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Discentes: Bárbara Martins, Bárbara Peluzo, Gisella Oliveira, Giselle Cipriano, Joyce Menezes Docente: Ângela melo LIXIVIAÇÃO – EXTRAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO Departamento de química Química tecnológica Disciplina: operações unitárias ii INTRODUÇÃO A Lixiviação é uma extração sólido-líquido Dissolução seletiva Etapa posterior Figura 1:Exemplo da lixiviação. Fonte: http://www.gunt.de/download/extraction_english.pdf VARIÁVEIS IMPORTANTES Afinidade química entre o solvente e o soluto de interesse Granulometria do soluto Temperatura APLICAÇÕES Extração de óleo de sementes e grãos (óleo de amendoim, soja, linhaça, rícino, semente de girassol, semente de algodão, etc.); Café Solúvel; Chá instantâneo; Obtenção de açúcar da cana ou beterraba; Extrair produtos de raízes medicinais; Recuperação do urânio de minérios de baixo teor; Concentração do minério de ferro. 4 EQUIPAMENTOS Princípio da Técnica Figura 2. Esquema de um Extrator Soxhlet, onde A: zona aerada; B: zona intermediaria sujeita a flutuações do nível de água; C: zona submersa. Fonte:<http://turmalina.igc.usp.br/img/revistas/rig/v31n1-2/1-2a02f1.jpg> EQUIPAMENTOS Processos em batelada / contínuos; Um extrator deve ser eficiente, minimizando a quantidade de solvente. Equipamentos Bollman Extrator contínuo; Para larga escala; Figura 3. Esquema mostrando o extrator vertical Bollman . Fonte: Thomas, 2003, p. 9 Cestas com o fundo perfurado são movidas ao redor de uma curva vertical por um motor. O solvente percola para baixo de cesta em cesta lixiviando os sólidos. O fluxo de líquido contracorrente aos sólidos contidos nas cestas ascendentes e a favor da corrente em cestas descendentes. O solvente puro entra perto do topo do braço ascendente e coleta micelas1 na parte esquerda e no fundo. De lá as micelas são bombeadas para o topo do braço descendente, de onde flui para baixo para o lado direito e se reduz ao extrato final chamado de micela forte. 7 Equipamentos Hildebrandt Extrator de parafuso em forma de U com uma hélice em cada seção; Os sólidos se introduzem numa extremidade do equipamento e o solvente puro pela outra, ocorrendo o fluxo em contracorrente; Figura 4. Esquema mostrando o extrator de leito móvel Hildebrandt. Fonte: Thomas, 2003, p. 9 Os sólidos se introduzem numa extremidade do equipamento (lado direito da Figura 2.3) e o solvente puro 19 8 Equipamentos Tanque de percolação Tanque equipado com fundo falso e coberto com um meio filtrante. A solução é adicionada no topo do tanque permitindo a percolação sobre o material; Regime contínuo e em contracorrente; Capacidade média dos tanques: 12000 ton.; Figura 5. Tanque empregado na lixiviação por percolação. Motores responsáveis pelo controle da agitação por aeração 9 Equipamentos Leito Fixo Lixiviação em leito fixo; A lixiviação em leitos fixos é realizada em um tanque com um fundo perfurado, com a finalidade de suspender o sólido e permitir a passagem do solvente. Os sólidos são alimentados no vaso, onde são pulverizados com o solvente de modo a reduzir o teor de soluto máximo possível e, posteriormente o mesmo é esvaziado Figura 6. Esquema de extração de solução de açúcar da poupa de beterraba, em leito fixo. Equipamentos “PACHUCAS” Mais modernos; Material inoxidável; Tanques agitados por aeração; Figura 7. Pachucas em série. ABNT NBR 10005: Procedimento para obtenção de extrato lixiviado de resíduos sólidos FLUXOGRAMA 12 MÉTODOS DE OPERAÇÃO Estágio simples: Contato entre sólido e solvente com posterior separação entre os dois. Pouco encontrada pela baixa recuperação do soluto. Sistema em vários estágios com correntes paralelas: Mistura do sólido + solvente no primeiro estágio. Fase mais densa passa para segundo estágio com adição de mais solvente, sucessivamente. 13 MÉTODOS DE OPERAÇÃO Sistema em vários estágios contínuos em contracorrente: Fase densa e fase leve fluem ao contrário. Alta recuperação do soluto Sistema descontínuo em contracorrente a contato múltiplo: Diversas unidades de contato (bateria de extração). Permanência estacionária dos sólidos em cada tanque contatos com extratos de concentrações decrescentes maior parte do sólidos tem contato com solvente virgem. Sistema a vários estágios contínuos em contracorrente As correntes da fase densa e da fase leve fluem ao revés. Este sistema possibilita uma alta recuperação do soluto com uma solução final muito concentrada, pois a solução com elevado teor de soluto deixa o sistema depois de ter contato com o sólido virgem. Sistema descontínuo em contracorrente a contato múltiplo Constituído por diversas unidades de contato dispostas numa circunferência, ou numa fileira, denominada bateria de extração. A principal característica deste sistema é a de permanência estacionária dos sólidos em cada tanque, sujeitos a diversos contatos com extratos de contrações decrescentes. O contato final da maior parte dos sólidos quase exauridos se dá com o solvente virgem, enquanto a solução concentrada deixa o contato com o sólido não extraído, em outro tanque. Obtém-se a operação da bateria em contracorrente através do avanço dos tanques de entrada e de saída em um posto de seqüência, quando os sólidos são carregados ou removidos. Depois de o processo de extração ser repetido diversas vezes, as concentrações na solução e no sólido de cada unidade são muito parecidas com as concentrações que se obtêm num sistema real a contracorrente. 14 BALANÇO DE MASSA Único estágio: Xa, Ys, Xr, Ye = frações mássicas. 15 BALANÇO DE MASSA Único estágio Balanço global: A + S = R + E Balanço material: A.Xa + S.Ys = R.Xr + E.Ye 16 BALANÇO DE MASSA Vários estágios - Contracorrente Balanço global: R1 + E3 = R2 + E2 Balanço material: R1. X1 + E3.Y3 = R2.X2 + E2.Y2 ESTUDO DE CASO ESTUDO DE CASO Indústria de celulose Objetiva: melhorar a sua capacidade de produção; a qualidade de seus produtos ; o seu desempenho ambiental. Problema: material orgânico e inorgânico maior consumo de produtos químicos ; aumento da cor ; demanda química; biológica de oxigênio 19 ESTUDO DE CASO Processos: Lixiviação alcalina remover lignina presa sobre as fibras de celulose concentrações elevadas de NaOH e altas temperaturas pH elevado, a lignina reage com o álcali, especialmente a altas temperaturas Lavagem da celulose remove materiais orgânicos e inorgânicos dissolvido que proporcionam adequado condições para a fase de branqueamento ESTUDO DE CASO Objetivos: avaliar o efeito da lavagem eficiente e da lixiviação alcalina de polpas Kraft de eucalipto e pinus nas suas branqueabilidades, utilizando-se três diferentes sequências de branqueamento. ESTUDO DE CASO Metodologia: Treze diferentes polpas celulósicas Caracterização inicial das polpas celulósicas Foram estabelecidas as condições ótimas de branqueamento da polpa. Estudo comparativo entre as polpas que receberam a lixiviação alcalina e lavagem eficiente com uma polpa de referência que não recebeu esse tratamento ESTUDO DE CASO Metodologia: Treze diferentes polpas celulósicas Caracterização inicial das polpas celulósicas Foram estabelecidas as condições ótimas de branqueamento da polpa. Estudo comparativo entre as polpas que receberam a lixiviação alcalina e lavagem eficiente com uma polpa de referência que não recebeu esse tratamento Onze polpas de eucalipto(1 a 11) Duas polpas de pinheiro (12 e 13). ESTUDO DE CASO Metodologia: Treze diferentes polpas celulósicas Caracterização inicial das polpas celulósicas Foram estabelecidas as condições ótimas de branqueamento da polpa. Estudo comparativo entre as polpas que receberam a lixiviação alcalina e lavagem eficiente com uma polpa de referência que não recebeu esse tratamento Brilho Número Kappa Viscosidade Teor Hexa’sDemanda Química de Oxigênio ESTUDO DE CASO Metodologia: Procedimento lavagem e lixiviação alcalina: Lavagem: 50m3 de água destilada por tonelada de polpa seca. Lixiviação alcalina: recipientes de polietileno; amostras de pesos conhecidos de polpas, as seguintes condições: 90 min, 90ºC, 10% consistência e 20 kg / odt de NaOH. Mistura Aquecimento (forno microondas) Banho de vapor (termostato) ESTUDO DE CASO Metodologia: Três sequências de branqueamento foram utilizadas: ESTUDO DE CASO Resultados: Efeito da lavagem eficiente nas polpas: ESTUDO DE CASO Resultados: Efeito da lixiviação alcalina nas polpas: ESTUDO DE CASO Resultados: Efeito do branqueamento: ESTUDO DE CASO Conclusão: As polpas lavadas eficientemente e submetidas ao processo de lixiviação: Menor número Kappa; Menor teor Hexa’s Maior brilho Fácil e eficiente branqueamento Conclusões Lixiviação é uma extração sólido líquido; Transfêrencia de massa Varias aplicações industriais; Vários setores; Alguns tipos de equipamentos com utilização específica para cada fim; Métodos de operação em um ou mais estágios, cocorente ou contracorrente, contínuos ou descontínuos. REFERÊNCIAS AGUIAR, G. P. S. Cristalização e Lixiviação, aplicações na indústria e importância no processo. Pontal do Araguaia .MT. 2010. JUNIOR, J. L. L.; VIELMO, L. C.; MARQUES, L. F.; KLEIN, R. M.; MARQUES, T. F. Lixiviação, Destilação, Adsorção, Absorção . UFP. Bagé, 2011. ANDRADE, M.F., COLODETTE,J.L., OLIVEIRA, F.N. Avaliação da branquealidade de polpas kraft de pinus e eucalipto. Cerne, Lavras, v. 19, n. 3, p. 433-439, jul./set. 2013 THOMAS G.; Analise Teórico-Experimental da Extração de Óleo de Soja em Instalação Industrial Tipo Rotocell. Porto Alegre: UFRGS, 2003. Disponível em: < https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/38382/000823858.pdf?sequence=1 > Acesso: 29 de nov. 2015. Disponível em: http://docslide.com.br/documents/operacoes-unitarias-trabalho-de-lixiviacao.html ABNT NBR 1005 - Procedimento para obtenção de extrato lixiviado de resíduos sólidos - BRASIL, 2004. 32
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