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Teoria de Sistemas unidade 3

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Teoria De Sistemas 
De Informação
1 
Autor(a): Claudio Boghi 
Coordenador: Emerson dos Santos Paduan 
São Paulo - 2016 
2 
Sumário 
Sumário 2 
Teoria Geral da Informação 3 
Introdução 3 
1. Introdução aos Fundamentos de Sistemas de Informação 4 
1.1 Introdução sobre sistema 4 
1.2 Introdução sobre informação 8 
1.3 Introdução sobre sistemas de informação 10 
2. Dimensões e Recursos dos Sistemas de Informação 13 
Objetivo 13 
2.1 Dimensões dos sistemas de informação 13 
Referências Bibliográficas 22 
3 
Teoria Geral da Informação 
Introdução 
O material apresentado nesta unidade tem como objetivo principal apontar os 
conceitos que serão abordados, direcionando-o na consulta do material com-
pleto a ser estudado, por meio de acessos à Biblioteca Virtual disponível na pá-
gina da Universidade Anhembi Morumbi. 
Você deverá estudar cada tópico abordado aqui conforme indicações destaca-
das nos links descritos neste material. 
Siga os passos abaixo para acessar a Biblioteca da Universidade: 
 Entre na página da Biblioteca da Universidade; 
 Clique no ícone da Biblioteca Virtual 3.0, conforme figura 1; 
 Faça o login, se necessário. 
 
 
 
Figura 1- Página da Biblioteca da Universidade 
 
4 
1. Introdução aos Fundamentos de Sistemas 
de Informação 
Conhecer os principais conceitos que fundamentam a área de sistemas de in-
formação. 
Introdução ao conceito de sistemas 
 
Fonte: http://pt.freeima-
ges.com/photo/airport-2-
1463769 
 
 Fonte: http://br.freepik.com/veto-
res-gratis/corpo-or-
gaos_836934.htm 
 
Fonte: https://visualhunt.com/photo/278/ 
 
1.1 Introdução sobre sistema 
Para compreender os conceitos de sistemas, é importante ressaltar que, entre 
as duas Guerras Mundiais, houve a intensificação de experiências para melho-
rar a eficácia da indústria bélica. Com a finalidade de aprimorar a qualidade, 
ocorreu a decomposição, em partes, de praticamente tudo o que estava relaci-
onado à guerra – desde armas, tanques, uniformes até as estratégias de guerra, 
para que, logo em seguida, fosse processada a montagem dessas partes. 
Após a Segunda Guerra Mundial, os conceitos de sistemas e as aplicações de 
agregação desenvolveram-se rapidamente. Desde então, passamos a ouvir falar 
sobre sistemas de defesa, sistemas hidráulicos, sistemas econômicos, entre ou-
tros. 
Resumindo, antes da Primeira Guerra Mundial, o foco foi na análise das partes; 
até a Segunda Guerra Mundial, a ênfase foi na síntese e, após esta fase, com o 
5 
desenvolvimento de técnicas e instrumentos, houve “a ênfase em combinar os 
resultados da análise em um todo”, característica que nos remete ao conceito 
de sistemas (BIO, 2008, pág. 19). 
As pesquisas sobre o conceito de sistema ocorreram em diversas áreas do co-
nhecimento humano, e a Teoria Geral de Sistemas foi criada em 1968, por 
Ludwig von Bertalanffy, biólogo e importante cientista do século XX, que tam-
bém elaborou a Teoria dos Sistemas Abertos. Ambas as teorias ainda mantêm 
sua importância. 
 
Autores de diversas áreas do conhecimento se apropriaram da Teoria Geral de 
Sistemas. Na área de Sistemas de Informação, podemos citar o conceito de sis-
tema da seguinte forma: 
“Um sistema é um grupo de componentes inter-relacionados que trabalham 
juntos rumo a uma meta comum, recebendo insumos e produzindo resultados 
em um processo organizado de transformação.” (O’BRIEN, 2003, pág. 17). 
O conceito de sistemas nos ajuda a compreender a complexidade da sociedade 
contemporânea, uma vez que estão presentes em todas as partes e podem ser 
 
Saiba mais 
Ludwig Von Bertalanffy 
Nascido em 1901, na Áustria, Bertalanffy segue seus estudos em Biologia, 
interessando-se pelo desenvolvimento dos organismos. Opõe-se às con-
cessões mecanicistas do mundo e da ciência vigentes na época. Na década 
de 30, desenvolve o fundamento de sua teoria: o ser humano e os animais 
funcionam como um todo, como um sistema. Em 1950, publica uma série 
de artigos nos quais desenvolve a noção de sistema aberto, que constituirá 
a base da Teoria Geral dos Sistemas. Em 1954, funda, com um grupo de 
amigos, a Society for General Systems Research, com o objetivo de apro-
fundar o estudo da Teoria dos Sistemas. 
Em 1968, publica sua obra fundamental – Teoria Geral dos Sistemas – em 
que perspectiva a aplicação da sua teoria à Matemática, às Ciências da Na-
tureza, às Ciências Sociais, etc. Mantém intensa atividade na defesa de suas 
concessões até sua morte, em 1972. 
Fonte: Ludwig Von Bertalanffy. In Infopédia. Porto: Porto Editora, 2003-
2013. [Consult. 2013-02-22]. Disponível em: <URL: http://www.infope-
dia.pt/$ludwig-von-bertalanffy>. 
6 
encontrados em todos os ramos da ciência, na tecnologia e na sociedade hu-
mana. 
Logo, podemos citar como exemplos o sistema solar, o sistema biológico do 
corpo humano, o sistema socioeconômico de uma empresa ou cidade, o sis-
tema tecnológico de uma montadora de veículos, o sistema de transporte de 
uma cidade, entre os diversos sistemas existentes (O’BRIEN, 2003). 
 
 
Fonte: http://pt.freeima-
ges.com/photo/the-solar-system-no-
names-version-1146849 
Fonte: https://visua-
lhunt.com/f/photo/7481166880/cfc0016e
62/ 
 
Um sistema possui componentes ou funções básicas em interação, conforme 
detalhamento abaixo: 
 Entrada: atividade que envolve a captação e a reunião de elementos 
que entram no sistema para serem processados; 
 Processamento: ação relacionada aos processos de transformação que 
convertem insumos (entradas) em produto; e 
 Saída: atividade relacionada à transferência de elementos produzidos 
por um processo de transformação até seu destino final. 
Além dos três componentes citados, há dois conceitos adicionais ao conceito 
de sistema (entrada, processamento e saída), que incluem o feedback (realimen-
tação) e o controle. “Um sistema dotado de componentes de feedback e con-
trole às vezes é chamado de um sistema cibernético, ou seja, um sistema auto-
monitorado, autorregulado” (O’BRIEN, 2003, pág. 18). 
Um exemplo de sistema automonitorado ou autorregulado é o sistema de con-
trole de ar-condicionado, que, por meio da utilização de um termostato, regula 
automaticamente a temperatura quando esta oscila. 
7 
O feedback consiste em fornecer um retorno em forma de dados sobre o de-
sempenho de um sistema. Já o controle está relacionado ao monitoramento e 
à avaliação do feedback, a fim de verificar se o sistema está caminhando para 
atingir a sua meta. Logo, faz os ajustes necessários para alcançar os objetivos 
almejados. 
Na figura 2 abaixo, há um modelo de sistema de produção que ilustra os com-
ponentes de um sistema: 
 
 
Figura 2: Componentes genéricos de muitos tipos de sistemas. 
Fonte: Sistemas de Informação (O’BRIEN, 2003, p. 18) 
 
Como usuário final de uma organização, você deve ser capaz de identificar os 
componentes principais dos sistemas de informação que estão no mundo real. 
Logo: 
 As pessoas, o hardware, o software, os dados e os recursos de rede que 
utilizam; 
 Os tipos de produtos de informação que produzem; 
 O modo como executam as atividades de entrada, processamento, sa-
ída, armazenamento e controle (O’BRIEN, 2003, p. 18). 
 
8 
 
 
1.2 Introdução sobre informação 
Na sociedade contemporânea, a informação é um dos recursos mais valiosos. 
Logo, para compreendê-la, é importante abordar os conceitos de dados, infor-
mação e conhecimento. 
Os dados são a matéria-prima dos sistemas de informação, e podemos concei-
tuá-los da seguinte forma: 
Dados: “são fatos ou observações crus, normalmente sobre fenômenosfísicos 
ou transações de negócios. Mais especificamente, os dados são medidas obje-
tivas dos atributos (características) de entidades como pessoas, lugares, coisas 
e eventos.” (O’BRIEN, 2003, p. 23) 
Abaixo, na tabela 1, descrevemos as diversas formas que podem representar os 
dados: 
Tabela 1: Tipos de Dados 
DADOS REPRESENTADOS POR 
Dados alfanuméricos Números, letras e outros ca-
racteres 
Dados de imagem Imagens gráficas e figuras 
Dados de áudio Som, ruídos e tons 
Dados de vídeo Imagens ou figuras em movi-
mento 
 
Fonte: Princípios de Sistemas de Informação (STAIR; REYNOLDS, 2011, pág. 5) 
 
Lembre-se: 
Conceito de Sistema 
“Um sistema é um grupo de componentes inter-relaciona-
dos que trabalham juntos rumo a uma meta comum, rece-
bendo insumos e produzindo resultados em um processo 
organizado de transforma-ção” (O’BRIEN, 2003, p. 17). 
9 
 
Na tabela acima, observamos que os dados estão presentes em diversos supor-
tes, e não somente em formato de texto. 
A informação é um conjunto de fatos organizados que adquirem valor adicional. 
Logo, podemos afirmar que: 
“Informações são dados processados que foram colocados em um contexto sig-
nificativo e útil para um usuário final. Os dados são submetidos a um processo 
de ‘valor adicionado’” (O’BRIEN, 2003, p. 23). 
A seguir, na figura 2.1, ilustramos o processo de transformação de dados em 
informação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2.1: O processo de transformar dados em informação. 
Fonte: Adaptado de Princípios de Sistemas de Informação (STAIR; REYNOLDS, 2011, p. 
6) 
Transformar dados em informação consiste em realizar um processo lógico 
para atingir os objetivos desejados. Já o processo de definir relações entre os 
dados, a fim de criar informações úteis, exige conhecimento. 
“Conhecimento é a consciência e a compreensão de um conjunto de informa-
ções e os modos como essas informações podem ser úteis para apoiar uma 
tarefa específica ou para chegar a uma decisão” (STAIR; REYNOLDS, 2011, p. 5). 
Em alguns casos, as pessoas processam e organizam os dados mentalmente ou 
manualmente para obter informações para a tomada de decisão. Entretanto, 
em outros casos, as pessoas utilizam um computador. Como exemplo, pode-
mos citar um gerente que faz contas mentalmente sobre a quantidade de filiais 
Dados 
 
(ENTRADA) 
Processo de transformação 
(aplicação do conheci-
mento, selecionando, orga-
nizando e manipulando os 
dados) 
 
(PROCESSAMENTO) 
Informação 
(SAÍDA) 
10 
que a empresa possui ou manualmente a soma da comissão de seus vendedo-
res. Ele também poderia utilizar o computador para obter os mesmos resulta-
dos. 
 
 
1.3 Introdução sobre sistemas de informação 
Os sistemas de informação estão presentes em toda a sociedade, e podemos 
conceituá-los da seguinte forma: 
“Um sistema de informação pode ser definido tecnicamente como um conjunto 
de componentes inter-relacionados que coletam (ou recuperam), processam, 
armazenam e distribuem informações destinadas a apoiar a tomada de deci-
sões, a coordenação e o controle de uma organização.” (LAUDON; LAUDON, 
2007, p. 9) 
Um sistema de informação pode ser manual (papel e lápis), por exemplo, 
quando um analista de investimento faz um gráfico manualmente para apoiá-lo 
no processo de tomada de decisão de um investimento. 
 
Lembre-se dos conceitos de dados, informação e conheci-
mento: 
Dados: “são fatos ou observações crus, normalmente sobre fe-
nômenos físicos ou transações de negócios. Mais especifica-
mente, os dados são medidas objetivas dos atributos (caracte-
rísticas) de entidades como pessoas, lugares, coisas e eventos.” 
(O’BRIEN, 2003, p. 23) 
Informações: “são dados processados que foram colocados em 
um contexto significativo e útil para um usuário final. Os dados 
são submetidos a um processo de ‘valor adicionado’.” (O’BRIEN, 
2003, p. 23) 
Conhecimento: “é a consciência e a compreensão de um con-
junto de informações e os modos como essas informações po-
dem ser úteis para apoiar uma tarefa específica ou para chegar 
a uma decisão.” (STAIR; REYNOLDS, 2011, p. 5) 
11 
Há também sistemas de informação informais (boca a boca), formais (procedi-
mentos escritos), bem como sistemas de informação computadorizados, que 
utilizam computadores (STAIR; REYNOLDS, 2011). 
Também podemos defini-los da seguinte forma: 
“Sistema de informação: é uma rede de subsistemas em que cada qual se de-
compõe em procedimentos que coletam dados, os processam e produzem e 
distribuem as informações resultantes” (BIO, 2008, p.22). 
Nesse caso, o autor inclui os subsistemas, um componente importante de um 
sistema maior, que, por sua vez, é seu ambiente ou, conforme mencionado a 
seguir por O’Brien, 2003. 
 
“Os sistemas baseados em computador (CBIS – computer-based information sys-
tems) consistem em um conjunto composto por hardwares, softwares, banco de 
dados, telecomunicações, pessoas e procedimentos que são organizados para 
coletar, manipular, armazenar e processar dados em informações” (STAIR; REY-
NOLDS, 2011, p. 11). 
Dessa forma, devemos considerar que os sistemas de informação dependem 
de diversos fatores relacionados com a estrutura da organização, a tecnologia 
e as pessoas. 
 
 
 
Subsistema: Consiste em um sistema que é um componente de um sis-
tema maior, que, por sua vez, é seu ambiente. (O’BRIEN, 2003) 
12 
v 
Figura 2.2 – Dimensão organizacional, humana e tecnológica da organização. 
Fonte: Adaptado de Sistemas de Informação Gerencial (LAUDON; LAUDON, 2007, 
p.11) 
Os sistemas de informação estão presentes nas organizações, e sua utilização 
está relacionada à estrutura da empresa, à sua cultura e à sua história. Ao longo 
do tempo, as organizações foram desenvolvendo regras e metodologias que 
direcionam o trabalho dos profissionais. 
Nesta unidade conhecemos os principais autores que discutem os conceitos de 
sistemas, informação e sistemas de informação. 
 
 
 
Lembre-se do conceito de Sistemas de Informação: 
“Um sistema de informação pode ser definido tecnicamente como um 
conjunto de componentes inter-relacionados que coletam (ou recupe-
ram), processam, armazenam e distribuem informações destinadas a 
apoiar a tomada de decisões, a coordenação e o controle de uma orga-
nização.” (LAUDON; LAUDON, 2007, p. 9) 
 
BIBLIOGRAFIA A SER ACESSADA 
http://anhembi.bv3.digitalpages.com.br/users/publica-
tions/9788576050896/pages/1 
(Capítulo 1 do livro Sistemas de Informação – LAUDON & LAU-
DON). 
13 
2. Dimensões e Recursos dos Sistemas de In-
formação 
Objetivo 
Conhecer as dimensões dos sistemas de informação – as organizações, as pes-
soas e a tecnologia da informação –, como também os recursos. 
 
 
 
Fonte: http://br.freepik.com/in-
dex.php?goto=41&idd=354430&
url=aHR0cDovL3d3dy5zeGMua-
HUvcGhvdG8vNDczODI3 
Fonte: https://visua-
lhunt.com/photo/116556/ 
Fonte: https://visua-
lhunt.com/photo/8277/wo-
man-using-mobile-phone-with-
laptop-on-wooden-table/ 
 
 
2.1 Dimensões dos sistemas de informação 
Os sistemas de informação estão em constante processo de desenvolvimento 
nas organizações. Laudon e Laudon (2007) destacam que as organizações pos-
suem as seguintes dimensões: organização, pessoas e tecnologia da informa-
ção. 
Utilizar de forma eficiente os sistemas de informação e compreender suas di-
mensões é fundamental para encontrar soluções para os desafios empresariais. 
A figura 3, a seguir, ilustra as dimensões. 
 
 
14 
 
Figura 3: Dimensões dos Sistemas de Informação 
Fonte: Adaptado deSistemas de Informação Gerencial (LAUDON; LAUDON, 2007, p. 
11) 
 
2.1.1 Dimensão organizacional 
As organizações sofrem influências da tecnologia da informação, assim como a 
estrutura, a história e a cultura da empresa determinam a forma como as tec-
nologias são empregadas nos sistemas de informação. 
Para melhor compreender esta via de mão dupla, iniciaremos explicando a es-
trutura organizacional, composta por três níveis hierárquicos. Essa classificação 
estabelece a divisão do trabalho, assim como a autoridade e a responsabilidade 
dos profissionais, conforme a figura 4 abaixo: 
 
15 
 
Figura 4: Níveis de uma empresa 
Fonte: Adaptação de Sistemas de Informação Gerenciais (LAUDON; LAUDON, 2007, 
p. 40) 
 
Na pirâmide acima, “os níveis superiores da hierarquia são compostos de pes-
soal administrativo, profissional e técnico, ao passo que os níveis inferiores são 
ocupados pelo pessoal operacional” (LAUDON; LAUDON, 2007, p. 11). 
Os especialistas são profissionais aptos a exercer diferentes funções organiza-
cionais: vendas e marketing; manufatura e produção; finanças e contabilidade; 
bem como recursos humanos. 
A empresa desenvolve sistemas de informação para atender às necessidades 
das diversas funções ou especializações, como também a todos os níveis. 
Além da hierarquia, a empresa executa e coordena o trabalho realizado através 
de seus processos organizacionais, que consiste em “comportamentos e tarefas 
logicamente relacionados para a execução do trabalho” (LAUDON; LAUDON, 
2007, p. 11). 
Os processos organizacionais compreendem regras formais e procedimentos 
que foram estabelecidos ao longo do tempo. Para ilustrar esse conceito, pode-
mos citar como exemplo os passos para criar um novo produto, a contratação 
NÍVEL ESTRATÉGICO
Alta administração ou 
Gerência Sênior
NÍVEL TÁTICO
Gerência Média 
Cientistas e Trabalhadores 
do Conhecimento
NÍVEL OPERACIONAL
Gerência Operacional
Trabalhadores dos Serviços e da Produção
16 
de um funcionário, a realização de um pedido de compra ou o procedimento 
para atender a uma reclamação de um cliente. 
Muitos processos são informais e por escrito. Logo, os sistemas de informação 
ajudam as organizações a simplificar e a realizar a automação dos processos 
informais. 
 
 
Fonte: https://visua-
lhunt.com/f/photo/4543027041/1738177f8
0/ 
Fonte: http://pt.freeima-
ges.com/photo/spex-1419283 
 
Uma vez que já estudamos a estrutura organizacional, outra questão 
importante é a influência que a cultura da empresa exerce sobre a utilização 
dos sistemas de informação. 
Sobre o conceito de cultura, podemos destacar que cada organização possui 
uma cultura diferente, ou seja, envolve premissas, valores e formas de realizar 
as tarefas, que são aceitos e indicados pela maioria das pessoas na organização. 
Robbins (2005) destaca que a “Cultura Organizacional se refere a um sistema de 
valores compartilhados pelos membros que diferencia uma organização das 
demais. Esse sistema é, em útima análise, um conjunto de características-chave 
que a organização valoriza” (ROBBINS, 2005, p. 375). 
 
 “Automação: A transferência e o posicionamento automáticos 
de trabalho por máquinas ou a operação e o controle automáti-
cos de um processo de trabalho por máquinas, ou seja, sem in-
tervenção ou operação significativa do homem.” (O’BRIEN, 2003, 
p.438) 
17 
 
Podemos classificar a cultura organizacional em sete categorias: 
1. Inovação e assunção de risco. O grau em que os funcionários são estimu-
lados a inovar e a assumir riscos. 
2. Atenção aos detalhes. O grau em que se espera que os funcionários de-
monstrem precisão, análise e atenção aos detalhes. 
3. Orientação para resultados. O grau em que os dirigentes focam mais os 
resultados do que as técnicas e os processos empregados para o seu 
alcance. 
4. Orientação para as pessoas. O grau em que as decisões dos dirigentes le-
vam em consideração o efeito dos resultados sobre as pessoas dentro 
da organização. 
5. Orientação para a equipe. O grau em que as atividades de trabalho são 
mais organizadas em termos de equipes do que de indivíduos. 
6. Agressividade. O grau em que as pessoas são competitivas e agressivas, 
em vez de dóceis e acomodadas. 
7. Estabilidade. O grau em que as atividades organizacionais enfatizam a ma-
nutenção do status quo em contraste com o crescimento. (ROBBINS, 
2003, p.375). 
 
As características acima podem ser classificadas em um grau baixo até um grau 
elevado, bem como a mesma empresa pode possuir mais de uma classificação. 
Logo, identificar a cultura organizacional é um processo complexo, que traduz 
a forma como as coisas são realizadas e como as pessoas devem se comportar. 
Dessa forma, podemos concluir que, nos diferentes níveis hierárquicos e fun-
ções, há divergências e, em alguns casos, os conflitos se estabelecem. 
“O conflito é a base das políticas organizacionais. [...] Os sistemas de informação 
saem desse caldeirão de perspectivas, conflitos, compromissos e acordos que 
são inerentes em toda organização.” (LAUDON; LAUDON, 2007, p.12). 
 
Cultura Organizacional: “refere-se a um sistema de valores compartilhados 
pelos membros que diferencia uma organização das demais. Esse sistema 
é, em última análise, um conjunto de características-chave que a organiza-
ção valoriza.” (ROBBINS, 2005, p. 375) 
18 
Nesse contexto, conhecer a cultura organizacional é essencial para compreen-
der como as organizações utilizam os sistemas de informação. 
2.1.2 Pessoas 
Esta dimensão envolve todas as pessoas que estão relacionadas diretamente 
ou indiretamente com o sistema. Elas são uma parte imprescindível do sistema, 
pois, por mais que a organização financie e organize o sistema, são elas que irão 
aceitá-lo e utilizá-lo. 
2.1.3 Tecnologia 
Basicamente a tecnologia tem como foco: hardware, software, banco de dados 
e redes. 
 
Fonte: https://visualhunt.com/photo/11251/young-man-sitting-at-desk-and-working-
on-laptop/ 
 
 Uma dimensão importante dos sistemas de informação são as pessoas, 
uma vez que “uma empresa é tão boa quanto as pessoas que a formam” (LAU-
DON; LAUDON, 2007, p. 12). 
 A mesma questão se aplica aos sistemas de informação, pois eles não 
possuem utilidade sem pessoas qualificadas, capazes de desenvolvê-los e 
19 
mantê-los. O mesmo ocorre se a organização não tiver pessoas que saibam uti-
lizar a informação gerada pelos sistemas de informação para a tomada de deci-
são. 
Para que ocorra o bom funcionamento das organizações, são necessários di-
versos tipos de conhecimento e pessoas com uma boa formação técnica, hu-
mana e conceitual, o que inclui desde administradores até os profissionais da 
área operacional. 
A função dos administradores consiste em compreender a lógica das diversas 
situações que a organização enfrenta e resolver seus problemas. Os adminis-
tradores percebem os desafios presentes no ambiente em que a empresa está 
inserida, estabelecem estratégias para resolvê-los, por meio da utilização de re-
cursos humanos e financeiros, a fim de coordenar o trabalho e, por fim, cumprir 
a estratégia. Em todo esse processo, os administradores precisam exercer a li-
derança (LAUDON; LAUDON, 2007). 
Além de administrar as questões do cotidiano das organizações, os administra-
dores precisam criar novos produtos e serviços, que são impulsionados por no-
vos conhecimentos e informações. Logo, a tecnologia da informação é uma im-
portante aliada para o desenvolvimento de soluções inovadoras (LAUDON; LAU-
DON, 2007). 
“O pessoal dos sistemas de informação inclui todas as pessoas que gerenciam, 
administram, programam,mantêm e rodam o sistema. [...] Os usuários são pes-
soas que trabalham com sistemas de informação para conseguir resultados.” 
(STAIR; REYNOLDS, 2011, p. 14) 
Em muitos casos, os profissionais da área de Sistemas de Informação também 
são usuários do sistema. 
As pessoas representam um importante recurso dos sistemas de informação, 
uma vez que são elas que desenvolvem, mantêm, utilizam e aprimoram os sis-
temas existentes nas organizações. 
 
 
 
20 
2.1.4 Tecnologia da informação 
 
Fonte: https://visua-
lhunt.com/photo/8397/ 
 
Fonte: https://visua-
lhunt.com/photo/11661/ 
 
Fonte: http://pt.freeima-
ges.com/photo/telco-po-
wer-3-1559276 
 
 Nos sistemas de informação, a dimensão da tecnologia da informação 
consiste em uma das ferramentas que os gerentes utilizam para enfrentar as 
mudanças nas organizações. 
 A Tecnologia da Informação (TI) utiliza os recursos de “hardware, sof-
tware, telecomunicações, administração de banco de dados e outras tecnolo-
gias de processamento de informações utilizadas em sistemas de informação 
computadorizados." (O’BRIEN, 2003, p. G-27). 
 
 
A seguir, definimos estes conceitos: 
Hardware – É o equipamento físico usado para atividades de entrada, proces-
samento e saída de um sistema de informação. Consiste em: computadores de 
vários tipos e formatos; diversos dispositivos de entrada, saída e armazenagem; 
e o meio físico que interliga todos esses elementos. 
Software – Consiste em instruções detalhadas e pré-programadas que contro-
lam e coordenam os componentes do hardware de um sistema de informação. 
Tecnologia de armazenagem de dados – São os softwares que comandam a 
organização de dados em meios físicos de armazenagem. 
 
Tecnologia da Informação (TI): Consiste em “todas as tecno-
logias de hardware e software de que uma empresa precisa 
para atingir seus objetivos organizacionais.” (LAUDON; LAU-
DON, 2007, p. 419) 
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Tecnologia de comunicação e de redes – É composta por dispositivos físicos e 
software, interliga os diversos equipamentos de computação e transfere dados 
de uma localização física para outra. Equipamentos de comunicação e teleco-
municação podem ser conectados em rede para compartilhar voz, dados, ima-
gens, som e até vídeo. Uma rede liga dois ou mais computadores para compar-
tilhar dados ou recursos, como uma impressora (LAUDON; LAUDON, 2007, 
p.12). 
As tecnologias citadas, em conjunto com as pessoas necessárias para utilizá-las 
e administrá-las, representam os recursos a ser compartilhados em toda a em-
presa, logo são considerados a infraestrutura de tecnologia da informação, que 
“provê a fundação ou plataforma sobre a qual a empresa pode montar seus 
sistemas de informação específicos” (LAUDON; LAUDON, 2007, p.13). 
 
As dimensões dos sistemas de informação: a organização, as pessoas e a tec-
nologia da informação. 
Nas organizações, abordamos a estrutura, os níveis de hierarquia, as funções e 
a cultura organizacional. 
Aprendemos também a importância da formação técnica, humana e conceitual 
das pessoas envolvidas com os sistemas de informação, como também apre-
sentamos os princípios básicos da tecnologia da informação. Cada uma das di-
mensões estudadas possui detalhes importantes para a compreensão dos sis-
temas de informação computadorizados, bem como o domínio desses conhe-
cimentos contribui para a eficiência do sistema como um todo nas organiza-
ções. 
 
 
Infraestrutura de Tecnologia da Informação: consiste nas “instalações 
físicas, componentes de TI, serviços de TI e pessoal de TI que apoiam a 
organização inteira.” (TURBAN; RAYNER JR.; POTTER, 2007, p.19) 
 
BIBLIOGRAFIA A SER ACESSADA 
http://anhembi.bv3.digitalpages.com.br/users/publi-
cations/9788576050896/pages/1 
(Capítulo 1 do livro sistemas de informação – LAUDON & 
LAUDON). 
Faça uma boa leitura desse capítulo, para entender melhor. 
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Referências Bibliográficas 
BERTALANFFY, Ludwig von. Teoria geral dos sistemas. Rio de Janeiro: Vozes, 
2010. 
BIO, Sérgio Rodrigues. Sistemas de informação. São Paulo: Atlas, 2008. 
CASSARRO, Carlos A. Sistemas de informações para tomada de decisões. São 
Paulo: Cengage Learning, 2010. 
LAUDON, Kenneth C.; LAUDON, Jane P. Sistemas de informação gerencial. São 
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. 
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru.Teoria geral da administração. São Paulo: 
Atlas, 2000. 
O’BRIEN, James A. Sistemas de informação e as decisões gerenciais na era da 
internet. São Paulo: Saraiva, 2003. 
ROBBINS, Stephen P. Comportamento organizacional. São Paulo: Pearson Pren-
tice Hall, 2005. 
STAIR Ralph M.; REYNOLDS George W. Princípios de sistemas de informação. 
São Paulo: Cengage Leaning, 2011. 
TURBAN, Efraim; RAINER JR., Kelly R.; POTTER, Richard E. Introdução a sistemas 
de informação. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.

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