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O Retrato Cadavérico do Liberalismo Conservador

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O Retrato Cadavérico do Liberal-Conservadorismo Brasileiro
O liberal-conservadorismo é uma ideologia ausente de qualquer moral ou religiosidade, antes fundamenta-se na liberdade como valor máximo acima de Deus, do Bem, do Ser, da vida ou de qualquer outro aspecto da existência.
Fundamentando-se nisso o liberalismo conservador deseja possibilitar que qualquer um esteja apto a aderir ao seu projeto, independente de sua religião ou de sua moral. Não a toa, dentre os soldados da milícia conservadora é fácil encontrar homossexuais defensores e praticantes da homossexualidade, divorciados, adúlteros, pessoas do candomblé, do espiritismo, do “catolicismo”* liberal, do protestantismo (em todas suas matizes), islamismo, judaísmo, dentre outros. 
Isso ocorre dessa forma porque a única coisa que o liberalismo-conservador deseja de seus adeptos é que não sejam extremos em suas posições a ponto de comprometer o seu ideal fundamental de liberdade individual para todos, tolerância mútua e a conservação de certos costumes sociais que eles creem como sendo àqueles mais aptos ou evoluídos (no sentido darwinista social) para a manutenção da concórdia ou de certos valores em comum que fundamentam-se antes na própria liberdade e em costumes mutáveis e relativos do que em qualquer tipo de moral ou religiosidade. Pelo contrário, uma característica muito própria do liberal-conservadorismo é a manipulação da fé e da religião a seu favor.
Esse pequeno e extremamente grosseiro resumo do liberal-conservadorismo visa apenas apresentar seu significado geral com o intuito de demonstrá-lo na prática no Brasil. Não se nega que o maior expoente atual do liberal-conservadorismo brasileiro para a massa e para a política é Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente da república.
Jair Messias Bolsonaro representa o que é o liberalismo conservador na prática, pois em seu projeto de poder encabeça pessoas de diversas vertentes religiosas (judeus, muçulmanos, “católicos” liberais, protestantes, candomblecistas, umbandista, espíritas, ateus etc) sem que isso contradiga o seu projeto de poder, além de atrair diversas orientações morais: homossexuais praticantes, divorciados (como ele próprio), ateus, adúlteros, políticos velhos já envolvidos em corrupção no passado, pastores, padres liberais, dentre outros. 
Todos esses fatores que estão dentro do projeto Bolsonarista se refletem na prática em sua vida pessoal, afinal Bolsonaro é divorciado, está no terceiro “casamento”, e manipula a fé a seu favor, historicamente “católico” foi “rebatizado” em 2014 por um pastor protestante, posteriormente em seu governo “consagrou” o país a Nossa Senhora Aparecida, frequentou missas, cultos protestantes, trouxe para perto de si rabinos, orou no muro das lamentações com aparente fervor, visitou templos pagãos e islâmicos, etc.
Esse panorama só demonstra um fato que reflete o pensamento liberal-conservador: Não há uma religião nem moral verdadeira, as religiões são boas enquanto servem ao projeto conservador de manutenção da liberdade indivdual em consonância com valores universais básicos que possibilitam uma convivência social adequada e podem ser aceitos por qualquer religião ou moral. Desde que se aceite publicamente os mandamentos talmúdicos ou noeistas básicos e não transcenda esse limite pode-se considerar conservador.
É um projeto de eliminação total da cristandade por uma religião universal que pode ter várias faces e aparências mas se resume na negação de Deus, de Nosso Senhor Jesus Cristo, atrai as diversas vertentes religiosas pois pretende conservar valores humanos de “interesse comum”: vida desde a concepção, (alguma) estrutura familiar, liberdade individual, paz social, bem como atrai as diversas vertentes morais pois não pretende combater o pecado, permite-se o divórcio, a homossexualidade, o adúlterio, o alcoolismo, a promiscuidade, a imodéstia, a heresia, a desobediência e qualquer vício desde que não comprometa o projeto liberal-conservador.
O liberal-conservador não se compromete com o Bem pois não combate o pecado, não se compromete com o verdadeiro pois não combate o erro, não busca a Deus porque Deus é o sumo-bem e é a própria verdade, antes de tudo deseja a paz e a liberdade.
O próprio Jair Messias Bolsonaro já disse que a “Liberdade vale mais do que a vida”, e com suas atitudes já deixou claro que para ele a liberdade vale mais do que a Deus, pois não demonstrou ter nenhuma fé, mas usar as diferentes “fés” a seu favor. O sujeito crê honestamente que todas as religiões possuem algo de bom que servem a esse projeto conservador pacífico, liberal e anticristão.
Bolsonaro e os bolsonaristas não se distinguem nem um pouco dos útopicos revolucionários franceses, dos reformistas protestantes, do liberalismo lockeano ou americanista, o bolsonarismo e o liberalismo conservador em qualquer época da história seriam um grande inimigo da Igreja (o é, mas não de forma pública e explícita), de toda a Cristandade, porém com a verdadeira Igreja em crise, com um povo blasfemador, perdido no pecado, com inimigos ainda maiores que esse, essa ideologia nefasta, perversa, ateia, maçônica e anticristã se traveste de aliado dos católicos.

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