociais.
 • Assertiva de enfrentamento – é observada quando você manifesta seus desejos de forma sincera, sem ofensas ou críticas negativas que destroem o outro.
 • Empatia – refere-se à disposição para ouvir e colocar-se no lugar do outro, seja em situações positivas ou negativas, incorporando o ponto de vista e a percepção do outro.
Por fim, as habilidades sociais de trabalho, que incluem relacionamentos interpessoais satisfatórios para a realização das atividades de trabalho, e a expressão de sentimentos positivos, como amizade, solidariedade e companheirismo, são fatores positivos para o relacionamento no chamado ambiente corporativo.
As relações no ambiente de trabalho devem levar em consideração discussões sobre o assédio moral, que, de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (2010), caracteriza-se: “[...] pela exposição dos trabalhadores a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e relativas ao exercício de suas funções”.
Outro conceito importante é o de marketing pessoal, que se relaciona com a construção e a manutenção de uma autoimagem positiva, reforçada perante a sociedade pelas qualidades pessoais e profissionais. Em outras palavras, o marketing pessoal é resultante do modo como o indivíduo demonstra suas atitudes, seus comportamentos, sua forma de ser e de se expressar, que gera uma imagem para os outros.
Diversas estratégias e táticas de gerenciamento de impressões são apresentadas, tais como autopromoção, exemplificação, comportamentos não verbais, persuasão etc., que ajudam a alcançar objetivos, sejam eles de curto ou longo prazo. Como consequência, o poder pessoal e o networking passaram a ser bastante valorizados como habilidades que contribuem para a efetividade social e se destacam em um mundo em que as relações virtuais e as redes sociais se tornaram formas de compartilhamento de informações e interesses.
No trabalho, diversas competências individuais são requeridas, entre elas: autocontrole emocional, capacidade de aprender e capacidade de comunicação. É importante assinalar que as competências sociais devem ser constantemente desenvolvidas, pois promovem experiências de conhecimento, crescimento e aprendizagem que, por sua vez, são enriquecidas em um contexto de diversidade cultural.
A Sociedade Brasileira e a Diversidade Étnico-Racial
 No Brasil, a questão étnico-racial tem estado em pauta nos últimos anos, em debates sobre políticas afirmativas, tais como as cotas para universitários e as ações de combate ao preconceito racial. 
Atualmente, a questão é mais amplamente regulamentada pelo Estatuto da Igualdade Racial, de 2010, que trata ainda de políticas de educação, saúde, cultura, esporte, lazer e trabalho. O crime de racismo, hoje, é especificado também para as relações trabalhistas, sendo proibido o tratamento diferenciado no ambiente de trabalho e, em específico, o uso da raça ou da cor como critérios para justificar diferenças salariais ou para o processo de recrutamento.
As Definições Étnico-Raciais e as Políticas de Ação Afirmativa
 As Cotas Raciais
Um dos problemas ao tratarmos das cotas raciais é definir quem tem direito a elas. Essa questão está relacionada à própria constituição do debate étnico-racial no Brasil e ao modo como, ao longo da história, as definições raciais usaram aspectos mais fluidos e descritivos, que remetiam à cor, do que a divisões categóricas das pessoas em grupos raciais bem-definidos.
Na sociedade, em geral, muitos dos que se posicionam contra as políticas de cotas argumentam que, para esse sistema existir, é necessário um posicionamento racial no qual as pessoas, querendo ou não, seriam obrigadas a escolher um grupo de cor ou raça, o que levaria a uma divisão mais radical da sociedade. 
Aqueles que argumentam a favor das cotas, consideram-nas, contudo, uma medida emergencial, de caráter transitório e reparador, que visa equalizar as condições de acesso à educação, trabalho e renda, que são ainda muito desiguais.
Atualmente, o governo federal propôs um sistema misto de cotas que mistura critérios sociais e raciais para o ingresso nas universidades federais de todo o país. A lei, lançada em 2012, propõe uma implantação gradativa dessa política até que 50% das vagas sejam destinadas a alunos provenientes de escolas públicas. Dentro desses 50%, uma parcela será destinada àqueles de menor renda e outra porcentagem direcionada ainda a pretos, pardos e indígenas. O critério para a definição racial é apenas o da auto atribuição, e o programa proposto deverá ser revisto depois de dez anos de sua aplicação.
A Questão dos Índios e a Definição de Grupo Étnico
De modo semelhante ao que vem ocorrendo em relação às políticas de cotas para negros, as discussões sobre demarcação de terras indígenas estiveram também pautadas na questão de se definir quem é índio no Brasil. No senso comum está frequentemente presente a ideia de que índio é uma categoria étnico-racial “pura”.
Isto é, os grupos étnicos indígenas seriam os descendentes diretos das populações pré-colombianas, que, para serem definidos como índios, deveriam apresentar um modo de vida e uma cultura tradicionais.Contudo, nenhum grupo humano se reproduz sem nenhum tipo de miscigenação. Na história do Brasil, a miscigenação de índios e portugueses foi, em determinados períodos, até mesmo estimulada pelas administrações coloniais. Ao mesmo tempo, alguns elementos culturais, como a língua, a vestimenta ou a religião, também sofreram intervenções externas.
Então, como definir quem é índio no Brasil? Atualmente, o critério mais bem aceito pelos antropólogos remete à definição de grupo étnico, que seria uma forma de organização social em que os próprios membros se reconhecem mutuamente como parte daquele grupo. Isto é, ao invés de se definir determinado grupo como indígena por meio dos traços culturais que ele exibe, dá-se prioridade à autodefinição dos membros desse grupo. Deste modo, índio é aquele que se considera como tal, e é assim visto pelo seu grupo, bem como pela sociedade que o circunda.
Tema 5 comunicação
A comunicação como se conhece e se estabelece atualmente é fruto do processo evolutivo humano, marcado por três momentos: surgimento da comunicação oral (linguagem) e simbólica (desenhos), desenvolvimento da escrita e invenção da imprensa. Inicialmente, a comunicação ocorria de forma simbólica, por meio de desenhos produzidos pelos humanos nas paredes das cavernas. Por meio disso, era possível que os significados fossem trocados entre as pessoas, com o objetivo de organizar o trabalho, a comunidade e as relações interpessoais.
Ao mesmo tempo, a comunicação oral também se estabelecia, porém, sob a forma de uma linguagem rudimentar, mas com os mesmos objetivos da comunicação simbólica. Foi com o desenvolvimento da escrita que as informações passaram a ser difundidas para um número maior de pessoas, inclusive para aquelas que estivessem mais distantes geograficamente.
O processo de comunicação envolve alguns passos, nos quais está inserido o emissor de uma mensagem, ou seja, a fonte de onde partiu a ideia ou o conteúdo a ser transmitido para outro(s), que usualmente chamamos de receptor(es). Nesse processo, é preciso eleger como e por qual meio transmitir as informações e cuidar para que ela chegue de modo claro (sem ruídos) ao receptor, que idealmente nos dará um feedback para sabermos se a mensagem foi compreendida.
Quando ocorre um descompasso entre a mensagem que queremos transmitir e aquela que as pessoas recebem, em geral estamos falando de ruídos ou barreiras à comunicação, que podem ser de diferentes tipos, entre eles: problemas de semântica (escolha de palavras e expressões com significado incompreensível ou desconhecido pelos receptores da informação), distrações físicas (barulho, interrupções), efeito de status (diferença entre níveis hierárquicos ou sociais entre os interlocutores), bem como diferenças culturais e falta de feedback. 
Outros elementos que interferem diretamente neste processo são as formas de comunicação (verbal e não verbal) e a escolha dos canais para a transmissão da mensagem (conversa face a face, telefone, e-mails).
O “fazer e receber críticas” não é uma tarefa fácil de ser realizada, mas, muitas vezes, é necessário para reestabelecer um relacionamento pessoal ou profissional, no qual esteja havendo algum desencontro ou problema entre as expectativas e o que está ocorrendo efetivamente. Para que um feedback seja produtivo e promova as mudanças de comportamento desejadas, a crítica deve ser feita de forma construtiva, independentemente de o conteúdo a ser tratado ter um foco positivo ou negativo.
Para elaborar e receber críticas de forma construtiva, a habilidade de comunicação é imprescindível, bem como a assertividade, que se refere a expressar o que realmente se pensa ou se sente, ser honesto e autêntico, sem ser agressivo ou grosseiro, e a empatia, que, por sua vez, significa conseguir se colocar no lugar do “outro”, percebendo a situação ou o problema da perspectiva dele. Tais cuidados são essenciais para evitar o desgaste dos relacionamentos e para mantê-los saudáveis e produtivos, já que as críticas inadequadas e repetidas podem se transformar, inclusive, em um problema legal de “assédio moral”.
Tema 6 o mundo cruel processo seletivo
O processo seletivo envolve um conjunto de técnicas e procedimentos que são utilizados para conhecer um candidato e aumentar a probabilidade de êxito na escolha daquele que melhor se adapta às atividades e ao contexto existentes na organização.
Para começar o processo, é necessário investir esforços na elaboração de um bom currículo, para que ele possa abrir as portas da organização. Para tanto, ele deve demonstrar suas principais habilidades, conquistas e experiências, ser sempre atualizado, escrito de forma correta e bem distribuída. O planejamento pessoal é fundamental, pois, quanto mais você conhecer seus interesses, preferências, forças e fraquezas, maiores serão as chances de conquistar uma vaga. Conhecimento da realidade da área pretendida e atualização constante sobre a profissão também são diferenciais importantes.
Buscar emprego é uma questão de estratégia e exige o planejamento dos canais e recursos disponíveis para isso. Atualmente, uma das ferramentas mais poderosas e abrangentes que temos é a internet.
 Então, prepare-se também para preencher fichas virtuais e use o currículo para resgatar as informações necessárias. Encontrar uma colocação no mercado é uma tarefa complexa, e você deve ter em mente que está “oferecendo seus serviços”, e não “implorando por uma vaga”, pois a autoimagem positiva é percebida por todos.
Os entrevistadores em geral têm certa rotina de perguntas a fazer, e o ideal é que você se prepare antecipadamente para respondê-las, por exemplo: dados pessoais e familiares, formação escolar, experiência profissional, realizações, pontos fortes e aspectos a serem desenvolvidos, motivação, expectativas etc. 
Outra etapa seletiva são as dinâmicas, isto é, situações estruturadas para acontecer em grupo. Nas dinâmicas, as pessoas participam desempenhando um papel, cumprindo uma tarefa, relacionando-se com outros candidatos, discutindo e debatendo, sempre com propósitos já estabelecidos pelo selecionador.
Os testes psicológicos são instrumentos planejados e padronizados, usados pelos psicólogos, que se baseiam nas diferenças individuais, procurando estabelecer uma relação com o desempenho do cargo. Eles permitem avaliar, por exemplo, aptidões, tendências de comportamento, capacidades mentais e aspectos da personalidade do candidato.
Já as provas situacionais consistem na exposição de uma situação-problema, bem próxima de um acontecimento real, na qual o profissional deve apresentar uma alternativa de solução para o contexto proposto. Na mesma linha, os testes práticos e as provas técnicas são exigidos em algumas profissões que necessitam de demonstração de habilidade na tarefa. Também podem ser propostos testes de conhecimentos, tais como provas de português ou de matemática.
Tema 8 Desbravando o mundo digital
Como definição de tecnologia entende-se o conjunto de conhecimentos e princípios científicos que se aplicam ao planejamento, à construção e à utilização de um equipamento em determinado tipo de atividade, pois, para construir qualquer equipamento – seja uma caneta esferográfica ou um computador –, é preciso pesquisar, planejar e criar tecnologias.
Já Tecnologia da Informação (TI) é caracterizada como tudo o que está associado a soluções utilizadas em determinado sistema, com base em recursos metodológicos, tecnologias de informática, recursos de comunicação e de multimídia, incluindo os processos envolvidos com a geração, o armazenamento, a veiculação, o processamento e a reprodução de dados e informações (VELLOSO, 2004, p. 263).
As tecnologias digitais abrem oportunidades para novos espaços de convivência para o ser humano, e isso ocorre porque a informação, quando digitalizada, pode ser facilmente transmitida, armazenada e manipulada, sem depender de um meio físico único. A internet traduz esse conceito, por ser uma rede que permite que milhões de pessoas no mundotenham acesso a informações e se comuniquem por meio de serviços como e-mail, chat, fórum, redes sociais etc., que se classificam em serviços de comunicação, de compartilhamento de arquivos e de busca de informações.
Entre os serviços de comunicação, o e-mail, ou correio eletrônico, é a mais importante ferramenta e permite que uma pessoa se comunique com outra em qualquer parte do mundo, por meio do envio e recebimento de mensagens, de um computador a outro, ambos conectados à internet, sendo possível anexar arquivos, fotos e vídeos. O e-mail tem se tornado um dado pessoal tão importante quanto o endereço residencial.
A internet, no contexto das organizações, dá suporte também às atividades de e-business e e-commerce, integrando a organização no mercado global. De acordo com Velloso (2004), o e-commerce é o processo de compra e venda de bens e serviços pela internet, e o e-business é o processo em que se estabelece ligação eletrônica entre uma organização, seus clientes, seus fornecedores e demais elementos de seu relacionamento, com o objetivo de obter maiores ganhos nos negócios.
Já o termo Web 2.0 trata de uma mudança de conceito na internet, pois permite aos usuários o compartilhamento de informações e a colaboração na criação de conteúdo como redes sociais, comunidades, wikis e blogs, que, por meio desses padrões de interação, de partilha e troca de informações, ficaram mais próximos da realidade.
Em suma, pode-se dizer que atualmente o grande diferencial das Tecnologias da Informação e Comunicação está na interatividade, ou seja, na participação ativa do usuário e na capacidade de manipulação do conteúdo da informação, que pode oferecer aos indivíduos oportunidades significativas de construção de conhecimentos e valores.
Para garantir a boa convivência entre os milhões de usuários da internet, criou se uma série de princípios de comportamento para o mundo virtual, denominada Netiqueta.
Tema 9 sua independência financeira
Uma medida adotada para mensurar a evolução financeira pessoal é a independência financeira, que pode ser definida como o patrimônio pessoal que gera renda suficiente para a pessoa sobreviver sem precisar trabalhar. Tal conceito deriva da autonomia financeira, ou seja, do tempo que a pessoa consegue sobreviver sem precisar trabalhar, vivendo apenas do valor de suas reservas (recursos acumulados), considerando que a pessoa atinja tal independência quando a autonomia financeira se estende por um prazo tão longo que será maior que sua vida.
O fator tempo é de suma importância no processo de acumulação de riqueza, pois quanto antes começar a poupar, menor o valor a ser economizado mensalmente.
 De maneira geral, podemos dizer que existem cinco passos para alcançar a independência financeira: o primeiro, consiste em conhecer e buscar ampliar a sua renda.
A renda de uma família, geralmente, é composta pela soma do salário das pessoas que trabalham na casa. A primeira dica é considerar sempre a renda líquida (já com o desconto dos impostos INSS e IR), e não a renda bruta da família, ou seja, apenas a renda disponível é que pode ser utilizada para pagamento de despesas, e quando se pensa de outra forma pode-se estar contando com uma renda que não existe.
O segundo passo para tornar-se independente financeiramente consiste em controlar as despesas, o que exige especial disciplina para não se deixar levar pelas muitas tentações de consumo. Além da força de vontade, para um bom controle você deve anotar todas as despesas incorridas e, assim, ter a real dimensão de tudo o que foi gasto; evitar parcelamentos, em especial os que embutem juros etc. Alguns itens que, muitas vezes, parecem irrelevantes como despesas podem significar, em seu conjunto, gastos significativos, por isso é importante mantê-los sob controle. É o caso, por exemplo, das tarifas bancárias e dos planos de telefonia celular (pré ou pós-pagos).
O terceiro passo consiste em fazer orçamento mensal de sua renda e seus gastos. Essa recomendação, ainda que pareça trabalhosa e desnecessária, é de fundamental importância, pois permite visualizar tudo o que ocorreu na vida financeira naquele mês, bem como quanto foi o superávit (a sobra) ou o déficit (a falta) de dinheiro. Sugere-se anotar todas as despesas diariamente e transferi-las para uma planilha ou mesmo um caderno, somando-as no fim de cada mês.
Criado o superávit para aplicação, que é consequência dos passos anteriores, o quarto passo consiste em investir tal superávit no mercado financeiro a fim de conseguir receber juros que possibilitarão atingir o objetivo da independência financeira.
 As principais recomendações para investir são: compreender o produto financeiro de forma detalhada, em especial seu risco e sua possibilidade de ganhos; ser conservador com a maior parte dos seus recursos; e entender quanto tempo o seu dinheiro pode ficar retido, pois para cada prazo há um investimento mais adequado. 
As principais modalidades de investimentos disponíveis no Brasil são: Certificado de Depósito Bancário (CDB); Caderneta de Poupança; Ações em Bolsa de Valores; Fundos de Investimento e suas principais modalidades; além dos Títulos Públicos emitidos pelo Governo.
O quinto passo da independência financeira consiste em acompanhar a evolução do seu patrimônio para garantir que suas metas estejam sendo atingidas. O ideal é rever periodicamente se as metas de superávit foram cumpridas e certificar-se de que os juros recebidos no período foram superiores à inflação, obtendo juros reais positivos. Caso a rentabilidade da aplicação esteja permanentemente abaixo da inflação, é preciso reverter essa aplicação para outra mais rentável, para que se garanta o crescimento real do patrimônio.

Continue navegando

Outros materiais