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PESQUISA OPERACIONAL Otimização de Redes e Filas e Simulação Fernando Tadeu Pongelupe Nogueira fernando.nogueira@prof.una.br PESQUISA OPERACIONAL Otimização de Redes e Filas e Simulação I – MODELOS DE OTIMIZAÇÃO DE REDES I - Introdução • O modelo de redes é utilizado em diversos ambientes: – Exemplos: • Redes de transporte; • Redes elétricas; • Redes de comunicações; • Etc... I - Introdução • As redes são utilizadas, também, em diversas áreas: – Exemplos: • Produção; • Distribuição; • Planejamento de projetos; • Administração de recursos; • Planejamento financeiro; • Etc... I - Introdução • Apesar das tendências em considerar o estudo de fluxo em rede, muitos outros problemas podem ser resolvidos através da teoria dos grafos. I - Introdução • Uma representação em rede fornece uma ferramenta conceitual e visual para descrever as relações entre os componentes de sistemas, que é utilizada praticamente em todos os campos de empreendimentos cientifico, social e econômico. • Muitos modelos de otimização de redes, na verdade, são tipos especiais de problemas de programação linear. I - Introdução • Neste capítulo, a ideia é apresentar 5 (cinco) tipos importantes de problemas de rede: – Problema do caminho mais curto; – Problema da árvore de expansão mínima; – Problema do fluxo máximo; – Problema do fluxo de custo mínimo; – Problema de determinar a forma mais econômica de se conduzir um projeto de modo que de possa ser cumprido no prazo (método CPM de relações tempo-custo). 1.1. Exemplo do protótipo • Ver arquivo WORD (AULA_001_TXT_001.DOC). 1.2. Conceitos Básicos em Teoria dos Grafos Grafo: • É uma noção simples, abstrata e intuitiva, usada para representar a ideia de alguma espécie de relação entre “objetos”. • Graficamente, aparece representado por uma figura com nós ou vértices, significando os objetos, unidos por um traço denominado aresta ou arco configurando a relação imaginada. 1.2. Conceitos Básicos em Teoria dos Grafos • Representação Matemática: G=(V,A) V - conjunto de vértices ou nós. A - conjuntos de arestas ou arcos entre os vértices. 1.2. Conceitos Básicos em Teoria dos Grafos Grafo Direcionado (Dígrafo): • Um Grafo é dito direcionado ou Dígrafo quando o sentido das ligações entre os vértices é considerado. • Neste exemplo, • V={1,2,3,4,5,6} e A={(3,1),(2,3),(4,3),(3,5),(6,6)}. • {V}= 6 , {A}= 5. 1.2. Conceitos Básicos em Teoria dos Grafos Grafo Valorado (Rede): • Uma rede é um grafo cujos vértices e/ou arestas têm associado valores numéricos (custos, capacidades, distâncias, e/ou suprimentos e demandas). • Este número é, frequentemente, referido como o peso da ligação. • A rede pode ser direcionada ou não direcionada - depende da necessidade, ou não, da indicação do fluxo entre os nós. 1.2. Conceitos Básicos em Teoria dos Grafos 1.2. Conceitos Básicos em Teoria dos Grafos Grafo Valorado (Rede): G=(V,A, c) V - conjunto de vértices ou nós. A - conjuntos de arestas ou arcos entre os vértices. c - peso associado aos vértices e/ou arcos. 1.2.1. Motivação Pontes de Königsberg: • Marco inicial da Teoria dos Grafos. • A cidade de Königsberg, na Prússia (agora Kalingrado, na Rússia), foi fundada em 1254 às margens do rio Pergel e tem 7 pontes que conectam suas 4 seções (A,B,C e D). • Problema: os habitantes queriam verificar se seria possível percorrer as quatro seções e voltar ao local de partida cruzando cada ponte exatamente uma vez. 1.2.1. Motivação 1.2.1. Motivação Pontes de Königsberg: •Resolvido em 1736 por Leonhard Euler. •Necessário um modelo para representar o problema. •Abstração de detalhes irrelevantes: Área de cada ilha; Formato de cada ilha; Tipo da ponte, etc. • Euler generalizou o problema através de um modelo de grafos. • Para haver solução é necessário que cada região tenha um número par de pontes associadas. 1.2.2. Aplicações Problema das 3 casas: •É possível conectar os 3 serviços em cada uma das casas sem haver cruzamento de tubulação? 1.2.2. Aplicações • Problemas que podem ser modelados e resolvidos como grafos e/ou redes: Projeto de uma rede de tubulações marítimas para ligar as bocas de poço de uma plataforma offshore de gás natural no golfo do México a um ponto de entrega na terra Árvore Geradora Mínima Determinação do caminho mais curto entre duas cidades em uma rede de rodovias existentes Problema de caminho mais curto 1.2.2. Aplicações • Problemas que podem ser modelados e resolvidos como grafos e/ou redes: Determinação de um esquema de fluxo de custo mínimo entre as bacias de petróleo e as refinarias por meio de uma rede de tubulações Problema de fluxo de custo mínimo 1.2. Conceitos Básicos em Teoria dos Grafos Exemplos de Redes e suas Terminologias: • Redes ferroviárias; • Redes de telecomunicações; • Redes de estradas; • Redes elétricas; • Redes de esgotos; • Redes de transportes; • Redes de atividades → programação de atividades em grandes projetos. 1.2. Conceitos Básicos em Teoria dos Grafos 1.3. Terminologia das redes • É uma terminologia extensa, pois existem vários tipos de redes e de componentes. • Uma rede é formada por um conjunto de pontos e de traços que conectam certos pares de pontos. 1.3. Terminologia das redes • Os pontos são chamados nós (ou vértices). – Conforme se pode verificar na figura do próximo slide, esta possui 7 (sete) nós designados por 7 (sete) círculos (O, A, B, C, D, E, T). 1.3. Terminologia das redes Figura 1: Sistema de pequenas estradas par o Seervada Park. 1.3. Terminologia das redes • Os traços são chamados arcos (ou ligaçoes ou bordas ou ramificações). – Conforme se pode verificar na figura do slide anterior, esta possui 12 (doze) arcos correspondentes a 12 (doze) estradas no sistema viário do Parque. – Os traços são identificados nomeando-se os nós em cada extremidade. • Exemplo: AB é o arco entre os nós A e B. 1.3. Terminologia das redes • Os arcos podem ser: – (a) Direcionados: quando o fluxo através de um arco é permitido apenas em uma direção. • Nó de partida: A; • Nó de chegada: B; • Notação: A B ou simplesmente AB. 1.3. Terminologia das redes • Os arcos podem ser: – (b) Não direcionados: quando o fluxo através de um arco é permitido em ambas as direções. • Geralmente são chamados de ligações; • O fluxo real será o fluxo líquido (a diferença entre os fluxos designados nas duas direções). – Exemplo: fluxo AB igual a 10 e fluxo BA igual a 4 então o fluxo real será 6, ou seja, será o fluxo líquido: 10 – 4 = 6. 1.3. Terminologia das redes • Os redes podem ser: – (a) Direcionadas: aquelas que possuem apenas arcos direcionados; – (b) Não direcionadas: aquelas que só possuem arcos não direcionados; e – (c) “Mista”: aquelas que possuem os dois tipos de arcos, ou seja, possuem arcos direcionados e arcos não direcionados. 1.3. Terminologia das redes • Um caminho entre dois nós é uma sequência de arcos distintos conectando esses nós. – Exemplo: • Na rede de estradas do Seervada Park (Figura 1), o caminho OT é a sequência de arcos OB-BD-DT (OBDT), ou vice-versa (lembre-se que os arcos nesta rede (Figura1) não são direcionados). 1.3. Terminologia das redes • Um caminho pode ser: – (a) Direcionado: quando o caminho vai do nó “i” para o nó “j” e é uma sequência de arcos conectados cuja direção (se houver alguma) será no sentido do nó “j”, de modo que o fluxo do nó “i” para o nó “j” ao longo desse caminho desejável. 1.3. Terminologia das redes • Um caminho pode ser: – (b) Não direcionado: quando o caminho vai do nó “i” para o nó “j” e é uma sequência de arcos conectados cuja direção (se houver alguma) pode ser tanto no sentido do nó “i” para o nó “j” quanto do nó “j” para o nó “i”. 1.3. Terminologia das redes • Exemplo de caminho direcionado e não direcionado: Exs: - Caminho Direcionado: AB-BC-CE - Caminho Não Direcionado: BC-AC-AD 1.3. Terminologia das redes • Observação: – Um caminho direcionado também satisfaz a definição de um caminho não direcionado, mas o inverso não é verdadeiro. 1.3. Terminologia das redes • Exemplos: Figura 2: Exemplo de rede. 1.3. Terminologia das redes • Exemplos: – A e B Fábricas – D e E Depósitos – C Centro de Distribuição – Arcos rotas marítmas. 1.3. Terminologia das redes • Exemplos: – AB-BC-CE (ABCE) caminho direcionado do nó “A” para o nó “E” é um caminho viável; – BC-AC-AD (BCAD) ´ não é um caminho direcionado do nó “B” para o nó “D” não é um caminho viável (AC não é um fluxo direcionado de “C” para “A”). • No entanto, BC-AC-AD é um caminho não direcionado do nó “B” para o nó “D”, pois a sequência acima conecta esses dois pontos. 1.3. Terminologia das redes • Chama-se de ciclo o caminho que começa e termina no mesmo nó. – Numa rede direcionada, um ciclo será direcionado ou não direcionado, dependendo se o caminho em questão for direcionado ou não. • Ex: DE-ED é um ciclo direcionado. • Ex: AB-BC-AC é um ciclo não direcionado. 1.3. Terminologia das redes Figura 3: Exemplo de rede. 1.3. Terminologia das redes • Observação: – OB-BO não pode ser qualificado como ciclo, visto que OB e BO são dois nomes para o mesmo arco (um único arco). – ED-DE é um ciclo direcionado, pois DE e ED são arcos distintos (DE é um arco e ED é outro arco). 1.3. Terminologia das redes • Dois nós são ditos conectados caso a rede contenha pelo menos um caminho não direcionado entre eles (OBS: o caminho não precisa ser direcionado mesmo se a rede for direcionada). • Uma rede conectada é uma rede no qual todo par de nós é conectado. 1.3. Terminologia das redes Teoria dos Grafos e Aplicações 16 2.10 - Conexidade Um Grafo G = (V, E) é conexo se para todo par de vértices existe pelo menos uma cadeia entre eles, por outro lado, se existir pelo menos um par de vértices que não é unido por nenhuma cadeia diz-se que o grafo é não-conexo, ou desconexo. Veja os exemplos da Figura 2.12. Figura 2.12 - Grafos Conexo ( G1 ) e Desconexo ( G2 ) Observe que o conceito de conexidade em grafos orientados não exige que haja um caminho ligando qualquer par de vértices, se isto acontecer diz-se que o grafo é fortemente conexo o que significa dizer que dados dois vértices “v” e “w” quaisquer, cada um pode ser atingido a partir do outro, ou seja partindo de “v” pode-se chegar a “w” ou vice-versa. A Figura 2.13 mostra um exemplo. Figura 2.13 - Grafo Dirigido Fortemente Conexo Como aplicação deste conceito podemos dizer que uma das características mais importante de uma rede de comunicação (telefonia, por exemplo) é sua conexidade. 8 5 3 4 8 Teoria dos Grafos e Aplicações 16 2.10 - Conexidade Um Grafo G = (V, E) é conexo se para todo par de vértices existe pelo menos uma cadeia entre eles, por outro lado, se existir pelo menos um par de vértices que não é unido por nenhuma cadeia diz-se que o grafo é não-conexo, ou desconexo. Veja os exemplos da Figura 2.12. Figura 2.12 - Grafos Conexo ( G1 ) e Desconexo ( G2 ) Observe que o conceito de conexidade em grafos orientados não exige que haja um caminho ligando qualquer par de vértices, se isto acontecer diz-se que o grafo é fortemente conexo o que significa dizer que dados dois vértices “v” e “w” quaisquer, cada um pode ser atingido a partir do outro, ou seja partindo de “v” pode-se chegar a “w” ou vice-versa. A Figura 2.13 mostra um exemplo. Figura 2.13 - Grafo Dirigido Fortemente Conexo Como aplicação deste conceito podemos dizer que uma das características mais importante de uma rede de comunicação (telefonia, por exemplo) é sua conexidade. 8 7 5 3 Figura 4: Rede conectada. Figura 5: Rede não conectada. • Exemplo de rede conectada e não conectada: 1.3. Terminologia das redes • ÁRVORE – Árvore é uma rede conectada sem ciclos não direcionados formado por um subconjunto de todos os nós. – Árvore de expansão (geradora) é uma rede conectada de todos os “n” nós sem ciclos direcionados. • Cada árvore de expansão tem exatamente “n-1” arcos. 1.3. Terminologia das redes • ÁRVORE – Exemplo de crescimento de uma árvore através de um arco: (a) Os nós sem arcos (b) uma árvore com 1 arco (c) uma árvore com 2 arcos (d) uma árvore com 3 arcos (e) uma árvore de expansão 1.3. Terminologia das redes • Capacidade do arco é a quantidade máxima de fluxo (possivelmente finita) que pode ser transportada em um arco direcionado. 1.3. Terminologia das redes • Para nós, é feita uma distinção entre aqueles que são geradores de fluxo líquido, que absorvem fluxo ou nenhum dos dois: – Um nó de suprimento (ou nó de origem ou origem) tem a propriedade de que o fluxo que sai do nó excede o fluxo que entra no nó. 1.3. Terminologia das redes • Para nós, é feita uma distinção entre aqueles que são geradores de fluxo líquido, que absorvem fluxo ou nenhum dos dois: – Um nó de demanda (ou nó escoador ou escoadouro) tem a propriedade de que o fluxo que entra do nó excede o fluxo que sai no nó. 1.3. Terminologia das redes • Para nós, é feita uma distinção entre aqueles que são geradores de fluxo líquido, que absorvem fluxo ou nenhum dos dois: – Um nó de transbordo (ou nó intermediário) satisfaz a conversão do fluxo, de modo que o fluxo que entra seja igual ao fluxo que sai. 1.3. Terminologia das redes • Representação de Grafos: Matriz de Incidência • Seja um grafo G=(V,A) em que |V|=n e |A|=m. Uma matriz de incidência An x m nó-arco é representada por: – Uma linha para cada nó; – Uma coluna para cada arco. 1.3. Terminologia das redes • Representação de Grafos: Matriz de Incidência – Cada elemento (i,j) assume os seguintes valores: i nó ao incidente é não j arco o se 0, i nó no chega j arco o se 1,- i nó do sai j arco o se ,1 ija 1.3. Terminologia das redes • Exercício: Monte o grafo a partir da matriz de incidência abaixo: 1.3. Terminologia das redes • Solução: a1 a2 a3 a4 a5 a6 a7 a8 a9 a10 a11 Agradecimento • Agradeço à Profa. Alaine Cardoso Silva (Msc) pelas orientações e materiais que serviram de base para elaboração deste power point. BibliografiaHILLIER, Frederick S. e LIEBERMAN, Gerald J. Introdução à Pesquisa Operacional. 9ª edição. Porto Alegre: AMGH Editora Ltda (McGraw Hill), 2013. Capitulo 9 – pg. 341- 403.
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