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Aula 3 técnicas redação auditor fiscal

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AUDITOR FISCAL DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL - 2015 
Técnicas de Redação para Provas Discursivas - Aula 3 
Eduardo Sabbag 
1 
TÉCNICAS DE REDAÇÃO – TEXTOS 
DISSERTATIVOS 
 
CURSO CARREIRAS FISCAIS 
AULA 3 
PROF. EDUARDO SABBAG 
PROVA DISCURSIVA - ESAF - RECEITA 
FEDERAL 
 
DICAS INFALÍVEIS: 
 
Responda seguindo o roteiro da questão 
(letras "a", "b" e "c"...); 
A ESAF tende a pedir temas genéricos. Nos 
certames anteriores, a prova discursiva valeu 
de 25 a 30% da pontuação total. Portanto, 
cuidado! 
Com base em provas anteriores, cobrou-se a 
seguinte estrutura do texto: 
(...) 
 
- Para Auditor-Fiscal (UM TEMA, 40 a 60 
linhas e DUAS QUESTÕES, 15 a 30 linhas); 
 
Para Analista Tributário (apenas UM TEMA, 
40 a 60 LINHAS); 
Obs.: atentar para as possíveis novidades no 
Edital! 
(...) 
 
Com base em provas anteriores, cobraram-se 
as seguintes matérias para o texto discursivo: 
Para Auditor: 
Administração Geral e Pública; Direito 
Constitucional; Direito Administrativo; Direito 
Tributário; Auditoria; Legislação Tributária; 
Comércio Internacional e Legislação 
Aduaneira; (...) 
 
- Para Analista: 
Direito Constitucional e Administrativo; 
Administração Geral; Direito Tributário; 
Legislação Tributária e Aduaneira (para 
candidatos da área Geral); Informática (para 
candidatos de Informática). 
Obs.: atentar para as possíveis novidades no 
Edital! 
Ao estudar em casa, procure selecionar 
temas que têm maior potencialidade para 
serem cobrados nas provas discursivas: por 
exemplo, em Direito Tributário, “lançamento 
tributário” e “crédito tributário”; em Direito 
Constitucional, “controle de 
constitucionalidade.” Em outras palavras, 
procure antecipar o que o Examinador irá 
cobrar! (...) 
 
6. Treine bastante! Faça inúmeras redações 
(com temas selecionados em provas ou 
temas escolhidos por você. Atente-se para os 
temas de predileção da Banca). Além disso, 
redija imaginando os "pontos (a escrever) que 
valerão pontos". 
(...) 
 
7. Como escolher os temas: a) Assista à aula; 
b) Estude os slides/caderno; c) Leia o livro 
específico; d) Faça um resumo sobre o tema 
("vou falar sobre o quê; pretendo demonstrar 
o quê...); e) Estude o resumo; f) Faça a 
dissertação; 
(...) 
 
8. Se possível, submeta as suas redações à 
avaliação de um professor habilitado (no 
caso, o ideal serão dois professores: um de 
redação; outro da matéria específica). próprio 
Curso Preparatório poderá ofertar tal apoio. 
(...) 
9. A prova discursiva vem mudando o cenário 
tradicional dos aprovados: tira quem estava 
(no modelo anterior) "aprovado"; põe quem 
estava (no modelo anterior) "reprovado". 
Portanto, o segredo é: "humildade para 
treinar!". 
(...) 
 
10. Escreve bem quem lê [e escreve]! Essa 
última parte, por nós inserida no conhecido 
clichê, é fundamental. 
11. “Estude mais, Estude sempre!” 
xx - - xx - - xx - - xx - - xx - - xx 
 
ORIENTAÇÕES CONSTANTES DO 
CADERNO DE PROVA (ESAF): 
Esta prova tem a duração de 3 (três) horas e 
está assim constituída: 
 
Questões 1 e 2 - desenvolvimento de 2 (dois) 
questionamentos, em um mínimo de 20 
(vinte) e um máximo de 40 (quarenta) linhas 
cada. 
 
2. Use letra legível, com caneta esferográfica 
(tinta azul ou preta) fabricada em material 
transparente. 
 
 
 
 
 
 
 
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AUDITOR FISCAL DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL - 2015 
Técnicas de Redação para Provas Discursivas - Aula 3 
Eduardo Sabbag 
2 
3. Identifique-se apenas na capa da prova; 
sua prova não poderá ser assinada ou 
rubricada nem conter marcas ou sinais 
identificadores. 
 
4. Não escreva no espaço à direita 
“Reservado ao Examinador”. 
 
5. Procure ser claro, conciso e preciso, de 
modo que seu trabalho possa ser concluído 
no tempo previsto. 
 
6. Ao final de sua prova, devolva todo o 
material recebido ao Fiscal de Sala. 
 
UM EXEMPLO DE PROVA (AFRFB)... 
PROVA DISCURSIVA (QUESTÃO 1) 
Discorra, em um mínimo de 20(vinte) e em um 
máximo de 40(quarenta) linhas, sobre o 
Simples Nacional, abordando os seguintes 
tópicos: 
(...) 
 
a) O que é, quem pode e quem não pode 
optar por este regime (quais os parâmetros 
legais); de que forma se dá essa opção; quem 
possui a competência para regulamentá-lo; o 
que se considera receita bruta para fins de 
aplicação do simples nacional. 
(...) 
 
b) Quais os tributos que têm seu recolhimento 
unificado abrangido pelo Simples Nacional; se 
o Simples Nacional é facultativo para Estados 
e Municípios. 
(...) 
 
c) Como deverá proceder o contribuinte 
optante pelo Simples Nacional que auferir 
receitas sujeitas a substituição tributária ou 
decorrentes de exportação; se há alguma 
distinção, no tocante às obrigações 
acessórias, entre optantes do Simples 
Nacional e os demais contribuintes. 
(...) 
 
PROVA DISCURSIVA (QUESTÃO 2) 
Em tempos de globalização o comércio 
internacional adquire importância cada vez 
maior no cenário econômico mundial. A 
administração aduaneira deve se manter 
constantemente atualizada no intuito de não 
se tornar obstáculo desnecessário ao 
comércio lícito, tampouco em incentivo a 
práticas ilícitas. Partindo dessa premissa, nos 
termos da legislação aduaneira, é possível a 
atuação do Auditor-Fiscal da Receita Federal 
do Brasil além da linha de fronteira terrestre 
do Brasil? Justifique e fundamente sua 
resposta em um mínimo de 20 (vinte) e em 
um máximo de 40 (quarenta) linhas, a qual 
deverá abordar, obrigatoriamente, os 
seguintes tópicos: 
 
a) Definição de território aduaneiro; e 
b) Abrangência da jurisdição dos serviços 
aduaneiros. 
 
FRASES PARA REFLEXÃO: 
“A inspiração existe, mas ela tem de nos 
encontrar trabalhando.” (Pablo Picasso) 
Um redator hábil não nasce da noite para o 
dia. Há de haver preparo e treino. 
Grandes escritores e atletas só são grandes 
porque praticam muito. 
Escrever é trabalho braçal, um processo de 
ensaio e erro. Escreva mais, escreverá 
melhor. 
Escrever é 90% transpiração e 10% 
inspiração. 
Ler, interpretar, criticar e produzir textos não 
são habilidades instintivas, mas aprendidas, 
e, por isso, devem ser trabalhadas e 
aperfeiçoadas ao longo de nossa vida. 
 
VAMOS ESCREVER BEM? 
 
REVISÃO GRAMATICAL DO ACORDO 
ORTOGRÁFICO: 
 
DEZ FRASES DE REVISÃO: 
 
1. O coerdeiro que ocupa o polo ativo da lide 
foi tachado de desonesto no documento 
extraoficial. 
 
2. Colocamos em xeque, dia a dia, os 
resultados que intervêm nas medidas de 
infraestrutura. 
 
3. Nada obsta a que se respondam às cartas 
do representante daquela Assembleia 
Legislativa. 
 
4. O advogado infra-assinado é não fumante, 
o que o torna um empecilho. 
 
 
 
 
 
 
 
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Eduardo Sabbag 
3 
5. A má-fé do coobrigado é um contrassenso, 
prejudicando os corréus do processo. 
 
6. Ele para para ver a inexorável sintaxe, sem 
medir as consequências perante a morfologia. 
 
7. Devemos pôr as coisas, que vêm nas 
caixas, no armário da antessala. 
 
8. Enquanto eles vêm com pedras e mantêm 
a ideia no veredito (ou veredicto), todos a 
veem com boa-fé. 
 
9. Os desembargadores proveem o recurso, 
logo, todos intervêm positivamente na lide. 
 
10. Nesse ínterim, protocolizaram-se as 
contrarrazões em que o coobrigado foi 
chamado à lide. 
 
VAMOS ESCREVER BEM? 
 
EXERCÍCIOS 1 : 
 
1. REESCREVA AS FRASES, 
CORRIGINDO-AS, SE NECESSÁRIO: 
 
a) O advogado se sobressaiu na audiência, 
quando procedeu a juntada de provas. 
 
b) O homem se simpatizou com ela, 
desobedecendo às regras de conduta, que 
devem manter-lhe imparcial. 
 
c) O juiz declinou da solicitação à qual havia 
se referido há uma hora (tempo transcorrido), 
deparando-se como repetido problema. 
 
d) O réu aspira à uma sentença procedente, 
preferindo o êxito à derrota. 
 
e) Ao término da lide, pagarei às custas à 
quem for de direito, obedecendo o rito 
processual. 
 
f) Desde as 9 horas, ficamos esperando-lhe, 
sem que houvesse a perda de nossa 
paciência. 
 
g) A audiência durou de 11 às 15 horas, o que 
implicou no adiamento da pauta a cujo 
conteúdo havia feito menção. 
 
h) Desde ao início das atividades, o 
magistrado preferia as audiências às 
sentenças, pois lhe apraz manter-se cara à 
cara com os jurisdicionados, evitando, com 
estes, ficar à distância. 
 
VAMOS ESCREVER BEM? 
 
EXERCÍCIOS 2: 
 
2. SELECIONAR, ENTRE OS PARÔNIMOS, 
AQUELES QUE PREENCHEM, 
CORRETAMENTE, AS LACUNAS DAS 
FRASES: 
 
a) O juiz achou melhor ______ a audiência. 
(DEFERIR / DIFERIR) 
 
b) Torna-se preciso agir com muita ______. 
(DESCRIÇÃO / DISCRIÇÃO) 
 
c) Procedendo com calma, poderás ______ 
as dificuldades iniciais. (ELIDIR / ILIDIR) 
 
d) Convém ______ do texto legal os termos 
supérfluos. (PROSCREVER / PRESCREVER) 
 
e) Muito se diz sobre a ______ do aborto. 
(DESCRIMINAÇÃO / DISCRIMINAÇÃO) 
 
f) A ______ de direitos foi assinada naquela 
______ repleta de armários. (CESSÃO / 
SESSÃO / SEÇÃO ; CESSÃO / SESSÃO / 
SEÇÃO) 
 
g) O juiz ______ a pena ao homem que 
_____ o dispositivo legal. (INFRINGIU / 
INFLIGIU ; INFRINGIU / INFLIGIU) 
 
h) Há que se tomarem providências perante 
as ______ perdas humanas. (EMINENTES / 
IMINENTES) 
 
i) O homem com bochechas ______ ganhou 
um ______ prêmio. (VULTOSAS / 
VULTUOSAS ; VULTOSO / VULTUOSO) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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VAMOS ESCREVER BEM? 
 
3. ANÁLISE DE ALGUMAS IMPORTANTES 
QUESTÕES LIGADAS À PRODUÇÃO 
TEXTUAL 
 
a) POSTO QUE 
Trata-se de conjunção concessiva, no sentido 
de “ainda que, não obstante, embora, 
conquanto”. 
Daí se afirmar que a expressão não pode ser 
utilizada com sentido causal. 
Exemplo de erro: 
O art. 5º da CF é muito importante posto que 
se mostra repleto de direitos e garantias 
individuais. (...) 
No exemplo anterior, a correção poderia ser 
obtida com a substituição da expressão por 
“visto que” (O art. 5º da CF é muito importante 
VISTO QUE / PORQUE / PORQUANTO se 
mostra repleto de direitos e garantias 
individuais). 
Por fim, frise-se que o verbo que sucede à 
expressão deve estar flexionado no presente 
do subjuntivo. Exemplo de correção: Posto 
que chegue tarde, vamos dar conta do 
recado. 
 
b) USO DOS PORQUÊS 
 
1. PORQUÊ (“junto e com acento”): 
substantivo (“Dê-me um porquê para o seu 
grande atraso”); 
 
2. PORQUE (“junto e sem acento”): 
conjunção subordinativa causal (“Luto porque 
quero a vitória”); 
 
3. POR QUÊ (“separado e com acento”): 
sinônimo de “por qual motivo, por qual razão”, 
aparecendo ao lado de um sinal de 
pontuação, o que torna tônica a partícula final 
(quê) (“Conquanto não soubesse exatamente 
por quê, deixou-a ir”); 
 
4. POR QUE (“separado e sem acento”): 
sinônimo de “por qual motivo, por qual razão”, 
não aparecendo ao lado de um sinal de 
pontuação (“Conquanto não soubesse 
exatamente por que se foi, começou a 
chorar”). 
 
 
c) A FIM DE x AFIM: 
“Afim” (junto) pode ser adjetivo ou 
substantivo. 
Como adjetivo, indica afinidade (“Temos 
ideias afins”). 
Como substantivo, por sua vez, é vocábulo 
próprio do Direito Sucessório (“Os afins em 
linha reta foram identificados”). 
A locução prepositiva “a fim de” (separada) 
tem a acepção de “com o propósito de”, “com 
a finalidade de” (“Eles chegaram a fim 
de tomar o lugar do vizinho”). 
 
d) AO ENCONTRO DE x DE ENCONTRO A 
A expressão “ir de encontro a” significa “ir 
contra”, dando a ideia de contrariedade, de 
choque; por sua vez, a expressão “ir ao 
encontro de” tem a acepção de “confirmar, 
corroborar, ratificar”. 
(...) 
Exemplos: 
“Sua ideias vêm ao encontro das minhas 
porque temos pensamentos afins”; e 
“Sua ideias vêm de encontro às minhas 
porque temos pensamentos dissonantes”.e) 
 
ONDE x AONDE x DONDE 
“Onde” se emprega como expressão 
designativa de lugar, estando ao lado de 
verbos “sem movimento” (não exigem 
preposição). Indica o lugar em que se está ou 
em que se passa algum fato. Exemplos: 
 
Onde está minha caneta? 
Onde colocou o caderno? 
 
“Aonde” se emprega como expressão 
designativa de lugar, estando ao lado de 
verbos que indicam movimento ou 
aproximação, opondo-se a “donde”, que 
exprime afastamento. Exemplos: 
 
1. Aonde você pensa que vai? (“ir” – 
preposição “a” – quem vai, vai a algum 
lugar); 
(...) 
 
2. Ele chegará aonde quiser. (“chegar” – 
preposição “a” – quem chega, chega a 
algum lugar); 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5 
3. Ele virá donde anunciou. (“vir” – 
preposição “de – quem vem, vem de algum 
lugar). 
 
f) EM PRINCÍPIO x A PRINCÍPIO 
São expressões bastante parecidas, mas não 
podem ser confundidas, uma vez que a 
preposição “faz a diferença”. “Em princípio” 
significa “em tese”, “teoricamente”, “de modo 
geral”. 
(...) 
 
Exemplos: 
- Em princípio, toda decisão precipitada é 
maléfica. 
- Estamos, em princípio, dispostos a negociar. 
- Em princípio, sua proposta é atraente. 
- Concordava em princípio com o 
posicionamento esposado pela doutrina. 
“A princípio” quer dizer “no princípio”, 
“inicialmente”. 
Exemplos: 
- A princípio, o atleta era o favorito. Depois 
deixou de sê-lo. 
- A princípio, tudo parecia um mar de rosas; 
depois, o relacionamento soçobrou em 
tempestade incontida. 
 
g) NA MEDIDA EM QUE x À MEDIDA QUE 
“Na medida em que” exprime relação de 
“causa versus conseqüência” e equivale a 
“porque”, “já que”, “uma vez que”: 
- Na medida em que os projetos foram 
abandonados, a população carente ficou 
entregue à própria sorte. 
 
“À medida que” indica proporção, 
desenvolvimento simultâneo e gradual. 
Equivale à locução conjuntiva “à proporção 
que” (o acento grave da crase é obrigatório). 
Exemplo: A ansiedade aumentava à medida 
que o prazo ia chegando ao fim. 
 
h) A PAR DE x AO PAR 
Com relação à forma “estar a par”, deve-se 
entendê-la como sinônima de “estar ciente”. 
Assim, “ele está a par da disciplina”, e não 
“...ao par da disciplina”. 
(...) 
A expressão “ao par” é de uso bastante 
restrito, referindo-se apenas à linguagem 
cambial. Caldas Aulete distingue 
perfeitamente as expressões, asseverando 
que “ao par diz-se das ações, obrigações ou 
papéis de crédito, quando o valor venal se 
equipara ao capital”. 
 
Exemplos: 
• “A moeda utilizada está ao par do 
dólar”; 
• “O dólar e o marco estão ao par” 
(portanto, têm o mesmo valor). 
 
i) EM VEZ DE x AO INVÉS DE 
Em vez de (substituição): indica tão somente 
uma substituição, sem assinalar contraste. 
Exemplo: 
- O Juiz condenou-o a dois anos, em vez de 
três. 
Ao invés de (oposição): indica uma oposição, 
sentido contrário, em frases antitéticas. É 
sinônima de “ao revés de”. 
Exemplos: 
- O Juiz absolveu o réu, ao invés de condená-
lo; 
- O réu foi absolvido ao revés de ser 
condenado; 
- Morreu ao invés de viver. 
 
j) TODO x TODO O 
É necessário distinguir os termos “todo” e 
“todo o” (ou “toda” e “toda a”). Quando se 
quer dar o sentido de “qualquer um”, utilize 
todo (ou toda); se, por outro lado, pretende-se 
dar o sentido de “pleno”, “completo”, “em sua 
inteireza”, utilize todo o (ou toda a). 
Desse modo, quando se pretende enaltecer a 
beleza feminina, por exemplo, é possível 
fazê-lo de dois modos: 
• Toda mulher é bela (no sentido de 
“qualquermulher” é bela); ou 
• Toda a mulher é bela (na acepção de 
que a mulher é bela em sua inteireza, 
“dos pés à cabeça”). (...) 
 
Observe outros exemplos: 
• Traga toda ferramenta que possuir 
(qualquer ferramenta que possuir). 
• Percorri toda a Patagônia...nunca vi 
tamanha beleza... (a Patagônia 
inteira). 
xx - - xx - - xx - - xx - - xx - - xx 
Espero que tenha um grande sucesso nos 
concursos da área fiscal! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6 
Muito obrigado! 
 
Estude mais, estude sempre! 
 
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7 
G A B A R I T O 
 
EXERCÍCIOS 1: 
 
1. 
a. O advogado sobressaiu na audiência, 
quando procedeu à juntada de provas. 
b.O homem simpatizou com ela, 
desobedecendo às regras de conduta, que 
devem mantê-lo imparcial. 
c. O juiz declinou da solicitação à qual havia 
se referido há uma hora (tempo transcorrido), 
deparando com o repetido problema. 
d. O réu aspira a uma sentença procedente, 
preferindo o êxito à derrota. 
e. Ao término da lide, pagarei as custas a 
quem for de direito, obedecendo ao rito 
processual. 
f. Desde as 9 horas, ficamos esperando-o, 
sem que houvesse a perda de nossa 
paciência. 
g. A audiência durou de 11 a 15 horas (ou das 
11 às 15), o que implicou o adiamento da 
pauta a cujo conteúdo havia feito menção. 
h. Desde o início das atividades, o magistrado 
preferia as audiências às sentenças, pois lhe 
apraz manter-se cara a cara com os 
jurisdicionados, evitando, destes, ficar a 
distância. 
 
EXERCÍCIOS 2: 
 
2. 
a. Gabarito: DEFERIR ou DIFERIR (a 
depender do contexto) 
b. Gabarito: DISCRIÇÃO 
c. Gabarito: ELIDIR ou ILIDIR, a depender do 
contexto. 
d. Gabarito: PROSCREVER 
e. Gabarito: DESCRIMINAÇÃO 
f. Gabarito: CESSÃO; SEÇÃO. 
g. Gabarito: INFLIGIU; INFRINGIU 
h. Gabarito: IMINENTES. 
i. Gabarito: VULTUOSAS; VULTOSO.

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