Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Amebíase Prof.ª Dr.ª Jessica Bezerra dos Santos Rodrigues jbsnutri@gmail.com • Problema de saúde pública - 100.000 óbitos / ano - 2ª causa de morte parasitoses • Século XX - 12% 10% sintomático INTRODUÇÃO MORFOLOGIA BIOLOGIA TRANSMISSÃO PATOLOGIA IMUNOLOGIA DIAGNÓSTICO EPIDEMIOLOGIA PROFILAXIA E TRATAMENTO Amebíase Entamoeba histolytica Entamoeba dispar Hipótese rejeitada •Variedade de virulência da E. histolytica Década de 80 •Perfil isoenzimático •Diferenças imunológicas e genéticas OMS - 1977 – E. dispar •Assintomáticos INTRODUÇÃO MORFOLOGIA BIOLOGIA TRANSMISSÃO PATOLOGIA IMUNOLOGIA DIAGNÓSTICO EPIDEMIOLOGIA PROFILAXIA E TRATAMENTO Definição Amebíase é uma infecção sintomática ou assintomática causada pela Entamoeba histolytica INTRODUÇÃO MORFOLOGIA BIOLOGIA TRANSMISSÃO PATOLOGIA IMUNOLOGIA DIAGNÓSTICO EPIDEMIOLOGIA PROFILAXIA E TRATAMENTO • Reino: Protozoa • Filo: Sarcomastigophora • Subfilo: Sardocina • Ordem: Amoebida • Família: Entamoebidae • Gêneros: Entamoeba Iodamoeba Endolimax INTRODUÇÃO MORFOLOGIA BIOLOGIA TRANSMISSÃO PATOLOGIA IMUNOLOGIA DIAGNÓSTICO EPIDEMIOLOGIA PROFILAXIA E TRATAMENTO Entamoeba histolytica •Entamoeba •E. histolytica •E. hartmanni •E. dispar •E. coli • Iodamoeba butschlii •Endolimax nana MORFOLOGICAMENTE IDÊNTICAS INTRODUÇÃO MORFOLOGIA BIOLOGIA TRANSMISSÃO PATOLOGIA IMUNOLOGIA DIAGNÓSTICO EPIDEMIOLOGIA PROFILAXIA E TRATAMENTO TROFOZOÍTOS CISTO Diagnóstico diferencial INTRODUÇÃO MORFOLOGIA BIOLOGIA TRANSMISSÃO PATOLOGIA IMUNOLOGIA DIAGNÓSTICO EPIDEMIOLOGIA PROFILAXIA E TRATAMENTO Observação em várias estruturas e em mais de um exemplar Trofozoítos intestinos, úlceras, fezes diarréicas Cistos fezes normais TROFOZOÍTOS CISTO Como diferenciar? INTRODUÇÃO MORFOLOGIA BIOLOGIA TRANSMISSÃO PATOLOGIA IMUNOLOGIA DIAGNÓSTICO EPIDEMIOLOGIA PROFILAXIA E TRATAMENTO Tamanho do cisto ou trofozoíto Estrutura e número de núcleos no cisto Formas de cisto e trofozoíto Distinção entre as espécies não é fácil Trofozoíto fresco • Entamoeba hartmanni • Trofozoíto • 7 – 12 µm • Ecto e endoplasma • Cariossoma puntiforme central/excêntrico • Cisto • 5 – 10 µm • 4 núcleos • Corpos cromatóides pequenos arredondados/quadrados • Núcleos menores e a cromatina mais fina (trofozoíto) TROFOZOÍTOS CISTO COMENSAL INTRODUÇÃO MORFOLOGIA BIOLOGIA TRANSMISSÃO PATOLOGIA IMUNOLOGIA DIAGNÓSTICO EPIDEMIOLOGIA PROFILAXIA E TRATAMENTO • Entamoeba coli • Trofozoíto • 20 – 50 µm • Citoplasma não diferenciado • Cariossoma grande e excêntrico • Cisto • 15 – 20 µm • Até 8 núcleos • Corpos cromatóides finos TROFOZOÍTO CISTO COMENSAL INTRODUÇÃO MORFOLOGIA BIOLOGIA TRANSMISSÃO PATOLOGIA IMUNOLOGIA DIAGNÓSTICO EPIDEMIOLOGIA PROFILAXIA E TRATAMENTO • Iodamoeba butschlii • Trofozoíto • 10 – 15 µm • Núcleo com membrana espessa • Cariossoma grande e central • Cisto • 10 – 15 µm • 1 núcleo • Grande vacúolo de glicogênio TROFOZOÍTO CISTO COMENSAL INTRODUÇÃO MORFOLOGIA BIOLOGIA TRANSMISSÃO PATOLOGIA IMUNOLOGIA DIAGNÓSTICO EPIDEMIOLOGIA PROFILAXIA E TRATAMENTO É muito comum entre nós, mas não é patogênica. • Endolimax nana • Trofozoíto • 10 – 12 µm • Membrana nuclear fina • Cariossoma grande e irregular • Cisto • 8 µm - oval • 4 núcleo pequenos • Corpos cromatóides pequenos e ovoides TROFOZOÍTOS CISTO COMENSAL INTRODUÇÃO MORFOLOGIA BIOLOGIA TRANSMISSÃO PATOLOGIA IMUNOLOGIA DIAGNÓSTICO EPIDEMIOLOGIA PROFILAXIA E TRATAMENTO • Entamoeba histolytica • Trofozoíto • 20 – 40 µm (60 µm) • Pleomórfico / pseudópodes • Inclusões • Eritrócitos (invasivo) • Bactérias, grãos de amido... (não invasivo) • Ectoplasma (claro) • Endoplasma (vacúolos, núcleo, restos alimentares...) PATOGÊNICA INTRODUÇÃO MORFOLOGIA BIOLOGIA TRANSMISSÃO PATOLOGIA IMUNOLOGIA DIAGNÓSTICO EPIDEMIOLOGIA PROFILAXIA E TRATAMENTO MINUTA MAGNA https://www.youtube.com/watch?v=4XlzCe5gDu0 https://www.youtube.com/watch?v=x1ErCyZCFw8 • Núcleo esférico • Membrana nuclear delgada cromatina justaposta • Cariossoma central (endossoma) PATOGÊNICA INTRODUÇÃO MORFOLOGIA BIOLOGIA TRANSMISSÃO PATOLOGIA IMUNOLOGIA DIAGNÓSTICO EPIDEMIOLOGIA PROFILAXIA E TRATAMENTO https://www.youtube.com/watch?v=93a9XyQ2Jx0 • Cisto • 8 - 20 µm • Esféricos / ovais • 1 – 4 núcleos • Cariossoma pequeno / central • Corpos cromatóides bastonetes • Vacúolos de glicogênio PATOGÊNICA INTRODUÇÃO MORFOLOGIA BIOLOGIA TRANSMISSÃO PATOLOGIA IMUNOLOGIA DIAGNÓSTICO EPIDEMIOLOGIA PROFILAXIA E TRATAMENTO https://www.youtube.com/watch?v=7Kcg6Z-zh1k Anaeróbios 5% oxigênio GLICOSE ETANOL + ATP + CO2 Locomoção Pseudópodes Ingestão de Alimentos Fagocitose / pinocitose Multiplicação Divisão binária GLICÓLISE ANAERÓBICA INTRODUÇÃO MORFOLOGIA BIOLOGIA TRANSMISSÃO PATOLOGIA IMUNOLOGIA DIAGNÓSTICO EPIDEMIOLOGIA PROFILAXIA E TRATAMENTO Ciclo Biológico MONOXÊNICO INTRODUÇÃO MORFOLOGIA BIOLOGIA TRANSMISSÃO PATOLOGIA IMUNOLOGIA DIAGNÓSTICO EPIDEMIOLOGIA PROFILAXIA E TRATAMENTO estômago Ciclo Patogênico • Ingestão de cistos maduros • Alimentos • Água • Pessoa a pessoa • Mãos contaminadas • Aglomerações humanas • Manipuladores de alimentos assintomáticos CONTAMINADOS DEJETOS HUMANOS INTRODUÇÃO MORFOLOGIA BIOLOGIA TRANSMISSÃO PATOLOGIA IMUNOLOGIA DIAGNÓSTICO EPIDEMIOLOGIA PROFILAXIA E TRATAMENTO • Variabilidade do potencial patogênico (hospedeiro) • E. coli, Salmonella, Shiguela... ↑ virulência INVASÃO DOS TECIDOS (Barreira epitelial) Forte adesão (lectinas) Fagocitose PROGRESSÃO E DESTRUIÇÃO DOS TECIDOS (invasão da mucosa) Movimentos ameboides Liberação de enzimas proteolíticas FORMAÇÃO DE ULCERAÇÕES Multiplicação Penetração nos tecidos INVASÃO DE OUTROS ÓRGÃOS Vasos sanguíneos Fígado Pulmão Cérebro Pele INTRODUÇÃO MORFOLOGIA BIOLOGIA TRANSMISSÃO PATOLOGIA IMUNOLOGIA DIAGNÓSTICO EPIDEMIOLOGIA PROFILAXIA E TRATAMENTO Patogenia • Período de incubação Variável (7dias a 4 meses) M an if es ta çõ es c lín ic as Amebíase intestinal Forma assintomática Forma sintomática Colites não disentéricas Colites disentéricas Amebíase extraintestinal 80-90% Cistos nas fezes ↑ frequente 2-4 evacuações /dia Desconforto abdominal Período silencioso Disenteria aguda Muco e sangue Cólicas intensas Tenesmo, náuseas, vômito, calafrio, febre 8-10 evacuações /dia Crianças ↓ idade, grávidas, imunodeprimidos e desnutridos Abscesso hepático / pulmonar / cerebral Ulcerações na pele Dor / febre / hepatomegalia • Diagnóstico clínico – Sintomas comuns a várias doenças intestinais • Diagnóstico laboratorial – Exame de fezes MAIS USADO!!!! • Fezes diarreicas (trofozoíto) – Exame a fresco – 20-30 min – Conservantes (SAF) • Fezes formadas (cistos) – Exame direto – lugol – Método de concentração (Hoffman) ELIMINAÇÃO INTERMITENTE DOS CISTOS D S T Q Q S S INTRODUÇÃO MORFOLOGIA BIOLOGIA TRANSMISSÃO PATOLOGIA IMUNOLOGIA DIAGNÓSTICO EPIDEMIOLOGIA PROFILAXIA E TRATAMENTO • Diagnósticolaboratorial – Imunológico (extraintestinal) • ELISA • IFI • Hemaglutinação indireta • Contraimunoeletroforese • Imunodifusão em gel de ágar • Radioimunoensaio • Pesquisa de coproantígenos – ELISA – Outros • Retossigmoidoscopia – visualização das ulcerações • Radiografia, ultrassonografia, tomografia, ressonância magnética (localização de abscessos) INTRODUÇÃO MORFOLOGIA BIOLOGIA TRANSMISSÃO PATOLOGIA IMUNOLOGIA DIAGNÓSTICO EPIDEMIOLOGIA PROFILAXIA E TRATAMENTO FORMA INVASIVA 10% CONDIÇÕES DE HIGIENE EDUCAÇÃO SANITÁRIA ALIMENTAÇÃO INTRODUÇÃO MORFOLOGIA BIOLOGIA TRANSMISSÃO PATOLOGIA IMUNOLOGIA DIAGNÓSTICO EPIDEMIOLOGIA PROFILAXIA E TRATAMENTO 19% 10% 10% Colites não disentéricas Assintomático Colites disentéricas Abscessos hepático INTRODUÇÃO MORFOLOGIA BIOLOGIA TRANSMISSÃO PATOLOGIA IMUNOLOGIA DIAGNÓSTICO EPIDEMIOLOGIA PROFILAXIA E TRATAMENTO México; Ásia; África Mais frequente em adultos INTRODUÇÃO MORFOLOGIA BIOLOGIA TRANSMISSÃO PATOLOGIA IMUNOLOGIA DIAGNÓSTICO EPIDEMIOLOGIA PROFILAXIA E TRATAMENTO Algumas profissões são mais atingidas (trabalhadores da rede de esgoto) Portadores assintomáticos são os principais responsáveis pela contaminação de alimentos e disseminação de cistos Viabilidade dos cistos ao abrigo da luz e umidade adequada 20 dias diagnosticar e tratar portadores assintomáticos - manipuladores de alimentos campanha de educação sanitária combate às moscas e baratas lavar bem e tratar todos os alimentos crus investimentos em saneamento básico vacina - sucesso em cobaias INTRODUÇÃO MORFOLOGIA BIOLOGIA TRANSMISSÃO PATOLOGIA IMUNOLOGIA DIAGNÓSTICO EPIDEMIOLOGIA PROFILAXIA E TRATAMENTO Teclosan Etofamida Emetina Diidroemetina Cloroquina fígado INTRAMUSCULAR ↑ TÓXICOS ASSINTOMÁTICO COLITES NÃO DESENTÉRICAS INTRODUÇÃO MORFOLOGIA BIOLOGIA TRANSMISSÃO PATOLOGIA IMUNOLOGIA DIAGNÓSTICO EPIDEMIOLOGIA PROFILAXIA E TRATAMENTO Atividade de Fixação 1.Uma criança de 2 anos de idade foi levada ao posto de saúde pela mãe, a qual relatou que sua filha estava apresentando irritação, disenteria aguda com a presença de muco e sangue nas fezes, cólicas intensas, vômito, calafrio, febre e mais de 8 evacuações. Levando em consideração que esta criança estava com amebíase, ao realizado um exame microscópico destas fezes, qual a forma evolutiva seria observada? Explique o porquê? Atividade de Fixação 2.Descreva o ciclo biológico dessa ameba patogênica. 3.Quais as formas de transmissão da amebíase? 4.Quais as manifestações clínicas encontradas na amebíase extra intestinal? 5. Ao examinar uma amostra de fezes utilizando um microscópio, o bioquímico liberou o resultado do exame da seguinte forma: “Presença de cistos de Entamoeba histolytica”. Existe alguma outra ameba que apresenta morfologia idêntica a Entamoeba histolytica? Qual?
Compartilhar