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ESTRATIGRAFIA A – GEO214 Curso de Engenharia de Minas 1º Semestre de 2017 Aula 5 – FÁCIES SEDIMENTARES Desligue o celular, ... a aula vai começar Professora: Alice Costa Bibliografia básica • Geologia Sedimentar, 2003 - Kenitiro Suguio. Capítulo 8 • É uma parte da superfície da Terra que é fisicamente, quimicamente e biologicamente distinta das áreas adjacentes (Selley 1970); • Um ambiente sedimentar pode ser um local de erosão (perda de massa) ou deposição. Chama-se ambiente erosivo aos ambientes onde reinam os processos erosivos ao passo que os ambientes deposicionais são locais onde os processos de deposição são mais importantes. CONCEITOS GERAIS Ambiente sedimentar Ambiente deposicional • Local onde há o acúmulo de sedimentos • Erosão pode ocorrer, mas há o domínio de deposição • Características desses ambientes deposicionais são preservadas no registro das rochas. Exemplos: – Textura dos sedimentos – Estruturas sedimentares (formadas por processos sedimentares em cada ambiente) – Fóssil ou organismos que viveram no ambiente Ambientes antigos podem ser reconstruídos a partir das pistas que são preservadas nas rochas sedimentares CONCEITOS GERAIS Parâmetros físicos Parâmetros químicos Parâmetros biológicos Velocidade, direção e variação do meio fluido Clima (temperatura, pluviosidade e umidade) Composição da água; Geoquímica das rochas Físico-químicos (Eh e pH) Associações faunísticas Associações florísticas Canal do rio Planície de inundação Lagoa de cheia Parâmetros físicos Parâmetros químicos Parâmetros biológicos Velocidade, direção e variação do meio fluido Clima (temperatura, pluviosidade e umidade) Composição da água; Geoquímica das rochas Físico-químicos (Eh e pH) Associações faunísticas Associações florísticas Lagoa de cheia é uma parte da superfície da Terra que é fisicamente, quimicamente e biologicamente distinta das áreas adjacentes (Selley 1970); Ambiente deposicional glacial lacustre fluvial Continental leque aluvial dunas (deserto) planície (deserto) vulcanoclástico praia Transicional laguna/ilha barreira estuário dunas costeiras plataforma/plataforma carbonática Marinho talude/elevação/calha leque submarino planície abissal ilhas vulcânicas atóis Classificações de Ambientes Deposicionais (Fritz & Moore 1988) AMBIENTE SEDIMENTAR DEPOSICIONAL CONCEITOS GERAIS FÁCIES ‘’Aspecto’’ ou aparência ‘’Um conjunto de caracteres de ordem litológica e paleontológica, que permitem conhecer as condições em que ocorrem os depósitos.’’ FÁCIES • Todas as propriedades de um corpo de rocha que nos permite diferenciá-lo daqueles acima, abaixo ou lateralmente adjacentes a ele Propriedades incluem: – Litotipo: tipo de rocha. – Composição: conteúdo mineralógico – Textura: tamanho do grão, selecionamento, arredondamento – Estruturas sedimentares – Fóssil • Facies são os produtos dos ambientes deposicionais • Exemplos: – Quartzo-arenito fino com estratificação cruzada planar – Calcilutito pobremente selecionado com bioturbação – Conglomerado matriz-suportado com estratificação cruzada acanalada Canal do rio Planície de inundação Lagoa de cheia conteúdo mineralógicogranulometria estruturas sedimentares organismos, fragmentos, areia, cascalho lama (argila + silte) lama (argila + silte) + m.o. quartzo argilominerais, quartzo argilominerais, quartzo X, ripples c. planas, ripples c. planas, ripples galhos, pelecípodas folhas, raízes, pistas folhas, ostracodas raízes, pistas Fácies (aspectos) • Fácies descritiva Baseia-se nas características das rochas • Composição mineralógica; • Textura (granulometria, seleção, grau de arredondamento); • Estruturas sedimentares; • Conteúdo paleobiológico. • Fácies interpretativa Utilizada para englobar grupos de fácies tidos como originados em um mesmo ambiente, ou em condições ambientais similares. • Ex: fácies turbidíticas; • fácies de plataforma carbonática. FÁCIES FÁCIES Biofácies Registros orgânicos resultantes das condições locais FÁCIES Litofácies Registros litológicos resultantes das condições locais Padrão de fácies • Grupo de fácies comumente mostram padrões: • Fácies Proximal (próximo a área fonte) tende a apresentar sedimentos grosseiros • Fácies Distal (distante da área fonte) tende a apresentar sedimentos finos • As fácies estão dispostas de acordo com a distribuição do ambiente deposicional. Sistemas Deposicionais (Brown & Fisher 1980) • Assembléia tridimensional de fácies geneticamente ligadas por processos e ambientes ativos (modernos) ou inferidos (antigos); • Os sistemas deposicionais constituem o registro estratigráfico da sedimentação em ambientes deposicionais • Ambiente sedimentar →diversos processos sedimentares; • Sistema deposicional →associação de fácies (produtos). Associação de fácies (Miall 1984) • Se existe uma relação entre os ambientes de sedimentação, por exemplo em um ambiente fluvial, deve haver uma relação entre as diversas fácies originadas neste ambiente (por ex. lagoa de cheia , planície e canal); • Estas relações não são ao acaso, pois as fácies são fruto de processos sedimentares atuantes em um dado ambiente. Associação de fácies (Miall 1984) Por exemplo Arenito com estratificação cruzada acanalada (fácies) pode ocorrer em vários ambientes como fluvial, deltáico, planície de maré, praia, glacial, como resultado da passagem de correntes sobre um fundo arenoso. Somente a associação de fácies é que determinará o ambiente com segurança. Conglomerado matriz suportado maciço Arenito grosso com estratificação cruzada acanalada Modelo de fácies (Walker 1984) • Um modelo de fácies é um esquema interpretativo com vistas à explicar uma associação de fácies. • “Pode ser definido como um sumário geral de ambiente sedimentar específico, de tal maneira elaborado que permite ser usado de pelo menos 4 maneiras: • deve atuar como uma norma, com o propósito de comparação; • deve ser utilizado como estrutura e guia para futuras observações; • deve ser usado como preditor em situações geológicas novas; • deve ser integrado como base para a interpretação de ambientes ou sistemas que representem. Associação de fácies x Modelo de fácies • Associação de fácies é essencialmente descritiva Lei de Walther • É possível criar uma correlação entre duas zonas “paralelas” com base no seu perfil vertical. • Contudo, esta lei apenas é válida em zonas onde não se verifiquem descontinuidades. “os vários depósitos da mesma área-fácies (ambiente) e a soma das diferentes fácies foram depositadas lado a lado no espaço, mas em um perfil (afloramento) nós as vemos no topo uma das outras” planície costeira montanhas mar lago pântano planície aluvial planície lamosa rios lama, areia areia argila argila + m.o. lama lama arenito lamito, arenito argilito lamito, calcário lamito lamito linhito subsidência nível do mar nível de base mundial nível de base local Adaptado de http://www.unb.br/ig/glossario Lei de Walther Comentários: -Atualismo • Walther não diz que a seqüência vertical sempre reproduz a seqüência horizontal; • Previsão da relação lateral de fácies a partir do estudo da seção vertical (mais facilmente estudado em perfil vertical a variação vertical de fácies que a lateral, porque esta última tende a ser gradual). Lei de Walther Associação de fácies e Lei de Walther • “A chave para a interpretação é a análise de todas as fácies no contexto geral”. Respeitada a Lei de Walther“a seqüência na qual elas ocorrem pode contribuir com tanta informação quanto as fácies em si mesmas”. Representação de fácies em perfis estratigráficos Representação de facies em perfis estratigráficos Representação de facies em perfis estratigráficos
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