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Apostila Instalações elétricas parte 01

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PROJETOS DE INSTALAÇÕES 
 E COMANDOS ELÉTRICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2
Objetivos gerais 
Proporcionar ao aluno conhecimento teórico e pratico em 
instalações e comandos elétricos, para atender a demanda do 
mercado de trabalho. 
 
 
 
 
Instalações e comandos elétricos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE 
ENERGIA ELÉTRICA 
 3
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
Exemplo de uma usina hidroelétrica 
 Na história da sociedade, a energia elétrica, desde a sua descoberta, sempre 
ocupou lugar de destaque, tendo em vista a dependência da qualidade de vida, do 
progresso econômico, da qualidade do produto e dos serviços relacionados à energia 
elétrica. Estes serviços que por sua vez dependem de como as empresas de eletricidade 
projetam, operam e mantêm os sistemas elétricos de potência e dos profissionais que 
trabalham no setor. 
 
Importância da eletricidade para a sociedade 
 
A energia elétrica proporciona à sociedade trabalho, produtividade e 
desenvolvimento, e aos seus cidadãos conforto, comodidade, bem-estar e praticidade, o 
que torna a sociedade moderna cada vez mais dependente de seu fornecimento e mais 
suscetível às falhas do sistema elétrico. Em contrapartida esta dependência dos usuários 
vem se traduzindo em exigências por melhor qualidade de serviço e do produto. 
A energia elétrica é uma das mais nobres formas de energia secundária. 
A sua facilidade de geração, transporte, distribuição e utilização, com as conseqüentes 
transformações em outras formas de energia, atribuem à eletricidade uma característica 
de universalização, disseminando o seu uso pela humanidade. No mundo de hoje, 
eletricidade, como alimento e moradia, é um direito humano básico. Eletricidade é a 
dominante forma de energia moderna para telecomunicações, tecnologia da informação, 
e produção de bens e serviços. 
 4
Os crescimentos da população mundial e da economia nos países em 
desenvolvimento implicam, necessariamente, no aumento do consumo de energia, 
porém a produção de energia deve seguir os conceitos de desenvolvimento sustentável e 
de responsabilidade ambiental. 
No Brasil, dentre as fontes primárias e secundárias de energia a fonte hidráulica 
é a que mais contribui para produção de energia elétrica (73,1%) estando os locais 
produtores em regiões quase sempre distantes dos centros consumidores. 
Com isso são necessárias grandes extensões de linhas de transmissão e 
instalações para repartir e distribuir a energia nos centros de consumo. 
 
Consumo final energético por fonte no Brasil em 2009. 
Os sistemas elétricos são tipicamente divididos em segmentos como: geração, 
transmissão, distribuição, utilização e comercialização. 
A oferta da energia elétrica aos seus usuários é realizada através da prestação de 
serviço público concedido para exploração à entidade privada ou governamental. 
Sendo sempre necessária a presença do eletrotécnico nestes serviços. 
 
 
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO 
O setor elétrico mundial tem passado por amplo processo de reestruturação 
organizacional. No modelo atual os sistemas elétricos são tipicamente divididos em 
segmentos como: geração, transmissão, distribuição, e comercialização. 
No Brasil, este processo de re-estruturação foi desencadeado com a criação de 
um novo marco regulatório, a desestatização das empresas do setor elétrico, e a abertura 
do mercado de energia elétrica. 
Para gerenciar este novo modelo do setor elétrico, o Governo Federal criou a 
estrutura organizacional apresentada abaixo. 
 
Estrutura organizacional e os agentes do setor elétrico brasileiro 
 5
 Estes setores são assim definidos: 
a) Conselho Nacional de Política Energética CNPE 
Órgão de assessoramento do Presidente da República para formulação de políticas 
nacionais e diretrizes de energia, visando, dentre outros, o aproveitamento natural dos 
recursos energéticos do país, a revisão periódica da matriz energética e a definição de 
diretrizes para programas específicos. 
b) Ministério de Minas e Energia 
MME 
Encarregado de formulação, do planejamento e da implementação de ações do Governo 
Federal no âmbito da política energética nacional. 
O MME detém o poder concedente. 
c) Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico 
CMSE 
Constituído no âmbito do MME e sob sua coordenação direta, com a função precípua de 
acompanhar e avaliar permanentemente a continuidade e a segurança do suprimento 
eletro energético em todo o território. 
 
d) Empresa de Pesquisa Energética 
EPE 
Empresa pública federal vinculada ao MME tem por finalidade prestar serviços na área 
de estudos e pesquisas destinados a subsidiar o planejamento do setor energético. 
e) Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL 
Autarquia vinculada ao MME, com finalidade de regular a fiscalização, a produção, 
transmissão, distribuição e comercialização de energia, em conformidade com as 
políticas e diretrizes do Governo Federal. 
A ANEEL detém os poderes regulador e fiscalizador. 
f) Operador Nacional do Sistema Elétrico ONS 
Pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, sob regulação e fiscalização da 
ANEEL, tem por objetivo executar as atividades de coordenação e controle da operação 
de geração e transmissão, no âmbito do SIN (Sistema Interligado Nacional). 
O ONS é responsável pela operação física do sistema e pelo despacho energético 
centralizado. 
g) Câmara de Comercialização de Energia Elétrica 
CCEE 
Pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, sob regulação e fiscalização da 
ANEEL, com finalidade de viabilizar a comercialização de energia elétrica no Sistema 
Interligado Nacional - SIN. Administra os contratos de compra e venda de energia 
elétrica, sua contabilização e liquidação. 
A CCEE é responsável pela operação comercial do sistema. 
 
A comercialização de energia elétrica é atualmente realizada em dois ambientes 
diferentes: 
- Ambiente de Contratação Livre (ACL): destinado ao atendimento de consumidores 
livres por meio de contratos bilaterais firmados com produtores independentes de 
energia, agentes comercializadores ou geradores estatais. Estes últimos só podem fazer 
suas ofertas por meio de leilões públicos. 
- Ambiente de Contratação Regulada (ACR): destinado ao atendimento de 
consumidores cativos por meio das distribuidoras, sendo estas supridas por geradores 
estatais ou independentes que vendem energia em leilões públicos anuais. 
 
 6
 
h) Agências Estaduais de Energia Elétrica 
Nos estados foram criadas as Agências Reguladoras Estaduais com a finalidade de 
descentralizar as atividades da ANEEL. 
 
Agências reguladoras nacionais 
i) Eletrobrás 
A Eletrobrás controla grande parte dos sistemas de geração e transmissão de energia 
elétrica do Brasil por intermédio de seis subsidiárias: Chesf, Furnas, Eletrosul, 
Eletronorte, CGTEE (Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica) e 
Eletronuclear. A empresa possui ainda 50% da Itaipu Binancional e também controla o 
Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel), o maior de seu gênero no Hemisfério 
Sul. A Eletrobrás dá suporte a programas estratégicos do governo federal, como o 
Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), o Programa 
Nacional de Universalização do Acesso e Uso da Energia Elétrica (Luz para Todos) e o 
Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel). 
 
ESTRUTURA DE UM SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA 
O objetivo de um sistema elétrico de potência (SEP) é gerar, transmitir e 
distribuir energia elétrica atendendo a determinados padrões de confiabilidade, 
disponibilidade, qualidade, segurançae custos, com o mínimo impacto ambiental e o 
máximo de segurança pessoal. 
– Confiabilidade e disponibilidade são duas importantes e distintas características que 
os SEPs devem apresentar. Ambos são expressos em %. 
• Confiabilidade representa a probabilidade de componentes, partes e sistemas 
realizarem suas funções requeridas por um dado período de tempo sem falhar. 
Confiabilidade representa o tempo que o componente, parte ou sistema levará 
para falhar. A confiabilidade não reflete o tempo necessário para a unidade em 
reparo retornar à condição de trabalho. 
• Disponibilidade é definida como a probabilidade que o sistema esteja operando 
adequadamente quando requisitado para uso. Em outras palavras, é a 
probabilidade de um sistema não estar com falha ou em reparo quando 
requisitado para uso. 
 A expressão abaixo quantifica a disponibilidade: 
MTTRMTBF
MTBFA
+
= 
 7
 
A�(availability) disponibilidade 
MTBF�tempo médio entre falhas (ou MTTF) 
MTTR�tempo médio para reparo (inclui desde a deteção até a retificação da falha) 
 
A disponibilidade é função da confiabilidade e da manutenabilidade (exercício 
da manutenção). 
 Se um sistema tem uma alta disponibilidade não necessariamente terá uma alta 
confiabilidade. 
 
• Qualidade da energia é a condição de compatibilidade entre sistema supridor e 
carga atendendo critérios de conformidade senoidal. 
• Segurança está relacionado com a habilidade do sistema de responder a 
distúrbios que possam ocorrer no sistema. 
 
Em geral os sistemas elétricos são construídos para continuar operando após ser 
submetido a uma contingência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTRUTURA BÁSICA DE UM SISTEMA DE POTÊNCIA 
 
A estrutura do sistema elétrico de potência compreende os sistemas de geração, 
transmissão, distribuição e subestações de energia elétrica, em geral cobrindo uma 
grande área geográfica. 
 
 
 
 
Estrutura básica de um sistema elétrico 
 
O sistema atual de energia elétrica é baseado em grandes usinas de geração que 
transmitem energia através de sistemas de transmissão de alta tensão, que é então 
distribuída para sistemas de distribuição de média e baixa tensão. 
Em geral o fluxo de energia é unidirecional e a energia é despachada e 
controlada por centro(s) de despacho com base em requisitos pré-definidos. 
geração 
transformação 
transmissão 
subestação 
consumidor 
 8
Normalmente os sistemas de distribuição são gerenciados por monopólios 
empresariais, enquanto o setor de geração e de transmissão apresenta certa 
competitividade em um sistema desverticalizado. 
 
Estrutura tradicional de uma rede de energia elétrica 
 
Geração de Energia Elétrica 
 
Na geração de energia elétrica uma tensão alternada é produzida, a qual é 
expressa por uma onda senoidal, com freqüência fixa e amplitude que varia conforme a 
modalidade do atendimento em baixa, média ou alta tensão. Essa onda senoidal 
propaga-se pelo sistema elétrico mantendo a freqüência constante e modificando a 
amplitude à medida que trafegue por transformadores. Os consumidores conectam-se ao 
sistema elétrico e recebem o produto e o serviço de energia elétrica. 
 
Rede de Transmissão 
 
A rede de transmissão liga as grandes usinas de geração às áreas de grande 
consumo. Em geral apenas poucos consumidores com um alto consumo de energia 
elétrica são conectados às redes de transmissão onde predomina a estrutura de linhas 
aéreas. 
A segurança é um aspecto fundamental para as redes de transmissão. 
Qualquer falta neste nível pode levar a descontinuidade de suprimento para um 
grande número de consumidores. 
A energia elétrica é permanentemente monitorada e gerenciada por um centro de 
controle. O nível de tensão depende do país, mas normalmente o nível de tensão 
estabelecido está entre 220 kV e 765 kV. 
 
Rede de Sub-Transmissão 
 
A rede de sub-transmissão recebe energia da rede de transmissão com objetivo 
de transportar energia elétrica a pequenas cidades ou importantes consumidores 
industriais. O nível de tensão está entre 35 kV e 160 kV. 
Em geral, o arranjo das redes de sub-transmissão é em anel para aumentar a segurança 
do sistema. A estrutura dessas redes é em geral em linhas aéreas, por vezes cabos 
subterrâneos próximos a centros urbanos fazem parte da rede. A permissão para novas 
linhas aéreas estácada vez mais demorada devido ao grande número de estudos de 
impacto ambiental e oposição social. Como resultado, é cada vez mais difícil e caro para 
as redes de sub-transmissão alcançar áreas de alta densidade populacional. Os sistemas 
 9
de proteção são do mesmo tipo daqueles usados para as redes de transmissão e o 
controle é regional. 
 
Redes de Distribuição 
 
As redes de distribuição alimentam consumidores industriais de médio e 
pequeno porte, consumidores comerciais e de serviços e consumidores residenciais. 
Os níveis de tensão de distribuição são assim classificados segundo o Prodist: 
• Alta tensão de distribuição (AT): tensão entre fases cujo valor eficaz é igual 
ou superior a 69kV e inferior a 230kV. 
• Média tensão de distribuição (MT): tensão entre fases cujo valor eficaz é 
superior a 1kV e inferior a 69kV. 
• Baixa tensão de distribuição (BT): tensão entre fases cujo valor eficaz é igual 
ou inferior a 1kV. 
 
De acordo com a Resolução Nº 456/2000 da ANEEL e o módulo 3 do Prodist, a 
tensão de fornecimento para a unidade consumidora se dará de acordo com a potência 
instalada: 
• Tensão secundária de distribuição inferior a 2,3kV: quando a carga instalada na 
unidade consumidora for igual ou inferior a 75 kW; 
• Tensão primária de distribuição inferior a 69 kV: quando a carga instalada na 
unidade consumidora for superior a 75 kW e a demanda contratada ou estimada 
pelo interessado, para o fornecimento, for igual ou inferior a 2.500 kW; 
• Tensão primária de distribuição igual ou superior a 69 kV: quando a demanda 
contratada ou estimada pelo interessado, para o fornecimento, for superior a 
2.500 kW. 
 
As tensões de conexão padronizadas para AT e MT são: 138 kV (AT), 69 kV (AT), 
34,5 kV (MT) e 13,8 kV (MT). 
O setor terciário, tais como hospitais, edifícios administrativos, pequenas indústrias, 
etc, são os principais usuários da rede MT. 
A rede BT representa o nível final na estrutura de um sistema de potência. Um 
grande número de consumidores, setor residencial, é atendido pelas redes em BT. Tais 
redes são em geral operadas manualmente. 
 
Tensões nominais padronizadas de baixa tensão 
sistema Tensão nominal (V) 
Trifásico 220/127 
380/220 
monofásico 254/127 
440/220 
 
 
Diagrama com a representação dos vários segmentos de um sistema de potência 
com seus respectivos níveis de tensão 
 10
 
 
 
Os níveis de tensões praticados no Brasil são: 765 kV, 525 kV, 500 kV, 440 kV, 
345 kV, 300 kV, 230 kV, 161kV 138 kV, 132 kV, 115 kV, 88 kV, 69 kV, 34,5 kV, 23 
kV, 13,8 kV, 440 V, 380 V, 220 V, 110 V 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fornecimento de energia elétrica 
Definições: 
 
Consumidor 
É a pessoa física ou jurídica, que solicita á concessionária o fornecimento de energia 
elétrica e assume a responsabilidade por todas as obrigações regulamentares e 
contratuais. 
 
 11
Unidade consumidora 
Trata-se de instalações de um único consumidor caracterizadas pela entrega de 
energia elétrica em um só ponto com medição individualizada. 
 
Agrupamento de Unidades Consumidoras 
É o conjunto de duas ou mais unidades consumidoras localizadas em um mesmo 
terreno e que não possuem área de uso comum com instalações elétrica exclusiva 
(responsabilidade do condomínio). 
 
Edifício de Uso Coletivo 
Prédio que possui como característica a existência de mais de uma unidade 
consumidora e quedispõe de área de uso comum com instalação elétrica exclusiva 
(responsabilidade do condomínio). 
 
Ponto de Entrega 
Primeiro ponto de fixação dos condutores do ramal de ligação na propriedade do 
consumidor. É o ponto até o qual a concessionária se obriga a fornecer energia 
elétrica, com a participação nos investimentos necessários, responsabilizando-se 
pela execução dos serviços, pela operação e pela manutenção. 
 
Entrada de Serviço 
Conjunto de condutores, equipamentos e acessórios instalados entre o ponto de 
derivação da rede secundaria da concessionária e a medição, inclusive. 
 
Ramal de Ligação 
Conjunto de condutores e acessórios instalados pela concessionária entre o ponto de 
derivação da rede secundaria e ponto de entrega. 
 
Ramal de Entrada 
Conjunto de condutores e acessórios instalados pelo consumidor a partir do ponto de 
entrega até a medição, inclusive. 
 
Ramal Alimentador 
Conjunto de condutores e acessórios instalados pelo consumidor após a medição 
para alimentação das instalações internas da unidade consumidora. 
 
Limitador de Fornecimento 
Equipamento de proteção (disjuntor termomagnético ) destinado a limitar a demanda 
da unidade consumidora. 
 
Centro de medição 
Local onde está situada a medição de dois oi mais consumidores. 
 
Caixa para Medidor 
Caixa lacrável destinada à instalação do medidor de energia e seus respectivos 
acessórios, na qual pode ter instalado também o equipamento de proteção. 
 
Caixa para disjuntor de proteção 
 12
Caixa lacrável destinada à instalação do disjuntor de proteção geral da entrada de 
serviço. 
 
Demanda 
É a média das potências elétricas instaladas por uma unidade consumidora durante 
um período especificado. 
 
 
Tipos de atendimento, conforme número de fases: 
Monofásico- 1F e 1N- 2 fios 
Bifásico- 2F 1N – 3 fios 
Trifásico- 3F 1N – 4 fios 
 
 
 
Tensão fornecida Categoria de atend. Carga instalada (KW) 
127 V 1 fase < 4,4 
220 V 2 fases < 8,8 
220 V 3 fases > 8,8 
Instalações elétricas 
 
Introdução: 
 
As instalações elétricas no Brasil são regidas pelas normas NBR 5410 ( NB3) 
baixa tensão. 
Trata-se de projetos, execução e manutenção. 
Os componentes das instalações de baixa tensão devem atender as normas da 
ABNT e na falta desta, as normas IEC. Aplicam-se as normas NBR 5410, as 
instalações elétricas de: 
 
• Prédios residenciais e comerciais; 
• Estabelecimentos de atendimento ao público; 
• Estabelecimentos industriais; 
• Estabelecimentos agropecuários e hortigranjeiros; 
• Prédios pré-fabricados; e 
• Cantinas de obras, feiras, exposições e locais semelhantes. 
 
Alimentadas sob tensão igual ou inferior a 1000 v em CA, com freqüência 
inferior à 10 kHz, ou igual ou inferior a 1500 V em CC. 
 
A norma não abrange: 
 
• Equipamentos de tração elétrica; 
• Equipamentos elétricos de veículos auto motores. Navios e aeronaves; 
• Iluminação pública; 
• Rede publica de distribuição; e 
• Instalações de pára-raios em prédios. 
 13
 
Projeto: Atribuições e responsabilidade profissional 
 
Responsabilidade profissional do projetista: 
 
O projetista deverá obter habilitação especifica através de formação em setores 
educacionais especializados. 
 
 
 
Atribuições dos técnicos de Ensino Médio: 
 
 I - conduzir a execução técnica dos trabalhos de sua especialidade; 
 II - prestar assistência técnica no estudo e desenvolvimento de projetos e pesquisas 
tecnológicas; 
 Ill - orientar e coordenar a execução dos serviços de manutenção de equipamentos e 
instalações; 
 IV - dar assistência técnica na compra, venda e utilização de produtos e equipamentos 
especializados; 
 V - responsabilizar-se pela elaboração e execução de projetos compatíveis com a 
respectiva formação profissional. 
Obs. § 2º Os técnicos em Eletro técnica poderão projetar e dirigir instalações elétricas com 
demanda de energia de até 800 kva, bem como exercer a atividade de desenhista de sua 
especialidade. 
Projeto de instalações elétricas 
O levantamento das potências é feito mediante uma previsão das potências 
(cargas) mínimas de iluminação e tomadas a serem instaladas, possibilitando, assim, 
determinar a potência total prevista para a instalação elétrica residencial. 
 
 
A previsão de carga deve obedecer às prescrições da NBR 5410, item 4.2.1.2 
 
 
A planta a seguir servirá de exemplo para o levantamento das potências. 
 14
 
 
 
 
 
 
 15
RECOMENDAÇÕES DA NBR 5410 PARA 
 
O LEVANTAMENTO DA CARGA DE ILUMINAÇÃO 
 
1. Condições para se estabelecer a potência mínima de iluminação 
 
• prever pelo menos um, ponto de luz no teto comandado por um interruptor de 
parede. 
• arandelas no banheiro devem estar distantes, no mínimo, 60cm do limite do 
boxe. 
 
2. Condições para se estabelecer a potência mínima de iluminação. 
 
A carga de iluminação é feita em função da área do cômodo da residência. 
 
• Para área igual ou inferior a 6m² atribuir um mínimo de 100 VA. 
• Para área superior a 6m² atribuir um mínimo de 100 VA para os primeiros 
6m² acrescido de 60VA para cada aumento de 4m² inteiros. 
 
NOTA: a NBR 5410 não estabelece critérios para iluminação de áreas externas em 
residências, ficando a decisão por conta do projetista e do cliente. 
 
 
 16
RECOMENDAÇÕES DA NBR 5410 
PARA O LEVANTAMENTO DA CARGA DE TOMADAS 
 
1. Condições para se estabelecer a quantidade mínima 
de tomadas de uso geral (TUG’s). 
 
• Cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6m² no mínimo uma 
tomada. 
• Cômodos ou dependências com mais de 6m² no mínimo uma tomada para 
cada 5m ou fração de perímetro, espaçadas tão uniformemente quanto 
possível. 
• Cozinhas, copas, copas-cozinhas uma tomada para cada 3,5m ou fração de 
perímetro, independente da área. 
• Subsolos, varandas, garagens ou sótãos pelo menos uma tomada 
• Banheiros no mínimo uma tomada junto ao lavatório com uma distancia 
mínima de 60cm do limite do Box. 
 
 
 
NOTA: em diversas aplicações, é recomendável prever uma quantidade de 
tomadas de uso geral maior do que o mínimo calculado, evitando-se, assim, o 
emprego de extensões e benjamins (tês) que, além de desperdiçarem energia, 
podem comprometer a segurança da instalação. 
 
TOMADAS DE USO GERAL (TUG’S) 
Não se destinam à ligação de equipamentos específicos e nelas são sempre ligados: 
aparelhos móveis ou aparelhos portáteis. 
2. Condições para se estabelecer a potência mínima de tomadas de uso 
geral (TUG’s). 
 
• Banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, área de serviço, lavanderias 
e locais semelhantes, atribuir no mínimo, 600VA por tomada até 3 
tomadas. Atribuir 100VA para os excedentes. 
• Demais cômodos ou dependências atribuir no mínimo 100VA por 
tomada. 
 
3. Condições para se estabelecer a quantidade de tomadas de uso específico 
(TUE’s). 
 
A quantidade de TUE’s é estabelecida de acordo com o número de aparelhos de 
utilização que sabidamente vão estar fixos em uma dada posição no ambiente. 
 
TOMADAS DE USO ESPECÍFICO (TUE’S)- São destinadas à ligação de 
equipamentos fixos e estacionários, como é o caso de: 
 
 
 
 
 17
EX: 
 
 
Torneira elétrica 
 
 
 
 
NOTA: quando usamos o termo “tomada” de uso específico, não 
necessariamente queremos dizer que a ligação do equipamento à instalação 
elétrica irá utilizar uma tomada. Em alguns casos, a ligação poderá ser feita, 
por exemplo, por ligação direta (emenda) de fios ou por uso de conectores. 
 
4. Condições para se estabelecer a potência de tomadas de uso específico 
(TUE’s). 
 
- Atribuir a potência nominal do equipamento a ser alimentado. 
 
 
 18
 
 
 
 
 19
 
Levantamento da potênciatotal 
 
 
 = potência de iluminação 1080VA 
 Fator de potência a ser adotado = 1,0 
 1080 x 1,0 = 1080W 
 
Cálculo da potência ativa de 
Iluminação e TUG’S. 
 = potência de TUG’S = 6900VA 
 Fator de potência a ser adotado = 0,9 
 6900 VA X 0,9 = 6210W 
 
 
 
 
 
Cálculo da potência ativa 
Total. 
 = potência ativa de iluminação = 1080W 
 
 Potência ativa de TUG’S = 6210W 
 
 Potência ativa de TUE’S = 12.100W 
 Total = 19390w 
 
Calcular a demanda total do projeto: 
Demanda-É a relação da carga instalada com a carga estimada utilizada. 
OBS. Salvo exceções, nunca teremos todas as cargas funcionado ao mesmo 
tempo e continuamente para residências. 
 
Cálculo da demanda da instalação. 
Para o cálculo da demanda da instalação, utiliza-se a expressão: 
D= ( P1 X G1) + (P2 X G2) 
 
Onde: 
D- demanda da instalação, em volt,ampère (va) ou (kva) 
P1-Somatória das potencias da iluminação mais as tomadas de uso geral, em (va); 
P2- Potência das tomadas de uso específico, em (va) 
g1- fator de demanda para iluminação e TUG’S ( ver pág.26 – tabela-01 ). 
g2- fator de demanda para o número de TUE’S ( ver pág.26 – tabela-02 ). 
 
 
 
 20
Com os dados do quadro de cargas e divisão da instalação em circuitos, calcula-se: 
 
D= ( 7290 X 0,35 ) + ( 12.100 X 0,76 ) 
D= ( 2551,50 + 9196 ) 
D= 11.747,5W 
 
Como calcular a corrente do circuito de distribuição: 
 
1) SE O CIRCUITO FOR TRIFÁSICO 
 
I= P / raiz de 3 x tensão 
 
I= 12.365,7 / 1,73 x 220 
I= 12.365,7 / 380,6 
I= 32,49 A por fase 
 
2) SE O CIRCUITO FOR MONOFÁSICO 
 
I= P / tensão 
 
Como calcular a corrente dos circuitos parciais: 
 
I= POTÊNCIA / TENSÃO 
 
COMO DIMENCIONAR OS ELETRODUTOS DO PROJETO: 
Dimensionar eletrodutos é determinar o tamanho nominal do eletro duto para cada trecho da 
instalação. 
O tamanho nominal do eletroduto é o diâmetro externo do eletro duto expresso em mm, 
padronizado por norma. 
O tamanho dos eletrodutos deve ser de um diâmetro tal que os condutores possam 
ser facilmente instalados ou retirados. Para tanto é obrigatório que os condutores não 
ocupem mais que 40% da área útil dos eletrodutos. 
 
EX: 
 
 
 
 
 
 40% com condutores 
 
Considerando esta recomendação,a tabela abaixo fornece diretamente o tamanho do 
eletroduto. 
 
 
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Exemplos de circuitos elétricos residenciais 
 
1. Ligação de uma lâmpada comandada por interruptor simples. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. ligação de mais de uma lâmpada com interruptor simples 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBS. Ligar sempre a fase ao interruptor; o retorno ao contato do disco central 
da lâmpada; o neutro diretamente ao contato da base rosqueada da lâmpada; 
o fio terra à luminária metálica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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EXERCICÍOS: 
1) Faça um esquema elétrico de uma fotocélula comandando uma lâmpada de poste. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2) Faça um esquema elétrico, utilizando contacto, fotocélula para automatizar uma 
rua com 10 lâmpadas de poste de 1000w cada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3) Faça um esquema elétrico de um interruptor paralelo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4) Faça um esquema elétrico de um interruptor Intermediário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5) Qual é a finalidade da NB3/NBR 5410 ? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TABELAS PARA CÁLCULO DE DEMANDA 
 
 
TABELA 01 
 
Fato de demanda para as TUE’S é obtido em função do número de circuitos da 
TUE’S previstos no projeto. 
 
TABELA 02 
 
 
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Exemplo de quadro de distribuição 
 
 
 
 
 
 
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SIMBOLOGIA PADRONIZADA 
 
 
 
 
 
 
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Obs. Circuitos acima de 10 A devem ter um disjuntor para cada circuito. 
 
 
COMERCIAIS 
 
Escritórios com áreas iguais ou inferior a 40m² - 1 tomada a cada 3 m ou fração de 
perímetro, ou 1 tomada para cada 4 m², adotam-se o que conduzir ao maior número 
de tomadas. 
 
Escritórios com áreas superior a 40m² - 10 tomadas para os primeiros 40 m²; 1 
tomada para cada 10m² ou fração de área restante 
 
Lojas – 1 tomada para cada 30 m² ou fração, não computadas as tomadas destinadas 
a letreiros, vitrines e demonstração de aparelhos. 
 
 Obs. No caso das lojas considerem 200 VA por cada TUG. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DETERMINAÇÃO DE CONDUTORES 
 
Para definirmos a bitola dos condutores dos circuitos, deve-se levar em consideração a 
queda de tensão máxima admissível entre o quadro de distribuição e o ponto mais 
distante. 
A queda de tensão máxima admissível pela NBR 5410 é: 
 
• Iluminação e tomadas: 3% 
• Motores, fornos e outros circuitos indutivos: 5% 
 
O ideal é adotar no máximo 2% para ambos os casos. 
 
 
 
Na tabela a seguir, temos a seção mínima do condutor levando-se em consideração: 
 
 
 
• Material do eletroduto; 
• Corrente do projeto; 
• Fator de potencia; 
• Queda de tensão máxima admissível; 
• Comprimento do circuito; e 
• Tensão entre fases. 
 
 
 
/U V Axkm
Ipxl
∆
= 
 
 
Onde: 
 
 
∆ U= QUEDA DE TENSÃO ADMISSÍVEL EM VOLTS. 
Ip= CORRENTE DO CIRCUITO EM AMPÉRE 
L= DISTANCIA ENTRE O QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO E O PONTO MAIS 
DISTANTE DO CIRCUITO EM METROS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Circuito 1: 200W x 10 m= 2000 Wm, pela tabela poderia até utilizar o fio # 1,5 
mm², mas como a bitola mínima recomendada para é o # 2,5 mm², é esse que 
adotamos. 
 
Circuito 2: 1.500 W x 25 m= 37.500 Wm, # 6mm². 
 
Circuito 3: 3.600 W x 20 m= 72.000 Wm, # 10mm². 
 
Circuito 4: 1.000 W x 30 m= 30.000 Wm, # 4mm². 
 
Alimentador: 200W + 1.500w + 3.600w +1.000w = 6.300 w, como vamos atender a 
edificação com uma entrada trifásica, teremos: 
 
6300 w / 3 = 2.100 w x 50 m = 105.000 wm, # 16mm². 
 
Obs. Lembramos que estamos considerando que todos os pontos serão utilizados 
simultaneamente, sem fazermos a avaliação da potência demandada.

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