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Primeiro eixo: Docência – considerada ponto central do processo formativo da licenciatura em Pedagogia, sua ação é exercida na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, no Ensino Médio de modalidade Normal e nos cursos de Educação Profissional, caracterizando-se na área de serviços e apoio escolar, bem como em outras áreas nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos. O trabalho pedagógico dar-se-á em espaços escolares e não escolares.
Segundo eixo: Gestão – compreende a atuação do pedagogo na gestão das instituições, planejando, executando, acompanhando e avaliando projetos e programas educacionais e em processos educativos, na organização e no funcionamento de sistemas e de instituições de ensino.
Terceiro eixo: Pesquisa e Produção do Conhecimento– dá-se por meio da participação em atividades de pesquisa, as quais propiciam ao licenciando o desenvolvimento de investigação científica. Tais práticas, presentes nos componentes curriculares, em seminários e em outras situações pedagógicas, objetivam o conhecimento de procedimentos de pesquisa e sua aplicação, bem como a interpretação de resultados de investigações e sua discussão teórica. Outra forma de pesquisa estendida no curso de Pedagogia, refere-se à investigação das especificidades da aprendizagem, as quais abordam as etapas de desenvolvimento nas quais se encontram as crianças, suas hipóteses de leitura e escrita, entre outras.
Arendt (1972) também ressaltou a importância do educador e suas responsabilidades diante das novas gerações. Ele deve se mostrar capaz de apresentar aos alunos o legado das gerações anteriores, permitindo que dele se apropriem para ampliá-lo e/ou renová-lo.
Freire (1996, p. 113) aborda a importância da docência, quando assim se refere à professora progressista: “[...] democrática, crítica, coerente, competente, que testemunha seu gosto de vida, sua esperança no mundo melhor, que atesta sua capacidade de luta, seu respeito às diferenças, sabe cada vez mais o valor que tem para a modificação da realidade, a maneira consistente com que vive sua presença no mundo, de que sua experiência na escola é apenas um momento, mas um momento importante que precisa ser autenticamente vivido”.
Triches e Evangelista (2012, p. 7), também em análise crítica, evidenciam o alargamento do conceito de docência, o qual traz a esse profissional acúmulo de exigência e responsabilidade. Denominam-no “superprofessor”, “cuja aparência é a de um profissional com poderes e condições de dar conta de todas as demandas”.
Meirieu (2006) reforça a ideia de que o professor é um informante privilegiado na sala de aula, mas não o único. Os alunos também aprendem muito uns com os outros, em nível escolar e social, desde que as habilidades interpessoais e sociais sejam ensinadas; eles melhoram seu aproveitamento escolar e desenvolvem importantes habilidades para a vida toda.
Nóvoa (1999) em relação ao chamado “choque de realidade”, afirma que no caso do professor iniciante, este se sente traído pelos conceitos adquiridos em sua formação inicial, já que a visão idealizada do ambiente escolar e das relações estabelecidas entre professor-aluno-objeto de conhecimento se contrapõe à realidade por ele encontrada.
Comentário Marques (2006, p. 95) considera que “pesquisar é buscar um centro de incidência, uma concentração, um polo preciso das muitas variações ou modulações de saberes que se irradiam a partir de um mesmo ponto”. Nesse sentido, a pesquisa é o cerne do conhecimento e é por meio dela que o indivíduo é capaz de pensar e de sistematizar seus saberes. Em conformidade com o Parecer CNE nº 5 de 2005, a fim de que o pedagogo obtenha formação sólida para desempenhar suas funções, o referido curso deve oferecer um núcleo de estudos básicos, um de aprofundamentos e diversificação de estudos e um núcleo de estudos integradores. E a Resolução CNE nº 01/2006, em seu artigo 4º, ao estabelecer que o curso de Licenciatura em Pedagogia deve formar o professor para exercer o magistério na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, institui a produção e a difusão do conhecimento científico-tecnológico do campo educacional como atividades docentes também.
Assim, segundo Esteban e Zaccur (2002), a pesquisa associada ao aprofundamento teórico torna-se relevante na medida em que busca responder a questionamentos que se encontram em constante renovação e que valorizam o diálogo entre o pesquisador-acadêmico e o professor-pesquisador para que se efetive o conhecimento crítico acerca de uma determinada realidade.
O curso de Pedagogia teve início em 1939 como um “estudo da forma de ensinar” e oferecia estudos superiores em Pedagogia aos professores primários que, já exercendo o magistério na Educação Infantil e nas quatro primeiras séries do Ensino Fundamental, pleiteavam outras funções no Ministério da Educação, nas secretarias dos estados e dos municípios, como administração, planejamento de currículos, orientação a professores, inspeção de escolas, avaliação do desempenho dos alunos e dos docentes, de pesquisa e desenvolvimento tecnológico da educação.
- Em 1968, a Lei da Reforma Universitária nº 5.540 ampliou o leque de especializações que facultava a oferta das habilitações de Supervisão, Orientação, Administração e Inspeção Educacional, assim como outras especialidades necessárias ao desenvolvimento nacional e às peculiaridades do mercado de trabalho.
- Substituindo a primeira LDB brasileira e atendendo às determinações do acordo MEC-Usaid, a Lei nº 5.692/71 alterou o ensino primário e médio para ensino de primeiro e segundo graus, respectivamente, visando à rápida profissionalização dos trabalhadores.
- A Lei nº 7.044/82 alterou a 5.692/71, no que se referia ao nível de formação dos professores para o magistério nos 1º e 2º graus. Os professores de 1ª a 4ª série deveriam ter, no mínimo, a habilitação de 2º grau e os professores de 1ª a 8ª série, licenciatura de curta duração. Já os professores do 2º grau deveriam ter licenciatura plena.
Resposta correta: a) Comentário São ideias de Freire (1996) constantes em sua importante obra “Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa”:
- Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção; ensinar inexiste sem aprender e vice-versa.
- Ensinar exige respeito aos saberes dos educandos: saberes socialmente construídos na prática comunitária; discutir com os alunos a razão de ser de alguns desses saberes em relação com o ensino dos conteúdos.
- A autoridade docente democrática revela-se em seus conhecimentos e em suas convicções, assegurando a relação de liberdade com seus alunos. A autoridade, expressa na firmeza com que atua, demonstra sua assertividade e sua capacidade de diálogo frente às suas posições, sob as quais aceita se rever.
- Ensinar exige o reconhecimento de ser condicionado: desde o seu nascimento o indivíduo está condicionado a aspectos genéticos, culturais, sociais, históricos, de classe, de gênero, sob os quais constitui o seu “eu”. É a marca e a referência deMeirieu (1998): para que a gerência da aprendizagem se efetive, é necessário que o professor concentre suas ações nas dimensões: relação pedagógica, caminho didático e estratégias de aprendizagem. A ação docente requer conhecimentos que levem a atingir dois tipos inseparáveis de objetivo: de competência, “saber identificado, colocando em jogo uma ou mais capacidades em um campo nocional ou disciplinar determinado”.
Nóvoa (1999): também aborda a gerência da sala de aula, porém, olhando para uma escola que, após a democratização do ensino, tem a incumbência de atender a totalidade da clientela em idade escolar. Pontuando o fenômeno denominado “mal-estar docente”, o autor o desenha como fruto das dificuldades e impossibilidades do professor de lidar com os problemas presentes no cotidiano de seu trabalho, o que lhe traz sentimento de angústia, desconforto e impotência quanto às novas exigências de sua função. “A chave do mal-estardocente está na desvalorização do trabalho do professor, evidente no nosso contexto social e nas deficientes condições de trabalho do professor na sala de aula, que o obrigam a uma actuação medíocre, pela qual acaba sempre por ser considerado responsável” (NÓVOA, 1999, p. 120).
 sua identidade.

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