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Teoria De Sistemas De Informação 1 Autor(a): Claudio Boghi Coordenador: Emerson dos Santos Paduan São Paulo - 2016 2 Sumário Sumário 2 Teoria Geral da Informação 3 Introdução 3 1. Introdução aos Fundamentos de Sistemas de Informação 4 1.1 Introdução sobre sistema 4 1.2 Introdução sobre informação 8 1.3 Introdução sobre sistemas de informação 10 2. Dimensões e Recursos dos Sistemas de Informação 13 Objetivo 13 2.1 Dimensões dos sistemas de informação 13 Referências Bibliográficas 22 3 Teoria Geral da Informação Introdução O material apresentado nesta unidade tem como objetivo principal apontar os conceitos que serão abordados, direcionando-o na consulta do material com- pleto a ser estudado, por meio de acessos à Biblioteca Virtual disponível na pá- gina da Universidade Anhembi Morumbi. Você deverá estudar cada tópico abordado aqui conforme indicações destaca- das nos links descritos neste material. Siga os passos abaixo para acessar a Biblioteca da Universidade: Entre na página da Biblioteca da Universidade; Clique no ícone da Biblioteca Virtual 3.0, conforme figura 1; Faça o login, se necessário. Figura 1- Página da Biblioteca da Universidade 4 1. Introdução aos Fundamentos de Sistemas de Informação Conhecer os principais conceitos que fundamentam a área de sistemas de in- formação. Introdução ao conceito de sistemas Fonte: http://pt.freeima- ges.com/photo/airport-2- 1463769 Fonte: http://br.freepik.com/veto- res-gratis/corpo-or- gaos_836934.htm Fonte: https://visualhunt.com/photo/278/ 1.1 Introdução sobre sistema Para compreender os conceitos de sistemas, é importante ressaltar que, entre as duas Guerras Mundiais, houve a intensificação de experiências para melho- rar a eficácia da indústria bélica. Com a finalidade de aprimorar a qualidade, ocorreu a decomposição, em partes, de praticamente tudo o que estava relaci- onado à guerra – desde armas, tanques, uniformes até as estratégias de guerra, para que, logo em seguida, fosse processada a montagem dessas partes. Após a Segunda Guerra Mundial, os conceitos de sistemas e as aplicações de agregação desenvolveram-se rapidamente. Desde então, passamos a ouvir falar sobre sistemas de defesa, sistemas hidráulicos, sistemas econômicos, entre ou- tros. Resumindo, antes da Primeira Guerra Mundial, o foco foi na análise das partes; até a Segunda Guerra Mundial, a ênfase foi na síntese e, após esta fase, com o 5 desenvolvimento de técnicas e instrumentos, houve “a ênfase em combinar os resultados da análise em um todo”, característica que nos remete ao conceito de sistemas (BIO, 2008, pág. 19). As pesquisas sobre o conceito de sistema ocorreram em diversas áreas do co- nhecimento humano, e a Teoria Geral de Sistemas foi criada em 1968, por Ludwig von Bertalanffy, biólogo e importante cientista do século XX, que tam- bém elaborou a Teoria dos Sistemas Abertos. Ambas as teorias ainda mantêm sua importância. Autores de diversas áreas do conhecimento se apropriaram da Teoria Geral de Sistemas. Na área de Sistemas de Informação, podemos citar o conceito de sis- tema da seguinte forma: “Um sistema é um grupo de componentes inter-relacionados que trabalham juntos rumo a uma meta comum, recebendo insumos e produzindo resultados em um processo organizado de transformação.” (O’BRIEN, 2003, pág. 17). O conceito de sistemas nos ajuda a compreender a complexidade da sociedade contemporânea, uma vez que estão presentes em todas as partes e podem ser Saiba mais Ludwig Von Bertalanffy Nascido em 1901, na Áustria, Bertalanffy segue seus estudos em Biologia, interessando-se pelo desenvolvimento dos organismos. Opõe-se às con- cessões mecanicistas do mundo e da ciência vigentes na época. Na década de 30, desenvolve o fundamento de sua teoria: o ser humano e os animais funcionam como um todo, como um sistema. Em 1950, publica uma série de artigos nos quais desenvolve a noção de sistema aberto, que constituirá a base da Teoria Geral dos Sistemas. Em 1954, funda, com um grupo de amigos, a Society for General Systems Research, com o objetivo de apro- fundar o estudo da Teoria dos Sistemas. Em 1968, publica sua obra fundamental – Teoria Geral dos Sistemas – em que perspectiva a aplicação da sua teoria à Matemática, às Ciências da Na- tureza, às Ciências Sociais, etc. Mantém intensa atividade na defesa de suas concessões até sua morte, em 1972. Fonte: Ludwig Von Bertalanffy. In Infopédia. Porto: Porto Editora, 2003- 2013. [Consult. 2013-02-22]. Disponível em: <URL: http://www.infope- dia.pt/$ludwig-von-bertalanffy>. 6 encontrados em todos os ramos da ciência, na tecnologia e na sociedade hu- mana. Logo, podemos citar como exemplos o sistema solar, o sistema biológico do corpo humano, o sistema socioeconômico de uma empresa ou cidade, o sis- tema tecnológico de uma montadora de veículos, o sistema de transporte de uma cidade, entre os diversos sistemas existentes (O’BRIEN, 2003). Fonte: http://pt.freeima- ges.com/photo/the-solar-system-no- names-version-1146849 Fonte: https://visua- lhunt.com/f/photo/7481166880/cfc0016e 62/ Um sistema possui componentes ou funções básicas em interação, conforme detalhamento abaixo: Entrada: atividade que envolve a captação e a reunião de elementos que entram no sistema para serem processados; Processamento: ação relacionada aos processos de transformação que convertem insumos (entradas) em produto; e Saída: atividade relacionada à transferência de elementos produzidos por um processo de transformação até seu destino final. Além dos três componentes citados, há dois conceitos adicionais ao conceito de sistema (entrada, processamento e saída), que incluem o feedback (realimen- tação) e o controle. “Um sistema dotado de componentes de feedback e con- trole às vezes é chamado de um sistema cibernético, ou seja, um sistema auto- monitorado, autorregulado” (O’BRIEN, 2003, pág. 18). Um exemplo de sistema automonitorado ou autorregulado é o sistema de con- trole de ar-condicionado, que, por meio da utilização de um termostato, regula automaticamente a temperatura quando esta oscila. 7 O feedback consiste em fornecer um retorno em forma de dados sobre o de- sempenho de um sistema. Já o controle está relacionado ao monitoramento e à avaliação do feedback, a fim de verificar se o sistema está caminhando para atingir a sua meta. Logo, faz os ajustes necessários para alcançar os objetivos almejados. Na figura 2 abaixo, há um modelo de sistema de produção que ilustra os com- ponentes de um sistema: Figura 2: Componentes genéricos de muitos tipos de sistemas. Fonte: Sistemas de Informação (O’BRIEN, 2003, p. 18) Como usuário final de uma organização, você deve ser capaz de identificar os componentes principais dos sistemas de informação que estão no mundo real. Logo: As pessoas, o hardware, o software, os dados e os recursos de rede que utilizam; Os tipos de produtos de informação que produzem; O modo como executam as atividades de entrada, processamento, sa- ída, armazenamento e controle (O’BRIEN, 2003, p. 18). 8 1.2 Introdução sobre informação Na sociedade contemporânea, a informação é um dos recursos mais valiosos. Logo, para compreendê-la, é importante abordar os conceitos de dados, infor- mação e conhecimento. Os dados são a matéria-prima dos sistemas de informação, e podemos concei- tuá-los da seguinte forma: Dados: “são fatos ou observações crus, normalmente sobre fenômenosfísicos ou transações de negócios. Mais especificamente, os dados são medidas obje- tivas dos atributos (características) de entidades como pessoas, lugares, coisas e eventos.” (O’BRIEN, 2003, p. 23) Abaixo, na tabela 1, descrevemos as diversas formas que podem representar os dados: Tabela 1: Tipos de Dados DADOS REPRESENTADOS POR Dados alfanuméricos Números, letras e outros ca- racteres Dados de imagem Imagens gráficas e figuras Dados de áudio Som, ruídos e tons Dados de vídeo Imagens ou figuras em movi- mento Fonte: Princípios de Sistemas de Informação (STAIR; REYNOLDS, 2011, pág. 5) Lembre-se: Conceito de Sistema “Um sistema é um grupo de componentes inter-relaciona- dos que trabalham juntos rumo a uma meta comum, rece- bendo insumos e produzindo resultados em um processo organizado de transforma-ção” (O’BRIEN, 2003, p. 17). 9 Na tabela acima, observamos que os dados estão presentes em diversos supor- tes, e não somente em formato de texto. A informação é um conjunto de fatos organizados que adquirem valor adicional. Logo, podemos afirmar que: “Informações são dados processados que foram colocados em um contexto sig- nificativo e útil para um usuário final. Os dados são submetidos a um processo de ‘valor adicionado’” (O’BRIEN, 2003, p. 23). A seguir, na figura 2.1, ilustramos o processo de transformação de dados em informação. Figura 2.1: O processo de transformar dados em informação. Fonte: Adaptado de Princípios de Sistemas de Informação (STAIR; REYNOLDS, 2011, p. 6) Transformar dados em informação consiste em realizar um processo lógico para atingir os objetivos desejados. Já o processo de definir relações entre os dados, a fim de criar informações úteis, exige conhecimento. “Conhecimento é a consciência e a compreensão de um conjunto de informa- ções e os modos como essas informações podem ser úteis para apoiar uma tarefa específica ou para chegar a uma decisão” (STAIR; REYNOLDS, 2011, p. 5). Em alguns casos, as pessoas processam e organizam os dados mentalmente ou manualmente para obter informações para a tomada de decisão. Entretanto, em outros casos, as pessoas utilizam um computador. Como exemplo, pode- mos citar um gerente que faz contas mentalmente sobre a quantidade de filiais Dados (ENTRADA) Processo de transformação (aplicação do conheci- mento, selecionando, orga- nizando e manipulando os dados) (PROCESSAMENTO) Informação (SAÍDA) 10 que a empresa possui ou manualmente a soma da comissão de seus vendedo- res. Ele também poderia utilizar o computador para obter os mesmos resulta- dos. 1.3 Introdução sobre sistemas de informação Os sistemas de informação estão presentes em toda a sociedade, e podemos conceituá-los da seguinte forma: “Um sistema de informação pode ser definido tecnicamente como um conjunto de componentes inter-relacionados que coletam (ou recuperam), processam, armazenam e distribuem informações destinadas a apoiar a tomada de deci- sões, a coordenação e o controle de uma organização.” (LAUDON; LAUDON, 2007, p. 9) Um sistema de informação pode ser manual (papel e lápis), por exemplo, quando um analista de investimento faz um gráfico manualmente para apoiá-lo no processo de tomada de decisão de um investimento. Lembre-se dos conceitos de dados, informação e conheci- mento: Dados: “são fatos ou observações crus, normalmente sobre fe- nômenos físicos ou transações de negócios. Mais especifica- mente, os dados são medidas objetivas dos atributos (caracte- rísticas) de entidades como pessoas, lugares, coisas e eventos.” (O’BRIEN, 2003, p. 23) Informações: “são dados processados que foram colocados em um contexto significativo e útil para um usuário final. Os dados são submetidos a um processo de ‘valor adicionado’.” (O’BRIEN, 2003, p. 23) Conhecimento: “é a consciência e a compreensão de um con- junto de informações e os modos como essas informações po- dem ser úteis para apoiar uma tarefa específica ou para chegar a uma decisão.” (STAIR; REYNOLDS, 2011, p. 5) 11 Há também sistemas de informação informais (boca a boca), formais (procedi- mentos escritos), bem como sistemas de informação computadorizados, que utilizam computadores (STAIR; REYNOLDS, 2011). Também podemos defini-los da seguinte forma: “Sistema de informação: é uma rede de subsistemas em que cada qual se de- compõe em procedimentos que coletam dados, os processam e produzem e distribuem as informações resultantes” (BIO, 2008, p.22). Nesse caso, o autor inclui os subsistemas, um componente importante de um sistema maior, que, por sua vez, é seu ambiente ou, conforme mencionado a seguir por O’Brien, 2003. “Os sistemas baseados em computador (CBIS – computer-based information sys- tems) consistem em um conjunto composto por hardwares, softwares, banco de dados, telecomunicações, pessoas e procedimentos que são organizados para coletar, manipular, armazenar e processar dados em informações” (STAIR; REY- NOLDS, 2011, p. 11). Dessa forma, devemos considerar que os sistemas de informação dependem de diversos fatores relacionados com a estrutura da organização, a tecnologia e as pessoas. Subsistema: Consiste em um sistema que é um componente de um sis- tema maior, que, por sua vez, é seu ambiente. (O’BRIEN, 2003) 12 v Figura 2.2 – Dimensão organizacional, humana e tecnológica da organização. Fonte: Adaptado de Sistemas de Informação Gerencial (LAUDON; LAUDON, 2007, p.11) Os sistemas de informação estão presentes nas organizações, e sua utilização está relacionada à estrutura da empresa, à sua cultura e à sua história. Ao longo do tempo, as organizações foram desenvolvendo regras e metodologias que direcionam o trabalho dos profissionais. Nesta unidade conhecemos os principais autores que discutem os conceitos de sistemas, informação e sistemas de informação. Lembre-se do conceito de Sistemas de Informação: “Um sistema de informação pode ser definido tecnicamente como um conjunto de componentes inter-relacionados que coletam (ou recupe- ram), processam, armazenam e distribuem informações destinadas a apoiar a tomada de decisões, a coordenação e o controle de uma orga- nização.” (LAUDON; LAUDON, 2007, p. 9) BIBLIOGRAFIA A SER ACESSADA http://anhembi.bv3.digitalpages.com.br/users/publica- tions/9788576050896/pages/1 (Capítulo 1 do livro Sistemas de Informação – LAUDON & LAU- DON). 13 2. Dimensões e Recursos dos Sistemas de In- formação Objetivo Conhecer as dimensões dos sistemas de informação – as organizações, as pes- soas e a tecnologia da informação –, como também os recursos. Fonte: http://br.freepik.com/in- dex.php?goto=41&idd=354430& url=aHR0cDovL3d3dy5zeGMua- HUvcGhvdG8vNDczODI3 Fonte: https://visua- lhunt.com/photo/116556/ Fonte: https://visua- lhunt.com/photo/8277/wo- man-using-mobile-phone-with- laptop-on-wooden-table/ 2.1 Dimensões dos sistemas de informação Os sistemas de informação estão em constante processo de desenvolvimento nas organizações. Laudon e Laudon (2007) destacam que as organizações pos- suem as seguintes dimensões: organização, pessoas e tecnologia da informa- ção. Utilizar de forma eficiente os sistemas de informação e compreender suas di- mensões é fundamental para encontrar soluções para os desafios empresariais. A figura 3, a seguir, ilustra as dimensões. 14 Figura 3: Dimensões dos Sistemas de Informação Fonte: Adaptado deSistemas de Informação Gerencial (LAUDON; LAUDON, 2007, p. 11) 2.1.1 Dimensão organizacional As organizações sofrem influências da tecnologia da informação, assim como a estrutura, a história e a cultura da empresa determinam a forma como as tec- nologias são empregadas nos sistemas de informação. Para melhor compreender esta via de mão dupla, iniciaremos explicando a es- trutura organizacional, composta por três níveis hierárquicos. Essa classificação estabelece a divisão do trabalho, assim como a autoridade e a responsabilidade dos profissionais, conforme a figura 4 abaixo: 15 Figura 4: Níveis de uma empresa Fonte: Adaptação de Sistemas de Informação Gerenciais (LAUDON; LAUDON, 2007, p. 40) Na pirâmide acima, “os níveis superiores da hierarquia são compostos de pes- soal administrativo, profissional e técnico, ao passo que os níveis inferiores são ocupados pelo pessoal operacional” (LAUDON; LAUDON, 2007, p. 11). Os especialistas são profissionais aptos a exercer diferentes funções organiza- cionais: vendas e marketing; manufatura e produção; finanças e contabilidade; bem como recursos humanos. A empresa desenvolve sistemas de informação para atender às necessidades das diversas funções ou especializações, como também a todos os níveis. Além da hierarquia, a empresa executa e coordena o trabalho realizado através de seus processos organizacionais, que consiste em “comportamentos e tarefas logicamente relacionados para a execução do trabalho” (LAUDON; LAUDON, 2007, p. 11). Os processos organizacionais compreendem regras formais e procedimentos que foram estabelecidos ao longo do tempo. Para ilustrar esse conceito, pode- mos citar como exemplo os passos para criar um novo produto, a contratação NÍVEL ESTRATÉGICO Alta administração ou Gerência Sênior NÍVEL TÁTICO Gerência Média Cientistas e Trabalhadores do Conhecimento NÍVEL OPERACIONAL Gerência Operacional Trabalhadores dos Serviços e da Produção 16 de um funcionário, a realização de um pedido de compra ou o procedimento para atender a uma reclamação de um cliente. Muitos processos são informais e por escrito. Logo, os sistemas de informação ajudam as organizações a simplificar e a realizar a automação dos processos informais. Fonte: https://visua- lhunt.com/f/photo/4543027041/1738177f8 0/ Fonte: http://pt.freeima- ges.com/photo/spex-1419283 Uma vez que já estudamos a estrutura organizacional, outra questão importante é a influência que a cultura da empresa exerce sobre a utilização dos sistemas de informação. Sobre o conceito de cultura, podemos destacar que cada organização possui uma cultura diferente, ou seja, envolve premissas, valores e formas de realizar as tarefas, que são aceitos e indicados pela maioria das pessoas na organização. Robbins (2005) destaca que a “Cultura Organizacional se refere a um sistema de valores compartilhados pelos membros que diferencia uma organização das demais. Esse sistema é, em útima análise, um conjunto de características-chave que a organização valoriza” (ROBBINS, 2005, p. 375). “Automação: A transferência e o posicionamento automáticos de trabalho por máquinas ou a operação e o controle automáti- cos de um processo de trabalho por máquinas, ou seja, sem in- tervenção ou operação significativa do homem.” (O’BRIEN, 2003, p.438) 17 Podemos classificar a cultura organizacional em sete categorias: 1. Inovação e assunção de risco. O grau em que os funcionários são estimu- lados a inovar e a assumir riscos. 2. Atenção aos detalhes. O grau em que se espera que os funcionários de- monstrem precisão, análise e atenção aos detalhes. 3. Orientação para resultados. O grau em que os dirigentes focam mais os resultados do que as técnicas e os processos empregados para o seu alcance. 4. Orientação para as pessoas. O grau em que as decisões dos dirigentes le- vam em consideração o efeito dos resultados sobre as pessoas dentro da organização. 5. Orientação para a equipe. O grau em que as atividades de trabalho são mais organizadas em termos de equipes do que de indivíduos. 6. Agressividade. O grau em que as pessoas são competitivas e agressivas, em vez de dóceis e acomodadas. 7. Estabilidade. O grau em que as atividades organizacionais enfatizam a ma- nutenção do status quo em contraste com o crescimento. (ROBBINS, 2003, p.375). As características acima podem ser classificadas em um grau baixo até um grau elevado, bem como a mesma empresa pode possuir mais de uma classificação. Logo, identificar a cultura organizacional é um processo complexo, que traduz a forma como as coisas são realizadas e como as pessoas devem se comportar. Dessa forma, podemos concluir que, nos diferentes níveis hierárquicos e fun- ções, há divergências e, em alguns casos, os conflitos se estabelecem. “O conflito é a base das políticas organizacionais. [...] Os sistemas de informação saem desse caldeirão de perspectivas, conflitos, compromissos e acordos que são inerentes em toda organização.” (LAUDON; LAUDON, 2007, p.12). Cultura Organizacional: “refere-se a um sistema de valores compartilhados pelos membros que diferencia uma organização das demais. Esse sistema é, em última análise, um conjunto de características-chave que a organiza- ção valoriza.” (ROBBINS, 2005, p. 375) 18 Nesse contexto, conhecer a cultura organizacional é essencial para compreen- der como as organizações utilizam os sistemas de informação. 2.1.2 Pessoas Esta dimensão envolve todas as pessoas que estão relacionadas diretamente ou indiretamente com o sistema. Elas são uma parte imprescindível do sistema, pois, por mais que a organização financie e organize o sistema, são elas que irão aceitá-lo e utilizá-lo. 2.1.3 Tecnologia Basicamente a tecnologia tem como foco: hardware, software, banco de dados e redes. Fonte: https://visualhunt.com/photo/11251/young-man-sitting-at-desk-and-working- on-laptop/ Uma dimensão importante dos sistemas de informação são as pessoas, uma vez que “uma empresa é tão boa quanto as pessoas que a formam” (LAU- DON; LAUDON, 2007, p. 12). A mesma questão se aplica aos sistemas de informação, pois eles não possuem utilidade sem pessoas qualificadas, capazes de desenvolvê-los e 19 mantê-los. O mesmo ocorre se a organização não tiver pessoas que saibam uti- lizar a informação gerada pelos sistemas de informação para a tomada de deci- são. Para que ocorra o bom funcionamento das organizações, são necessários di- versos tipos de conhecimento e pessoas com uma boa formação técnica, hu- mana e conceitual, o que inclui desde administradores até os profissionais da área operacional. A função dos administradores consiste em compreender a lógica das diversas situações que a organização enfrenta e resolver seus problemas. Os adminis- tradores percebem os desafios presentes no ambiente em que a empresa está inserida, estabelecem estratégias para resolvê-los, por meio da utilização de re- cursos humanos e financeiros, a fim de coordenar o trabalho e, por fim, cumprir a estratégia. Em todo esse processo, os administradores precisam exercer a li- derança (LAUDON; LAUDON, 2007). Além de administrar as questões do cotidiano das organizações, os administra- dores precisam criar novos produtos e serviços, que são impulsionados por no- vos conhecimentos e informações. Logo, a tecnologia da informação é uma im- portante aliada para o desenvolvimento de soluções inovadoras (LAUDON; LAU- DON, 2007). “O pessoal dos sistemas de informação inclui todas as pessoas que gerenciam, administram, programam,mantêm e rodam o sistema. [...] Os usuários são pes- soas que trabalham com sistemas de informação para conseguir resultados.” (STAIR; REYNOLDS, 2011, p. 14) Em muitos casos, os profissionais da área de Sistemas de Informação também são usuários do sistema. As pessoas representam um importante recurso dos sistemas de informação, uma vez que são elas que desenvolvem, mantêm, utilizam e aprimoram os sis- temas existentes nas organizações. 20 2.1.4 Tecnologia da informação Fonte: https://visua- lhunt.com/photo/8397/ Fonte: https://visua- lhunt.com/photo/11661/ Fonte: http://pt.freeima- ges.com/photo/telco-po- wer-3-1559276 Nos sistemas de informação, a dimensão da tecnologia da informação consiste em uma das ferramentas que os gerentes utilizam para enfrentar as mudanças nas organizações. A Tecnologia da Informação (TI) utiliza os recursos de “hardware, sof- tware, telecomunicações, administração de banco de dados e outras tecnolo- gias de processamento de informações utilizadas em sistemas de informação computadorizados." (O’BRIEN, 2003, p. G-27). A seguir, definimos estes conceitos: Hardware – É o equipamento físico usado para atividades de entrada, proces- samento e saída de um sistema de informação. Consiste em: computadores de vários tipos e formatos; diversos dispositivos de entrada, saída e armazenagem; e o meio físico que interliga todos esses elementos. Software – Consiste em instruções detalhadas e pré-programadas que contro- lam e coordenam os componentes do hardware de um sistema de informação. Tecnologia de armazenagem de dados – São os softwares que comandam a organização de dados em meios físicos de armazenagem. Tecnologia da Informação (TI): Consiste em “todas as tecno- logias de hardware e software de que uma empresa precisa para atingir seus objetivos organizacionais.” (LAUDON; LAU- DON, 2007, p. 419) 21 Tecnologia de comunicação e de redes – É composta por dispositivos físicos e software, interliga os diversos equipamentos de computação e transfere dados de uma localização física para outra. Equipamentos de comunicação e teleco- municação podem ser conectados em rede para compartilhar voz, dados, ima- gens, som e até vídeo. Uma rede liga dois ou mais computadores para compar- tilhar dados ou recursos, como uma impressora (LAUDON; LAUDON, 2007, p.12). As tecnologias citadas, em conjunto com as pessoas necessárias para utilizá-las e administrá-las, representam os recursos a ser compartilhados em toda a em- presa, logo são considerados a infraestrutura de tecnologia da informação, que “provê a fundação ou plataforma sobre a qual a empresa pode montar seus sistemas de informação específicos” (LAUDON; LAUDON, 2007, p.13). As dimensões dos sistemas de informação: a organização, as pessoas e a tec- nologia da informação. Nas organizações, abordamos a estrutura, os níveis de hierarquia, as funções e a cultura organizacional. Aprendemos também a importância da formação técnica, humana e conceitual das pessoas envolvidas com os sistemas de informação, como também apre- sentamos os princípios básicos da tecnologia da informação. Cada uma das di- mensões estudadas possui detalhes importantes para a compreensão dos sis- temas de informação computadorizados, bem como o domínio desses conhe- cimentos contribui para a eficiência do sistema como um todo nas organiza- ções. Infraestrutura de Tecnologia da Informação: consiste nas “instalações físicas, componentes de TI, serviços de TI e pessoal de TI que apoiam a organização inteira.” (TURBAN; RAYNER JR.; POTTER, 2007, p.19) BIBLIOGRAFIA A SER ACESSADA http://anhembi.bv3.digitalpages.com.br/users/publi- cations/9788576050896/pages/1 (Capítulo 1 do livro sistemas de informação – LAUDON & LAUDON). Faça uma boa leitura desse capítulo, para entender melhor. 22 Referências Bibliográficas BERTALANFFY, Ludwig von. Teoria geral dos sistemas. Rio de Janeiro: Vozes, 2010. BIO, Sérgio Rodrigues. Sistemas de informação. São Paulo: Atlas, 2008. CASSARRO, Carlos A. Sistemas de informações para tomada de decisões. São Paulo: Cengage Learning, 2010. LAUDON, Kenneth C.; LAUDON, Jane P. Sistemas de informação gerencial. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru.Teoria geral da administração. São Paulo: Atlas, 2000. O’BRIEN, James A. Sistemas de informação e as decisões gerenciais na era da internet. São Paulo: Saraiva, 2003. ROBBINS, Stephen P. Comportamento organizacional. São Paulo: Pearson Pren- tice Hall, 2005. STAIR Ralph M.; REYNOLDS George W. Princípios de sistemas de informação. São Paulo: Cengage Leaning, 2011. TURBAN, Efraim; RAINER JR., Kelly R.; POTTER, Richard E. Introdução a sistemas de informação. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
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