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* Tratamento de Efluentes da Indústria de Lacticínios Bruna Riffel Laura Marchi Ranieri Raíssa Fernanda Guenther Thaise Schlindwein * Introdução A base de qualquer indústria de laticínios é a produção de leite, especialmente leite de vaca. Em 2007 foram produzidos cerca de 600 bilhões de toneladas de leite, e que 66% dessa produção ocorreu na Europa e América (EMBRAPA, 2010). * Introdução O Brasil está classificado como o sexto maior produtor, produzindo um valor próximo de 26,1 bilhões de litros de leite/ano. Nos últimos 10 anos, a produção brasileira aumentou 40%, passando de 18,7 bilhões de litros em 1997 para 26,1 bilhões em 2007 (EMBRAPA, 2010). * Lacticínio no Brasil Os estados brasileiros com maior produção de leite, e que respondem por 73% da oferta total brasileira, são: * Resíduos Como a grande maioria das indústrias, a de laticínios gera resíduos sólidos, líquidos e emissões atmosféricas. Independentemente do tamanho e potencial poluidor da indústria, a legislação ambiental exige que todas as empresas tratem e disponham de forma adequada seus resíduos. * Resíduos Resíduos Líquidos: o mais nocivo é o soro, o qual não deve ser misturado aos demais efluentes, pois possui um alto potencial poluidor, sendo aproximadamente cem vezes mais poluente que o esgoto doméstico. Deve ser tratado separadamente pois, além de ser poluente como sendo efluente, possui muitos nutrientes e é passível de reaproveitamento, como na alimentação de animais. * Resíduos * Resíduos Resíduos Sólidos: Todo o material que sobra de um processo e é descartado na forma sólida. Restos de matéria prima, produto acabado, embalagens, lodos provenientes de sistemas de tratamento de água e efluentes, resíduos gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição atmosférica, entre outros. * Processo de Produção É dividido em uma série de operações, obtendo diferentes etapas de um produto para o outro. Mas de uma maneira geral, pode-se dizer que todo e qualquer produto derivado do leite apresenta as etapas de Recebimento, Clarificação e Pasteurização. * Processo de Produção A partir destas operações, ocorrem as ramificações para cada produto desejado. Produção de creme de leite, onde o leite passa por centrífugas onde ocorre a separação creme-leite. O creme é pasteurizado, homogeneizado e então embalado. * Processo de Produção O leite desnatado segue para a produção de: leite condensado, iogurtes e queijos. * Processo de Produção Para a produção de queijos, o leite desnatado é coagulado através de enzimas, obtendo-se duas fazes: sólido e líquido (queijo e soro). * Cargas Poluentes Composição média do leite e subprodutos (em 100 g). * Cargas Poluentes Valores para DBO de vários produtos de laticínios. * Diagrama de Processo * Diagrama de Processo Gradeamento: com variações de 0,5 a 2cm, é empregada para retirar sólidos grosseiros do efluente e também uma boa parte dos coágulos do leite. Fonte: CAERN, 2014. * Equalização: comporta-se como um “pulmão”, onde as vazões internas de líquido variam de acordo com a entrada, e tem a função de manter a mesma vazão de saída para garantir o funcionamento adequado do sistema de tratamento. Diagrama de Processo Fonte: EnviroChemie, 2012. Fonte: Soluções Industriais, 2013. * Flotador: funciona por redução de densidade das impurezas fazendo-as flutuar. São usados para redução de carga orgânica (DBO), pré-separação de resíduos minerais, vegetais e orgânicos, separação de óleos e gorduras emulsionadas, etc. Diagrama de Processo * Tratamento Químico: efetuado através da utilização de elementos químicos (sulfato de alumínio, óxido de cálcio ou sais de ferro). Estes produzem flocos que são possíveis de sedimentação, assim reduz a DBO dos despejos em cerca de 85 %. Há restrições devido ao custo elevado e a dificuldade de disposição do lodo, devido à grande quantidade formada do mesmo. Diagrama de Processo * Lodos Ativados * O tratamento consiste em manter uma alta concentração de microrganismos no tanque de aeração, através do retorno de lodos, o que reduz o tamanho total do reator biológico. Lodos Ativados * Processo convencional * O intumescimento do lodo é frequente o que causa substanciais acréscimos na DBO do efluente final; Os efeitos tóxicos e as variações de pH provenientes dos desinfetantes e detergentes utilizados são abrandados em sistemas de mistura completa e aeração prolongada. Processo convencional * Filtros Biológicos Pode reduzir em até 65 % a DBO dos despejos de laticínios, se possuir recirculação pode apresentar uma eficiência mais elevada; As principais unidades que o compõem são: tanque de equalização, filtro biológico e decantador secundário; * Digestão Anaeróbia A lactose passa rapidamente a ácido lático, tornando o pH mais baixo. Eficiência baixa em termos de redução de DBO (aproximadamente 50 % com tempo de detenção = 4 dias); É considerado um tratamento parcial, pois a qualidade do efluente deixa a desejar; O sistema é afetado por cargas de choque, variações de temperatura e desinfetantes que contém substâncias tóxicas. * Polimento (tratamento terciário) Grandes reservatórios rasos delimitados por diques ou taludes de corte (profundidade de 1,5 m). Lagoas Facultativas: O oxigênio utilizado na aeração é proveniente da fotossíntese das algas presentes no reservatório; Lagoas Mecanicamente Aeradas: Aeradores mecânicos proporcionam o oxigênio necessário na operação. * 1 - Tratamento aeróbio; 2 - Região anóxica eficiente na remoção de alguns nutrientes; 3 - Região anaeróbia também responsável pela remoção de DBO5 Polimento (tratamento terciário) * Referências ACOMPANHAMENTO TÉCNICO DA ETE DE EFLUENTES GERADOS PELO LATICÍNIO. Disponível em: <http://www.sisteg.com.br/noticias/91-acompanhamento-tecnico-da-ete-de-efluentes-gerados-pelo-laticinio.html>. Acesso em: 23 maio 2017. ALBERTH. FUNÇÃO INORGÂNICA. Disponível em: <http://alberthquimica.blogspot.com.br/2012/11/funcao-inorganica-as-substancias.html>. Acesso em: 23 maio 2017. ANDRADE, L. H. Tratamento de efluente de indústria de laticínios por duas configurações de biorreator com membranas e nanofiltração visando o reúso. Disponível em: http://www.smarh.eng.ufmg.br/defesas/987M.PDF. Acesso em: 23 maio 2017. ASSISNEWS. Químico transfoma ferro em platina. Disponível em: <http://www.assisnews.com.br/editoriais/ciencia-e-saude/ciencia/2012/10/quimico-transfoma-ferro-em-platina.html>. Acesso em: 23 maio 2017. BRAILE, Pedro Marcio; CAVALCANTI, José Eduardo W. A. Manual de tratamento de águas residuárias insdustriais. São Paulo: Cetesb, 1979. 764 p. CONSTRUÇÃO, Reforma e. Para que servem as caixas de gorduras ? Hidraulica. Disponível em: <http://www.fazfacil.com.br/reforma-construcao/as-caixas-de-gordura/>. Acesso em: 23 maio 2017. EMBRAPA. Agência de informação Embrapa: Agronegócio do leite. Disponível em: < http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia8/AG01/Abertura.html>. Acesso em 23 maio 2017. GIORDANO, Gandhi. Tratamento e controle de efluentes industriais. Rio de Janeiro: Departamento de Engenharia Sanitária e do Meio Ambiente. MACHADO, R.M.G.; FREIRE, V.H.; SILVA, P.C.; FIGUERÊDO, D.V.; FERREIRA, P.E. Controle ambiental nas pequenas e médias indústrias de laticínios. Projeto Minas Ambiente, Belo Horizonte, 224p., 2002. MARTINS NETO, Henrique. Tratamento de efluentes nas indústrias de laticínios. TAE: especializada em tratamento de água e efluentes. n. 21, out/nov. 2014. OPERSAN, Nova. Modelos de Negócios Operações Dedicadas – BOT, AOT, AOO e BOO. Disponível em: <http://info.opersan.com.br/topic/ete-industrial>. Acesso em: 23 maio 2017. QUINSA. SULFATO DE ALUMINIO GRANULADO TIPO A. 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