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TRATAMENTO DE EFLUENTES DOMICILIARES E INDUSTRIAIS (14)

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO 
TRIÂNGULO MINEIRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO DE CASO: CARACTERIZAÇÃO DO EFLUENTE DE UMA EMPRESA DE 
RECICLAGEM DE GARRAFAS PET E AJUSTE NAS ETAPAS DE TRATAMENTO 
PARA ADEQUAÇÃO AOS PARÂMETROS LEGAIS DE LANÇAMENTO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
JULIANA DE ANDRADE E SILVA 
 
 
 
 
 
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uberaba – MG 
 2015 
 
 
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO 
TRIÂNGULO MINEIRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO DE CASO: CARACTERIZAÇÃO DO EFLUENTE DE UMA EMPRESA DE 
RECICLAGEM DE GARRAFAS PET E AJUSTE NAS ETAPAS DE TRATAMENTO 
PARA ADEQUAÇÃO AOS PARÂMETROS LEGAIS DE LANÇAMENTO. 
 
 
 
JULIANA DE ANDRADE E SILVA 
 
 
 
 
 
Dissertação submetida ao Programa de Pós 
Graduação do Instituto Federal do Triângulo 
Mineiro, no Departamento de Ciências e 
Tecnologia de Alimentos como parte dos requisitos 
para obtenção do título de Mestre em tecnologia de 
alimentos do instituto, na área de concentração em 
Saneamento e Meio Ambiente. 
 
Orientadora: Dra. Cláudia Maria Tomaz Melo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uberaba – MG 
2015 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ficha Catalográfica elaborada pelo Setor de Referência do IFTM – 
 Campus Uberaba-MG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Silva, Juliana de Andrade e 
S38e Estudo de caso: caracterização do efluente de uma empresa 
 de reciclagem de garrafas pet e ajuste nas etapas de tratamento 
 para adequação aos parâmetros legais de lançamento / Juliana 
 de Andrade e Silva – 2015. 
 86 f. : il 
 
 Orientador: Profª. Drª. Claúdia Maria Tomaz Melo 
 Dissertação (Mestrado Profissional em Ciência e 
 Tecnologia de Alimentos) Instituto Federal do Triângulo 
 Mineiro- Campus Uberaba-MG, 2015. 
 
1. Análises químicas. 2. Coagulante. 3. Efluente. 4. Jartest. 
 5. PET- Politereftalato de Etileno. I. Silva, Juliana de Andrade e. 
 II. Melo, Cláudia Maria Tomaz. III. Título. 
 
CDD 664.07 
 
AGRADECIMENTOS 
Agradeço primeiramente à Deus pela força e persistência no sonho. 
À instituição IFTM pelo apoio e disponibilização dos laboratórios, reagentes e equipamentos 
para todo desenvolvimento de análises laboratoriais. 
À minha orientadora Cláudia pela amizade, companheirismo e sábios ensinamentos. Sempre 
me incentivando com a disciplina nos estudos, no desenvolvimento da pesquisa científica 
aplicada as técnicas de laboratório. Seu apoio e orientação foram primorosos, tanto nos 
ensinamentos como no desenvolvimento de toda a pesquisa para a conclusão do presente 
trabalho. 
Aos técnicos Luciene e Eduardo Gomes pelo carinho, apoio e auxílio em todas as etapas de 
análises realizadas na instituição. 
Às professoras Genilda e Letícia por disponibilizarem os coagulantes Tanfloc e Chitosan 
utilizados nas análises. O apoio e orientações de vocês enriqueceram de forma muito especial 
nosso trabalho. 
À indústria pesquisada sempre dispostos ao fornecimento de dados e coleta de amostras para 
as análises. Sr. Clóvis, Ana e Jaqueline sem o apoio de vocês em todas as etapas da pesquisa, 
disponibilizando o que fosse necessário para tal, nada teria acorrido. Muito obrigada! 
Aos meus pais Luiz e Anesia pelo amor, carinho e certeza de que eu conseguiria sempre com 
incentivos de garra e determinação pra alcançar meu objetivo. 
À meu filho Arthur, por chegar e me fazer crer que sou mais forte do que imaginava. 
Ao meu marido Danilo, pelo amor, paciência, apoio em momentos de desgaste, me dando 
força, incentivo e perseverança pra não desistir. 
Aos meus irmãos pelo apoio e carinho. 
Agradeço a todos os mestres e toda equipe do curso pela atenção, apoio e orientação sempre 
prestados e principalmente pela oportunidade de concretização de um sonho e uma etapa tão 
almejada. 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
O lançamento de efluentes industriais sem o devido tratamento gera impactos o meio 
ambiente devido os mais variados tipos de substâncias extremamente tóxicas se lançadas sem 
tratamento no corpo hídrico. Como formas de controle são estabelecidas às legislações a nível 
municipal, estadual e federal que dispõem sobre o limite aceitável de parâmetros físicos, 
químicos, microbiológicos e toxicológicos do efluente tratado a ser lançado no corpo receptor. 
Uma indústria de recicláveis PET da cidade de Uberaba, embora possua uma estação de 
tratamento de efluentes, estava sendo notificada pelo órgão municipal responsável, por estar 
não conforme com o efluente gerado e descartado, quanto ao parâmetro de Demanda Química 
de Oxigênio, e, baseada nesta problemática este trabalho teve como objetivo caracterizar o 
efluente das diferentes etapas do tratamento desta indústria, visando buscar alternativas para 
reduzir a carga orgânica e inorgânica (DQO) do efluente final a ser lançado no corpo hídrico. 
Foram realizadas análises de todos os sólidos, DBO, DQO, acidez, pH, temperatura, entre 
outras, das cinco etapas do tratamento em cinco repetições e após conhecer as características 
do efluente foi realizado ensaios em teste de jarros (jartest) com o efluente da entrada e da 
saída da ETE utilizando quatro diferentes coagulantes, sulfato de alumínio, poliacrilamida, 
chitosan e tanfloc em duas repetições devido à baixa carga de efluentes gerada na industria em 
estudo, resultado da mudança de parte de sua estrutura para o estado de São Paulo. Foi 
verificado na etapa final do tratamento que o pH e temperatura eram próximos de 7,00 e 
22ºC, respectivamente, valores aceitáveis pela legislação municipal. A cor, condutividade, 
acidez foram respectivamente 3143,3 PtCo, 10,12 mS.cm
-1
 e 51,09 mg
.
L
-1
 de CO2, valores 
considerados elevados para um efluente após tratamento. O teor de sólidos sedimentáveis foi 
considerado baixo(0,55 mg
.
L
-1
.h
-1
) contribuindo para a alta DQO na etapa final do tratamento 
(2612,52 mg de O2
.
L
-1
), justificando o alto teor de sólidos dissolvidos(1484,3 mg
.
L
-1
) 
comparativamente aos sólidos em suspensão (315,7mg
.
L
-1
). No Jartest com o efluente da 
entrada e saída da ETE verificou-se que não foi possível, com os quatro coagulantes em 
estudo, selecionar qual seria o mais eficiente para o tratamento deste tipo de efluente devido à 
heterogeneidade das amostras analisadas. Através dos testes experimentais foi possível 
verificar que a simples homogeneização da amostra e a decantação natural contribuem para a 
redução da DQO. 
 
Palavras-chave: Análises químicas. Coagulantes. Efluente. Jartest. Politereftalato de Etileno 
(PET). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The disposal of industrial effluents without proper treatment generates environmental impacts 
due to all kinds of extremely toxic substances are released untreated into the water body. As 
forms of control are set to the laws at the municipal, state and federal level to provide for the 
acceptable range of physical, chemical, microbiological and toxicological of the treated 
effluent to be released in the receiving body. A recyclable industry PET in the city of 
Uberaba, although it has a sewage treatment plant, was being notified by municipal body, to 
be inconsistent with the generated and disposed effluent, as the demand parameter Chemical 
Oxygen, and based this problem this study aimed to characterize the effluent of the different 
stages of treatment of this industry in order to seek alternatives to reduce organic and 
inorganic filler (COD) of effluents being released in the water body. Analyses were 
performed of all solids, BOD, COD, acidity, pH, temperature,among others, of the five stages 
of treatment in five replicates and after meeting the effluent of the characteristics was carried 
out tests in jars test (jartest) to the effluent from Input and ETE output using four different 
coagulants, aluminum sulfate, polyacrylamide, chitosan and Tanfloc in two repetitions due to 
lower wastewater load generated in the industry under study, a result of the change part of its 
structure for the state of São Paulo. It was found in the final stage of treatment the pH and 
temperature were close to 7.00 and 22 ° C respectively, acceptable values by municipal 
legislation. The color, conductivity, acidity respectively were 3143.3 PtCo, 10.12 mS.cm-1 
and 51.09 mg L-1 CO2 values are considered high for an effluent after treatment. The 
sedimented solids content was found to be low (0.55 mg L-1.h-1) contributing to the high 
COD in the final stage of treatment (2612.52 mg O2.L-1), justifying the high content of 
dissolved solids (1484.3 mg l-1) compared to the suspended solids (315,7mg.L-1). In Jartest 
with the effluent from the input and output of ETE was found that was not possible, with the 
four coagulants under study, selecting what would be the most efficient for the treatment of 
such effluents due to the heterogeneity of the samples. Through experimental testing it found 
that the simple homogenisation of the sample and the natural settling contribute to the 
reduction of COD. 
Keywords: chemical analysis, coagulants, effluent, jar test, polyethylene terephthalate (PET). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS 
 
CEMPRE.....................................................Compromisso Empresarial para Reciclagem 
COMAM.............................................................Conselho Municipal de Meio Ambiente 
CONAMA.............................................................Conselho Nacional de Meio Ambiente 
COT.............................................................................................Carbono Orgânico Total 
DQO.................................................................................Demanda Química de Oxigênio 
DBO.............................................................................Demanda Bioquímica de Oxigênio 
ETE................................................................................Estação de Tratamento de Esgoto 
M............................................................................................................................... Molar 
Mg...................................................................................................................... Miligrama 
Min........................................................................................................................ Minutos 
mL..........................................................................................................................Mililitro 
Mm......................................................................................................................Milímetro 
mM......................................................................................................................Milimolar 
mol............................................................................................................................... Mol 
Ng......................................................................................................................Nanograma 
PAM.............................................................................................................Poliacrilamida 
PEBD................................................................................Polietileno de Baixa Densidade 
PET.............................................................................................Politereftalato de Etileno 
pH...............................................................................................Potencial Hidrogeniônico 
POPs...............................................................................Poluentes Orgânicos Persistentes 
PVC...................................................................................................Policloreto de Vinilo 
SGA......................................................................................Sistema de Gestão Ambiental 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
Figura 1: Evolução do índice de reciclagem de PET no Brasil. .............................................. 19 
Figura 2: Simbologia utilizada para identificação e separação de matérias plásticas em 
processos de reciclagem (ABNT/NBR 13230). ....................................................................... 24 
Figura 3: Linha de moagem e lavagem de PET da indústria .................................................. 25 
Figura 4: Fluxograma das etapas do processo da indústria de recicláveis PET. ..................... 27 
Figura 5: Fluxograma das etapas de tratamento da ETE da empresa de recicláveis PET. ...... 34 
Figura 6: Pré tratamento ETE indústria de recicláveis PET.................................................... 36 
Figura 7: Tanque de Equalização ETE indústria de recicláveis PET. ..................................... 37 
Figura 8: Tanque de Areia retenção óleos e graxas ETE indústria de recicláveis PET. ......... 37 
Figura 9: Tanque de Flotação ETE indústria de recicláveis PET. .......................................... 38 
Figura 10: Tanque de Aeração ETE indústria de recicláveis PET. ......................................... 39 
Figura 11: Efluente tratado sendo descartado na rede receptora. ............................................ 40 
Figura 12: Visualização da amostra sendo tratada com e sem o coagulante sulfato de 
alumínio....................................................................................................................................60 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 - Estimativa dos benefícios econômicos da reciclagem...........................................20 
Tabela 2 - Ficha Técnica com características do reagente GapQuest 1704............................22 
Tabela 3 - Concentrações e contribuições unitárias típicas de DBO
5,20
 de esgoto doméstico e 
efluentes industriais..................................................................................................................40 
Tabela 4 - Padrões de qualidade a serem mantidos no corpo receptor, segundo Resolução do 
CONAMA nº 20, 18/06/1986...................................................................................................44 
Tabela 5 - Padrões de lançamento em efluentes de acordo com a resolução CONAMA no 20, 
18/06/1986................................................................................................................................45 
Tabela 6 - Resultados médio das análises físico-químicas das 5etapas (E1, E2,E3,E4,E5) da 
ETE da indústria de recicláveis de garrafas 
PET...........................................................................................................................................60 
Tabela 6.1: Média de análises realizadas no laboratório Labfértil de Uberaba em 5 
repetições..................................................................................................................................61 
Tabela 7: Parâmetros físicos químicos avaliados antes da utilização do Tanfloc nas 
concentrações de 0, 50 e 100mgL-1 (primeira repetição) para efluente da entrada da 
ETE..........................................................................................................................................62 
Tabela 8: Parâmetros físicos químicos avaliados após da utilização do Tanfloc nas 
concentrações de 0, 50 e 100mgL-1 (primeira repetição) para efluente da entrada da 
ETE...........................................................................................................................................62 
Tabela9: Parâmetros físicos químicos avaliados antes a utilização do Tanfloc nas 
concentrações de 0, 50 e 100mgL-1 (segunda repetição) para efluente da entrada da 
ETE...........................................................................................................................................62 
Tabela 10: Parâmetros físico químicos avaliados após da utilização do Tanfloc nas 
concentrações de 0, 50 e 100mgL-1 (segunda repetição) para efluente da entrada da 
ETE...........................................................................................................................................63 
Tabela 11: Parâmetros físico químicos avaliados antes a utilização do Tanfloc nas 
concentrações de 0, 50 e 100mgL-1 (primeira repetição) para o efluente da saída da 
ETE...........................................................................................................................................63 
Tabela 12: Parâmetros físico químicos avaliados após da utilização do Tanfloc nas 
concentrações de 0, 50 e 100mgL-1 (primeira repetição) para o efluente da saída da 
ETE...........................................................................................................................................64 
Tabela 13: Parâmetros físico químicos avaliados antes da utilização do Tanfloc nas 
concentrações de 0, 50 e 100mgL-1 ( segunda repetição). Para o efluente da saída da 
ETE...........................................................................................................................................64 
Tabela 14: Parâmetros físico químicos avaliados antes da utilização do Tanfloc nas 
concentrações de 0, 50 e 100mgL-1 ( segunda repetição). Para o efluente da saída da 
ETE...........................................................................................................................................64 
Tabela 15: Parâmetros físico químicos avaliados antes a utilização de Poliacrilamida nas 
concentrações de 0, 50 e 100mgL-1 (primeira repetição) para o efluente da entrada da 
ETE...........................................................................................................................................65 
Tabela 16: Parâmetros físico químicos avaliados após a utilização de Poliacrilamida nas 
concentrações de 0, 50 e 100mgL-1 (primeira repetição) para o efluente da entrada da 
ETE...........................................................................................................................................65 
Tabela 17: Parâmetros físico químicos avaliados antes a utilização de Poliacrilamida nas 
concentrações de 0, 50 e 100mgL-1 (segunda repetição) para efluente da entrada da 
ETE..........................................................................................................................................65 
Tabela 18: Parâmetros físico químicos avaliados após a utilização de Poliacrilamida nas 
concentrações de 0, 50 e 100mgL-1 ( segunda repetição) para efluente da entrada da 
ETE..........................................................................................................................................66 
Tabela 19: Parâmetros físico químicos avaliados antes da utilização de Poliacrilamida nas 
concentrações de 0, 50 e 100mgL-1 (primeira repetição.) para o efluente da saída da 
ETE..........................................................................................................................................66 
Tabela 20: Parâmetros físico químicos avaliados após a utilização de Poliacrilamida nas 
concentrações de 0, 50 e 100mgL-1 ( primeira repetição) para o efluente da saída da 
ETE..........................................................................................................................................66 
Tabela 21: Parâmetros físico químicos avaliados antes a utilização de Poliacrilamida nas 
concentrações de 0, 50 e 100mgL-1 (segunda repetição) para o efluente da saída da 
ETE...........................................................................................................................................67 
Tabela 22: Parâmetros físico químicos avaliados após a utilização de Poliacrilamida nas 
concentrações de 0, 50 e 100mgL-1 (segunda repetição) para o efluente da saída da 
ETE...........................................................................................................................................67 
Tabela 23: Parâmetros físico químicos avaliados antes a utilização de Sulfato de Alumínio 
nas concentrações de 0, 50 e 100mgL-1 (primeira repetição) para o efluente da entrada da 
ETE...........................................................................................................................................68 
Tabela 24: Parâmetros físico químicos avaliados após a utilização de Sulfato de Alumínio 
nas concentrações de 0, 50 e 100mgL-1 (primeira repetição) para o efluente da entrada da 
ETE...........................................................................................................................................68 
Tabela 25: Parâmetros físico químicos avaliados antes a utilização de Sulfato de Alumínio 
nas concentrações de 0, 50 e 100mgL-1 (segunda repetição) para o efluente da entrada da 
ETE...........................................................................................................................................68 
Tabela 26: Parâmetros físico químicos avaliados após a utilização de Sulfato de Alumínio 
nas concentrações de 0, 50 e 100mgL-1 (segunda repetição) para o efluente da entrada da 
ETE...........................................................................................................................................69 
Tabela 27: Parâmetros físico químicos avaliados antes a utilização de Sulfato de Alumínio 
nas concentrações de 0, 50 e 100mgL-1 (primeira repetição) para o efluente da saída da 
ETE...........................................................................................................................................69 
Tabela 28: Parâmetros físico químicos avaliados após a utilização de Sulfato de Alumínio 
nas concentrações de 0, 50 e 100mgL-1 (primeira repetição) para o efluente da saída da 
ETE...........................................................................................................................................69 
Tabela 29: Parâmetros físico químicos avaliados antes a utilização de Sulfato de Alumínio 
nas concentrações de 0, 50 e 100mgL-1 (segunda repetição) par ao efluente da saída da 
ETE...........................................................................................................................................70 
Tabela 30: Parâmetros físico químicos avaliados após a utilização de Sulfato de Alumínio 
nas concentrações de 0, 50 e 100mgL-1 (segunda repetição) para o efluente da saída da 
ETE...........................................................................................................................................70 
Tabela 31: Parâmetros físico químicos avaliados antes a utilização de Chitosan nas 
concentrações de 0, 50 e 100mgL-1 (primeira repetição) para o efluente da entrada da 
ETE...........................................................................................................................................71 
Tabela 32: Parâmetros físico químicos avaliados após a utilização de Chitosan nas 
concentrações de 0, 50 e 100mgL-1 (primeira repetição) para o efluente da entrada da 
ETE...........................................................................................................................................71 
Tabela 33: Parâmetros físico químicos avaliados antes a utilização de Chitosan nas 
concentrações de 0, 50 e 100mgL-1 (segunda repetição) para o efluente da entrada da 
ETE...........................................................................................................................................71Tabela 34: Parâmetros físico químicos avaliados após a utilização de Chitosan nas 
concentrações de 0, 50 e 100mgL-1 (segunda repetição) para o efluente da entrada da 
ETE...........................................................................................................................................72 
Tabela 35: Parâmetros físico químicos avaliados antes a utilização de Chitosan nas 
concentrações de 0, 50 e 100mgL-1 (segunda repetição) para o efluente da saída da 
ETE...........................................................................................................................................72 
Tabela 36: Parâmetros físico químicos avaliados após a utilização de Chitosan nas 
concentrações de 0, 50 e 100mgL-1 (segunda repetição) para o efluente da saída da 
ETE...........................................................................................................................................72 
Tabela 37: Parâmetros físico químicos avaliados antes a utilização de Chitosan nas 
concentrações de 0, 50 e 100mgL-1 (primeira repetição) para o efluente da saída da 
ETE...........................................................................................................................................73 
Tabela 38: Parâmetros físico químicos avaliados após a utilização de Chitosan nas 
concentrações de 0, 50 e 100mgL-1 (primeira repetição) para efluente da saída da 
ETE...........................................................................................................................................73 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
Quadro 1: Característica de um efluente após processo de tratamento...................................34 
Quadro 2: Resumo das etapas de tratamento de efluentes em cada processo aplicado...........44 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 17 
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................................. 19 
2.1 Indústria de recicláveis pet ............................................................................................. 19 
2.2 Matéria prima pet a ser reciclada .................................................................................... 21 
2.3 Caracterização do resíduo plástico pós consumo de garrafas......................................... 22 
2.3.1 A Embalagem Plástica (PET) .................................................................................. 22 
2.4 Processo de reciclagem aplicados em garrafas pet ......................................................... 24 
2.5 Etapas do processo de produção mecânica em indústrias de recicláveis de garrafas pet – 
Uberaba - Minas Gerais ........................................................................................................ 25 
2.6 Etapas do processo de reciclagem da indústria em estudo ............................................. 26 
2.7 Características do reagente químico utilizado na lavagem e cristalização do pet 
(gapquest 1704) .................................................................................................................... 30 
2.8 Efluente industrial .......................................................................................................... 31 
2.9 Origem dos diferentes tipos de efluentes industriais ...................................................... 32 
2.10 Caracterização da empresa de recicláveis pet............................................................... 33 
2.11 A geração de efluente e o processo de tratamento da empresa de recicláveis pet ........ 33 
2.12 Demanda bioquímica de oxigênio (DBO) .................................................................... 40 
2.13 Demanda química de oxigênio (DQO) ......................................................................... 42 
2.14 Tratamento de efluentes industriais .............................................................................. 44 
2.15 Condições para reúso do efluente ................................................................................. 45 
2.16 Legislação vigente para lançamento de efluentes em corpos receptores no Brasil ...... 45 
2.17 Caracterização de efluentes .......................................................................................... 48 
2.18 Parâmetros físicos ......................................................................................................... 48 
2.19 Parâmetros químicos .................................................................................................... 49 
2.20 Tecnologias para adequação de DQO e DBO aos parâmetros legais ........................... 51 
2.21 Coagulantes utilizados na remoção de carga orgânica e inorgânica de efluentes 
industriais ............................................................................................................................. 51 
JUSTIFICATIVA ..................................................................................................................... 53 
OBJETIVO ............................................................................................................................... 54 
METODOLOGIA ..................................................................................................................... 55 
5.1 Coleta de amostras para análises físico e químicas ........................................................ 55 
5.2 Determinação de pH ....................................................................................................... 55 
5.3 Determinação de acidez .................................................................................................. 56 
5.4 Determinação da alcalinidade total da amostra .............................................................. 56 
5.5 Determinação de sólidos sedimentáveis ......................................................................... 56 
5.5.1 Determinação de sólidos totais ................................................................................ 56 
5.5.2 Determinação de sólidos totais fixos ....................................................................... 56 
5.5.3 Determinação de sólidos totais voláteis................................................................... 57 
5.5.4 Determinação de sólidos em suspensão................................................................... 57 
5.5.5 Determinação de sólidos em suspensão voláteis ..................................................... 57 
5.5.6 Determinação de sólidos em suspensão fixos.......................................................... 57 
5.6 Determinação de sólidos dissolvidos .............................................................................. 57 
5.6.1 Determinação de sólidos dissolvidos voláteis ......................................................... 57 
5.6.2 Determinação de sólidos dissolvidos fixos .............................................................. 58 
5.6.3 Determinação da demanda química de oxigênio (DQO) ......................................... 58 
5.7 Determinação da demanda bioquímica de oxigênio (DBO) ........................................... 58 
5.8 Segunda etapa teste de jarros – Jartest ........................................................................... 58 
5.8.1 Amostra analisadas .................................................................................................. 58 
5.8.2 Coagulantes ............................................................................................................. 59 
5.8.3 Preparação dos coagulantes ......................................................................................... 59 
5.8.3.1 Preparo da solução desulfato de alumínio ........................................................... 59 
5.8.3.2 Preparo da solução da Chitosan ............................................................................ 60 
5.8.3.3 Preparo da solução da Tanfloc.............................................................................. 60 
5.8.3.4 Preparo da solução da Poliacrilamida ................................................................... 61 
5.8.4 Cálculo da eficiência de cada processo e proposta de alterações para adequação do 
efluente final aos parâmetros da legislação .......................................................................... 61 
RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................................. 62 
CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 76 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 77 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
INTRODUÇÃO 
A poluição da água doce é uma das principais preocupações da sociedade moderna, 
pois é um recurso extremamente limitado e imprescindível à vida. Apenas 1% da água na 
superfície do planeta é facilmente acessível e está apta para o consumo humano representando 
um dos fatores limitantes para o crescimento econômico do século XXI (BERTOLETTI, 
1990). 
Um dos problemas mais sérios de poluição refere-se aos efluentes industriais, devido à 
grande variedade de atividades desenvolvidas pela indústria, a qual apresenta características 
muito diversas, variando inclusive dentro do mesmo local gerador, contendo os mais variados 
tipos de substâncias, das quais muitas são extremamente tóxicas e podem ter efeitos adversos 
sobre todos os seres vivos, caso as mesmas atinjam qualquer recurso hídrico (MIERZWA, 
2002). 
As águas residuárias lançadas de forma inadequadas são a principal causa de impactos 
e desastres ambientais em diferentes partes do mundo. A dimensão ambiental vem sendo 
incorporada ao processo produtivo das indústrias e à gestão empresarial com adequação e 
novas técnicas de manejo no âmbito empresarial que exploram o recurso e ao mesmo tempo 
são responsáveis pela expansão econômica com a gigantesca demanda de produção industrial 
exigida pelo mercado (BORDONALLI, 2005). 
A importância em se preservar os corpos e nascentes de água é responsabilidade 
mundial, que deve ser buscada e aplicada corretamente por todos os responsáveis pelo uso dos 
recursos hídricos, sejam eles população ou indústrias (ALABASTER, 1981). 
A otimização de recursos e ações de controle de poluição tem se tornado cada vez 
mais necessária e pressupõe-se o estabelecimento de prioridades como o conhecimento da 
vazão e da composição do efluente industrial para o seu tratamento (CETESB, 1987b). 
Ambos são de fundamental importância para definir o tipo de tratamento, avaliar o 
enquadramento na legislação ambiental e estimar a capacidade de autodepuração do corpo 
receptor. Neste sentido, é preciso caracterizar, quantificar e tratar os efluentes minimizando 
impactos ambientais e outros problemas provenientes da produção e descarte de efluente 
indevidos ao meio (EDLINGER et al., 2012). 
Segundo a Resolução Nº 430 do CONAMA de Maio de 2011, que dispõe sobre as 
condições e padrões de lançamento direto de efluentes no corpo receptor, exige-se: ausência 
de poluentes orgânicos persistentes (POPs), o não lançamento em águas de classe especial, 
mesmo que o efluente seja tratado. O efluente lançado não deverá ter potencial para causar 
18 
 
efeito tóxico aos organismos aquáticos no corpo receptor. Segundo a norma, os efluentes de 
qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados diretamente nos corpos receptores 
após o devido tratamento e desde que obedeçam às condições, padrões e exigências dispostos 
nesta resolução e em outras normas aplicáveis. 
No caso específico das embalagens plásticas provenientes de alimentos, bebidas, 
produtos de limpeza, frascos de óleos, entre outros, descartadas por usuários urbanos e rurais 
evidencia-se um problema ambiental passível de ser gerado por esses resíduos quando 
dispostos em aterros sanitários ou quando incinerados. Quando destinados à reciclagem são 
submetidos a operações de acondicionamento, transporte, triagem, remoção de rótulos, 
picagem, lavagens e reprocessamento para fabricação de novas embalagens ou outros 
produtos plásticos, podendo gerar outras formas de poluição (BERTOLETTI, 1990). 
Por isso de acordo com o Plano Diretor de Uberaba – MG, fundamentado no interesse 
local, apresenta orientações e exige adequações das empresas de acordo com Política 
Municipal do Meio Ambiente conforme estabelece a Lei Municipal Complementar Nº389 de 
Uberaba – MG para o lançamento de efluentes oriundos de indústrias de recicláveis de 
embalagens plásticas de bebidas antes do descarte na ETE receptora ou corpos de água da 
região. 
Vários aspectos devem ser levados em consideração, pois o lançamento de efluentes 
líquidos, em um curso d’água, pode implicar em variações de suas características, tais como 
pH, temperatura, composição e concentração do componente, podendo assim comprometer à 
preservação dos seres que dependem desse ambiente, que podem sofrer as consequências 
destas variações onde ocorrerá o lançamento de despejos (DANTAS et al., 2009) 
Devido à grande importância do tratamento e adequação no lançamento dos efluentes 
e resíduos industriais, o presente trabalho teve como objetivo caracterizar o efluente de uma 
empresa de reciclagem de garrafas PET da cidade de Uberaba – MG, realizando análise da 
viabilidade de modificação em suas diferentes etapas de tratamento e propor modificações 
viáveis, atendendo assim as legislações federais e/ou regionais. 
 
 
 
19 
 
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
2.1 Indústria de recicláveis pet 
 
 A produção de plásticos no Brasil alcançou 6,24milhões de toneladas em 2014, em 
comparação com 41,6 milhões de toneladas nos EUA e 26,3 milhões de toneladas na Europa 
(2013). O consumo de plásticos para embalagens nos EUA foi equivalente a 31%. Estima-se 
que em 2015 o consumo aparente de plásticos no Brasil crescerá de 2% se comparado as 6,9 
milhões de toneladas em 2014, reflexo do aumento de ¨6% esperado para importações até o 
fim de 2015 (ABIPLAST, 2014). A (Figura 1) apresenta a evolução do índice de reciclagem 
de PET no Brasil. 
 
Figura 1: Evolução do índice de reciclagem de PET no Brasil. 
 
 
 
Fonte: Nono Censo da Reciclagem PET no Brasil, ABIPET, Agosto de 2013. 
 
Segundo o Cempre (2004), há uma demanda crescente por estudos em reciclagem 
devido ao crescente interesse dos órgãos do governo e da iniciativa privada em resolver o 
problema da geração de resíduos sólidos, especialmente os urbanos. 
A reciclagem do lixo domiciliar recebe pouca atenção e os poucos estudos existentes a tratam 
de modo secundário e lacunoso. No Brasil, pesquisas sobre o tema reciclagem de resíduos 
20 
 
plásticos pós-consumo, mais especificamente com recicladoras, foram encontradas em São 
Paulo e no Rio Grande do Sul (PLASTIVIDA, 2004 e ROLIM, 2000). 
As agências ambientais de todo o mundo definem reciclagem como sendo a ação de 
coletar, reprocessar, comercializar e utilizar materiais antes considerados lixo. Este processo, 
assim sendo, é o resultado de uma série de atividades através das quais materiais que se 
tornariam lixo são desviados, sendo colocados, separados e processados, passando a serem 
usados como matéria prima na manufatura de bens, feitos anteriormente apenas com matéria 
prima virgem (PARTECA et al., 2007). 
Para Rolim (2000) a reciclagem tem como maiores estímulos dois fatores: possibilita 
reduzir substancialmente o volume dos resíduos urbanos a serem dispostos ou tratados e 
permite a recuperação de valores contidos nesses resíduosurbanos que, de outra forma, 
seriam perdidos. Destaca ainda que além dos aspectos ambientais positivos obtidos, a 
reciclagem é uma atividade que pode ser viável economicamente, capaz de gerar ganhos 
econômicos, assim como gerar empregos conforme verificado a existência de cooperativas 
onde é realizada a triagem de lixo seco para a venda a empresas recicladoras. 
 Cresce o número de empresas que operam com reciclagem, pois é uma área ainda em 
desenvolvimento e muitos empreendedores apostam neste novo nicho de mercado, que é 
amplo. De acordo com a Fiesp, a reciclagem movimenta, atualmente, R$ 4 bilhões por ano no 
Brasil, e pode chegar a R$ 10 bilhões (ABIPET, 2013). 
Segundo o Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre, 2004), o Rio Grande 
do Sul é o estado que mais recicla plástico PET no país. Porto Alegre, no Rio Grande do Sul 
apresenta 100% de cobertura de coleta seletiva de lixo e tem transformado em inspiração para 
municípios de todo o país e de nações vizinhas, que pretendem levar a experiência para suas 
comunidades. Das 1.000 a 1.200 toneladas de lixo geradas por dia em Porto Alegre, 30% têm 
valor comercial imediato, como papéis, latas, metais, plásticos, vidros e garrafas plásticas tipo 
PET. 
Em Anápolis, GO, a empresa PLASTIX, localizada no Distrito Industrial Daia, 
trabalha com uma variedade maior de plásticos (polietileno e Polietileno de Baixa Densidade 
(PEBD)). Possui 130 funcionários e recicla uma média de 387 toneladas/mês de materiais. 
Sua principal atividade é transformar plásticos em grãos, garrafas e novos sacos plásticos, 
além de produzir matéria prima para a fabricação de móveis, como cadeiras e mesas plásticas. 
Está no mercado desde agosto de 2005 (GEA, 2010). 
 
21 
 
2.2 Matéria prima pet a ser reciclada 
 
A indústria de recicláveis PET possui duas formas clássicas de obter a matéria prima 
que necessita. Pode-se adquirir matéria prima virgem oriunda da cadeia direta de resinas 
termoplásticas ou pode-se adquirir plástico reciclado oriundo da cadeia reversa de reciclagem. 
Para alguns produtos, o uso do plástico reciclado depende de leis específicas, (embalagens de 
bebidas e alimentos), no entanto, a maioria dos artefatos plásticos pode ser fabricada com 
ambas as opções de matéria prima. A matéria prima para a indústria chega de todas as regiões 
do país, vindas de recicladoras, cooperativas de recicláveis e também de Ong’s credenciadas 
parceiras (MASSA e HAMACHER, 2008). 
 O ponto crítico da indústria de reciclagem é a escassez da sucata plástica tornando seu 
preço instável e muitas das vezes encarecendo o custo do material reciclado, sendo este 
inviável para muitos consumidores. Por isso a importância de políticas públicas voltadas para 
o senso de descarte correto, nas cooperativas de recicláveis de resíduos sólidos, para descarte 
e destinação correta do que realmente pode ser transformado em novos produtos, fazendo o 
ciclo correto da logística reversa tão necessária para o meio ambiente saudável. 
O Brasil perde R$ 8 bilhões por ano quando deixa de reciclar todo resíduo reciclável 
que é encaminhado para aterros e lixões nas cidades brasileiras. Considerando os dados dos 
totais efetivamente reciclados pela cadeia da reciclagem e estimativas sobre a coleta seletiva, 
avalia-se que, considerando os atuais índices de reciclagem do país, essa atividade já geraria 
benefícios entre R$1,4 bilhão e R$ 3,3 bilhões anuais (REIS, 2011). 
O principal objetivo da Gestão de resíduos sólidos no Brasil de acordo com a Lei 
Estadual Nº. 18.031/09 e a Lei Federal Nº 12.305/10 é estimular a gestão de resíduos sólidos 
de forma a incentivar, fomentar e priorizar a redução da geração, o reaproveitamento, a 
reciclagem, o tratamento e a disposição final adequada dos resíduos sólidos, seja eles em suas 
diferentes espécies. Preservando assim a saúde pública, protegendo e melhorando a qualidade 
do meio ambiente. Conscientizando a população sobre a importância de sua participação na 
gestão desses resíduos; Gerando benefícios sociais, econômicos e ambientais; Promovendo 
modelos de gestão que incentivem a cooperação intermunicipal, estimulando a busca de 
soluções consorciadas; Estimulando o desenvolvimento de novas tecnologias e processos não 
poluentes ambientalmente saudáveis para reciclagem, tratamento e disposição final dos 
resíduos sólidos. 
22 
 
A disponibilidade da matéria prima incide em uma série de questões desde a falta do 
material nas cooperativas de catadores devido à destinação incorreta da mesma, desde a falta 
de mão-de-obra acessível devido a maioria trabalhar de maneira informal e devido a escassez 
de produto de troca fácil os catadores acabam por mudar o ramo de época em época pois 
necessitam buscar seu sustento onde esse esteja mais acessível. (IPEA, 2013) 
A Tabela 1 resume alguns dos resultados para bens intermediários considerados mais 
relevantes: aço, alumínio, celulose, plástico e vidro. 
 
Tabela 1: Estimativa dos benefícios econômicos da reciclagem. 
Material Custo da Produção 
Primária (R$/t)
1
 
Custo da Produção apartir 
de reciclagem (R$/t)
2
 
Benefício 
Líquido (R$/t)
3
 
Aço 552 425 127 
Alumínio 6.162 3.447 2.715 
Celulose 687 357 330 
Plástico 1.790 626 1.164 
Vidro 263 143 120 
Fonte: IPEA (2010). 1
 
– os custos da produção primária referem-se aos custos relativos aos insumos para a 
produção de bens a partir de matéria-prima virgem; 2 - os custos da reciclagem dizem respeito aos custos 
relativos aos insumos para a produção de bens a partir de material secundário (sucata); 3 - os benefícios líquidos 
da reciclagem foram calculados como a diferença entre os custos da produção primária e os custos da 
reciclagem. 
 
2.3 Caracterização do resíduo plástico pós consumo de garrafas 
2.3.1 A Embalagem Plástica (PET) 
Os plásticos são materiais poliméricos (moléculas de alto tamanho molecular obtidas 
pelo encadeamento sucessivo de pequenas unidades repetitivas de baixa massa molecular 
chamada monômero), geralmente sintéticos e derivados do petróleo. Os polímeros, por sua 
vez, podem ser classificados quanto ao comportamento térmico em dois tipos: termoplásticos 
e termofixos. 
Termoplásticos são polímeros que permitem a fusão por aquecimento e, após o 
resfriamento, podem ser novamente moldados; isto é, podem ser reprocessadas várias vezes; e 
os termofixos (ou termorrígidos) são polímeros que, uma vez moldados não permitem mais a 
possibilidade de fusão, ou seja, não podem ser reprocessados, porém se decompõem quando 
reaquecidos (IFA, 2010). 
23 
 
No caso especial das bebidas, as embalagens plásticas onde são acondicionadas para 
serem comercializadas são compostas pelo Politereftalato de Etileno (PET). 
Trata-se de um polímero termoplástico, derivado da reação entre o ácido tereftálico e o 
etileno glicol. Possui propriedades termoplásticas, ou seja, pode ser reprocessado diversas 
vezes pelo mesmo ou por outro processo de transformação. Quando aquecido a temperaturas 
adequadas, esses plásticos amolecem, fundem e podem ser novamente moldados 
(MONTENEGRO et al., 2007). 
O PET foi introduzido comercialmente na década de 70, e atualmente é o primeiro 
termoplástico mais vendido no mundo, e também a resina plástica utilizada e mais reciclada 
no mundo (ABIPET, 2013). 
Esta resina é apreciada por sua alta resistência ao impacto, inclusive em baixas 
temperaturas, e boa resistência ao ataque de agentes químicos (Panorama setorial, 1998). As 
características mais significativas deste plástico são: baixo custo; elevada resistência química 
a solventes e ataque de substâncias; baixo coeficiente de atrito; baixa permeabilidade aos 
gases CO2 e O2; maciez; flexibilidade; facilidade de processamento; excelentes propriedades 
isolantes; baixa permeabilidade à água; não toxidez e ausência de odor, por isto são muito 
utilizadas (MARTINS, 2005). 
Durante o processo de reciclagem, os principais contaminantesdo PET reciclável são 
os adesivos plásticos, presentes na base de alguns refrigerantes envasados em embalagens de 
Polipropileno. A maioria dos processos de lavagens não impede que traços destes produtos 
indesejáveis permaneçam no floco de PET. A cola age como catalisador de degradação 
hidrolítica quando o material é submetido à alta temperatura no processo de extrusão, 
causando o escurecimento e endurecimento do reciclado (ABIPET, 2013). 
Os principais contaminantes para o PET reciclado são: o Policloreto de Vinilo (PVC), 
principal composto dos rótulos e colas de rótulos das bebidas acondicionadas em garrafas 
plásticas e o alumínio. A seleção e pré-processamento da sucata garante a qualidade do 
reciclado. A seleção seja ela manual ou mecânica identifica o material por cor, número de 
processamento e teor de pureza do material (ABIPET, 2013). 
A fim de facilitar a identificação e a separação de materiais plásticos no processo de 
reciclagem está regulamentada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas a simbologia 
apresentada na Figura 02, em consonância com a regulamentação internacional, devendo ser 
observada pelos produtores de materiais plásticos
 
(ABNT, 1987). 
 
24 
 
Figura 2: Simbologia utilizada para identificação e separação de matérias plásticas em 
processos de reciclagem (ABNT/NBR 13230). 
 
 
Fonte: (Forlin; Faria, 2002). 
 
Os principais produtos comercializados pela indústria de reciclável PET são: fibras 
para tecelagem na indústria têxtil para produção de tecidos impermeáveis, etiquetas e cintos, 
cabides, entre outros; Fibras para produção de embalagens para utensílios de limpeza como: 
vassouras, rodos, tapetes; fibras para embalagens de utensílios de escritório como: porta lápis, 
canetas, réguas, apontadores, dentre outros; resinas para produção de materiais para 
construção civil como: telhas, tubos e conexões, caixas d’água, pias e tanques, entre outros; 
fibras e resinas líquidas para produção de materiais na indústria automobilística como: 
bancos, tapetes, carpetes, materiais de sinalização de trânsito, cordas e lonas para caminhões, 
dentre outros; fibras para confecção de materiais esportivos como: bolas, raquetes, redes, 
capas de chuva; dentre outros
 
(ALABASTER, 1981). 
2.4 Processo de reciclagem aplicados em garrafas pet 
 
A reciclagem mecânica é a mais utilizada no Brasil por possuir algumas vantagens 
como o fato de ser um negócio acessível a pequenos e médios empresários. A tecnologia 
envolvida na reciclagem mecânica, para a produção de itens de reduzido grau de exigência 
técnica (baldes, vassouras, sacos de lixo, etc.), é facilmente absorvida. O processo de 
reciclagem mecânica é responsável pela grande reciclagem industrial existente no Brasil, 
baseia se na conversão dos descartes plásticos em grânulos que podem ser reutilizados na 
fabricação de outros produtos (ROLIM, 2000). 
25 
 
Por estas razões, assim como pelo fato de o PET ser termoplástico, os quais se 
caracterizam por, sob pressão e calor passarem por uma transformação física, sem sofrerem 
mutação em sua estrutura química, e se tornarem reversíveis, podendo ser reaproveitados em 
novas moldagens, a reciclagem mecânica converte-se hoje em dia no Brasil como a opção 
mais viável de reciclagem para os frascos plásticos pós-consumo de garrafas de plásticos de 
bebidas (CASALLI, 2011). 
2.5 Etapas do processo de produção mecânica em indústrias de recicláveis 
de garrafas pet – Uberaba - Minas Gerais 
 
Segundo Bordonalli (2007b) a indústria de reciclagem de embalagens plásticas que 
opera segundo um sistema de reciclagem mecânica, apresenta as etapas básicas que compõem 
as instalações: separação e triagem dos diferentes plásticos, moagem, lavagem para retirada 
de sujeiras e restos de conteúdo, secagem e produto final. 
A etapa de separação é fundamental para a reciclagem do plástico e pode ser manual ou 
automatizada. 
No Brasil, como a maioria das empresas de reciclagem são de pequeno porte e a mão-
de-obra é barata, a separação é feita principalmente de forma manual dependendo a sua 
eficiência diretamente da prática das pessoas que executam esta tarefa. A separação manual e 
a triagem dos diferentes tipos de plásticos são feitas de acordo com a identificação do produto 
ou com o aspecto visual (SPINACE e PAOLI, 2005). 
Nesta etapa são separados também rótulos de materiais diferentes, tampas de garrafas, 
produtos compostos por mais de um tipo de plástico, embalagens metalizadas, grampos, etc. 
Outro fator determinante da qualidade é a fonte do material a ser separado, sendo que aquele 
oriundo da coleta seletiva é mais limpo em relação ao material proveniente dos lixões ou 
aterros (PLASTIVIDA, 2014). A figura 3 apresenta a linha de moagem e lavagem de PET. 
 
Figura 3: Linha de moagem e lavagem de PET da indústria 
 
 
 
26 
 
 
Fonte: SGA responsável por processo na indústria de reciclagem citada. 
 
Após o processo de separação, as embalagens, ainda inteiras, são transportadas até um 
moinho de facas rotativas provido de bicos injetores de água sob pressão, onde os plásticos 
são moídos e fragmentados em pequenos pedaços. No mesmo processo de moagem os 
plásticos podem ser expostos a uma pré-lavagem com água para retirada de sólidos grosseiros 
como terra e areia. A lavagem é complementada em banheira (em formato de canal) contendo 
água com regime de descarte por batelada. Após a pré-lavagem, os plásticos percorrem o 
canal, ocorrendo a sedimentação dos materiais de maior densidade que a água, tais como, 
areia, terra e particulados plásticos de resinas sem interesse à reciclagem pela empresa, entre 
outros, enquanto o plástico flutuante é coletado na extremidade do canal de lavagem. O 
descarte do efluente ao final do processo é direcionado para ser tratado, enquanto os resíduos 
seguem para aterro sanitário. 
Na última etapa do processo, a secagem, o objetivo é eliminar o excesso de água que o 
material moído contém. Depois de lavado, o plástico é acondicionado em uma centrífuga para 
a retirada da água. Quando necessário, a secagem é complementada por equipamento térmico. 
2.6 Etapas do processo de reciclagem da indústria em estudo 
 
 A matéria prima utilizada na indústria de recicláveis de Uberaba MG é obtida de 
cooperativas de reciclagem, catadores de descartáveis e também de Ong’s parceiras em 
reciclagem de plásticos e garrafas PET de todas as regiões do Brasil. São recicladas 
aproximadamente 300 toneladas/mês, sendo selecionado apenas plástico PET como matéria 
prima para o processo de produção (Figura 4). 
27 
 
Figura 4: Fluxograma das etapas do processo da indústria de recicláveis PET. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: SGA indústria recicláveis PET, 2014. 
 
O que não é selecionado como PET no processo de classificação manual, é descartado 
e retorna para cooperativas responsáveis pela reciclagem de tais rejeitos. Assim que o material 
 MATÉRIA PRIMA: 
FARDOS DE EMBALAGENS PLÁSTICAS 
 
 Descarte de plásticos sem interesse na reciclagem. 
 
Água de reuso no processo de lavagem. 
Após saturação o efluente segue para processo de tratamento. 
 
 
 
Água chega por gravidade da caixa d’água. 
Ápos 3 processo de decantação efluente segue para tratamento. 
 
Água com detergente alcalino trocada 2vezes ao dia após 
saturação seguindo após 3processos de decantação para 
tratamento do efluente. 
Flake segue por Rosca sem Fim para Tanque de separação 
por gravidade de Flake e Rótulos e tampas moídos (PP). 
 
Retira todo água e Umidade de Flake e encaminha para o Silo (1) 
 
Flake caem no BigBag por gravidade finalizando processo. 
 
Retira todo água e Umidade do PP e encaminha para o Silo (2) 
 
Flake cai no BigBag por gravidade finalizando processo. 
TRIAGEM MANUAL 
PRÉ LAVAGEM 
ESTEIRA DE RETORNO 
DETECTOR DE METAISMOAGEM (1) E 
LAVADORA (1) 
MOAGEM (2) E 
LAVADORA (2) 
ROSCA SEM FIM E 
TANQUE 
SEPARAÇÃO 
SECADORA (1) E 
VETOINHA (1) 
SILO (1) 
SECADORA (2) E 
VENTOINHA (2) 
SILO (2) 
O efluente dos tanques de separação e das secadoras segue através de canaletas de PVC para 
Tratamento Primário onde retornam diariamente para o processo. Após 5 dias de utilização segue o 
Tratamento de Efluentes. 
28 
 
chega à empresa é armazenado em um pátio de recepção. O processo de produção inicia-se 
com a introdução da matéria prima em um dispositivo (1) que tem por função transportá-lo até 
a esteira de classificação, sendo realizada uma pré-lavagem das garrafas plásticas (PET), 
utilizando somente água para remoção de sólidos grosseiros como terra e areia presente nas 
garrafas, essa água é reutilizada em todo o processo de pré-lavagem do dia todo. Na esteira de 
classificação (2), a matéria prima é triada por seis funcionários e são separados plásticos 
diferentes um do outro; os plásticos são separados por cores, pois em cada processo produz-se 
um flake (produto final do processo de reciclagem) de cor diferente, (se branco, somente 
processará o branco) bem como são retiradas impurezas que poderiam causar danos aos 
equipamentos industriais (metais). 
1ª Fase: A matéria prima (PET em fardos) é levada para MOEGA 1 (MOE1) onde o fardo é 
desmanchado e as garrafas passam pelas pré lavadoras 1 e 2 (PLV 1 e PLV2) onde recebem 
um jato de água para tirar impurezas mais grosseiras (areia e terra). O efluente gerado neste 
processo segue para o reservatório 16 (R16), onde tem uma tela de contenção de particulados, 
em seguida para o reservatório 4 (R4), onde tem uma bomba para retornar água para as pré 
lavadoras 1 e 2 (PLV 1 e PLV2). Este efluente quando saturado, segue para reservatório 5 
(R5) iniciando o processo de tratamento. As garrafas caem nas esteiras de classificação 1 e 2 
(ESC 1 e ESC 2) onde as garrafas são classificadas para moer. As garrafas recusadas são 
descartadas através de uma esteira de retorno (ESR 1). 
2ª Fase: A esteira de retorno leva as garrafas para a esteira circular localizada na área 
externa para reclassificar as recusas ou descartá-las. Cada esteira possui um detector de metais 
(DET 1 e DET 2) que acusa a presença de eventuais metais e automaticamente desliga a 
esteira para a retirada do metal que pode ou não estar junto das garrafas. Após a passagem das 
garrafas pela esteira de classificação, as mesmas são levadas pela esteira de alimentação 1 
(ESA 1) caindo no moinho 1 (MO1) onde as garrafas são trituradas no tamanho de 1.1/4”, 
caindo na lavadora 1 (LAV1). Tanto o Moinho 1 (MO1) como a Lavadora 1 (LAV 1) 
recebem água que vem por gravidade da caixa d’água e após passar pelo moinho e lavadora a 
água passa no reservatório embaixo do moinho e da lavadora para decantação da areia e da 
terra onde segue por 
canaleta e tubo de PVC para o reservatório 13 (R13), onde decanta pela 2vez e segue para o 
reservatório 12(R12) onde decanta pela 3vez e segue para o reservatório 11 (R11) que por sua 
vez a envia para o reservatório 6 (R6) onde inicia o processo de tratamento do efluente. 
3ª Fase: O Flake já moído em 1.1/4” é levado através da rosca transportadora 1 (RST1) para o 
moinho 2 (MO2) onde é remoído no tamanho de ½” e cai na lavadora 2 (LAV2). Tanto o 
29 
 
moinho 2 (MO2) como a Lavadora 2 (LAV2) recebem água do reservatório (R15). Esta água 
contém o detergente de limpeza GapQuest 1704 enriquecido com Metassilicato de Sódio para 
limpeza final do flake. O reservatório 15 (R15) tem uma bomba para recirculação da água, 
cuja renovação e feita uma ou duas vezes ao dia de acordo com a sua saturação. A água usada 
no moinho 2 (MO2) e Lavadora 2 (LAV2) cai num reservatório localizado logo abaixo destes 
2 (dois) equipamentos para a primeira decantação e segue para o Resevatório 15 (R15) que 
faz a segunda decantação, bem como retém os particulados gerados no processo. O efluente 
gerado no reservatório 15 (R15), quando descartado, segue para o reservatório 12 (R12) que 
faz a terceira decantação, bem como retém os possíveis particulados, seguindo para 
reservatório 11 (R11), depois para reservatório 6 (R6), e, inicia-se o processo de tratamento de 
efluentes. 
4ª Fase: O flake após passar pela lavadora (LAV2) segue através da Rosca Transportadora 2 
(RST2) para o tanque de separação 1 (TQ1) e logo em seguida para o tanque de separação 2 
(TQ 2) cuja finalidade e separar por densidade o Flake (PET) dos rótulos e Tampas (PP). Os 
rótulos e tampas seguem para o tanque de separação 5 (TQ5) e logo em seguida para a 
secadora 5 (SEC5) e secadora 6 (SEC6) que retiram o excesso de água e jogam os rótulos e 
tampas moídos para a Ventoinha 2 (VT2) que por sua vez envia para o Silo 3 (SL3) onde são 
ensacados em BigBags finalizando o processo de moagem dos rótulos e tampas. O Flake 
(PET) que passam pelos tanques de separação 1 (TQ1) e Tanque de separação 2 (TQ2) são 
enviados para a secadora 1 (SEC1) e logo após para a secadora 2 (SEC2), cuja finalidade é 
retirar todo excesso de água, apresentando ao final uma umidade abaixo de 1%. Em seguida 
os flakes seguem para a ventoinha 1 (VT1) que levam os flakes para o Silo 1 (SL1) que caem 
por gravidade, no BigBag, finalizando o processo produtivo da indústria de PET recicláveis. 
 Cada BigBag cheio pesa cerca de 500kg. O controle de qualidade do flake é realizado 
no laboratório da empresa. Todos os BigBags são inspecionados de acordo com sua finalidade 
pelo controle de qualidade. O processo consiste na fusão em estufa de 500 ºC de uma amostra 
do flake. Neste processo ocorre o derretimento do flake formando uma placa de pet que deve 
ser cristalina ou da cor do flake processado. Sendo analisada a presença de bolhas endurecidas 
e escurecidas confirma-se a contaminação por resquícios de PVC ou algum tipo de metal 
contaminante durante o processo. Com isso o flake passa por novo processo de lavagem e 
cristalização para novamente ser analisado de acordo com os parâmetros de pureza 
designados para a produção. 
O efluente gerado nos equipamentos: tanque de separação 1 (TQ1) tanque de 
separação 2 (TQ2), secadora 1 (SEC1), secadora 2 (SEC2), tanque de separação 5 (TQ5), 
30 
 
secadora 5 (SEC 5), secadora 6 (SEC6), segue através de canaleta com grades de retenção de 
particulados e posteriormente em tubos para o reservatório 7 (R7), onde retornam para o 
processo através de bombeamento. Este efluente só segue para o tratamento em períodos que 
variam de 5 (CINCO) ou 10 (DEZ) dias, dependendo da demanda do processo. O efluente é 
direcionado para o reservatório 12 (R12) que o envia para o reservatório 11 (R11). Este 
reservatório apresenta uma tela de contenção de particulados que promove a separação das 
partículas e redireciona o efluente para o reservatório 6 (R6). O lodo gerado do sistema de 
tratamento é disposto em BigBags apropriados e posteriormente é destinado ao aterro 
sanitário devidamente apropriado para o descarte. 
 Na indústria de reciclagem de material plástico, os detergentes, utilizados para a 
limpeza das garrafas, são considerados os principais causadores de um efluente com alta 
Demanda Química de Oxigênio (DQO), complementada pelo resto de resíduo orgânico 
presente no interior dos frascos vazios (CASALLI, 2011). 
O detergente GAPQUEST 1704 utilizado na lavagem de garrafas, enriquecido com 
Metassilicato de Sódio, utilizado pela empresa de recicláveis PET em estudo, é considerado 
um dos compostos no mercado mais biodegradáveis a disposição, embora essa 
biodegradabilidade esteja associada ao poder de eficácia na limpeza do PET. Neste caso 
específico, o poder de limpeza do GAPQUEST 1704 é complementado pelo Metassilicato de 
Sódio que é um composto alto poder alcalino que associado ao poder adstringente do 
GAPQUEST completa a limpeza do PET. O metassilicato tem ainda o papel de clareador do 
PET, ou seja,após a lavagem com o detergente a molécula de metassilicato dissolvida na água 
adere na parede do PET formando uma película branca cristalina completando o poder 
adstringente do composto (SGA, 2014). 
2.7 Características do reagente químico utilizado na lavagem e cristalização 
do pet (gapquest 1704) 
 
GapQuest 1704 da GAP Química Ltda é um detergente ácido orgânico utilizado na 
lavagem dos plásticos PET processados na indústria de reciclagem. É considerado um 
excelente sequestrante para cálcio e ferro em soluções alcalinas, especialmente aquelas 
soluções que contenham hidróxido de sódio sendo totalmente solúvel em água formando 
complexos hidrossolúveis. A tabela 2 apresenta as características do GapQuest 1704. 
 
31 
 
Tabela 2: Ficha Técnica com características do reagente GapQuest 1704. 
Aspecto 25 °C Líquido avermelhado límpido 
Caráter iônico Não Iônico 
pH solução aquosa 1%, 25 ºC 5,5 – 7,0 
Densidade 25 ºC, g/cm
3
 1,05 – 1,16 
% Sólidos 20 – 22 
Solubilidade em água, 25 ºC Facilmente solúvel 
Sequestramento de Ca
2+
 (mg/g) 120 – 140 
Sequestramento de ferro Fe
3+
 mg/g 470 – 520 
Fonte: Ficha Técnica do produto 
 
O detergente GapQuest 1704 apresenta as seguintes vantagens: 
-Muito efetivo para os complexos de cálcio, ferro, magnésio; 
-Totalmente solúvel em água; 
- Altamente eficaz na remoção de óleos e graxas de compostos plásticos; 
- Completamente estável em condições altamente alcalinas e de temperatura para limpeza. 
O detergente utilizado no processo (GapQuest 1704) é enriquecido com Metassilicato 
de Sódio apresentando, uma boa eficiência na limpeza final do flake, porém o efluente final 
apresenta altos índices de DQO que pode ser devido a esta associação. 
A ação sequestrante de íons cálcio e ferro ocorrem com a formação estequiométrica de 
complexos. Estes complexos previnem as corriqueiras reações de precipitação de íons 
metálicos em solução. 
O GapQuest 1704, utilizado na limpeza do PET em produção industrial, é 
extremamente eficaz quando associado a pelo menos 1,0% de hidróxido de sódio. Por isso a 
associação com Metassilicato de Sódio em pó da Diatom Mineração Ltda torna-se o conjunto 
ideal para limpeza e cristalização do flake derivado do plástico PET. 
2.8 Efluente industrial 
 
De acordo com a Norma Brasileira — NBR 9800/1987, efluente líquido industrial é o 
despejo líquido proveniente do estabelecimento industrial, compreendendo emanações de 
processo industrial, águas de refrigeração poluídas, águas pluviais poluídas e esgoto 
doméstico (CIMM, 2000). 
As diferentes composições físicas, químicas e biológicas, as variações de volumes 
gerados em relação ao tempo de duração do processo produtivo, o potencial de toxicidade, são 
fatores que alteram quantitativa e qualitativamente os pontos de geração e consequentemente 
32 
 
de tratamento do efluente. O efluente deve ser caracterizado, quantificado e tratado e/ou 
acondicionado adequadamente, antes da disposição final no meio ambiente (BARROS, 2008). 
As características do efluente industrial são variáveis em cada tipo de indústria, em 
função do período de operação, da matéria-prima utilizada, da reutilização de água e do 
potencial poluidor. Independente da sua natureza industrial ou doméstica, o efluente deve ser 
sempre tratado dentro das normas estabelecidas dentro do corpo de água que este for lançado 
(ZOPPAS, 2012). 
 
As características do efluente líquido gerado nos diversos processos de reciclagem 
variam de acordo com o tipo de plástico e principalmente com a origem do plástico, pois um 
mesmo tipo de plástico possui diversas aplicações em variados setores e produtos, resultando 
em características bem distintas (CASALLI, 2011). 
2.9 Origem dos diferentes tipos de efluentes industriais 
 
O impacto do lançamento de efluentes originados de lançamentos realizados de forma 
indevida em corpos d’água é motivo de grande preocupação em vários países (SPERLING; 
OLIVEIRA, 2005). 
O efluente líquido de indústrias têxtil é altamente tóxico e não biodegradável, o que o 
torna resistente à destruição por métodos de tratamento físico e químico. A não 
biodegradabilidade dos efluentes têxteis se deve ao alto conteúdo de corantes, surfactantes e 
aditivos que geralmente são compostos orgânicos de estruturas complexas (LEDAKOWICZ; 
GONERA,1999). 
A composição média dos efluentes da indústria têxtil pode ser dada por: sólidos totais 
na faixa de 1000 a 1600 mg/l
-1
; DBO, de 200 a 600 mg/l
-1
; alcalinidade total de 300 a 900 
mg/l; sólidos em suspensão, de 30 a 50 mg/l. Essa caracterização do efluente apenas define as 
ordens de grandeza das características dos efluentes, pois a composição do efluente é 
dependente do processo e do tipo de fibra processada (SOARES, 1998). 
Nos matadouros e frigoríficos, os efluentes são volumosos e representam um sério 
problema pelo alto teor de matéria orgânica, necessitando, portanto, de um tratamento eficaz 
para redução da mesma. A base do tratamento consiste em evitar, o máximo possível, o 
contato matéria orgânica/efluente, evitando que a carga orgânica dos efluentes aumente pelo 
aporte de material orgânico (sangue, aparas de carne e de gordura, restos de misturas ou de 
emulsões, etc.). Tal fato implica principalmente em capturar, o quanto possível, os materiais 
ou resíduos antes que entrem nos drenos e canaletas de águas residuais (CETESB, 2008b). Os 
33 
 
principais parâmetros diretamente alterados com o aumento da carga orgânica em frigoríficos 
são as concentrações dos principais parâmetros que caracterizam estes efluentes: DBO5, 
DQO, óleos e graxas, nitrogênio total, cloreto, etc
 
(CETESB, 1987b). 
Na indústria de reciclagem de material plástico, os detergentes são muito utilizados 
para a limpeza das garrafas, durante o processo de fabricação de flakes, sendo causador de 
alterações indesejáveis nas características físicas e químicas do efluente principalmente em 
relação à alta Demanda Química de Oxigênio (DQO), complementada pelo resto de resíduo 
orgânico presente no interior dos frascos vazios (CASALLI, 2011). 
2.10 Caracterização da empresa de recicláveis pet 
 
A empresa de recicláveis PET, situada no município de Uberaba – MG desde o ano de 
2010, apresenta uma área 1200m
2
, contribuindo de forma direta e indireta para geração de 
emprego e renda no município. A empresa atua hoje com cerca de 20funcionários (diretos) e 
cerca de 5 (indiretos), com uma renda bruta de R$300.000,00 (mês) atuando no ramo de 
atividades na reciclagem de materiais plásticos do tipo PET e foi enquadrada na DN/4 com o 
código F-05-02-9 reciclagem de plásticos com a utilização de processo de reciclagem a base 
de lavagem com água e trituração do material previamente limpo. A empresa produz 250 
toneladas/mês de flakes nas cores cristal-verde-azul e mistos provenientes do processo de 
reciclagem. 
2.11 A geração de efluente e o processo de tratamento da empresa de 
recicláveis pet 
Após o processo de produção de flakes reciclado a empresa é responsável por tratar 
dentro dos parâmetros estabelecidos pela legislação municipal de lançamento de efluentes, 
todo o efluente gerado durante o processo. 
Os principais efluentes que devem ser analisados por laboratórios credenciados à 
empresa, do efluente gerado no processamento produtivo da indústria de recicláveis PET são: 
teor de sólidos suspensos, alcalinidade, turbidez, Demanda Química de Oxigênio (DQO), 
Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO5), Nitrogênio, metais pesados, e demais 
estabelecidos pela legislação do município (CASALLI, 2011). 
Para tratar este tipo de efluente são utilizados os tratamentos primários, secundários e 
terciários, que objetivam a remoção das partículas ou poluentes mediante operações físicas, 
químicas e biológicas ou combinação destas, cujo intuito é reduzir os sólidos totais, turbidez, 
34 
 
cor, aplicando processos específicos para oxidar química e bioquimicamenteestas 
substâncias, além de remover as consideradas causadoras da alta de DQO e DBO 
apresentadas (MORENO, 2007). 
Segundo (Hart, 1994), o efluente após processo de tratamento apresenta as 
características conforme descritas no Quadro 1. 
Quadro 1: Característica de um efluente após processo de tratamento. 
Fonte: Beltrame, 2000. 
 
A Figura 5 representa o fluxograma das etapas de tratamento da ETE da empresa de 
recicláveis PET. 
 
Figura 6 – Fluxograma das etapas de tratamento da ETE da empresa de recicláveis PET. 
DBO Redução de 55 a 90% 
Cor Redução de 90 a 95% 
Aspecto Incolor ou Levemente Colorido 
Detergentes Redução de 60 a 70% 
Óleos e Graxas Redução de 96 a 99% 
pH Entre 6,4 e 6,6 
35 
 
Fluxograma Tratamento de Efluente Empresa de Reciclagem 
de PET 
 
 
 
OBS: Processo automático funciona 24hs por dia. 
 
 
 
 
 
R3 
 R5 
555 
5 
TANQUE DE EQUALIZAÇÃO 
Sulfato Alumínio + Soda 
FILTRO DE PEDRA/AREIA – 
remoção de óleos e graxas 
 (g) 
 
Flotação + Decantação 
(Bomba Dosadora de Sulfato de 
alumínio + Cal) 
Decantação 
1 e 2 
Bomba + Filtro de 
Poliéster 
Biofilme 1 
Filtro 
Triplo 
Biofilme 2 
Efluente 
Tratado 
Filtro Poliéster 
Aerador 
 
Fonte: Juliana Andrade, 2014. 
 
Para que esses despejos sejam tratados com maior eficiência, a indústria utiliza 
primeiramente um pré-tratamento no qual, o efluente de lavagem do PET é canalizado para 
36 
 
um tanque de separação onde tampas e flakes (Figura 6), contidos por um filtro de poliéster, 
que irá permitir a remoção de boa parte desses sólidos suspensos existentes neste meio. 
 
 Figura 7 - Pré tratamento ETE indústria de recicláveis PET. 
 
Fonte: Juliana Andrade, 2014. 
 
Em seguida, o efluente da indústria de reciclagem de PET é direcionado para o tanque 
de equalização, que tem como tarefa diminuir as oscilações de qualidade e vazão das águas 
residuárias (DANTAS et al., 2009). 
Neste tanque auxilia no controle e minimização de possíveis variações de vazão e 
concentração do efluente para que este atinja boas condições para os processos subsequentes 
(BELTRAME, 2000). 
O processo de equalização ocorre com a adição de sulfato de alumínio e soda. De 
acordo com a vazão de efluente que chega bombas dosam os reagentes e o processo vai 
ocorrendo dentro do tanque. O sulfato de alumínio é adicionado para a floculação de sólidos 
compostos e a soda é adicionada para correção de pH do meio (Figura 7). 
37 
 
Figura 8 - Tanque de Equalização ETE indústria de recicláveis PET. 
 
 Fonte: Juliana Andrade, 2014. 
 
Seguindo o processo primário de tratamento que consiste na remoção de sólidos 
grosseiros de forma a proteger as unidades subsequentes, além de bombas e tubulações. O 
efluente segue para o tanque de areia e pedras (Figura 8), sequência do tratamento primário, 
onde ocorre à remoção de sólidos em suspensão sedimentáveis, materiais flutuantes (óleos e 
graxas) e parte da matéria orgânica em suspensão. 
Figura 9 - Tanque de Areia retenção óleos e graxas ETE indústria de recicláveis PET. 
 
 Fonte: Juliana Andrade, 2014. 
38 
 
Embora o tratamento primário seja um processo exclusivamente de ação física pode, 
em alguns casos, como na indústria de recicláveis PET o processo ser ajudado pela adição de 
agentes químicos como Sulfato de alumínio e cal que auxiliam no controle de pH e que 
através de uma coagulação/floculação possibilita a obtenção de flocos de matéria poluente de 
maiores dimensões e assim mais facilmente decantáveis, assim a eficiência de um tratamento 
primário como este pode chegar até 60% (BELTRAME, 2000) . 
Alguns fatores podem interferir no processo de coagulação. Entre eles estão a turbidez 
(quanto maior a turbidez, menor será a dose de coagulante, devido a maior possibilidade de 
choque); a temperatura (quanto menor a temperatura, maior a viscosidade e menor a 
velocidade de sedimentação) e as condições de mistura (Figura 9) (que deve ser realizada em 
duas etapas, uma rápida para dispersar o coagulante uniformemente e favorecer as colisões 
entre as partículas, e outra lenta, para permitir o crescimento do flóculo) (LAGUNAS; LIS, 
1998). 
 
Figura 10 - Tanque de Flotação ETE indústria de recicláveis PET. 
 
Fonte: Juliana Andrade, 2014. 
Após a flotação o efluente passa novamente por um filtro de poliéster e segue para a 
decantação (1 e 2). Em seguida passa pelo Biofilme 1, composto de pedras do tipo 
“marruada” que auxiliam na contenção de sólidos ainda presentes no efluente. Logo em 
seguida o efluente segue para o Biofilme 2. Que consiste em um tanque de diferentes 
densidades de pedras para remoção de óleos e graxas presentes no efluente. Alguns sistemas 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Flocula%C3%A7%C3%A3o
39 
 
de tratamento de efluentes são constituídos por filtro de pedra com diferentes proporções para 
sedimentação por gravidade. Filtros de Areia são utilizados na retenção de partículas de óleos 
e graxas ainda presentes no efluente (VAN HAANDEL, 1990). 
Após o biofilme 1 é aplicado o tratamento secundário do efluente. Etapa que 
geralmente é constituído por processo biológico, com a finalidade de remover matéria 
orgânica dissolvida e matéria orgânica em suspensão que não foi removida no tratamento 
primário (BELTRAME, 2000). 
Nesta etapa do tratamento, há participação de microrganismos que entram em contato 
com a matéria orgânica do efluente (Figura 10), podendo estes microrganismos ser aeróbios 
ou anaeróbios, de acordo com as condições do sistema de tratamento. No Tanque de Aeração 
são separadas as partículas em suspensão presentes na fase líquida do efluente. 
Para isso são introduzidas bolhas de ar; estas ligam-se às partículas e a força de 
impulsão da bolha de ar é suficientemente grande para trazer a partícula até à superfície no 
processo mais vulgar, o ar é dissolvido no efluente sob pressão de várias atmosferas e é depois 
libertado à pressão atmosférica; o ar dissolvido vai, então, coalescer em pequenas bolhas que 
vão servir à finalidade acima indicada usada na remoção de óleos, graxas e gorduras e 
partículas coloidais ainda presentes no efluente. Após este processo o efluente tratado segue 
para a rede coletora sendo assim lançado na ETE da cidade. A eficiência de um tratamento 
secundário pode chegar a 95% ou mais dependendo da operação. (BELTRAME, 2000). 
 Figura 11 - Tanque de Aeração ETE indústria de recicláveis PET. 
 
Fonte: Juliana Andrade, 2014. 
 
40 
 
Após aeração o efluente passa pelo Biofilme 2, composto por 3 camadas de pedras 
com diferentes densidades sendo, pedrisco, cascalho lavado e a pedra “marruada”. Nesta 
etapa, a massa de microorganismos é mantida em suspensão através da agitação provocada 
pelos aeradores que trabalham alternadamente de acordo com as necessidades de decantação. 
Essa agitação é feita para que haja um contato íntimo do lodo com o material orgânico na 
água resultante do efluente. Esses filtros também funcionam com decantadores ajudando a 
separar o lodo do efluente, removendo sólidos, óleos e graxas e quaisquer partículas mesmo 
que coloidais ainda presentes no efluente clarificando-o e melhorando a sua qualidade antes 
de ser jogado no tanque de aeração que segue para o corpo receptor. 
Após a passagem pelo Biofilme 2 é finalizado o tratamento secundário que é 
descartado na rede receptora (Figura 11). O efluente normalmente apresenta um reduzido 
nível de poluição por matéria orgânica, podendo, na maioria dos casos, serem despejadas no 
corpo ou rede de esgoto receptora (BELTRAME, 2000). 
Figura 12 - Efluente tratado sendo descartado na rede receptora. 
 
Fonte: Juliana Andrade, 2014. 
 
O lodo e os rejeitos gerados no processo de tratamento é destinado em BigBags para 
uma empresa autorizada para destinação correta do mesmo. 
2.12 Demanda bioquímica de oxigênio (DBO) 
 
41 
 
Segundo (Braile e Cavalcanti,

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