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RESUMO BELL HOOKS

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ICP - BELL HOOKS – 194-208
MULHERES NEGRAS: MOLDANDO A TEORIA FEMINISTA
- O feminismo não surgiu das mulheres que são vítimas da opressão machista, que sofrem mental, física e espiritualmente, essas são impotentes para mudar sua condição de vida e acabam aceitando a sua sina
- Critica ao livro de Betty Friedan The feminine mystique
- “O problema que não tem nome” é utilizada para descrever a condição das mulheres na sociedade, mas um grupo seleto delas, brancas e casada, de classe média que estão entediadas com a monotonia do lar e querem mais da vida.
- Não leva em conta as necessidades de mulheres não brancas, brancas pobres.
- Transformou a sua dificuldade em um sinônimo do que seriam as condições que afetariam as mulheres no EUA, desviando a atenção do seu racismo, sexismo, classismo.
- Deixa claro a destinação do seu livro a mulheres brancas e com formação, mesmo tentando esconder em suas generalizações
- Não leva em consideração a vantagem de ser dona de casa sobre mulheres operárias, prostitutas, empregadas e babás.
- Generaliza a situação de mulheres brancas donas de casa como o problema de todas as mulheres do país.
- A estrutura de classe na sociedade norte-americana foi moldada pela estratégia racial de supremacia branca
- As mulheres brancas que dominam o discurso feminista não tem nenhuma compreensão da supremacia branca com estratégia, do impacto psicológico da classe, de suas condições políticas dentro de um estado racista, sexista e capitalista.
- É evidente que situação de raça e classe geram diferenças de status social
- O pensamento moderno do feminismo que todas as mulheres têm a mesma sina não compartilham de fatores como classe, raça, religião, preferência sexual e etc. não criam diversidade de experiências.
- A ausência de restrições extremas leva muitas mulheres a ignorar as áreas que são exploradas ou discriminadas e pode levar a imaginação de não serem oprimidas.
- “Opressão comum” estratégia para politização do fato
- O individualismo oportunista prejudicou apelos à luta coletiva
- O feminismo parece cada vez mais ter assumido uma perspectiva cega, segura, não revolucionaria à medida que o radicalismo feminista perde terreno para o feminismo burguês.
- O feminismo tem uma “linha justa” e aquelas mulheres que sentem necessidade de uma estratégia diferente, um alicerce diferente, se sentem marginalizadas e silenciadas.
- O feminismo por saciar os problemas de mulheres brancas, essas não se impõem sobre essas para critica-lo, já as mulheres não brancas acabam por aceitar a legitimidade do feminismo moderno e se calar diante de suas teorias.
- A ideologia do feminismo é uma teoria em formação, deve ser criticada, reexaminada e deve explorar novas possibilidades.
- O patriarcalismo deve fazer a mulher questionar a política de dominação masculina.
- O fato de as mulheres negras e não negras não se apresentarem inicialmente com projetos de organização contra a opressão não nega a presença do feminismo na vida delas e muito menos da opressão
- Muitas vezes o entendimento de diferentes grupos de mulheres sobre determinado tema apresenta visões e compreensões diferentes sobre o mesmo assunto
- “O medo de se deparar com o racismo parece ser uma das principais razões pelas quais muitas mulheres negras se recusam a participar do movimento de mulheres”
- Ao projetar sobre as mulheres negras um poder e uma força míticos, as brancas promovem uma falsa imagem de si mesmas como vítimas impotentes e passivas, ao mesmo tempo que desviam a atenção de sua agressividade, de seu poder (ainda que limitado em um Estado hegemonicamente branco, dominado por homens) e de sua disposição de dominar e controlar os outros.
- As feministas privilegiadas têm sido incapazes de falar a, com e pelos diversos grupos de mulheres, porque não compreendem plenamente a inter-relação entre opressão de sexo, raça e classe ou se recusam a levar a sério essa inter-relação.
- Como grupo, as mulheres negras estão em uma posição incomum nesta sociedade, pois não só estamos coletivamente na parte inferior da escada do trabalho, mas nossa condição social geral é inferior à de qualquer outro grupo. Ocupando essa posição, suportamos o fardo da opressão machista, racista e classista.
- É essencial para a continuação da luta feminista que as mulheres negras reconheçam o ponto de vista especial que a nossa marginalidade nos dá e façam uso dessa perspectiva para criticar a hegemonia racista, classista e sexista dominante e vislumbrar e criar uma contra-hegemonia.
- A formação de uma teoria e uma práxis feministas libertadoras é de responsabilidade coletiva, uma responsabilidade que deve ser compartilhada.

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