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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP CAMPUS ARARAQUARA TRABALHO DE INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS (ENSAIOS DE CAMPO) CLEITON ALEXANDRE FERREIRA – RA: B26CDA-1 RAFAEL AUGUSTO DE GODOY CARDOSO – RA: T642AC-4 THAYS FERNANDA BACHI – RA: B42DEF-3 ARARAQUARA 2016 ENSAIOS DE SONDAGENS Á PERCUSSÃO – SPT A execução das sondagens à percussão segue as seguintes diretrizes: Após um planejamento prévio dos trabalhos, considerando as características do terreno e tipo de obra, é determinada a quantidade e a posição dos pontos a serem sondados. Em cada ponto de sondagem, monta-se uma torre (tripé), com altura em torno de 5 metros e um conjunto de roldanas e cordas, que auxiliará no manuseio da composição de hastes por força manual. A amostra a zero metro é coletada e inicia-se a escavação com trado manual; na base do furo apóia-se o amostrador padrão acoplado a hastes de perfuração; marca-se na haste, com giz, um segmento de 45 cm dividido em trechos iguais de 15 cm; ergue-se o martelo padronizado ou “peso batente” de 65 kg até a altura de 75 cm e deixa-se cair em queda livre sobre a haste. Tal procedimento é repetido até que o amostrador penetre 45 cm do solo; a soma do número de golpes necessários para a penetração do amostrador nos últimos 30 cm é o que dará o índice de resistência do solo na profundidade ensaiada ( Nspt ). Caso o ensaio seja com torque ( SPT-T ), retira-se a cabeça de bater e acopla-se o adaptador de torque, para verificação das leituras dos torques máximo e residual, medidos em Kgf.m, com auxílio de um torquímetro. Nas operações subsequentes de perfuração, intercaladas às operações de amostragem, utiliza-se o trado cavadeira ou o helicoidal até atingir o nível d’água ou até que o avanço seja inferior a 5 cm após 10 minutos de operação; nestes casos, passa-se ao método de perfuração por circulação de água (lavagem), utilizando-se um trépano como ferramenta de escavação, com bomba d’água motorizada para remoção do material. O ensaio será interrompido quando já tiver atingido o critério técnico adequado para aquela obra ou atingir o impenetrável. As amostras coletadas a cada metro são acondicionadas em recipientes, etiquetadas e enviadas ao laboratório para análise tátil-visual por geólogo especializado. As amostras extraídas recebem classificação quanto às granulometrias dominantes, cor, presença de minerais especiais, restos vegetais e outras informações relevantes encontradas. A indicação da consistência ou compacidade e da origem geológica da formação, complementa a caracterização do solo. No relatório final constará a planta do local da obra com a posição das sondagens e o perfil individual de cada sondagem e/ou seções do subsolo, indicando a resistência do solo a cada metro perfurado, o tipo e a espessura do material e as posições dos níveis d’água, quando encontrados durante a perfuração. As principais características são determinar o tipo de solo atravessado pelo amostrador padrão, a resistência (N) oferecida pelo solo a cravação do amostrador e a posição do nível de água se encontrada água durante a perfuração. O ensaio é utilizado principalmente para a determinação das propriedades mecânicas dos solos arenosos. O ensaio é realizado geralmente de 1,5m a 1,5m (espaçamento entre 1 a 2m) ou quando se detectar alteração do tipo de formações atravessadas. Ensaio expedito e pouco dispendioso e, por isso, é talvez o ensaio mais utilizado na prática para o reconhecimento das condições do terreno ENSAIOS DE PENETRAÇÃO DE CONE – CPT Os ensaios de CPT são considerados internacionalmente como uma das mais importantes ferramentas de prospecção geotécnica; O ensaio CPT consiste na cravação estática lenta de um cone mecânico ou elétrico que armazena em um computador os dados a cada 20 cm. O cone alocado nesta bomba hidráulica é penetrado no terreno a uma velocidade de 2 cm por segundo. O próprio equipamento, por ser hidráulico, crava o cone no terreno e funciona como uma prensa. Após cravado ele adquire os dados de forma automática e o próprio sistema captura os índices e faz o registro contínuo dos mesmos ao longo da profundidade. Esse método fornece a resistência de ponta (qc), a resistência do atrito lateral (fs) e a correlação entre os dois (Fr, medida em %) que permitem a identificação do tipo de solo. De acordo com a norma ABNT NBR 12069:1991 - Ensaio de penetração de cone in situ (CPT), as ponteiras do cone podem ser mecânicas ou elétricas. A ponteira elétrica possui um ou mais elementos elétricos para medir dentro da própria ponteira um dos componentes de resistência à penetração. A ponteira mecânica possui a mesma função, só que essa resistência é medida por meio de hastes internas. A norma relata como funciona todo o procedimento da execução do ensaio. Geralmente, é necessário que o terreno tenha condições de acessibilidade para receber o equipamento que pode estar montado sobre um caminhão. Dentro da equipe que acompanha esse procedimento é necessário que haja algum engenheiro geotécnico No ensaio CPT medem-se as resistência de ponta e lateral: qc e fs. No ensaio CPTU mede-se ainda a pressão intersticial da água. Ensaios de dissipação do excesso de pressão intersticial gerado durante a cravação do piezocone no solo podem ser interpretados para a obtenção do coeficiente de consolidação na direcção horizontal Ch. Resultados de ensaios podem ser utilizados para a determinação estratigráfica de perfis de solos, a determinação de propriedades dos materiais prospectados, particularmente em depósitos de argilas moles, e a previsão da capacidade de carga de fundações. ENSAIOS DE PALHETA - VANE TEST O ensaio de palheta tem por objetivo determinar a resistência não drenada in situ de solos argilosos Utiliza-se uma palheta de seção cruciforme, a qual é cravada no solo e submetida a força de torque, que ao aplicar duas forças contrárias de igual intensidade, provoca o rolamento, permitindo a obtenção do valor de resistência não drenada do terreno, nas condições de solo natural indeformado, necessárias para cisalhar o solo por rotação. Este ensaio é internacionalmente conhecido como Vane Test que possui metodologia normatizada pela ASTM D2573-08 Standard test method for field vane sher test in cohesive soil e no Brasil pela NBR 10905/89 - Solo - Ensaios de palheta in situ (VT). Os ensaios são realizados com equipamento tipo "A" (ensaios sem perfuração prévia) e apresentam resultados de qualidade que podem ser utilizados em solos com baixa consistência, onde é possível a cravação estática da palheta a partir do nível do terreno. Como o ensaio é executado com equipamento eletrônico controlado por computador, tem-se uma visualização imediata dos resultados, sendo possível identificar qualquer irregularidade durante o processo, agilizar a elaboração do relatório final e evitar a interferência humana nos resultados, reduzindo substancialmente a ocorrência de erros. A execução dos ensaios de palheta permite obter os seguintes resultados: • Gráfico de torque em função da rotação; • Resistência não drenada (Su); • Resistência amolgada; • Sensibilidade do solo. ENSAIOS DILATÔMETRO DE MARCHETTI - DMT O ensaio DMT (Dilatometric Marchetti Test) é considerada uma das mais precisas ferramentas de ensaios “in situ” para previsão de recalques e estimativa do módulo de elasticidade (E) das camadas prospectadas. Com execução rápida e simples, pode ser utilizado em praticamente todos os tipos de solo. O ensaio é normalizado pelo Eurocode 7 e ASTM D6635 – 01(2007) Standard Test Method for Performing the Flat Plate Dilatometer. O procedimento consistena cravação de ponteira metálica, com interrupções desta cravação a cada 20 cm. Nestas interrupções, é introduzido gás nitrogênio que expande a membrana metálica da ponteira contra o terreno. Dessa expansão, registram-se em manômetro de precisão duas leituras: a primeira quando a dilatação da membrana “vence” o esforço de compressão do terreno, e a segunda quando esta deforma o solo de 1,1mm. Por ser um teste realizado “in-situ”, permite obtenção de valores em diversos pontos do terreno e em variadas profundidades. Módulo sísmico Em conjunto com os ensaios dilatométricos DMT podem ser realizados ensaios sísmicos por meio de módulo adaptado ao sistema tradicional. Este módulo tem dois sensores (geofones) espaçados de 50cm que registram em tempo real a velocidade de onda cisalhante vs permitindo a obtenção do módulo de deformação em baixas tensões G0. Resultados Os dados recolhidos em campo são posteriormente processados por software especifico, segundo métodos de Marchetti e Schmertmann, fornecendo parâmetros tais como: • Coeficiente de empuxo em repouso (Ko) • Módulo de elasticidade (E) • Resistência ao cisalhamento não drenada em argilas (Su) • Ângulo de atrito interno em areias (F) • Classificação granulométrica • Razão de sobre adensamento (OCR) ENSAIOS PRESSIÔMETRO - PMT Os ensaios pressiométricos tipo Ménard (PMT) consistem na inserção em um pré-furo de sonda pressiométrica e deformação radial de membrana por meio de inserção de gás nitrogênio. As medidas de deformação são através do painel de controle, que mede variações de pressões e volumes ocorridos com a deformação do solo. Tais leituras são realizadas por meio de equipamento computadorizado (Geospad) e software específico (Geovision) , projetado para ler automaticamente os dados leituras do ensaio. É obtida curva de tensão x deformação do solo prospectado, fornecendo as seguintes informações: • Módulo pressiométrico de Ménard • Pressão limite de Ménard; • Pressão residual. Estes resultados permitem avaliar através de correlações os seguintes parâmetros: • Módulo de elasticidade do solo (E); • Resistência não drenada dos solos argilosos saturados (Su); • Resistência drenada dos solos arenosos (ø); • Capacidade de carga e recalques em fundações rasas e profundas. O ensaio é normalizado pela ASTM D4719 -Standard Test Method for Prebored Pressuremeter Testing in Soils e Eurocode 7
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