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Artigo Científico Paulo Byron

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INSTITUTO COTEMAR 
PAULO BYRON OLIVEIRA SOARES NETO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COBRANÇA DE IMPOSTO SOBRE SERVIÇO DE QUALQUER NATUREZA, NO 
QUE TANGE OS ADVOGADOS AUTONÔMOS E A SOCIEDADE DE 
ADVOGADOS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MONGAGUÁ – SP 
2017 
INSTITUTO COTEMAR 
PAULO BYRON OLIVEIRA SOARES NETO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COBRANÇA DE IMPOSTO SOBRE SERVIÇO DE QUALQUER NATUREZA, NO 
QUE TANGE OS ADVOGADOS AUTONÔMOS E A SOCIEDADE DE 
ADVOGADOS. 
Trabalho de Conclusão de Curso – Artigo Científico, 
apresentado ao Núcleo de Trabalhos de Conclusão 
de Curso do Curso de Pós Graduação Lato Sensu 
do curso de especialização em Direito Tributário, 
como requisito obrigatório para a obtenção do grau 
de especialista. 
 
 
 
 
 
 
 
MONGAGUÁ – SP 
2017 
COBRANÇA DE IMPOSTO SOBRE SERVIÇO DE QUALQUER NATUREZA, NO 
QUE TANGE OS ADVOGADOS AUTONÔMOS E A SOCIEDADE DE 
ADVOGADOS. 
Paulo Byron Oliveira Soares Neto1 
 
RESUMO 
O presente trabalho aborda informações referentes a cobrança do Imposto Sobre Serviço de Qualquer 
Natureza (ISSQN), ou também denominado, Imposto Sobre Serviço (ISS), no que tange os serviços de 
advogados autônomos e sociedade de advogados. Neste sentido o tema é abordado minuciosamente, 
a fim de que o leitor possa adquirir e interpretar de modo cristalino as informações, sobre o referido 
tributo, contidas neste artigo. 
Palavras-chave: Imposto Sobre Serviço. ISS. ISSQN. Advocacia. 
ABSTRACT 
The present work deals with information regarding the collection of the Service Tax of Any Nature 
(ISSQN), or also called, Service Tax (ISS), it is not the service contract of independent lawyers and law 
firm. In this sense or theme is approached meticulously, a reader's end may acquire and interpret in a 
crystalline way as information, on the said tribute, contained in this article. 
 
Key-words: Tax over service. ISS. ISSQN. Advocacy. 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O objetivo deste artigo é abordar a cobrança do Imposto Sobre Serviço de 
Qualquer Natureza (ISSQN), ou também denominado, Imposto Sobre Serviço no que 
se refere aos serviços advocatícios, tanto ao advogado autônomo quanto à sociedade 
de advogados. 
Em seu contexto é apresentado à respectiva legislação, bem como 
jurisprudência sobre o assunto. Não obstante traz também, para a tratativa cristalina 
desta questão, a exposição da melhor alternativa, ao profissional, no que tange esta 
tributação, visto que a mesma tende a variar, obviamente, por se tratar de um imposto 
de competência municipal. 
 
2. IMPOSTO 
 
 
1 Paulo Byron Oliveira Soares Neto, Licenciado e Bacharel em Matemática pela Universidade Ibirapuera; 
especialista em Gestão Escolar e Coordenação Pedagógica pela Uniasselvi; graduando em Direito; pós 
graduando em Ensino de Filosofia pela UNIFESP; pós graduando em Direito Tributário pelo Instituto Cotemar e 
mestrando em Direito e Negócios Internacionais pela Universidade del Atlântico – Espanha. 
 De acordo com o artigo 16 do Código Tributário Nacional temos por definição 
que: “imposto é o tributo2 que tem por fato gerador uma situação independente de 
qualquer atividade estatal específica relativa ao contribuinte”. 
Notório que diante do exposto na legislação citada, o imposto tem caráter 
geral, não trazendo qualquer vantagem específica ao contribuinte, característica esta 
mais marcante como forma de imposição do poder político, impondo um dever, sem 
geral qualquer contrapartida. Portanto, o imposto para existir, requer a existência de 
um fato com envolvimento de particular e sem a presença do Estado. 
A Constituição Federal de 1988 aponta as espécies de tributos, sem 
especificá-las e tampouco classifica-las, porém no que diz respeito ao imposto cita 
que: “são instituíveis pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios [...]”. Na esfera 
municipal, ponto tratado neste artigo, a competência dos Municípios em instituir 
impostos é apresentada no artigo 156 da Carta Magna, conforme nos ensina Luciano 
Amaro3: “Aos Municípios são outorgados os impostos sobre a propriedade territorial e 
predial urbana; transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens 
imóveis e sobre serviços de qualquer natureza“. 
 Sendo assim, é de inteira competência dos Municípios a aplicação de imposto 
sobre serviços de qualquer natureza (ISS ou ISSQN). 
 
3. IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA 
 
 O ISSQN ou ISS ingressa no ordenamento jurídico brasileiro com a 
Constituição de 1934, a qual criava impostos incidentes sobre atividades que 
envolviam diversões públicas. 
 Atualmente, encontra-se previsto na Constituição de 1988 em seu artigo 5º, 
III, disposto na Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003, todavia revogados 
os artigos 71 a 73 do Decreto Lei nº 406 de 31 de dezembro de 1968. Como visto, 
este imposto é municipal, desta forma, de responsabilidade do município é sua 
implantação e fiscalização, conforme os ditames legais dispostos na Lei 
Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003 e, também, do artigo 9° §§ 1° e 3° do 
Decreto Lei nº 406, de 31 de dezembro 1968. 
 
2 Tributo é toda e qualquer prestação pecuniária compulsória Art 3°. CTN. 
3 Amaro, Luciano p.30. (2006). 
 
4. LEI COMPLEMENTAR N° 116/2003 E O DECRETO LEI Nº 406/68 
 
A Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003 além de inovar, alterou a 
legislação, tendo como intuito a ampliação da diversidade de serviços tributados pelos 
Municípios, de maneira a evitar a elisão fiscal e, não obstante, fixar nova base para o 
cálculo do imposto, sendo esta, o valor do serviço prestado. Entretanto, a referida lei 
não revogou o artigo 9° §§ 1° e 3° do Decreto Lei nº 406, de 31 de dezembro 1968. 
Em seu parágrafo 1°, o respectivo Decreto estabelece que determinados serviços, 
devido a sua natureza, deverão ter o imposto sobre serviço calculado através de 
alíquota fixa ou variável. Adiante no parágrafo 3° esclarece que determinados 
serviços, como a advocacia, ficam sujeitos a forma de cálculo estabelecida no § 1°, 
sendo calculado em relação a cada profissional individualmente, que preste serviço 
em nome de sociedade, todavia, assumindo responsabilidade pessoal. Desta forma, 
cabe apresentar as recentes decisões dos Tribunais, validando o entendimento da 
não-revogação do artigo 9° §§ 1° e 3°, como por exemplo a decisão do Tribunal de 
Justiça do Estado do Piauí: 
TJ-PI - Remessa de Ofício/Apelação APL 50011880 PI (TJ-PI) 
Data de publicação: 10/11/2009 
Ementa: REEXAME NECESSÁRIO E APELAÇAO CÍVEL AÇAO 
DECLARATÓRIA DE ILEGALIDADE DE COBRANÇA DE ISS C/C 
REPETIÇAO DE INDÉBITO SOCIEDADE DE ADVOGADOS PRESTAÇAO 
DE SERVIÇOS DE ADVOCACIA APENAS CARÁTER EMPRESARIAL 
NAO DEMONSTRADO SUJEIÇAO AO ISS NA FORMA PRIVILEGIADA 
POR PROFISSIONAL HABILITADO REPETIÇAO DE INDÉBITO 
DEFERIDA RECURSOS IMPROVIDOS. Na forma dos 1º e 3º do art. 9º do 
DL nº 406 /68, subsiste integralmente a tributação privilegiada, pelo Imposto 
sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), das sociedades de profissionais 
liberais de nível superior, no caso, advogados, que continuam sujeitas ao 
imposto por profissional habilitado e não pelo seu movimento ou receita bruta, 
pois não verificado o caráter empresarial alegado. Assim, na esteira do STJ, 
a sociedade de advogados de natureza civil, não recolhe o ISS com base no 
seu faturamento bruto, mas sim no valor fixo anual calculado de acordo com 
o número de profissionais que a integra, de maneira que não ocorre o repasse 
do encargo a terceiros a exigir o cumprimento do disposto no artigo 166 do 
Código TributárioNacional nas ações de repetição de indébito da exação em 
comento (REsp 897813/RJ, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA 
TURMA, julgado em 04/11/2008, DJe 24/11/2008). Decisão unânime. 
 
Em decisão do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe, temos o mesmo 
entendimento: 
TJ-SE - APELAÇAO CÍVEL AC 2009218111 SE (TJ-SE) 
Data de publicação: 06/04/2010 
Ementa: Tributário - Ação ordinária c/c repetição de indébito - Sociedade 
civil de advocacia - Base de cálculo do ISS - Alíquota fixa - Art. 9º, 1º e 
3º do DL 406 /68 - Revogação pela LC 116 /2003 - Inocorrência - 
Honorários advocatícios - Manutenção. I - Em se tratando de sociedade 
civil de advogados que presta serviços especializados e sem caráter 
empresarial, em nome da sociedade, embora sob a forma de 
responsabilidade pessoal, tem direito ao tratamento privilegiado do ISS, nos 
termos do art. 9º, 1º e 3º, do DL 406 /68, ficando sujeita ao recolhimento do 
referido imposto, por meio de alíquotas fixas e variáveis de acordo com a 
natureza do serviço, calculado em relação a cada profissional habilitado que 
preste serviços em nome desta; II - A LC 116 /2003 não revogou o artigo 9º 
do DL 406 /1968, porquanto o art. 10 da mencionada lei elencou 
expressamente quais foram os dispositivos por ela revogados, dentre os 
quais não se encontra o referido dispositivo; III – Sopesando as 
particularidades da causa, revela-se adequada a manutenção do valor 
arbitrado a título de honorários sucumbenciais, que se encontra em 
consonância com os ditames dos 3º e 4º do art. 20 do CPC ; IV - Recurso 
conhecido e desprovido. 
 
No mesmo sentido o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais 
corrobora: 
AÇÃO DECLARATÓRIA C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO - ART. 9º, §§ 1º E 
3º, DO DECRETO-LEI Nº 406/68 - STF - NORMA RECEPCIONADA PELA 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL - ISSQN - BASE DE CÁLCULO - SOCIEDADES 
CIVIS DE PROFISSÃO REGULAMENTADA - ADVOGADOS - ITEM 88 - 
PREVISÃO LEGAL EXPRESSA. "O STF já declarou a constitucionalidade 
do art. 9º, §§ 1º e 3º. do D.L 406/68". Em princípio, as sociedades civis de 
profissão regulamentada devem pagar o ISSQN sobre um valor fixo, 
calculado em relação a cada profissional habilitado, sócio, empregado ou 
não, que preste serviço em nome da sociedade, havendo previsão legal 
expressa, inclusive, quanto aos advogados (art. 9º, §§ 1º e 3º, item 88, do 
Decreto-Lei 406/68)" (Processo nº 1.0313.04.142256-6/001 (1), Rel. Des. 
Gouvêa Rios, p. em 01/07/2005). 
 
Mandado de Segurança Preventivo - Direito Intertemporal - ISSQN - 
Artigo 9º, §3º, do Decreto Lei nº 406/98 - Revogação - Lei Complementar 
116/03 - Inocorrência. O regime especial da tributação do valor do ISS devido 
pelas sociedades profissionais de que trata o §3º, do art. 9º do Decreto -Lei 
nº 406/68, continua em vigor, porquanto a Lei Complementar nº 116/03 não 
revogou o referido dispositivo legal. 
 
De igual entendimento decisão do Tribunal de Justiça do Estado de 
Pernambuco: 
TJ-PE - Agravo AGV 3964110 PE (TJ-PE) 
Data de publicação: 09/11/2015 
Ementa: TRIBUTÁRIO. PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. LEI 
MUNICIPAL N.° 15.563/97. DECRETO 
LEI N.° 406/68. SOCIEDADE CIVIL DE PRESTADORES DE SERVIÇOS 
DE ADVOCACIA. SOCIEDADE 
UNIPROFISSIONAL. TRIBUTAÇÃO DIFERENCIADA. ILEGALIDADE NA 
COBRANÇA DO ISS. RECURSO DE 
AGRAVO NÃO PROVIDO. DECISÃO UNÂNIME. 1. A teor do art. 9º, §§ 1º 
e 3º, do Decreto-lei nº 406/68, para que incida o regime de tributação 
diferenciada, faz-se mister que a sociedade seja uniprofissional, ou seja, 
que todos os seus integrantes pertençam à mesma categoria profissional, 
bem como que, embora preste seus serviços em nome da sociedade, os 
sócios e demais profissionais habilitados, respondam pessoalmente sobre 
seus atos, o que exsurge da análise do contexto probatório dos presentes 
autos. 2. Quanto à alegação da impropriedade da exceção de pré-
executividade, entendemos que não merece prosperar, tendo em vista que 
a exceção de pré-executividade é admissível na execução fiscal 
relativamente às matérias conhecíveis de ofício que não demandem dilação 
probatória (Súmula 393 do STJ). 3. Em relação ao pedido de redução no 
valor dos honorários advocatícios, entendemos que deve ser mantido o 
percentual arbitrado pelo juiz a quo, uma vez que está de acordo com o art. 
20, §4° do CPC. 4. Recurso de agravo conhecido e não provido. 5. Decisão 
Unânime. 
 
5. A TRIBUTAÇÃO DO ISS PARA AS SOCIEDADES DE ADVOGADOS 
 
Diante do exposto não há o que se arguir sobre a eficácia e vigência do 
Decreto Lei nº 406 de dezembro de 1968, no que se refere ao artigo 9° §§ 1° e 3° que 
expressa: 
Art 9º A base de cálculo do impôsto é o preço do serviço. 
 
§ 1º Quando se tratar de prestação de serviços sob a forma de trabalho 
pessoal do próprio contribuinte, o impôsto será calculado, por meio de 
alíquotas fixas ou variáveis, em função da natureza do serviço ou de 
outros fatores pertinentes, nestes não compreendida a importância paga a 
título de remuneração do próprio trabalho. 
 
§ 3º Quando os serviços a que se referem os itens 1, 4, 8, 25, 52, 88, 89, 
90, 91 e 92 da lista anexa forem prestados por sociedades, estas ficarão 
sujeitas ao imposto na forma do § 1º, calculado em relação a cada 
profissional habilitado, sócio, empregado ou não, que preste serviços em 
nome da sociedade, embora assumindo responsabilidade pessoal, nos 
termos da lei aplicável. (Redação dada pela Lei complementar nº 56, de 
15.12.1987) 
 
Sendo assim, as sociedades de advogados regularmente constituídas, 
possuirá tributação de ISS diferenciada em relação ao advogado autônomo. Para as 
Sociedades o Imposto Sobre Serviço de qualquer natureza deve ser calculado em 
alíquotas fixas ou variáveis em relação a cada profissional habilitado. Os respectivos 
valores a serem pagos por cada profissional habilitado devem respeitar os ditames da 
legislação do Município onde a sociedade está localizada. Vale ressaltar, ainda, que 
devido ao tributo estar sujeito a alíquotas fixas, o referido imposto não poderá ser 
retido na fonte. 
 
6. ADVOGADOS AUTONÔMOS E A TRIBUTAÇÃO DO ISS 
 
O advogado autônomo, sujeito a pagar o ISS de acordo com a LC n° 
116/2003, terá como fato gerador do Imposto Sobre Serviço de qualquer natureza a 
lei municipal, de acordo com os limites estipulados de alíquota mínima de 2% (dois 
porcento) e máxima de 5% (cinco porcento)4, tendo como base de cálculo o preço do 
serviço prestado5. Mister que o advogado busque a informação referente a alíquota 
estipulada pelo Município, bem como a forma de recolhimento praticada. Caso a 
incidência do ISS não esteja expressa na legislação do Município de prestação de 
serviço, tal cobrança considerar-se-á indevida. 
 
7. SOCIEDADE UNIPESSOAL DE ADVOCACIA 
 
As Sociedade Unipessoal de Advocacia, criada pela Lei nº 13.247, de 12 de 
janeiro de 2016, que altera a Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994, Estatuto da 
Advocacia, em seu artigo 2° rege: 
Art. 2o Os arts. 15, 16 e 17 da Lei no 8.906, de 4 de julho de 1994 - 
Estatuto da Advocacia, passam a vigorar com as seguintes alterações: 
“Art. 15. Os advogados podem reunir-se em sociedade simples de prestação 
de serviços de advocacia ou constituir sociedade unipessoal de advocacia, 
na forma disciplinada nesta Lei e no regulamento geral. 
§ 1º A sociedade de advogados e a sociedade unipessoal de advocacia 
adquirem personalidade jurídica com o registro aprovado dos seus atos 
constitutivos no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver 
sede. 
§ 2º Aplica-se à sociedade de advogados e à sociedade unipessoal de 
advocacia o Código de Ética e Disciplina, no que couber. 
......................................................................................... 
§ 4º Nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados, 
constituirmais de uma sociedade unipessoal de advocacia, ou integrar, 
simultaneamente, uma sociedade de advogados e uma sociedade unipessoal 
de advocacia, com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo 
Conselho Seccional. 
§ 5º O ato de constituição de filial deve ser averbado no registro da sociedade 
e arquivado no Conselho Seccional onde se instalar, ficando os sócios, 
inclusive o titular da sociedade unipessoal de advocacia, obrigados à 
inscrição suplementar. 
......................................................................................... 
 
4 Art. 88 da ADCT (Atos das Disposições Constitucionais Transitórias). 
5 Art. 7° da Lei Complementar n° 116 de 31 de julho de 2003. 
§ 7º A sociedade unipessoal de advocacia pode resultar da concentração por 
um advogado das quotas de uma sociedade de advogados, 
independentemente das razões que motivaram tal concentração.” (NR) 
 
 Além disto a sociedade unipessoal de advocacia deverá ser composta pelo 
nome do seu titular completo seguido da denominação “Sociedade Individual de 
Advocacia”. O advogado terá um número de inscrição na Ordem dos Advogados do 
Brasil para a sua pessoa física e outro para a pessoa jurídica. 
 
8. ADESÃO AO SIMPLES NACIONAL (LEI COMPLEMENTAR N° 123, DE 14 DE 
DEZEMBRO DE 2006) 
 
O Simples Nacional6 é um sistema unificado de cobrança dos seguintes 
tributos: Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ); Contribuição Social Sobre o Lucro 
Líquido (CSLL); Programa de integração Social (PIS); Contribuição para o 
Financiamento da Seguridade Social (Cofins); e o Imposto Sobre Serviço de qualquer 
natureza (ISSQN ou ISS). 
A advocacia foi inserida no simples através da Lei Complementar n° 123, de 
14 de dezembro de 2006, em seu artigo 18, § 5° C, inciso VII, que veio a ocorrer por 
meio da Lei Complementar n° 147, de 07 de agosto de 2014, de acordo com a seguinte 
redação: 
Art. 18. O valor devido mensalmente pela microempresa ou empresa 
de pequeno porte optante pelo Simples Nacional será 
determinado mediante aplicação das alíquotas efetivas, calculadas a 
partir das alíquotas nominais constantes das tabelas dos Anexos I a V 
desta Lei Complementar, 
sobre a base de cálculo de que trata o § 3o deste artigo, observado o 
disposto no § 15 do art. 3o. (Redação dada pela Lei Complementar nº 155, 
de 2016) 
 
§ 5º-C Sem prejuízo do disposto no § 1º do art. 17 desta Lei Complementar, 
as atividades de prestação de serviços seguintes serão tributadas na forma 
do Anexo IV desta Lei Complementar, hipótese em que não estará incluída 
no Simples Nacional a contribuição prevista no inciso VI do caput do art. 13 
desta Lei Complementar, devendo ela ser recolhida segundo a legislação 
prevista para os demais contribuintes ou responsáveis: 
 
VII - serviços advocatícios. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 
2014) 
 
 
6 Lei Complementar n° 123, de 14 de dezembro de 2006. 
Para o cadastramento no Simples Nacional, deve-se atender ao disposto no 
art. 2°, inciso IV e no art. 6° § 5°, inciso I da Resolução CGSN n°94, de 29 de novembro 
de 2011, conforme segue: 
Art. 2° Para fins desta Resolução, considera-se: 
 
IV - empresa em início de atividade aquela que se encontra no período de 
180 (cento e oitenta) dias a partir da data de abertura constante do Cadastro 
Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ); (Lei Complementar nº123, de 2006, art. 
2º, inciso I e § 6º) 
 
Art. 6° A opção pelo Simples Nacional dar-se-á por meio do Portal do Simples 
Nacional na internet, sendo irretratável para todo o ano-calendário. (Lei 
Complementar nº 123, de 2006, art. 16, caput) 
 
§ 5º No caso de início de atividade da ME ou EPP no ano-calendário da 
opção, deverá ser observado o seguinte: (Lei Complementar nº 123, de 2006, 
art. 16, § 3º) 
 
I - a ME ou EPP, após efetuar a inscrição no CNPJ, bem como obter a sua 
inscrição municipal e, caso exigível, a estadual, terá o prazo de até 30 (trinta) 
dias, contados do último deferimento de inscrição, para efetuar a opção pelo 
Simples Nacional; 
 
8.1 ALÍQUOTAS E PARTILHAS DO SIMPLES NACIONAL 
 
As sociedades de advogados que tenham receita bruta no último período (12 
meses) de até R$ 3.600.000,00 (Três milhões e seiscentos mil reais), podem optar 
pelo Simples Nacional. De acordo com anexo VI da Lei Complementar n° 123, de 14 
de dezembro de 2016, com vigência de 1 de janeiro de 2015, as alíquotas e partilhas 
do simples nacional dar-se-ão através da apuração da relação entre a Folha de 
Salários incluídos encargo em 12 meses dividido pela Receita Bruta em 12 meses. As 
alíquotas do Simples Nacional, independente do resultado da relação corresponderão 
conforme tabela7: 
Receita Bruta em 12 meses (em 
R$) 
Alíquota IRPJ, PIS/PASEP, CSLL, Confins e CPP ISS 
Até 180.000,00 16,93% 14,93% 2,00% 
De 180.000,01 a 360.000,00 17,72% 14,93% 2,79% 
De 360.000,01 a 540.000,00 18,43% 14,93% 3,50% 
De 540.000,01 a 720.000,00 18,77% 14,93% 3,84% 
De 720.000,01 a 900.000,00 19,04% 15,17% 3,87% 
De 900.000,01 a 1.080.000,00 19,94% 15,71% 4,23% 
De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 20,34% 16,08% 4,26% 
 
7 Anexo VI da Lei Complementar n° 123, de dezembro de 2016. 
De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 20,66% 16,35% 4,31% 
De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 21,17% 16,56% 4,61% 
De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 21,38% 16,73% 4,65% 
De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 21,86% 16,86% 5,00% 
De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 21,97% 16,97% 5,00% 
De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 22,06% 17,06% 5,00% 
De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 22,14% 17,14% 5,00% 
De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 22,21% 17,21% 5,00% 
De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 22,21% 17,21% 5,00% 
De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 22,32% 17,32% 5,00% 
De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 22,37% 17,37% 5,00% 
De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 22,41% 17,41% 5,00% 
De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 22,45% 17,45% 5,00% 
 
9. CONCLUSÃO 
 
Em observância ao Imposto Sobre Serviço de qualquer natureza, sendo este 
de competência do Município, no que abrange a Sociedade de Advogados deve se 
analisar a alíquota incidente onde está localizada e observar, também, os ditames 
legais apresentados neste artigo. Todavia, a visão geral dos tributos envolvidos pelo 
Simples Nacional apresenta expressiva redução de carga tributária para as 
Sociedades com menor receita. Se compararmos as sociedades que são tributadas 
pelo regime de lucro presumido8, teremos uma variação do percentual tributário entre 
11,33% e 14,33% além do ISS. 
No que tange os advogados autônomos, tributação de pessoa física, esta 
pode alcançar até 27,5% somente com o Imposto de Renda Retido na Fonte, soma-
se a este percentual a alíquota do Imposto Sobre Serviço. Sendo assim, a Sociedade 
Unipessoal de Advocacia é o formato mais propício ao advogado autônomo que 
aufere rendimentos expressivos. 
Desta feita, retornando ao cerne do assunto abordados, o Imposto Sobre 
Serviços de qualquer natureza apesar de ter sua análise individualizada, devido a 
característica de tributo de competência do Município, o advogado autônomo, ou a 
 
8 Lucro presumido: aplicação de percentual previsto em lei, 32% (trinta e dois porcento) sobre o valor da 
receita bruta auferida no caso das sociedades de advogados. Trimestralmente será apurado o lucro presumido, 
aplicando sobre o resultado 15% (quinze por cento), e incidindo adicional de 10% (dez por cento) sobre os 
valores que ultrapassem o valor de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) do lucro apurado no período. 
Sociedade de Advogados deve analisara questão tributária como um todo para uma 
melhor avaliação e determinação da forma de contribuição mais pertinente e mais 
expressiva quanto a redução da carga tributária. 
 
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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junho de 1973, 11.101, de 9 de fevereiro de 2005, 9.099, de 26 de setembro de 1995, 
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no 10.189, de 14 de fevereiro de 2001, da Lei Complementar no 63, de 11 de janeiro 
de 1990; e revoga as Leis no 9.317, de 5 de dezembro de 1996, e 9.841, de 5 de 
outubro de 1999. Diário Oficial da União, Brasília. Disponível em: 
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