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VARGAS, José Cirilo de. Instituições de Direito Penal, Parte Geral,

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Dara Aldeny Lima Alves
16/0117372
RESUMO: VARGAS, José Cirilo de.Instituições de Direito Penal, Parte Geral, vol. 1, tomo II. Rio de Janeiro: Forense, 1998, pp. 221-242
PRESCRIÇÃO
Aprescrição é a extinção da punibilidade em decorrência da passagem do tempo. Nesse contexto, possui o significado de perda de direito, seja ele o direito estatal de promover a demanda criminal, que se é relativo à prescrição de pretensão punitiva, ou seja,o direito de execução da sentença condenatória passada em julgado, que se refere à prescrição da pretensão executória.
Quando uma conduta típica é praticada e a culpabilidade é afirmada, o Estado deve puni-la dentro de determinado prazo que será determinado segundo a gravidade do fato e o valor do bem jurídico que sofreu a lesão. Se o Estado não se manifestar, no sentido de pedir a condenação do agente, dentro do prazo estabelecido, a punibilidade será extinta.
PRESCRIÇÃO ANTES DE TRANSITAR EM JULGADO A SENTENÇA
Chama-se de prescrição abstrata aquela que ocorre antes da sentença condenatória ser transitada em julgado e ela é a forma básica da prescrição da pretensão punitiva. Para estabelecer o máximo da pena privativa de liberdade deve-se analisar os motivos que podem aumentar ou reduzir a pena, além das circunstancias qualificadoras. Por outro lado, deve-se ignorar, para tal fim, os agravantes e atenuantes e os aumentos que decorrem do concurso formal e do crime continuado, assim como a soma das penas no que toca o concurso material.
A prescrição da ação penal é reconhecida pelo crime descrito e somente se dará pelo prazo decorrente da capitulação da denuncia quando não houver discordâncias do juiz quanto à capitulação.
PRESCRIÇÃO, DEPOIS DE TRANSITAR EM JULGADO SENTENÇA CONDENATÓRIA
Após o transito em julgado da sentença condenatória, a prescrição será regulada pela pena aplicada e será verificada nos prazos estabelecidos no artigo 109 do CP, sendo que esses prazos sofrem aumento de um terço em caso de reincidência do condenado. Passada em julgado a sentença, um titulo é formado e executado sem que seja preciso instaurar outra demanda nos casos de sentença penal; se o agente for condenado à pena privativa de liberdade e não a tiver cumprido provisoriamente, ocorre normalmente o recolhimento do condenado em um estabelecimento penal por um período de tempo que será dado a partir do quantum de pena da sentença.
Nos caos de prescrição da pretensão punitiva, seja superveniente ou retroativa e da prescrição da penade multa, não há qualquer alteração de prazos em função de agravação da pena por reincidência.
PRESCRIÇAÕ SUPERVENIENTE, SUBSEQUENTE OU INTERCORRENTE
É um tipo de prescrição que se dá após a sentença, porem, antes do transito em julgado para a defesa, nesse caso há a prescrição da pretensão punitiva.
Quando há transito julgado da sentença para a acusação, o réu pode apelar e com isso obter a confirmação da sentença de primeiro grau ou o provimento do recurso para diminuir o quantum da condenação. Também pode ocorrer de o réu deixar transcorrer in albis o prazo do recurso e, nesse caso, haverá transito em julgado da sentença para as duas partes.
Após o decurso do prazo prescricional entre a data da sentença e a datado acórdão da instancia superior, a extinção dapunibilidade deve ser declarada. Da mesma forma, se o prazo prescricional decorreu entre a data da sentença e a tramitação do recurso, irá ser declarada prescrição superveniente ou intercorrente. O termo final do prazo da prescrição superveniente pode sero dia em que ocorrer o julgamento, a data em que o acordão for publicado ou o dia em que o acordão transitou em julgado.
PRESCRIÇÃO RETROATIVA
Neste caso, a pretensão é executória e não punitiva. Aqui, a pena estabelecida na sentença não pode sofrer aumento. Há algumas semelhanças entre a prescrição retroativa e a superveniente, aas duas dispensam o recurso do réu; a quantidade da pena em ambas não pode sofrer aumento; há transito em julgado para a acusação; a quantidade da pena só pode ser alterada em desfavor do réu e essa quantidade regula a extinção de punibilidade; é a pretensão punitiva que prescreve; o recurso que objetiva a exasperação da pena é o único recurso da acusação que impede o reconhecimento da prescrição; possuem o pressuposto da integridade do nome do réu; dentre outras.
O termo inicial da prescrição retroativa se da, como o próprio nome diz, retroativamente e aspiram as causas que podem interromper a prescrição.
TERMO IONICIAL DA PRESCRIÇÃO ANTES DE TRANSITAR EM JULGADO A SENTAÇA FINAL
Para determinar um ponto inicial em que o prazo prescricional começará a ser contado é necessário que, no mínimo, uma parte do crime tenha sido consumada, isto é, o prazo passará a correr no dia da consumação do delito, sendo que o Código Penal leva em consideração a data do resultado e não da ação ou omissão.
TERMO ININIAL DA PRESCRIÇAÕ, APÓS ASENTENÇA CONDENATORIA IRRECORRÍVEL
Segundo o artigo 110 do Código Penal, o prazo prescricional começa a correr z partir do dia em que a sentença condenatória passou em julgado para a acusação ou do dia em que a execução é interrompida. A suspensão condicional da pena é revogada pela sentença irrecorrível, o que acarreta na obrigação do condenado a cumprir a pena que estava antes com a execução suspensa.
REDUÇÃO DOS PRAZOS DE PRESCRIÇÃO
O prazo de prescrição é reduzido pela metade em casos de o condenado ser, na época do crime, menor de vinte e um anos e, na época da sentença, maior de setenta anos.
CAUSAS IMPEDITIVAS DA PRESCRIÇÃO
A prescrição não pode ocorrer enquanto a questão de que o reconhecimento da existência do crime é dependente não for resolvida em outro processo; enquanto o criminoso está cumprindo pena fora do país; enquanto o condenado estiver preso por outro motivo que não o que originou o processo emquestão, cuja sentença condenatória já foi transitada em julgado.
CAUSAS INTERRUPTIVAS DA PRESCRIÇÃO
Interrompem a prescrição, primeiramente, o recebimento da denuncia ou queixa; a pronuncia; a sentença condenatória recorrível.
OUTRAS QUESTÕES A CERCA DA PRESCRIÇÃO
Após a reforma de 1984 outras causas de suspensão da prescrição da pretensão punitiva foram apresentadas, a inviolabilidade de deputados e senadores por suas opiniões, palavras e votos; e o indeferimento do pedido de licença ou a ausência de deliberação.

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