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TEXTO COMPLEMENTAR Disciplina: COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL Professora: SOLIMAR GARCIA Comunicação Interna, Canais e Redes Sociais: Os desafios na era da informação. Disponível em: https://pt.linkedin.com/pulse/comunica%C3%A7%C3%A3o-interna- canais-e-redes-sociais-os-desafios-gustavo-sim%C3%B5es, acesso em 14 dez. 2017. Publicado em 1 de julho de 2016 Gustavo Simões Relações Públicas, Coaching e Gerente de Comunicação e Marketing Estamos em um momento de grandes transformações. O costume e a rotina das pessoas e das organizações sofreram inúmeras modificações. Novas atitudes preenchem o nosso dia a dia e novos conceitos estão presentes e intrínsecos como padrões normais em uma vida corriqueira e rodeada de informação. A Internet mudou repentinamente a vida das pessoas, porém sua facilidade tem nos tornado cada vez mais dependentes da tecnologia, ora até mesmo para nos comunicarmos. Com isso, novas terminologias também incorporaram o vocabulário e a compreensão de muita gente. Desde o mais refinado ao tradicional, ambos, sofreram mutações. As ações e costumes também foram modificados. Podemos classificar esse crescente movimento como uma revolução da comunicação e uma grande transformação na informação. Trata-se de um novo ciclo na rotina e na cultura popular mundial. A era da informação alterou radicalmente os paradigmas da comunicação e os padrões que atendiam satisfatoriamente as gerações anteriores. A ruptura dos antigos modelos afetou alguns conceitos populares, mercadológicos e institucionais. A passagem do “antigo e devagar” para o “acessível e dinâmico” não foi algo de fácil adaptação. Tanto que especulações e incoerências trouxeram à algumas organizações, gastos desnecessários e excessivos originando o efeito "bolha", onde muitos empreendedores comprometeram seus investimentos sem antes planejar-se e de fato, compreender os públicos que permeiam seus negócios para estabelecer uma comunicação que os mantenham ligados à sua cadeia de relacionamento. Toda revolução tem a sua consequência, neste caso não foi diferente. A era da informação trouxe inúmeros benefícios para a humanidade, a principal delas, como já mencionado é o dinamismo e a agilidade na propagação da informação, seja para enviar e receber conteúdos, ou até mesmo para acessá-los a qualquer instante, independente do dia e hora, basta encontrar um ponto que tenha uma conexão com a internet e pronto, você estará frente a um grande acervo para explorar vários conteúdos de maneira bastante ágil e globalizada. Não podemos nos esquecer que, com isso crescem também os desafios. A comunicação interna deve ser vista pela organização como um setor planejado e articulado para apoiar estratégias e ampliar resultados, tendo sempre como principal fomento a conexão entre pessoas e a organização, para criar propósitos e as estimularem sempre. Para alcançar tal efeito, deve-se levar em consideração o universo cognitivo que cada pessoa possui. Assim, além de maior compreensão e adesão à mensagem, você amplia os estímulos através das palavras e direciona a audiência para o objetivo que tem de ser atingido através do poder da comunicação. Considerando todos os aspectos da comunicação interna, não menos importante do que o que você realmente precisa dizer é, escolher o veículo adequado para levar a sua mensagem e estabelecer conexão com a sua audiência de forma assertiva. Uma pesquisa realizada pela agência About.com, aponta que o fato das pessoas não terem propósitos profissionais claros e estabelecidos dentro de uma empresa, está fortemente relacionado à problemas na comunicação. De acordo com os pesquisadores, a incompreensão no sentido da gestão e a má comunicação, fazem com que as pessoas, na maioria das vezes não entendam o seu papel dentro da organização e tornem os seus esforços pouco potencializados, ou seja, empresas que se comunicam mal tendem a estabelecer diálogos que não apoiam as estratégias do negócio e pouco engajam seus funcionários. Agora, se utilizada de forma planejada e integrada, considerando as características de sua audiência e o veículo utilizado para estabelecer esta conexão, a comunicação tem ainda o poder de criar propósitos e estabelecer de fato, um grande negócio entre a empresa e seus funcionários – o funcionário pode ser visto dentro de uma organização como negócio, uma vez que seu trabalho se dá em prol de um acordo em que há trocas e negociações. Levando em consideração seu poder de influenciação nos resultados, esta interação ainda pode impactar nos objetivos atingidos que, ora podem ser alcançados por sua capacidade de produção (apoiado à tecnologias) ou até mesmo pelos valores intelectuais, que geram resultados. Ainda que para isso apoiem-se em comunicação interna para facilitar este processo e consigam alcançar os objetivos que ambos estabeleceram. Como destaca a pesquisa, esta falta de comunicação, se não diagnosticada pode ser tornar um problema generalizado. Por isso, o grande potencial para levar mensagens claras e efetivas, pode estar diretamente atrelado a utilização adequada dos veículos de comunicação. A utilização dos meios convencionais tem caído em desuso cada vez mais pelas organizações, grande causa deve-se aos seus empecilhos, visto que, na maioria das vezes, concentram as informações agrupadas e não são capazes de direcioná-las com uma abordagem personalizada, que tende a agradar mais sua audiência, seja ela interna ou mesmo externa, como no caso de clientes e principais stakeholders. Com a presente era da informação e a crescente onda da interatividade, comunicar-se apenas de forma unilateral já não é mais suficiente, as empresas estão tendo que adaptar suas mensagens e inovar em seus veículos de comunicação, investindo cada vez mais em ações para criar relacionamentos institucionais, até por que, o reconhecimento e a admiração por uma marca e/ou empresa, podem ter um peso ainda maior do que o próprio produto na hora de interferir em uma decisão. Em contrapartida, cresce também o volume e a variedade de informações, ambos aumentam com uma velocidade impressionante e na maioria das vezes são apoiadas pelas redes digitais. Navegar nesse “oceano digital” para estabelecer diálogo claro com a sua audiência, é um desafio que vem sendo muito bem interpretado pela maioria das empresas de médio à grande porte, sob a minha percepção. Outro ponto muito importante está no quanto a comunicação engaja a liderança. Até por que, eles são um dos recursos primordiais para que a empresa consiga solidificar e atingir os seus objetivos. A comunicação disseminada por este público interno reflete como um espelho da cultura organizacional, e permeia de fato o discurso que deve ser alinhado com a empresa para que os outros o reconheça como um grande apoiador do negócio. No processo de gerenciamento humano, se a liderança não tem uma comunicação clara, eficaz, a organização certamente ficará no mesmo patamar. Os líderes têm grande papel em qualquer negócio, seja ele de pequeno, médio ou grande porte. Independente de setor, quanto maior o contato e envolvimento com seus colaboradores, mais fomentarão o engajamento e relevância para o desenvolvimento da instituição. É nítido que com os avanços da comunicação seu papel deixou de ser “mandatório e setorial”, hoje devem ser vistos como verdadeiros embaixadores da comunicação, apoiando o discurso da empresa e levando mensagens chaves para o seu público interno. E para que isso aconteça de forma estratégica e bastante alinhada a filosofia da empresa, é necessário ter um profissional que o auxilie e crie ambientes propícios para esse fomento e canalização das mensagens internas de forma integrada. Por fim, podemos ampliar nossos olhares paraa comunicação interna, entendendo que os canais e Redes Digitais são nossas principais oportunidades de tornar significativa nossa troca de mensagens, aproveitando cada ferramenta para atingir sua audiência de forma personalizada, compreendendo principalmente cada uma de suas singularidades. Os desafios na era da informação são sempre imprevisíveis. É preciso inovar, conhecer, antever e principalmente fazer acontecer de forma compartilhada. Não dá mais para se pensar em estratégias de comunicação interna que atenda apenas um setor, cada pessoa dentro de uma organização atua como um organismo do nosso corpo, embora tenham suas funções individuais, atuam todos para o equilíbrio comum.
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