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ELEMENTOS TEXTUAIS/EXEMPLO (MODELO) - 5 VIV�NCIA DO EST�GIO.pdf
5 GESTÃO DE MATERIAIS: SETOR DE COMPRAS NA GERIZITA 
SUPERMERCADOS 
A Organização Gerizita Supermercados é uma empresa familiar que iniciou as suas 
primeiras atividades no ano de 1980. Foi fundada pelo casal formado pelo Sr. Marcelo Geriz e 
Sra. Rozita Dias. No momento a empresa, é dirigida pelo patriarca e seus três filhos. 
O seu negócio é o comércio varejista de artigos de qualidade, priorizando os produtos 
de menor valor. A Matriz da Gerizita supermercados, localiza-se na Rua Mar Azul, 475, 
Bairro Águas Quentes, Canoa Inteira, Ceará. 
A missão da Gerizita Supermercados é: vender mais barato para que seus clientes 
tenham melhor qualidade de vida. 
A visão da Gerizita Supermercados é: ser o maior varejista do semi-árido cearense. 
5.1 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA GESTÃO DE MATERIAIS 
Administração de materiais consiste em ter os produtos necessários na quantidade 
certa, no local certo e com tempestividade à disposição dos órgãos que compõem o processo 
produtivo da organização. (CHIAVENATO, 1991). 
A administração de materiais, área temática em estudo, é constituída pelo depósito 
central, setor de compras, diretoria de materiais e logística e presidência. 
Ao setor compras cabe a responsabilidade de consolidar as necessidades das diversas 
seções das lojas da Gerizita e apresentá-las ao diretor de materiais e logística com a finalidade 
de obter a aprovação das aquisições. O diretor de materiais e logística avalia as demandas das 
diversas lojas, estabelece as prioridades das compras, seleciona os fornecedores mais 
adequados e apresenta o seu parecer ao presidente da empresa. 
Após o presidente aprovar o parecer do diretor de materiais e logística, o setor de 
compras executa todas as providências para efetivar a aquisição planejada. 
A cultura organizacional se caracteriza pelo comprometimento com as necessidades 
dos clientes, respeito aos colaboradores, busca pela excelência, proatividade, iniciativa, 
probidade, responsabilidade social e regionalismo. 
5.2 POLÍTICAS, PRÁTICAS E TÉCNICAS 
As políticas de compras da Gerizita Supermercados estão estabelecidas no manual 
interno denominado de: Compras na Gerizita. Esta norma estabelece minuciosamente todos os 
preceitos a serem seguidos pelos integrantes da Diretoria de Materiais e Logística quanto ao 
aspecto das aquisições. 
As políticas e práticas adotadas pela Gerizita supermercados, na área temática em 
investigação, privilegiam as medidas proativas que proporcionem aquisições transparentes, 
econômicas, eficientes, eficazes e efetivas. Neste contexto, a empresa vem procurando 
sensibilizar os integrantes da Diretoria de Materiais e Logística para a relevância do tema por 
intermédio de palestras versando sobre a importância das aquisições para o sucesso da 
organização. 
Com efeito, a empresa promove, anualmente, um Simpósio abordando alguns aspectos 
sobre Administração de Compras. Esta atividade contempla palestras que tratam de temas 
como: planejamento de compras, seleção de fornecedores, especificação dos artigos, 
recebimento de produtos, dentre outros. 
O planejamento das compras é realizado com a ajuda da tecnologia da informação. A 
Gerizita utiliza um software que controla o estoque, de forma instantânea, nas três lojas do 
grupo. A empresa estabeleceu, de acordo com o tempo de reposição e consumo médio dos 
produtos, uma quantidade (estoque) mínima que deve existir na organização. Quando o nível 
de estoque mínimo é atingido, o chefe do setor de compras recebe a indicação que nova 
aquisição deve ser executada. O software fornece um relatório diário das necessidades de 
compras. 
5.3 FORÇAS E FRAGILIDADES 
Os pontos fortes da área de materiais são a existência do simpósio de compras, 
utilização de software para controlar os produtos e sinalizar as necessidades de compras e 
haver o manual de compras da Gerizita. 
Por ser uma organização familiar, surge como oportunidade de melhoria a 
descentralização de poder da presidência para os diretores. A centralização na figura do 
patriarca da família (presidente) não confere a celeridade necessária ao setor de compras. 
ELEMENTOS TEXTUAIS/EXEMPLO (MODELO) - 6 CONSIDERAC�ES FINAIS.pdf
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Na Gerizita Supermercados, a realidade da gestão de materiais está alinhada com os 
conceitos estudados nos bancos escolares durante a formação acadêmica propiciada pelo 
curso de Administração de Empresas. Portanto, há uma perfeita sincronia entre a teoria 
acadêmica e a práxis administrativa executada pela organização. 
A Gerizita Supermercados contribuiu efetivamente para o sucesso do estágio, pois 
facilitou o acesso a todas as dependências da empresa, permitiu a consulta aos arquivos de 
compras, facultou a participação no Simpósio de Administração de Compras e possibilitou o 
manuseio do software de controle de materiais. 
Não houve qualquer dificuldade enfrentada durante a realização do estágio. Ao 
contrário, o trabalho foi muito facilitado pelos agentes que compõem a estrutura 
administrativa da organização. 
O estágio é de capital importância para a consolidação da formação acadêmica, pois 
proporciona a oportunidade de colocar em prática os conhecimentos colhidos durante o 
desenvolvimento do curso universitário e possibilitou conhecer a gestão de materiais de uma 
rede de comércio varejista. 
Na construção do relatório do estágio supervisionado os procedimentos técnicos 
utilizados foram: pesquisas bibliográfica, documental e de levantamento. Bibliográfica e 
documental, pois se buscou em livros de leitura corrente, artigos científicos disponíveis na 
mídia eletrônica, documentos oficiais, publicações administrativas e regulamentos um 
embasamento teórico consistente para a confecção da revisão teórica. Levantamento com a 
finalidade de trazer à tona informações da Gerizita Supermercados que evidenciassem os seus 
processos de compras. 
ELEMENTOS TEXTUAIS/EXEMPLO (MODELO) - 1 INTRODUCAO.pdf
1 INTRODUÇÃO 
O emprego dos recursos públicos de maneira transparente, eficiente, eficaz e efetiva 
deve guiar as ações dos gestores públicos em todos os escalões e esferas governamentais. 
O Estágio Supervisionado é desenvolvido no 28º Batalhão Logístico (28º B Log) – 
Batalhão Coronel Francisco Augusto de Lima e Silva – Unidade Militar que faz parte da 
estrutura logística do Comando do Exército e, por conseguinte subordinada ao Ministério da 
Defesa. O 28º B Log foi escolhido para a realização do estágio em virtude do autor ser 
integrante desta Organização Logística. 
O estágio se concentra na investigação da área temática de administração de materiais. 
A familiaridade do autor com este tema, no desempenho das suas atividades profissionais, 
representa a capital razão para a sua escolha. O objetivo principal desse estudo é identificar os 
benefícios gerados pela utilização da modalidade de pregão eletrônico nas licitações públicas 
realizadas pelo 28º B Log. 
Inicialmente, o relatório caracteriza o ambiente em que as funções logísticas de 
suprimento, manutenção, transporte e saúde são executados pelo 28º Batalhão Logístico em 
apoio às Organizações Militares que compõe a 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada (Brigada 
Guaicurus). 
Em seguida, traça-se uma síntese histórica do Exército Brasileiro, destacando-se a 
missão, visão de futuro, objetivos e a evolução da logística no Comando do Exército. 
Prosseguindo, apresenta-se uma sinopse da história do 28º Batalhão Logístico.
Avançando, depara-se com a revisão teórica englobando os variados conceitos de 
administração de materiais, definições de compras e peculiaridades que envolvem as 
aquisições públicas e privadas. Após esta abordagem generalista da gestão de materiais, são 
salientados os significados de licitações públicas, os princípios norteadores e as modalidades 
licitatórias utilizadas pela Administração Pública com a finalidade de selecionar a proposta 
mais vantajosa para a aquisição de bens ou serviços. Arrematando o aspecto teórico, estuda-se 
o pregão eletrônico quanto aos aspectos da sua evolução histórica, conceitos, vantagens, 
benefícios e utilização no âmbito do Governo Federal. 
Quanto aos objetivos gerais a pesquisa é descritiva. No que tange aos procedimentos 
técnicos, utiliza-se a pesquisa bibliográfica, documental e pesquisa-ação. No que se refere às 
técnicas para a coleta de dados, emprega-se a observação participante realizada no ambiente 
real da organização e a entrevista com agentes da administração que compõem a área de 
gestão de materiais. 
As informações quantitativas obtidas na investigação foram tratadas à luz da 
aplicação de instrumentos de cálculos estatísticos, elaboração de tabelas e confecção de 
gráficos, com a finalidade de que estampassem de maneira cristalina os dados pesquisados. 
O emprego do erário do povo deve ser norteado pela observância dos princípios 
constitucionais que regem as ações do gestor público nos processos administrativos de 
aquisições de bens e/ou materiais e contratações de serviços. 
ELEMENTOS TEXTUAIS/EXEMPLO (MODELO) - 2 REVIS�O TE�RICA.pdf
2 REVISÃO TEORICA 
 
 
2.1 ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 
 A área temática que baliza este trabalho é a Administração de Materiais mais 
especificamente a vertente das aquisições de materiais e contratações de serviços em 
uma organização pública federal. 
 Com a finalidade de construir um entendimento que possibilite o melhor 
acompanhamento do trabalho, apresentam-se, a seguir, algumas definições de 
administração de materiais elaboradas por estudiosos que labutam com o tema. 
 Para Chiavenato (1991, p. 35) a “administração de materiais consiste em ter os 
materiais necessários na quantidade certa, no local certo e no tempo certo à disposição 
dos órgãos que compõem o processo produtivo da empresa”. 
 Definem Francischini e Gurgel (2004, p. 5), administração de materiais como a 
“atividade que planeja, executa e controla, nas condições mais eficientes e econômicas, 
o fluxo de material, partindo das especificações dos artigos a comprar até a entrega do 
produto terminado ao cliente”. 
 Martins e Alt (2002, p. 5) asseguram que: 
 A administração dos recursos materiais engloba a seqüência de operações 
que tem seu início na identificação do fornecedor, na compra do bem, em seu 
recebimento, transporte interno e acondicionamento, em seu transporte 
durante o processo produtivo, em sua armazenagem como produto acabado e, 
finalmente, em sua distribuição ao consumidor final. 
 Ballou (1993, p. 59) afirma que “a motivação da administração de materiais é 
satisfazer às necessidades de sistemas de operação, tais como uma linha de produção na 
manufatura ou um processo operacional de banco, hospital, etc”. 
 Portanto, a administração de materiais busca atuar proativamente na gestão dos 
diversos artigos e serviços que propiciam o bom andamento das atividades meio e fim 
das organizações. Com efeito, “a função Compras é de primordial importância para um 
correto gerenciamento da área de Materiais”. (DIAS, 2005, p. 315). 
 No sistema tradicional de aquisições a função compras é uma negociação 
baseada em preço, qualidade e prazo. Neste modelo a burocracia resultante segue o 
modelo procedimental do início do século passado. (MARTINS; ALT, 2002). 
 Para Chiavenato (1991, p. 100) “a área de compras tem por finalidade a 
aquisição de materiais, componentes e serviços para suprir às necessidades da empresa e 
do seu sistema de produção nas quantidades certas e nas datas aprazadas”. 
 Webster e Wind (1972 apud KOTLER; KELLER, 2006, p. 208) conceituam a 
“compra organizacional como processo de tomada de decisão pelo qual as 
organizações estabelecem a necessidade da compra de produtos e serviços, bem como 
identificam, avaliam e escolhem, entre as marcas e os fornecedores disponíveis, qual a 
melhor opção.” (grifo dos autores). 
 Conforme Dias (2005, p. 315) os objetivos básicos de um departamento de 
compras são os seguintes: 
- obter um fluxo contínuo de suprimentos, a fim de atender aos programas de 
produção; 
- coordenar esse fluxo de maneira que seja aplicado um mínimo de 
investimento que não afete a operacionalidade da empresa; 
- comprar materiais e insumos aos menores preços, obedecendo a padrões de 
quantidade e qualidade definidas e adequadas; 
- procurar, sempre de uma negociação justa e honrada, os melhores 
interesses da empresa. (grifo nosso). 
 Sobre como se processam as aquisições públicas ao redor do mundo, Kotler e 
Keller (2006, p. 229-230) esclarecem que: 
Na maioria dos países, os órgãos públicos são os maiores compradores de 
bens e serviços. É comum que eles solicitem propostas aos fornecedores e 
contratem o que oferecer preço mais baixo. [...] 
Uma vez que suas decisões de gastos passam pelo crivo público, os órgãos 
públicos requerem dos fornecedores muito trabalho burocrático, o que 
provoca queixas freqüentes relacionadas ao excesso de documentação 
exigida, à regulamentação, aos atrasos nos processos decisórios e as 
mudanças freqüentes do pessoal responsável pelos suprimentos. 
Lembra Costa (2007) que tanto a grande empresa privada quanto as 
organizações públicas são caracterizadas pela burocracia onde não há a figura do 
proprietário da organização. No grande empreendimento moderno, o personagem do 
dono não mais existe, é substituído pelo gestor ou pelo administrador profissional. Nas 
entidades estatais, o Estado exerce o comando das operações. Arremata Costa (2000, p. 
2) afirmando que: 
[...] entre estes "entes quase-públicos" (grandes empresas modernas) e a 
administração estatal não existem diferenças no conceito de organização, 
suas organizações são genericamente chamadas de burocracia (a despeito de 
alguma variação existente e estudada pela teoria das organizações). 
Em artigo intitulado: Dificuldade nas compras públicas, Citadini (2007) faz os 
seguintes comentários sobre as características das compras públicas em relação às 
aquisições das entidades privadas: 
É sempre difícil comprar bem, sendo forçoso reconhecer que as dificuldades 
não se restringem à administração pública, mas estão também presentes nas 
empresas privadas - pequenas ou grandes. É certo que as dificuldades são 
proporcionais à complexidade da estrutura dos órgãos compradores - sejam 
estes empresas particulares ou entes do poder público. Quando, porém, se 
trata de um pequeno negócio, há quem afirme ser muito mais fácil comprar 
porque o olho do dono se faz presente, decidindo pessoalmente o que é bom 
para a sua organização. Esta afirmativa, entretanto, sofre uma restrição, 
porque só se aplica no âmbito do resultado patrimonial, uma vez que se não 
comprar bem, o dono suportará o prejuízo, já que não tem que prestar contas 
de sua incorreta decisão. 
[ ] 
Assim como no setor público, há dificuldades também no setor privado, 
especialmente nas grandes corporações, nas quais o rito interno estabelecido 
para a aquisição de bens e serviços não foge muito dos modelos adotados 
pelas modernas empresas e organismos estatais. As regras, nas grandes 
organizações
também são, por vezes, muito rígidas, havendo até o rodízio, 
nas grandes corporações, dos que ocupam o cargo de "comprador", em 
função da dificuldade de se assegurar um procedimento que garanta 
plenamente a efetivação de boas compras. 
[ ] 
Ao contrário das empresas privadas - que mais se utilizam do poder 
discricionário para seus negócios - o Estado, ao comprar, age de forma 
vinculada à lei, aplicando, contudo, a discricionariedade só que de forma bem 
menos abrangente. Além disto, as etapas dos processos licitatórios devem 
obedecer ao rito formal definido em lei, para melhor garantir a fiscalização 
dos atos praticados, seja por parte dos interessados diretamente na licitação, 
seja por parte do público em geral. Esta fiscalização, que é feita em prol do 
atendimento dos princípios constitucionais e disposições legais, permite a 
impugnação, a retificação e até a anulação dos atos irregulares, se 
desatendidos aqueles. 
Então onde reside a diferença entre as compras governamentais e as aquisições 
das organizações privadas? De acordo com Dallari (1993 apud COSTA, 2000, p. 2) a 
alteração na função compras é fundamentada no seguinte fato: 
enquanto os particulares podem fazer tudo aquilo que a lei não proíbe, a 
Administração só pode fazer aquilo que a lei determina. Os interesses 
privados são disponíveis, mas os interesses públicos são indisponíveis. Os 
particulares escolhem livremente seus contratantes, mas a Administração não 
tem liberdade de escolha. 
 As organizações públicas e, igualmente, as empresas privadas buscam a proposta 
mais vantajosa nas suas aquisições. Contudo, a Administração Estatal deve guiar os 
procedimentos de compras pelo respeito irrestrito aos princípios constitucionais e lei de 
licitações. Os entes privados balizam as suas contratações por normas internas escritas. 
 A seguir, apresenta-se um quadro sinóptico com as principais diferenças entre as 
compras realizadas no setor privado e as aquisições executadas pela Administração 
Pública. 
PARÂMETRO COMPRAS LICITAÇÃO 
SELEÇÃO DE 
FORNECEDORES 
- Critério de seleção centrado no 
fornecedor 
- Negociação – Possibilidade de 
parcerias 
- Critério de seleção com base no 
custo do ciclo de vida 
- Critério de seleção centrado no 
produto 
- Cotação 
- Impossibilidade de parcerias 
- Critério de seleção com base no 
preço 
AVALIAÇÃO DOS 
FORNECEDORES 
- Facilidade de usar como 
critério fornecimentos passados 
- Dificuldade de usar como 
critério fornecimentos passados 
CUSTO DE PEDIDO 
- Menores custos de pedidos, 
parcerias fazem tender a zero. 
- Grandes custos de pedidos, alto 
custo de vendas para o 
fornecedor 
TAMANHO DO LOTE DE 
COMPRA 
- Menores lotes 
- Entregas constantes (Just in 
time) 
- Grandes lotes 
- Entregas constantes só com 
Registro de Preços ou 
Padronização 
TEMPO DE REPOSIÇÃO 
Tende a zero com os sistemas 
eletrônicos, Kanban e Just in 
time 
- Maior 
- Processo obedece à lógica 
cronológica 
- Apelação jurídica dos 
participantes pode estender ainda 
mais 
PREÇO E CONCORRÊNCIA 
Concorrência centrada na 
qualidade, entrega, serviços, 
preços, tempo de vida do 
produto. 
- Concorrência centrada no preço 
ESPECIFICAÇÃO DO 
PRODUTO 
- Especificação mais flexível 
- Fornecedor pode participar do 
projeto do produto 
- Modificação na especificação 
com curva de aprendizado de 
fabricação 
- Comprador fornece 
especificação formal no início do 
processo de compra que tende, 
em regra, a ser seguida 
rigorosamente. 
INSPEÇÃO DE QUALIDADE 
- Pode ser no próprio fornecedor, 
qualidade garantida 
- Inspeção de recebimento feito 
pelo Controle de Qualidade 
- Dificuldade de trabalhar com 
qualidade garantida – 
Recebimento feito por uma 
“comissão” 
CONTRATOS 
- Longa duração 
- Flexível na especificação do 
produto 
- Incorpora melhoria técnica e 
qualidade 
- Troca de informação técnica 
durante o contrato 
- Curta duração 
- Na prática, mais rígido 
- Especificação formal 
- Dificuldade para incorporar 
melhorias técnicas 
- Dificuldade na troca de 
informação técnica 
CONTROLE SOBRE A 
FUNÇÃO 
- Menor nível de controle 
- Controle “genérico” sobre a 
função 
- Maior nível de formalismo, 
tudo 
deve ser documentado- Controle 
sobre cada processo 
QUADRO 1 - Síntese das diferenças entre os modelos de aquisições 
 Fonte: adaptação do modelo apresentado por Costa (2000, p. 4) 
 Após se observar os aspectos semelhantes e divergentes que incidem sobre as 
contratações públicas e privadas, detalham-se, a seguir, os aspectos relacionados aos 
preceitos que regem as licitações públicas no Brasil. 
2.2 LICITAÇÕES: CONCEITOS E PRINCÍPIOS 
O Tribunal de Contas da União (2006, p. 16) entende que a licitação “é o 
procedimento administrativo formal em que a Administração Pública convoca, mediante 
condições estabelecidas em ato próprio (edital ou convite), empresas interessadas na 
apresentação de propostas para o oferecimento de bens e serviços”. 
A licitação objetiva garantir a observância do princípio constitucional da 
isonomia e selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração, de maneira a 
assegurar oportunidade igual a todos os interessados, sem tratamento discriminatório 
entre os licitantes, e possibilitar o comparecimento ao certame do maior número 
possível de concorrentes. (TCU, 2006). 
2.2.1 Princípios Aplicados às Licitações Públicas 
O TCU (2006) destaca como princípios básicos guiadores dos procedimentos 
licitatórios a Legalidade, a Isonomia, a Impessoalidade, a Moralidade e a Probidade 
Administrativa, a Publicidade, a Vinculação ao Instrumento Convocatório, o 
Julgamento Objetivo e a Celeridade. Baseado nas orientações básicas sobre licitações e 
contratos formuladas pela Corte de Contas da União (2006), apresentam-se as 
definições para os diversos princípios supramencionados. 
Princípio da Legalidade é aquele que vincula os licitantes e a Administração 
Pública às regras estabelecidas nas normas e princípios em vigor. No campo do direito 
administrativo, a Administração somente pode praticar os atos autorizados em Lei. Se 
não existir Lei autorizando o administrador a praticar determinado ato, ele está proibido 
de exercê-lo, e, se ainda assim o fizer, o ato será nulo. 
Princípio da Isonomia estabelece que a Administração Pública deve 
proporcionar tratamento igual a todos os interessados. É condição capital para garantir a 
competição em todos os procedimentos licitatórios. 
Princípio da Impessoalidade determina que a Administração paute as suas 
decisões em critérios objetivos previamente estabelecidos, afastando a 
discricionariedade e o subjetivismo na condução dos procedimentos da licitação. A 
impessoalidade deve ser compreendida como a proibição de direcionamento da licitação 
a pessoas, empresas ou grupos. A licitação deve ser impessoal, dirigida a todos, em 
igualdade de condições. O processo licitatório não pode visar o privilégio ou a exclusão 
de pessoas ou empresas, de modo que os administrados sejam tratados sem 
discriminação. 
Princípio da Moralidade e da Probidade Administrativa significa que a conduta 
dos licitantes e dos agentes públicos tem de ser, além de lícita, compatível com a moral, 
a ética, os bons costumes e as regras da boa administração. A moralidade tem de estar 
presente em toda e qualquer atuação do administrador, inclusive na própria origem da 
licitação, que deve ser realizada em face de uma efetiva necessidade da administração. 
Cabe lembrar que o administrador gerencia recursos públicos e deve utilizá-los
de modo 
a cumprir o interesse público. 
Princípio da Publicidade busca permitir a qualquer interessado o acesso às 
licitações públicas e seu controle, mediante divulgação dos atos praticados pelos 
administradores em todas as fases da licitação. A publicidade é um princípio próprio do 
Estado de Direito. A administração deve manter plena transparência de seus atos. A 
divulgação do que ocorre no âmbito da administração é condição indispensável à 
realização de outro princípio, o da moralidade. Ademais, a eficácia dos atos 
administrativos fica condicionada à sua publicidade. 
Princípio da Vinculação ao Instrumento Convocatório obriga a Administração e 
o licitante a observarem as normas e condições estabelecidas no ato convocatório. Nada 
poderá ser criado ou feito sem que haja previsão no ato convocatório (edital ou carta 
convite). 
Princípio do Julgamento Objetivo expressa que o gestor público deve observar 
critérios objetivos definidos no ato convocatório para o julgamento das propostas dos 
fornecedores. Afasta a possibilidade de o julgador utilizar-se de fatores subjetivos ou de 
critérios não previstos no ato convocatório (edital ou carta convite), mesmo que em 
benefício da própria Administração. 
Princípio da Celeridade apregoa a simplificação dos procedimentos, diminuição 
dos rigorismos excessivos e de formalidades desnecessárias. As decisões, sempre que 
possível, devem ser tomadas no momento da sessão. 
2.3 MODALIDADES DE LICITAÇÃO 
A Lei nº 8.666/93, a Lei das Licitações, estabeleceu em seu artigo 22 as 
diferentes modalidades de licitação. A licitação é um gênero que tem como espécies a 
concorrência, a tomada de preços, o convite, o concurso e leilão. Posteriormente, a Lei 
n.º 10.520, de 17 de julho de 2002, instituiu, no âmbito da União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios, modalidade de licitação, denominada pregão. 
2.3.1 Leilão 
A Lei de Licitações das Públicas define o leilão nos seguintes termos: 
Art. 22 
[ ] 
§ 5º. Leilão é modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a 
venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos 
legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis 
prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor 
da avaliação. 
A finalidade específica do leilão é a alienação de bens. Os bens que devem ser 
alienados nessa modalidade são os bens móveis e, excepcionalmente, os imóveis. Para a 
alienação de bens imóveis, a regra indica a adoção da concorrência, o leilão pode ser 
utilizado somente em situações expressamente indicadas na lei. 
2.3.2 Concurso 
 O conceito de concurso é está expresso da seguinte maneira na Lei 8.666/93: 
Art. 22 
[ ] 
§ 4º. Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para 
a escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de 
prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes do 
edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de quarenta 
dias. 
É importante não confundir a modalidade de licitação concurso com o 
denominado concurso público, que deve preceder à investidura de cargos ou de 
empregos públicos. A primeira modalidade nada tem a ver com o concurso público de 
que trata a Constituição Federal em seu art. 37, II. Esse último não se submete, por 
exemplo, ao prazo de quarenta e cinco dias que deve anteceder à publicação do edital do 
concurso. 
O concurso, conforme o seu conceito legal determina, não visa ao provimento de 
cargos, mas à escolha de trabalhos técnicos, artísticos ou científicos. Os trabalhos 
devem ser entregues prontos, acabados, para o julgamento da comissão constituída para 
esse fim. 
No concurso, os trabalhos são apresentados prontos e acabados, portanto, o 
serviço é executado previamente. O preço, denominado prêmio, é fixado no edital, 
portanto, ao contrário das demais modalidades, o valor do trabalho é preestabelecido. 
 
2.3.3 Concorrência 
 “É a modalidade da qual podem participar quaisquer interessados que na fase de 
habilitação preliminar comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação 
exigidos no edital para execução do objeto da licitação”. (TCU, 2006, p. 25). 
 A adoção da concorrência é obrigatória, independente do valor do objeto, nas 
compras ou alienações de bens imóveis realizadas pela Administração Pública. 
A concorrência tem como uma de suas principais características a 
universalidade, ou seja, a garantia plena de participação. 
2.3.4 Tomada de Preços 
 “Modalidade realizada entre os interessados devidamente cadastrados ou que 
atenderem todas as condições exigidas para o cadastramento até o terceiro dia anterior à 
data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.” (TCU, 2006, 
p. 25). 
A tomada de preços é dirigida a interessados que já estejam cadastrados na 
unidade administrativa que celebrará o contrato. O cadastramento constitui, portanto, a 
característica mais significativa dessa modalidade de licitação. 
2.3.5 Convite 
A Lei das Contratações Públicas entende que convite é: 
Art. 22 
[ ] 
§ 3º. [...] a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao 
seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo 
de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, 
cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na 
correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com 
antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas”. 
Modalidade realizada entre interessados do ramo de que trata o objeto da 
licitação, escolhidos e convidados em número mínimo de três pela 
Administração. 
O convite é a modalidade de licitação mais simples. A Administração Pública 
escolhe quais os fornecedores deseja convidar, entre os possíveis interessados, 
cadastrados ou não. A divulgação deve ser feita mediante afixação de cópia do convite 
em quadro de avisos do órgão ou entidade, localizado em lugar de ampla divulgação e 
por intermédio do Portal de Compras do Governo Federal na internet 
(www.comprasnet.gov.br). (TCU, 2006). 
Portanto, observa-se que no convite é possível a participação de empresas que 
não tenham sido formalmente convidados, mas que tomaram conhecimento da feitura 
do processo licitatório por qualquer meio de divulgação e sejam do ramo do objeto 
licitado, desde que cadastrados no órgão ou entidade licitadora ou no Sistema de 
Cadastramento Unificado de Fornecedores – SICAF. Essas empresas interessados em 
participar do certame licitatório devem solicitar o convite com antecedência de até 24 
horas da apresentação das propostas. (TCU, 2006). 
No Convite, para que a contratação seja possível de concretização, são 
necessárias pelo menos três propostas de preços válidas para um determinado item, isto 
é, que atendam a todas as exigências do ato convocatório. Não é suficiente a obtenção 
de três propostas. É preciso que as três sejam válidas. Caso isso não ocorra, a 
Administração Pública deve repetir o procedimento licitatório e convidar mais um 
interessado, no mínimo, enquanto existirem cadastrados não convidados nas últimas 
licitações, ressalvadas as hipóteses de limitação de mercado ou manifesto desinteresse 
dos convidados, circunstâncias estas que devem ser justificadas no processo de 
licitação. Caso ocorra esta última situação, a entidade licitadora poderá contratar, 
excepcionalmente, sem ter atingido o número
de três propostas válidas. (TCU, 2006). 
2.4 PREGÃO 
O emprego dos recursos públicos deve se ser pautado pela busca da 
transparência e eficácia dos gastos governamentais. 
A Lei n.º 10.520, de 17 de julho de 2002, instituiu, no âmbito da União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios, modalidade de licitação, intitulada pregão. O artigo 4º § 
1º do Decreto nº 5.450, de 31 de maio de 2005, regulamenta e torna obrigatório a 
utilização do pregão na forma eletrônica, para aquisição de bens e serviços comuns, 
salvo nos casos de comprovada inviabilidade, a ser justificada pela autoridade 
competente. 
Esta modalidade de licitação, destinada à aquisição de bens e serviços comuns, 
vem se consolidando como a principal forma de contratação do Governo Federal, em 
virtude da celeridade que imprime aos processos licitatórios e pela redução de custos 
propiciada à Administração Pública. 
Neste sentido, o Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão (MPOG), 
através da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI) e do 
Departamento de Logística e Serviços Gerais (DLSG), têm investido na sistematização 
das rotinas e procedimentos destinados a agregar melhorias operacionais aos sistemas 
informatizados de compras do Governo Federal. 
2.4.1 Aspectos Históricos do Pregão Eletrônico 
O Pregão Eletrônico trata-se de uma das formas de realização da modalidade 
licitatória de pregão, apresentando as mesmas regras básicas do Pregão Presencial, 
acrescidas de procedimentos específicos. Caracteriza-se especialmente pela inexistência 
da "presença física" do pregoeiro e dos demais licitantes, uma vez que toda interação é 
feita por meio de sistema eletrônico de comunicação pela Internet. 
O uso e a aplicabilidade do Pregão, na forma eletrônica, como modalidade de 
licitação no âmbito da Administração Pública Federal proporcionou, desde o início, 
impacto nas contratações governamentais, representado em grandes vantagens aos entes 
públicos, notadamente em virtude de suas características de celeridade, 
desburocratização, economia, ampla divulgação e publicidade e eficiência na 
contratação. 
Neste contexto, faz-se necessário destacar que o primeiro instrumento normativo 
a prever a possibilidade de realização do Pregão Eletrônico em nosso ordenamento 
jurídico foi a Medida Provisória nº 2.026-1, de 1º de junho de 2000, em seu art. 2º, 
parágrafo único, que ressaltava a possibilidade de “ser realizado o pregão por meio da 
utilização de recursos de tecnologia da informação, nos termos da regulamentação 
especifica.” (BRASIL, 2000). 
Com o intuito de aperfeiçoar o procedimento do Pregão, potencializando os 
mecanismos para a divulgação, publicidade e ampla participação, o parágrafo 1º do art. 
2º, da Lei nº 10.520/2002, ratificando o que já havia sido previsto no art. 2º, parágrafo 
único da Medida Provisória nº 2026/2000, acima mencionado, consagrou a 
implementação do que se convencionou denominar Pregão Eletrônico, realizado por 
meio da utilização de recursos de tecnologia da informação, nos termos de 
regulamentação específica, a qual se deu à época através do Decreto nº 3.697, de 21 de 
dezembro de 2000, aplicando-se subsidiariamente o Decreto 3.555, de 8 de agosto de 
2000, que trata do Pregão Presencial. 
Com efeito, o Decreto nº 3.697/2000, ao dispor sobre o pregão eletrônico, não 
contemplava, de maneira abrangente, todos os passos do procedimento licitatório 
eletrônico, remetendo por várias oportunidades ao Decreto nº 3.555/2000, que disciplina 
o pregão presencial, o que às vezes provocava dúvidas na aplicabilidade dos 
dispositivos, notadamente após a conversão da Medida Provisória do pregão em Lei. 
Como resposta ao clamor pela adequação do regulamento que tratava do pregão 
eletrônico, o Governo Federal editou o Decreto nº 5.450, de 31 de maio de 2005, 
publicado no Diário Oficial da União (DOU) do dia 1º de junho de 2005. O novo 
Diploma Legal regulador do Pregão Eletrônico veio atualizar seu procedimento e sanear 
as incongruências do tratamento normativo dado pelo Decreto nº 3.697/2000 
relativamente aos dispositivos da Lei nº 10.520/2002. O Decreto consagrou inúmeras 
inovações que repercutiram positivamente no amadurecimento desse procedimento, 
destacando-se, como a mais relevante, o dispositivo que instituiu a obrigatoriedade de 
adoção do Pregão, nas aquisições de bens e serviços comuns, adotando-se o Pregão 
Eletrônico de forma preferencial, com a finalidade de consolidá-lo, definitivamente, 
como forma de licitação padrão na Administração Pública Federal. 
Portanto, o pregão eletrônico é o mais recente instrumento edificado com o 
objetivo de proporcionar transparência, celeridade e incrementar as aquisições no setor 
público. 
2.4.2 Conceitos e Vantagens do Pregão Eletrônico 
O pregão eletrônico apresenta sessão pública que se efetiva por meio da 
utilização de recursos de tecnologia da informação, onde a interação entre os agentes 
públicos responsáveis pela realização da licitação (pregoeiro e equipe de apoio) e os 
licitantes/fornecedores dá-se por meio de provedor da internet, permitindo, dessa forma, 
uma ampliação do universo de participantes e proporcionando uma maior transparência 
e publicidade ao rito do certame licitatório, tendo em vista que qualquer pessoa 
interessada pode acompanhar o desenvolvimento da sessão pública e ter acesso a todos 
os atos e procedimentos praticados desde a abertura até o encerramento dos trabalhos 
pertinentes ao procedimento de licitação. “O pregão eletrônico [...] funciona como um 
leilão reverso no qual a disputa ocorre com o envio sucessivo de lances pela internet. O 
vencedor é aquele que oferecer o menor preço.” (GOVERNO ..., 2007). 
A Cartilha dos Fornecedores do Banco do Brasil (2007, p. 3) apresenta a 
seguinte definição para pregão eletrônico: 
 é a modalidade de licitação que permite a aquisição de bens e serviços 
comuns, independentemente do valor estimado para a contratação, onde a 
disputa de preços entre os fornecedores ocorre em sessão pública denominada 
“sessão virtual”, com a utilização dos recursos da tecnologia de informação e 
da Internet. 
No entendimento do Tribunal de Contas da União (TCU, 2006), pregão 
eletrônico é modalidade de licitação em que a disputa pelo fornecimento de bens ou 
serviços comuns é feita em sessão pública. Os licitantes apresentam suas propostas de 
preço e lances via Internet, independentemente do valor estimado da contratação. 
No artigo chamado: Problemas com o pregão eletrônico, Barella e Barrella 
(2007) entendem que: 
o pregão na modalidade eletrônica é um procedimento de compras 
governamentais que é realizado pela internet, se constituindo atualmente na 
maneira mais avançada de licitação, especialmente no que concerne à 
desburocratização e a agilização das compras do governo federal. 
O pregão na forma eletrônica é aquele realizado em sessão pública, utilizando 
tecnologia da informação para promover a comunicação pela internet, possibilitando aos 
licitantes encaminhar lances exclusivamente por meio do sistema eletrônico. 
De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas 
(SEBRAE) o pregão eletrônico é a “modalidade de licitação para aquisição de bens 
materiais e contratação de serviços através da qual a disputa pelo fornecimento é 
realizada em sessão pública, por meio de sistema eletrônico, que promove a 
comunicação pela internet”. (PREGÃO ..., 2007). 
Observando os aspectos inovadores do pregão eletrônico, Palavéri (2005, p. 127)
enfatiza em seus comentários o caráter modernizador instituído com essa nova 
possibilidade de realização de licitação, dizendo que: 
A previsão desse procedimento, inicialmente, nas medidas provisórias do 
pregão, e depois na Lei 10.520/2002, nada mais é que reflexo da 
modernidade, sendo prova de que os meios eletrônicos definitivamente 
passaram a fazer parte integrante da vida cotidiana do poder público [...] 
Convém ser ressaltado que o Pregão Eletrônico não se trata de uma nova 
modalidade licitatória diversa do pregão, sendo apenas uma das formas de realização 
desse tipo de certame competitivo, entendimento este corroborado por Vera Scarpinella 
(2003, p. 167), explicando que "[...] a forma eletrônica do pregão não equivale a uma 
nova e distinta modalidade licitatória. Trata-se da mesma modalidade licitatória criada e 
descrita na Lei nº 10.520/2002 [...]". 
Para o procurador do Estado, Henrique Bastos Rocha apud Freitas (2006, p. 9) o 
pregão eletrônico é: 
uma evolução do pregão presencial, pois permite que a licitação seja efetuada 
integralmente pela Internet. Da mesma forma que em uma sala de bate-papo 
on-line, as empresas participantes, em dia e hora predeterminados, 
acompanharão pela rede o desenrolar das propostas. Ao final, depois de 
anunciado o vencedor, a ata da sessão, em formato digital, ficará disponível 
aos internautas. 
Considerando as vantagens e resultados satisfatórios advindos das experiências 
implementadas com o pregão eletrônico, o Governo Federal passou a incentivar 
progressivamente o uso e a difusão do pregão junto a todos os órgãos federais, 
evidenciando a intenção de consolidá-lo como modalidade licitatória de primeira 
grandeza, em se tratando de aquisições de bens e serviços comuns. 
Um dos mecanismos que poderia caracterizar essa intenção de disseminar o 
pregão, e a sua forma eletrônica, como modalidade prioritária, tratava-se da própria 
redação do art. 3º, do Anexo II, do Decreto nº 3.555/2000, ao consagrar que o uso da 
modalidade licitatória de pregão pela Administração Pública Federal deveria ser 
efetivada de forma preferencial, nos casos em que o objeto da contratação fosse 
caracterizado como bem ou serviço comum. Eis a redação do referido dispositivo legal: 
Art. 3º. Os contratos celebrados pela União, para a aquisição de bens e 
serviços comuns, serão precedidos, prioritariamente, de licitação pública na 
modalidade de pregão, que se destina a garantir, por meio de disputa justa 
entre os interessados, a compra mais econômica, segura e eficiente. 
(BRASIL, 2000). (grifo nosso). 
Entretanto, esse dispositivo despertou diversos questionamentos na doutrina 
jurídica, tendo em vista que, a priori, poderia evidenciar um caráter discricionário na 
escolha da modalidade licitatória de pregão pela Administração. 
Ademais, tais questionamentos ganharam maior repercussão ao se verificar que 
os órgãos públicos federais não estavam utilizando o pregão em suas rotinas de 
licitações, notadamente em sua forma eletrônica, tendo em vista que suas características 
inovadoras e peculiares causaram certa desconfiança e aversão a alguns gestores 
governamentais. Os fatores que levaram, em um primeiro momento, o pregão eletrônico 
a ficar em plano secundário foram a falta de estrutura tecnológica e a ausência de 
incentivo para a qualificação de servidores para utilização da tecnologia da informação 
nos pregões (pregoeiros e equipes de apoio). 
Em decorrência das limitações de recursos estruturais e humanos, a utilização do 
pregão estava mais concentrado na forma presencial nas entidades estatais. Entretanto, 
esta não era a "vontade" da cúpula do governo, que cada vez mais se vislumbrava com 
as vantagens e transparência propiciadas pelo pregão eletrônico, e desta forma almejava 
uma maior expansão na utilização desta forma de licitação. 
Corroborando com as idéias supramencionadas, o coordenador de negócios da 
Superintendência de Relacionamento com Clientes do Serpro, que atende o Ministério 
do Planejamento, Ildeu Geraldo Magela Vargas, afirma que: 
No início foi utilizado bastante o pregão presencial. Com a melhoria do 
pregão eletrônico, agregando outras funcionalidades que foram sendo 
desenvolvidas, houve um salto do uso da modalidade do pregão. Hoje ele é a 
forma de licitação mais utilizada, e só perde para a dispensa de licitação no 
total das compras governamentais [...] 
[ ] 
O pregão veio para facilitar o lado do usuário, permitindo que ele trabalhe 
menos e com mais eficiência. Quando começou a ser realizado, os gestores 
tinham receio de utilizá-lo, pois vinham de uma cultura de licitação 
presencial, na qual todos se conheciam, batiam papo etc. Quando o pregão 
eletrônico foi implantado, percebemos que eles ainda preferiram o presencial. 
Foi uma luta muito grande para virar o jogo, que durou quase dois anos. 
Naquela época tínhamos 4 mil pregões eletrônicos contra 5 mil presenciais. 
(QUEM ..., 2006) 
Nesse contexto, e no intuito de viabilizar uma otimização no uso do pregão 
eletrônico, o Governo Federal editou o Decreto nº 5.450, de 31 de maio de 2005, 
publicado no DOU de 1º de junho de 2005, que finalmente, instituiu a obrigatoriedade 
de adoção do pregão nas contratações de bens e serviços comuns, adequando-o às 
intenções institucionais e à própria evolução e dinâmica que tomou o pregão na 
Administração Federal, tornando esta modalidade licitatória obrigatória nas aquisições 
de bens e serviços comuns, e sua forma eletrônica passando a ser prioritária e padrão, ou 
seja, quando o gestor público optar pelo pregão presencial terá apresentar justificativa 
circunstanciada da escolha. 
É o que preconiza o art. 4º do referido Decreto, cuja redação in verbis diz: 
Art. 4º Nas licitações para aquisição de bens e serviços comuns será 
obrigatória a modalidade pregão, sendo preferencial a utilização da sua 
forma eletrônica. 
 § 1º O pregão deve ser utilizado na forma eletrônica, salvo nos casos de 
comprovada inviabilidade, a ser justificada pela autoridade competente. 
(BRASIL, 2005). (grifo nosso). 
Com efeito, o “pregão eletrônico se firma como a modalidade mais eficiente 
para aquisição de bens e serviços pelo governo federal, que propõe mudanças na 
legislação para ampliar a sua utilização”. (NOVIDADES ..., 2005) 
Isso não significa que as modalidades de Concorrência, Tomada de Preços e 
Convite perderão completamente aplicabilidade, tendo em vista que, doravante, tais 
certames licitatórios serão cabíveis apenas quando o objeto da contratação não se 
emoldurar ao conceito jurídico de bens e serviços comuns. 
A inovação apresentada com a obrigatoriedade fixada pelo Decreto nº 
5.450/2005 quanto a aplicabilidade do pregão para a contratação de bens e serviços 
comuns, e a adoção da forma eletrônica com instrumento preferencial, vem ratificar o 
contexto de consolidação e prestígio que o pregão eletrônico atravessa desde o início de 
sua instituição, com a implementação de uma nova mentalidade nas aquisições 
governamentais, 
A adoção do pregão, e a implementação de sua forma eletrônica viabilizaram um 
notável incentivo à competitividade e à ampliação da disputa entre fornecedores, que 
passaram a dar uma maior credibilidade às contratações públicas e aos certames 
licitatórios, eis que nesta modalidade se reduz drasticamente as possibilidades de 
fraudes, conluios, conchavos, e todos os demais meios escusos e fraudulentos que 
dantes eram levados à cabo por servidores e fornecedores inescrupulosos. 
O incremento da competitividade é plenamente materializável no pregão 
eletrônico através
da simples constatação de que um licitante que possua 
estabelecimento em qualquer lugar do país pode participar de um certame licitatório 
promovido por qualquer instituição pública federal sediada no território nacional, 
bastando estar conectado à internet, e satisfazer os requisitos para credenciamento no 
servidor do sistema. 
Dessa forma, por exemplo, uma empresa estabelecida no Estado de Pernambuco 
pode participar, e quiçá lograr ser adjudicatária, de um Pregão Eletrônico promovido 
por uma Unidade Administrativa do Serviço Público Federal sediada na cidade de 
Jaru/RO. Desta maneira, observa-se a consolidação dos princípios e valores consagrados 
em nossa Carta Republicana, e do próprio Estado Democrático de Direito. 
2.4.3 Benefícios do Pregão Eletrônico 
São muitos os benefícios trazidos pelo emprego das aquisições eletrônicas pela 
Administração Pública. Ao facilitar a participação de empresas dos mais distantes locais 
do território nacional pelo uso de um processo não-presencial, isto é, efetuado 
integralmente pela Internet, garante a igualdade de oportunidade a todos que desejarem 
participar de uma licitação. Em conseqüência dessa ampliação do número de 
fornecedores, haverá uma maior competição, resultando na redução de gastos ao erário. 
Além disso, a utilização de tecnologias de informação diminui a burocracia e o 
formalismo característicos dos processos licitatórios, tornando mais rápida a satisfação 
da necessidade (produto ou serviço) do órgão público. Essa desburocratização gera uma 
maior transparência no decorrer da licitação, desde a seleção dos concorrentes, passando 
pela aceitação de uma determinada proposta, do fechamento do contrato entre a 
administração pública com o ente privado até uma posterior verificação da qualidade do 
serviço prestado pela empresa contratada. 
Antes disso, era necessário que os usuários preparassem uma vasta 
quantidade de papéis, o que significava ter o trabalho de escrever a ata, 
elaborar mapas comparativos e outras exigências burocráticas, tudo por meio 
físico. Hoje, esses procedimentos podem ser feitos diretamente no 
computador, acessando o sistema. (QUEM ..., 2006) 
Pela publicidade do processo, dificulta-se que uma autoridade mal-intencionada 
favoreça as empresas de amigos, parentes ou até dela própria, possibilitando maior 
efetividade no cumprimento dos princípios da impessoalidade, da igualdade e, por 
conseguinte, da moralidade na gestão da administração pública. 
Aborda-se, neste momento, a despeito da grande quantidade de benefícios, três 
vantagens da utilização das tecnologias de informação dentro dos procedimentos 
administrativos realizados pelos entes públicos na fase licitatória que antecede a compra 
ou contratação de serviços de empresas privadas, são eles: maior transparência e 
diminuição de fraudes, agilidade e redução de gastos. 
2.4.3.1 Maior transparência e diminuição de fraudes 
O pregão permite uma maior transparência no certame licitatório porque 
qualquer pessoa que possua um computador conectado à internet tem acesso a todas as 
fases da licitação. Em decorrência disto, a possibilidade de ocorrerem fraudes é menor, 
mesmo nas pequenas cidades no interior do Brasil. 
Outrossim, na própria rede mundial de computadores é possível encontrar 
informações sobre as empresas contratadas, se elas existem realmente, se cumprem seus 
contratos e se não tem nenhuma ligação com as autoridades que administram órgãos 
públicos. 
A adoção do pregão eletrônico e a implementação de tecnologias de informação 
viabilizaram um grande incentivo à competitividade entre fornecedores, passando assim 
a dar uma maior credibilidade às contratações públicas e aos certames licitatórios, haja 
vista que nesta modalidade se reduz sensivelmente a possibilidade de fraude, 
combinação, mancomunação, e todos os outros meios suspeitos e fraudulentos que 
anteriormente eram realizados por licitantes e agentes da administração desprovidos de 
probidade. 
2.4.3.2. Agilidade 
Além de uma maior transparência, o pregão eletrônico permitiu maior dinâmica 
na aquisição de mercadorias e serviços pela administração pública, pois vários órgãos 
do governo podem ter acesso ao mesmo banco de dados de registro de preços e de 
fornecedores, o que torna mais rápida a fase de seleção dos concorrentes. 
O fato de no processo de licitação eletrônica não ser necessária a presença de 
representantes das empresas, ou seja, é realizado publicamente através da internet, 
termina por reduzir a burocracia e os gastos que o fornecedor teria ao enviar 
funcionários para o processo de licitação presencial; facilitando, portanto, a participação 
de micro e pequenas empresas. 
Em suma, estatísticas mostram que o Pregão Eletrônico é concluído em uma 
média de 17 dias, enquanto as formas comuns de licitação demoram em torno de 4 
meses para serem totalmente concluídas. 
2.4.3.3 Redução de gastos 
Primeiramente, o Pregão permite ao erário reduzir os custos operacionais de 
todo certame licitatório, tendo em vista que além de diminuir o tempo médio de duração 
dos certames, a utilização da rede mundial de computadores permite que o processo seja 
realizado totalmente à distância. 
Todavia, o principal fator de redução de gastos aos cofres públicos é a maior 
concorrência possibilitada pelo pregão. Com uma maior quantidade de fornecedores 
interessados e habilitados a servir as necessidades dos entes do governo, seguindo a 
lógica do mercado, estas empresas irão reduzir ao máximo os preços dos seus produtos 
ou mercadorias, haverá, em decorrência desta competição, uma melhor utilização do 
dinheiro público. 
Um dos pontos importantes para a redução dos preços com o uso do pregão 
eletrônico é a participação de um universo maior de fornecedores nos 
diversos processos licitatórios. Uma capilaridade permitida pelo fato de as 
empresas cadastradas, interessadas em oferecer seus produtos e serviços aos 
órgãos de governo, não precisarem arcar com custos de deslocamento para 
participar das sessões públicas, bastando para isso acessar o Comprasnet. 
(QUEM ..., 2006). 
A diminuição do custo de manutenção da máquina pública possibilita que uma 
gama maior de recursos possa ser aplicada em programas governamentais prioritários 
para a sociedade, por conseguinte reduzindo as mazelas populares e buscando atender 
ao princípio do bem comum. 
2.5 PREGÃO ELETRÔNICO NO GOVERNO FEDERAL 
 Com o passar do tempo o pregão eletrônico vem se consolidando como a 
modalidade de licitação mais utilizada nas aquisições de artigos e serviços comuns 
realizadas pela Administração Federal Direta, Autárquica e Fundacional que inclui 
órgãos do Governo como a Presidência da República, Ministérios e institutos a eles 
vinculados. 
O pregão eletrônico representou 66% dos R$ 4,1 bilhões bens e serviços 
comuns adquiridos entre janeiro a junho de 2007 por meio dessa modalidade. 
Em número de processos de compras de bens e serviços comuns, a 
modalidade eletrônica também foi a mais utilizada com 10.210 
procedimentos dos 13.789 realizados em 2007. Um percentual de 
participação de 74%. Depois do pregão eletrônico, a segunda modalidade 
licitatória mais utilizada esse ano foi a concorrência com R$ 1 bilhão em 
aquisições - 16,2% do adquirido. Depois vem o pregão presencial com uma 
participação de cerca de R$ 805,3 milhões - 12,9% do contratado. 
(GOVERNO ..., 2007). 
A economia de recursos financeiros gerada pela adoção do pregão eletrônico 
também é considerável, pois “O Governo Federal economizou R$ 597 milhões
(12,7%) 
do preço de tudo que adquiriu com o uso do pregão eletrônico nas compras públicas 
realizadas no primeiro semestre de 2007.” (GOVERNO ..., 2007). 
TABELA 1 – Evolução da economia gerada pela utilização do pregão eletrônico em relação ao valor de 
referência – 2002 a 2007 
Ano 
Valor 
Homologado 
Valor de 
Referência 
Economia % 
2002 70.481.002,66 94.943.071,74 24.462.069,08 25,8% 
2003 187.322.543,57 242.390.515,80 55.067.972,23 22,7% 
2004 534.019.136,85 776.518.470,44 242.499.333,59 31,2% 
2005 3.384.469.520,26 4.677.574.181,85 1.293.104.661,59 27,6% 
2006 11.160.573.246,28 12.978.392.249,49 1.817.819.003,21 14,0% 
20071 4.104.901.527,74 4.702.016.172,42 597.114.644,68 12,7% 
Fonte: SLTI/DLSG. 
1 No período do janeiro a junho. 
 A celeridade dos procedimentos licitatórios com a implantação do pregão 
eletrônico também se configura como importante fator de sucesso dessa modalidade de 
licitação. 
Assevera Rogério Santanna, Secretário de Logística e Tecnologia da 
Informação, do Ministério do Planejamento, ser essa a modalidade mais rápida e 
eficiente de contratação, pois a duração do processo leva, aproximadamente, 17 dias 
para ser concluído, ou seja, desde a publicação do edital até o conhecimento das 
empresas vencedoras. Santanna, ratificando seu entendimento, afirma que “modalidades 
tradicionais levam mais tempo como é o caso da carta-convite que demora 22 dias; da 
tomada de preços que leva cerca de 90 dias. Já uma concorrência demora cerca de 120 
dias.” (GOVERNO ..., 2007). 
Dentre os artigos e serviços mais contratados pela Administração Pública 
Federal, por meio de pregão eletrônico, em 2007, observam-se “instrumentos e 
equipamentos de laboratório, veículos, combustíveis e lubrificantes, softwares e 
equipamentos para uso médico, dentário e veterinário, serviços gerais e técnicos 
especializados e estudos e projetos.” (GOVERNO ..., 2007). 
A universalização das aquisições públicas gerada pelo pregão eletrônico já pode 
ser verificada com a participação das micro e pequenas empresas nas transações com a 
Administração Federal. Neste contexto, observa-se que o: 
O pregão eletrônico foi a modalidade mais utilizada pelas micro e pequenas 
empresas (MPE's) para fornecer ao Governo Federal em 2007. Dos cerca de 
R$ 555 milhões vendidos por esse segmento no primeiro semestre de 2007, 
R$ 236 milhões foram através da modalidade eletrônica. As MPE's também 
responderam por 38% do número de itens - dos 642.375, 239.091 foram 
fornecidos por esse segmento - e por cerca de 6% do valor das compras do 
Governo Federal. [...] Entre os materiais mais fornecidos pelas MPE's em 
2007 estão livros e folhetos, carnes, aves e peixes, equipamentos e artigos de 
laboratório, bem como serviços de manutenção industrial e estudos e 
projetos. (GOVERNO ..., 2007). 
Impulsionando os negócios entre o Governo Federal e as MPE's, encontra-se a 
Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006 que instituiu o Estatuto Nacional 
da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. Este Diploma Legal confere a 
possibilidade de os órgãos públicos realizarem licitações exclusivas para esse segmento 
(inciso I, Art 48) nas contratações cujo valor seja de até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) 
e preferência das microempresas e empresas de pequeno porte em caso de empates ou 
de proposta até 10% superiores (no pregão este índice é de 5%) à proposta classificada 
em primeiro lugar em licitações públicas. Ou seja, “a microempresa ou empresa de 
pequeno porte mais bem classificada poderá apresentar proposta de preço inferior 
àquela considerada vencedora do certame, situação em que será adjudicado em seu 
favor o objeto licitado”. (BRASIL, 2006). 
 Percebe-se que o pregão eletrônico é uma ferramenta que democratiza as 
aquisições públicas e agrega transparência aos procedimentos licitatórios no âmbito da 
Administração Pública Federal. Com efeito, as recentes inovações implementadas pelo 
Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte indicam uma 
tendência promissora da participação desse segmento nas contratações federais 
realizadas por intermédio do pregão eletrônico. 
 
ELEMENTOS TEXTUAIS/EXEMPLO (MODELO) - 3 CARACTERIZAC�O DO AMBIENTE DA (EMPRESA).pdf
3 CARACTERIZAÇÃO DO AMBIENTE DA GERIZITA SUPERMERCADOS 
Organização de caráter familiar, a Gerizita supermercados é dirigida pelo patriarca e 
seus filhos. Atualmente, a organização possui três lojas no Ceará. A matriz se localiza na cidade 
de Canoa Inteira e as duas filiais nos municípios de Barco Quebrado e Navio Pirata. 
A área de atuação da Gerizita, semi-árido nordestino, é caracterizada por um baixo poder 
aquisitivo da população, pois a economia é alicerçada nas rendas oriundas das aposentadorias, 
funcionalismo público municipal e programas assistenciais do Governo Federal. Desta maneira, 
a Gerizita prioriza a comercialização de produtos de primeira necessidade e aqueles de custos 
mais baixos. (ABAS, 2009). 
A atual conjuntura política, na região onde a Gerizita desenvolve as suas atividades 
comerciais, apresenta-se alinhada com os programas dos Governos Estadual e Federal para 
erradicação da pobreza e redução das desigualdades sociais entre os integrantes da população. 
(ABAS, 2008). 
Neste contexto social marcados pela pobreza e desequilíbrio entre as classes, observa-se 
uma continuidade na adoção das medidas paliativas conhecidas como “Pão e Circo”. Ou seja, 
não se constatam medidas efetivas que possam alavancar setores importantes como educação 
(ensino fundamental e médio), alfabetização e profissionalização de jovens e adultos e a sistema 
de saúde de qualidade. (SOARES, 2009). 
No cenário nacional, o ramo de supermercados representa X% do Produto Interno 
Bruto (PIB) com vendas no montante de, aproximadamente, de XXX bilhões. Na vertente 
Cearense, os supermercados são as organizações que mais elevaram as suas vendas no ano de 
2009. Este incremento de vendas representou Y% de acréscimo no faturamento das empresas 
deste segmento em relação ao exercício financeiro passado. (LOPES, 2010). 
Na sua região de atuação, a Gerizita supermercados é líder de vendas e seu lucro 
líquido cresce na ordem de 2,5% ao ano. Este sucesso é lastreado por uma gestão 
administrativa séria e comprometida, seleção adequada de fornecedores, remuneração 
adequada dos colaboradores e utilização de energia eólica como uma das fontes de energia 
elétrica. 
Em virtude das boas práticas realizadas pela Gerizita supermercados na gestão dos seus 
negócios, fica evidente que a realização do estágio supervisionado nesta empresa auxiliará na 
sedimentação e integração dos conhecimentos auferidos no curso de administração e 
possibilitará descortinar novos aprendizados oriundos da interação com outros colaboradores. 
A Gerizita possui como concorrentes diretos os supermercados Geração e Ativa. Estas 
empresas possuem lojas nas mesmas cidades onde se encontram presentes os empreendimentos 
da Gerizita. Quanto aos concorrentes indiretos, estes são representados por duas pequenas lojas 
de conveniências existentes nos postos de combustíveis Esperanças e Perseveranças (ao longo 
BR – 1010). 
No que tange à responsabilidade social, a Gerizita supermercados é pioneira na 
utilização de energia renovável em seus empreendimentos (energia eólica), implantação da 
coleta seletiva de lixo e aquisição dos hortifrutigranjeiros, prioritariamente, de agricultores da 
região. A ideia da Gerizita é crescer juntamente com a comunidade que a abriga. 
Os principais
fornecedores são: Bunge, Unilever, Nestlé, Kibon, Sorvane, Coca-Cola, 
AMBEV, Seara, Perdigão, Sadia, dentre outros. 
Percebe-se que a Gerizita se reveste de uma organização de vanguarda e alinhada com 
doutrinas administrativas modernas, pois busca o aperfeiçoamento contínuo e a implantação 
de ações proativas nas suas ações administrativas. 
 
REFERÊNCIAS: 
ABAS, Manuel. Programas sociais na Região Nordeste do Brasil. Recife: Medieval, 2008. 
______. Panorama do semi-árido nordestino. Fortaleza: Antiga, 2009. 
LOPES, José Markeintg. Ramo varejista no Brasil. São Paulo: Contemporânea, 2010. 
SOARES, João Rolyat. Sociedade nordestina. Rio de Janeiro: Loyaf, 2009. 
Estas referências são apenas para que o professor avalie se a elaboração da atividade 
está de acordo com os padrões da disciplina. No momento da impressão, estas 
referências devem ser DELETADAS. 
Faz parte do relatório (parte final) uma tarefa onde o discente deverá relacionar, 
conforme as Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), TODAS as 
referências utilizadas no seu Relatório. 
ELEMENTOS TEXTUAIS/EXEMPLO (MODELO) - 4 HIST�RICO DA EMPRESA.pdf
4 HISTÓRICO DA GERIZITA SUPERMERCADOS 
A Organização Gerizita Supermercados é uma empresa familiar que iniciou as suas 
primeiras atividades no ano de 1980. Foi fundada pelo casal formado pelo Sr. Marcelo Geriz 
e Sra. Rozita Dias. No momento, a empresa é dirigida pelo patriarca e seus três filhos. 
(HISTÓRIA ..., 2010). 
A razão social da organização é: Gerizita Supermercados Ltda. A origem desta 
denominação se deve a combinação (fusão) da parte inicial do sobrenome do Sr. Marcelo 
Geriz, e parte final do nome da sua esposa Rozita. Desde a concepção do nome do 
empreendimento, observam-se os laços familiares fortemente caracterizados. (HISTÓRIA ..., 
2010). 
A Matriz da Gerizita supermercados, localiza-se na Rua Mar Azul, 475, Bairro Águas 
Quentes, Canoa Inteira, Ceará. Os principais cargos existentes e seus respectivos ocupantes 
são: Presidente – Sr. Marcelo Geriz; Diretor Financeiro – Sr. José Dias; Diretor 
Administrativo – Sr. João Dias; e Diretor de Materiais e Logística – Sr. Severino Dias. 
O estágio em tela é realizado no setor de compras que é subordinado à Diretoria de 
Materiais e Logística. 
Atualmente, a estrutura societária da empresa é representada por 50% das quotas para 
cada um dos fundadores. (Sr. Marcelo Geriz e Sra. Rozita Dias). A seguir, apresenta-se um 
organograma sintético da Gerizita Supermercados: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 1 - Organograma da Gerizita Supermercados 
Fonte: o autor 
 
REFERÊNCIAS: 
 
HISTÓRIA da Gerizita Supermercados. Disponível em: 
<www.gerizitasupermercados.com.br>. Acesso em: 20 fev. 2010. 
 
 
 
Estas referências são apenas para que o professor avalie se a elaboração da atividade 
está de acordo com os padrões da disciplina. No momento da impressão, estas 
referências devem ser DELETADAS. 
Faz parte do relatório (parte final) uma tarefa onde o discente deverá relacionar, 
conforme as Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), TODAS as 
referências utilizadas no seu Relatório. 
 
 
Presidente 
Diretoria 
Administrativa 
Diretoria 
Financeira 
Diretoria de 
Materiais e Logística

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