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Visão domiciliar: a dimensão psicológica do espaço habitado

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Visão domiciliar: a dimensão psicológica do espaço habitado
- A casa é o primeiro nicho de identidade. É a que reflete, através de suas configurações, divisões e organização o psiquismo grupal e revela a experiência afetiva daqueles que a habitam. 
- Uma crítica comum a essa prática é no que se refere a alteração dos comportamentos habituais da família em razão da presença de um estranho. Porém, Ackerman diz que essas mudanças se dão apenas em grau e não em qualidade. 
- A função da visita é basicamente observar os padrões de interação familiar. Tem ainda o interesse especial no clima emocional da casa, na identidade psicossocial da família e na sua expressão em um ambiente definido. Ela é apenas um meio de avaliar a família e deve ser integrada a outros achados. 
- Também tem como objetivo entrar em contato com o espaço da criança, ou seja, não só com quem ela vive, mas como vive. Ackerman propõe que a visita domiciliar seja informal e que pode durar de duas a três horas, mas a nossa dura entre 40 minutos ou, no máximo, uma hora. 
- O profissional que realiza a visita deve fazer seu relatório de memória, uma vez que fazer anotações na hora pode prejudicar a espontaneidade da experiência. Porém, ele deve ter em mente os dados que compõem o roteiro, com direcionamento para as observações a serem realizadas, o que, nesse caso, configuraria uma visita semiestruturada. 
- As reações ao visitante podem ser interessantes: algumas vezes, ele é visto como aliado: sua aprovação é necessária e sua atenção é disputada. Outras vezes, ele é visivelmente excluído, sendo deixado de lado.
- Agendam-se as visitas (escolar e domiciliar) com os pais após as entrevistas iniciais, de anamnese e as sessões com as crianças. A visita só é realizada se houver concordância dos pais e das crianças, porém, se houver recusa esta será explorada fazendo parte do entendimento global da situação. 
- É preciso observar: 
O tempo de permanência na casa; 
Cada membro da família e suas interações; 
Aspectos da casa que mais chamaram atenção; 
Deixar que a visita ocorresse na parte escolhida pela família;
As devolutivas deveriam ser feitas somente no setting terapêutico;
Somente observação e percepção e sem fazer qualquer tipo de intervenção; 
Ficar atento à postura e atitude ética.
- As visitas deverão ocorrer quando todos ou a maioria dos moradores estiverem presentes. Porém, isto não vai acontecer muito.
- É mais confortável para os pais e as crianças quando a visita é realizada no momento em que há maior grau de intimidade e confiabilidade, evitando a fantasia de que o psicólogo deseja investigar sua casa e as pessoas de sua família. Todavia, a visita não pode perder o cunho de um trabalho profissional e assumir um caráter de visita social, embora sociabilidade da ação deve ser preservada, o que faz com que certa informalidade seja esperada. 
- O fato das intervenções serem feitas durante a visita ou na devolutiva dependerá das condições de compreensão do psicólogo, e de sua possibilidade de avaliar em prontidão o paciente para recebê-las, e assim produzir seus efeitos terapêuticos. A dinâmica familiar, somada a forma como se é recebido na casa fornece dicas se é próprio ou não aplicar a intervenção.
- A visita deve ser encerrada quando os elementos capturados forem suficientes para a compreensão diagnóstica.

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