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10 apostila metalografia VW

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�Escola Volkswagen
Ensaios Metalográficos
		A metalografia surgiu através do trabalho pioneiro de Henry C. Sorby (1826 – 1908), tido como precursor da moderna metalografia, quando em 1863 observou pela primeira vez uma estrutura metálica ao microscópio. Desde então pode-se defini-la como o ramo da tecnologia que estuda a estrutura íntima dos metais e ligas metálicas, e a sua relação para com a sua composição química e as propriedades físicas e mecânicas.
		São através deste exame claramente definidas várias características estruturais como sendo: tamanho do grão, forma e distribuição de fases secundárias e inclusões não metálicas, segregações e outras condições, todas as quais influenciam nas suas propriedades mecânicas e os tipos comportamentos de um metal. Pode-se determinar a história quase que completa do tratamento térmico e mecânico de um metal e também é possível predizer-se com considerável precisão o comportamento de um metal usado para uma finalidade específica. Um outro exemplo que podemos citar é quanto a um material laminado, que deverá ser examinado quanto a presença de segregações. Além destes dois exemplos poderíamos citar outros.
		Pouco porém pode ser determinado observando as características estruturais de um metal sob um microscópio se a superfície a ser examinada não estiver preparada de acordo com os procedimentos corretos, para tanto apresentamos a seguir, as fases de preparação da amostra as quais dividiremos em:
Análise preliminar
Seccionamento ou corte
Montagem / embutimento
Lixamento
Polimento
Ataque químico
Limpeza
Análise preliminar:
		Em qualquer hipótese é altamente prudente proceder a um exame detido da peça sob diversos pontos de vista, como o aspecto da fratura, a existência de marcas de pancadas, gripamentos, vestígios de soldas, azulamento por aquecimento, porosidade, rebarbas, trincas, polimentos locais, enferrujamento, corrosões, desgastes, marcas puncionadas, entortamentos, etc., antes de determinar cortes ou extração de amostras ou corpos de prova. A verificação posterior de fatos que deveriam ter sido notados antes de subdividir a peça, tornando-se às vezes dificílima ou mesmo impossível.
2- Seccionamento:
		Cortar e realizar uma superfície plana e polida no corpo de prova.
		A obtenção correta dos corpos de prova das amostras e decisiva para o sucesso de todo o exame. O corpo de prova deve traduzir as características do material a examinar. Em material laminado, por exemplo, que deverá ser examinado quanto a presença de segregações, não se escolherá uma secção transversal, mas sim uma longitudinal, pois apenas esta permitirá reconhecer toda a extensão das segregações.
		Deve-se observar a possibilidade de uma descarbonetação, cementação, deformação a frio, recristalização etc. No caso de exame de defeitos é vantajoso tomar uma amostra de material são, como elemento de comparação.
		A dureza do material determina o método de obtenção do corpo de prova. Materiais moles podem se serrados. Os cortes por tesoura são inadequados, devida a deformação a frio que introduzem no material. No caso de materiais quebradiços pode-se muitas vezes obter um corpo de prova por uma pancada. Materiais duros devem ser cortados no tamanho desejado em cortador de disco abrasivo, recomenda-se extremo cuidado nesta operação, pois usando-se velocidade de corte excessiva, sem um resfriamento adequado, o calor gerado pode produzir modificações na estrutura a qual se deseja estudar.
		A tabela abaixo nos dá uma idéia da importância do cuidado com as temperaturas envolvidas no processo de preparação do corpo de prova para ensaio metalográfico.
	metal
	Início da recristalização oC
	metal
	Início da recristalização oC
	Chumbo
	0
	Ouro
	200
	Estanho
	0
	Ferro
	400
	Cádmio
	10
	Platina
	450
	Zinco
	10
	Níquel
	600
	Magnésio
	150
	Molibdênio
	900
	Alumínio
	200
	Tântalo
	1000
	Cobre
	200
	tungstênio
	1200
	Prata
	200
	
	
		Um fator importante neste ponto é a escolha e localização da seção a ser estudada e como devemos cortar a peça , ou seja, qual a posição relativa em relação a peça deverá estar o corte, longitudinal ou transversalmente.
		Aqui intervém o critério do operador, que será guiado em sua escolha pela forma da peça, pêlos dados que ele quer colher e por outras considerações.
		Far-se-á de preferência um corte transversal, se o objetivo é verificar:
A natureza do material: aço, ferro fundido
Se a seção é inteiramente homogênea ou não
A forma e a intensidade da segregação
A posição, forma e dimensões das bolhas
A forma e dimensão de vazios
Se a peça sofreu cementação, a profundidade e regularidade desta
A profundidade de têmpera
Se um tubo é inteiriço, caldeado ou soldado
Certos detalhes de soldas de chapa
No caso de ferramentas de corte, calcadas, a espessura e regularidade das camadas caldeadas
A regularidade e a profundidade de partes coquilhadas de ferro fundido
		Um corte longitudinal será preferível quando se quer verificar:
Sem a peça é fundida, forjada ou laminada
Se a peça foi estampada ou torneada
A solda de barras
Como se processou um caldeamento de topo
Eventuais defeitos nas proximidades de fraturas
A extensão de tratamentos superficiais
		Durante esta fase uma preocupação constante é quanto aos defeitos de operação da cortadeira metalográfica.
		A cortadeira metalográfica de disco abrasivo é o aparelho mais indicado para o corte de peças e/ou amostras de pequenas dimensões. Entretanto, o despreparo na escolha do disco de corte pode resultar em danos irrecuperáveis na amostra.
		As ocorrências de maior realce podem ser assim classificadas conforme a tabela abaixo:
	ocorrência
	causa
	sugestão
	
Queima da amostra
	
Super aquecimento
	Utilizar disco com baixa dureza
	
	
	Aumentar a refrigeração
	
	
	Aliviar a pressão de corte
	
Resistência ao corte
	
Desgaste lento do disco
	Oscilar a pressão de corte
	
	
	Reduzir a refrigeração
	
	
	Utilizar disco com baixa dureza
	
Rápido consumo do disco
	Aglutinante do disco eliminado muito rapidamente
	Utilizar disco mais duro
	
	
	Aliviar pressão de corte
	Quebra freqüente do disco
	Peça mal apertada no suporte
	Fixar a amostra rigidamente
	
	Refrigeração intermitente
	Melhorar a refrigeração
		As amostras devem ser fixadas de modo rígido e uniforme, para prevenir quebras desnecessárias do disco de corte, danos à amostra e, em casos extremos, ferimento no operador. A pressão de corte deverá ser aplicada judiciosamente de acordo com as características do material. Um corte leve e oscilante, ajuda a sensibilizar o operador e ‘da ao meio refrigerante oportunidade de penetrar na área de corte.
3- Montagem / embutimento:
		Quando os corpos de prova tiverem uma forma tal que permita uma manipulação adequada, e não for necessário examinar a superfície até junto dos bordos, podem ser polidos sem montagem. Para evitar que o feltro do polimento seja rasgado e que o corpo de prova seja arremessado para fora, é necessário chanfrar os cantos e arestas.
Processos mecânicos de seccionamento de corpo de prova
	
Procedimento
	
Lubrificante
	
Aplicação
	
Pancada com martelo para fragmentar
	
	
Metais e ligas metálicas frágeis
	
Serragem manual com serra de fita
	
	
Metais e ligas não ferrosas, aços ao carbono de baixo teor não tratadas termicamente e de espessura ou diâmetro pequeno
	
Serragem por meio de serra elétrica
	
	
Metais e ligas não ferrosas de diâmetro e espessura maiores
	
Serragem por meio de serra elétrica
	
Óleo solúvel
	
Metais e ligas ferrosas de diâmetro e espessura maiores
	
Serragem com arame e abrasivo em pó
	
talco
	
Metais e ligas não ferrosas de pequenas dimensões que são susceptíveis às deformações plásticas
	
Torneamento mecânico
	
Óleo solúvel
	
Metaise ligas metálicas não ferrosas de baixa temperatura de fusão tratadas termicamente e de diâmetros maiores
	
Degola em cortadeira elétrica com disco abrasivo
	
Óleo solúvel
	
Metais e ligas metálicas duras tratadas termicamente
	
Degola em cortadeira elétrica de baixa velocidade com disco de diamante
	
Óleo solúvel
	
Metais e ligas duras irradiadas, vidros, rochas e componentes eletrônicos
		Os defeitos mais comuns que aparecem durante a operação de corte são esquematizados na tabela abaixo, devendo sempre ser corrigidos pelo analista.
Montagem mecânica dos corpos de prova:
		Corpos de prova em que interessa a observação dos bordos (descarbonetação, cementação, carbonitretação, têmpera superficial), ou que tenham uma forma de difícil manipulação, devem ser montados ou embutidos em resina sintética.
		As figuras abaixo mostram a montagem de corpos de prova por sistemas mecânicos. Neste tipo de fixação torna-se difícil manter em boas condições a superfície de polimento do corpo de prova montado, na região adjacente aos grampos. Água ou reativo, introduzidos pelas frestas existentes entre o corpo de prova e o grampo, ficam ali retidos por efeito da capilaridade e não podem ser removidos complemente pela secagem.
		Os calços intermediários evitam a ação da capilaridade entre o grampo e o corpo de prova. Além disto, deixam-se os mesmos recuados em relação à superfície, de modo que o corpo de prova fica saliente e pode ser secado perfeitamente. O material dos grampos e do corpo de prova devem escolhidos de modo a evitar um desgaste irregular e formação de células galvánicas no ataque.
Embutimento em resinas sintéticas:
		Para copos de prova muito pequenos ou de forma inadequada para montagem em suportes, tem aprovado uma resina sintética transparente. Nos pequenos cilindros prensados, transparentes, pode-se reconhecer claramente a forma do corpo de prova.
		Uma pequena tira de papel com a designação do corpo de prova ou outras anotações pode ser embutida com ele. Resina sintética em pó, formas de prensagem, sistemas de aquecimento e prensas podem ser adquiridos em firmas especializadas. Quando não é importante a transparência do prensado, pode-se também usar baquelite preta, que é mais barata.
4- Lixamento
		Após o corte e também a montagem ou embutimento do corpo de prova devemos prosseguir no preparo do corpo de prova, passando-se à operação de polimento do mesmo, a qual deverá ser precedida de uma operação de lixamento a qual é feita em diversas lixas, cada qual com granulação mais fina que a anterior.
		Como cuidado especial que devemos ter nesta operação, inclui-se a necessidade de a cada mudança de lixa devemos proceder uma lavagem do corpo de prova em água corrente, afim de que não haja a contaminação da lixa posterior com resíduos oriundos da anterior. Devemos também fazer um a mudança de direção de 90* de uma para outra lixa a fim de que possamos observar com mais clareza a eliminação dos riscos.
		Após o processo de lixamento, o corpo de prova deve ser rigorosamente lavado em água. Além disso é importante limpar as mãos e unhas, para manter afastado do pano de polimento o pó resultante do lixamento.
Técnicas de Lixamento
		A técnica do lixamento consiste em se lixar a amostra sucessivamente com lixas de granulometria cada vez menor, mudando-se de direção (900) em cada lixa subsequente até desaparecerem os traços da lixa anterior.
		A prática indica que a seqüência mais adequada para o trabalho metalográfico é 220, 320, 400, 600 ou 800, sendo o tempo de lixamento o dobro para cada estágio, até que todos os riscos anteriores sejam retirados.
		De acordo com a natureza da amostra, a pressão de trabalho e a velocidade de lixamento, surgem deformações plásticas em toda a superfície, por amassamento e aumento de temperatura.
Estes fatores devem ser evitados ao máximo, pois podem dar origem a uma imagem falseada. Inclusões duras se desgastam menos; após um certo tempo são arrancadas da superfície e a depressão resultante é preenchida com pó ou então exageradamente ampliada ao microscópio. Por isso o requerimento primordial da técnica micrográfica de lixamento é:
Escolha adequada do material de lixamento em relação à amostra e ao tipo de exame final,
A superfície deve estar sempre rigorosamente limpa e isenta de líquidos e graxas que possam provocar reações químicas na superfície,
Riscos profundos que surgirão durante o lixamento, de preferência devem ser eliminados por novo lixamento, pois um polimento demorado em geral não é aconselhável,
Metais diferentes não devem ser lixados com utilização da mesma lixa,
Aconselha-se sempre usar lixas do mesmo fabricante, pois a numeração granulométrica idêntica não é garantia suficiente para se obterem os mesmos resultados
5- Polimento:
		Para o trabalho com politriz usam-se discos cobertos de feltro ou veludo, sobre o qual coloca-se o produto para o polimento (alumina dissolvida em água na proporção de 1:9)
		A alumina deve então ser esguichada de vez em quanto no centro do disco de polimento. Bisnagas simples do tipo usado em tornearia para a aplicação de óleo solúvel em peças se prestam bem a este serviço. O pano de polimento deve ser mantido sempre bem úmido, uma vez que a alumina adere rigidamente à superfície quando o polimento for por demais seco.
		O corpo de prova deve ser continuamente deslocado sobre o disco de polimento em movimento, ou seja, com melhores resultados em pequenos círculos em sentido contrário ao de giro do disco.
		As velocidades periféricas dos discos de polimento não são tão importantes no preparo do corpo de prova como se pensa. Na maioria dos casos é suficiente deixar girar o disco de feltro com alta velocidade e o disco de veludo com baixa velocidade.
		Especificações rígidas sobre o tempo de polimento não poderão ser feitas. Deve-se polir até que sejam removidos não somente todos os vestígios de lixamento, mas também através de polimentos e ataques alternados, as deformações superficiais da estrutura originárias do lixamento.
		Aqueles que ainda não estiverem familiarizados, devem observar mais freqüentemente a superfície ao microscópio e continuar o polimento enquanto o resultado ainda não for satisfatório. Em metais moles a duração do polimento pode ser encurtada através de um pré - polimento manual sobre feltro com uma pasta pré - polidora ou com pasta de diamante (3() sobre um disco de plástico coberto por um pano adequado.
6- Ataque químico:
		Antes do ataque, mesmo se for somente um ataque intermediário, o corpo de prova deve ser rigorosamente limpo em água corrente da alumina nele aderente. Em aço, ferro fundido e metais não ferrosos duros, pode-se usar um chumaço de algodão limpo. Em metais moles, não friccionar algodão sobre a superfície polida, e sim manter o corpo de prova sob água corrente, até que toda a alumina seja eliminada.
		Quando for usado um reagente em solução aquosa, pode-se atacar o corpo de prova molhado, imediatamente. Se tratar de uma solução alcóolica deve o corpo de prova ser antes mergulhado no álcool para ficar livre de água.
		A superfície polida do corpo de prova é então mergulhada no reagente e movimentada um pouco, ou o reagente é passado sobre a superfície com um chumaço de algodão. Quando o reagente for fraco, com por exemplo o nital a 2%, pode-se segurar o corpo de prova com os dedos. No caso de reagentes que manchem ou ataquem a pele, devem ser usadas tenazes niqueladas ou de aço inoxidável.
Sumário dos principais reativos existentes:
	Designação e composição
	Aplicação
	Adler
	3 g cloreto de cobre
25 ml água destilada
15 g cloreto de ferro
50 ml ácido clorídrico
	Reativo para macrografia de aço, cobre e suas ligas, cordões de solda,
Estruturas macroscópicas,
Camadas cementadas,zonas temperadas, segregações, estruturas primárias
	Fry
	100 ml de água destilada
120 ml ácido clorídrico
90 g cloreto de cobre
	Reativo para macrografia a fim de tornar visível linhas de aço de forças em aços sensíveis ao envelhecimento.
	Baumann
	5 ml ácido sulfúrico concentrado
95 ml água destilada
	Revelação da distribuição do enxofre no aço, com auxilio de papel fotográfico para ampliações.
	Nital
2 %
	98 ml álcool etílico
2 ml ácido nítrico concentrado
	Reativo para micrografia de aço e ferro não ligado de baixa liga, metal branco, ligas de magnésio. Também para aços de alta liga com estrutura martensítica.
	Nital
10 %
	90 ml álcool etílico
10 ml ácido nítrico concentrado
	Em ataques microscópicos de ação profunda para tornar visível constituintes especiais da estrutura de aços e ferros não ligados e de baixa liga.
	Água Régia
	8 ml ácido nítrico concentrado
12 ml ácido clorídrico concentrado
1000 ml álcool etílico
	Reativo de micrografia de aços inoxidáveis e outros aços de alta liga.
	Picral
	25 g de hidróxido de sódio
75 ml água destilada
2 g ácido pícrico
	Revelação da cementita
7- Limpeza
		A ação do reagente pode ser observada a olho nu, pois a superfície do corpo de prova vai se tronando fosca. O corpo de prova deve então ser imediatamente posto em água corrente até que o reagente seja eliminado, após o qual deve-se proceder uma lavagem do mesmo com álcool do tipo comercial e secado com um secador.
8- Armazenamento dos corpos de prova:
		Superfícies polidas que devem durar por mais tempo, devem ser protegidas contra a umidade do ar. Para isto temos um dispositivo, que tem uma tampa esmerilhada que veda complemente o recipiente. Na parte interna são colocados os corpos de prova, juntamente com silica – gel fresca, que tem a finalidade de absorver a umidade do ar interna ao recipiente, protegendo assim os corpos de provas.
RESUMO
cortar um corpo de prova (com serra ou cut-off – cortador com disco abrasivo ou ainda através de desbaste praticado com esmeril ou plaina), se a peça for em forma de barra ou muito grande, e retirar as rebarbas com lixa ou esmeril.
Obs.: nesta operação deve-se tomar cuidado para que não ocorra encruamentos locais excessivos e nem aquecimento acima de 100 0C em peças temperadas, pois isto perturbaria a interpretação dos resultados.
para evitar dificuldades nas operações posteriores, o corpo de prova deve ser embutido em resina plástica na prensa hidráulica.
Obs.: se a peça tiver um tamanho e condições suficientes para as próximas operações, permite-se descartar este procedimento.
o polimento do corpo de prova começa-se passando por uma bateria de lixas com granulações cada vez mais finas (200, 360, 400 e 600 respectivamente), sendo que o corpo de prova deve ser movida de 900 quando se passar de uma lixa para outra, alem de a cada passagem para uma nova lixa recomenda-se que se lave o corpo de prova para evitar-se a contaminação da mesma.
fazer polimento com alumina até que o corpo de prova, adquira uma superfície espelhada e sem riscos.
após o polimento, lava-se imediatamente o corpo de prova, em água corrente retirando toda a alumina da peça com o auxílio de um algodão limpo sob água corrente.
Obs.: após o polimento, não se deve mais tocar a superfície da peça.
depois de bem limpo, o corpo de prova deve receber um ataque para revelar estrutura (o tipo de ataque e seu respectivo reagente, deverá ser estipulado conforme o material da peça).
7- levar ao microscópio e observar.
EXERCÍCIOS
Como deve ser o corte da peça para verificarmos se a peça foi cementada?
Dê pelo menos três casos em que se prefere um corte longitudinal? Ídem para um corte transversal?
Cite três reativos mais utilizados e as suas aplicações.
Resuma sucintamente o processo de preparação de um Corpo de Prova para ensaio metalográfico.
Num exame metalográfico de um aço, vemos uma faixa periférica clara ou branca indicando que a peça foi cementada ou temperada ou ocorreu descarbonetação na mesma. Como saber o que houve com a mesma?
Num exame macrográfico, o que pode caracterizar um aço homogêneo?
Tendo em mãos três Corpos de Prova de aços ao carbono homogêneos:
SAE 1020
SAE 1050
SAE 1070
Se atacarmos estes três com reativo de iodo usando o mesmo tempo para os três, qual deste ficará mais escuro? Justifique.
8) Quanto as heterogeneidades dos aços que ocorrem na solidificação, explique o que vem a ser segregação.
9)Um aço que sofreu tratamento térmico, como a martempera, apresenta estrutura:
a) martensítica e, homogênea por toda a seção da peça
b) martensítica e, heterogênea por toda a seção da peça
c) bainitica e, heterogênea por toda a seção da peça
d) bainitica e homogênea por toda a seção da peça
n.d.a.
10) Em uma peça estudada macrograficamente, observou-se que após o ataque químico, apresentou núcleo claro e pequena camada superficial escura. O que podemos dizer sobre esta peça?
a) é produzida com aço de baixo carbono, com têmpera
b) é produzida com aço de baixo carbono, com revestimento
c) é produzida com aço de baixo carbono, com cementação
é produzida com aço de alto carbono, com cementação
11) Na preparação dos corpos de prova, a seqüência das granas utilizadas no preparo do CP é pela ordem de uso:
220, 600, 400, 320
600, 400, 320, 220
220, 320, 400, 600
600, 220, 320, 400
n.d.a.
12) No polimento o material abrasivo utilizado é:
alumínio
óxido de zinco
alumina
pasta de carboneto de tungstênio
n.d.a.
13) Para ataque em uma análise macrográfica o reativo apropriado é o:
nital
iodo
ácido fosfórico
picral
n.d.a.
14) Em uma peça estudada macrograficamente, observou-se que após o ataque químico, apresentou núcleo claro e pequena camada superficial escura. O que podemos dizer sobre esta peça?
é produzida com aço de alto carbono, sem tratamento térmico
é produzida com aço de baixo carbono, com têmpera
é produzida com aço de baixo carbono, com revestimento
é produzida com aço de alto carbono, com cementação
é produzida com aço de baixo carbono, com cementação
15) Qual o reativo abaixo é utilizado nas análises micrográficas:
iodo
Heyn
Fry
Nital
n.d.a.
16) Qual dos processos de análise macrográfica utiliza papel fotográfico em contato direto sobre o CP para a impressão:
reativo de ácido nítrico
reativo de ácido clorídrico
reativo de Fry
reativo de Heyn
n.d.a.
17) Quando o reativo de iodo é aplicado sobre a superfície preparada do corpo de prova:
escurece as regiões ricas em níquel
escurece somente a perlita
não reage com a peça
escurece as regiões ricas em carbono
n.d.a.
18) Sobre a alumina:
é utilizada para lixamento de peças
é um reagente químico
é um catalisador no ataque químico
é empregado no embutimento de CP
nda
19) O reativo de iodo é aplicado em:
análises micrográficas
estudo de aços Cr-Ni
verificação de homogeneidade estrutural e química da peça
verificação da presença de tungstênio na peça
nda
20) Um cuidado que devemos Ter durante a preparação do Corpo de Provas, no momento de passarmos de uma lixa para outra é:
fechar a água do lixador manual
secar a peça com álcool
lavar com água a superfície que esta sendo preparada
verificar se o embutimento está perfeito
nda
Bibliografia:
COLPAERT, Prof. Hubertus
Metalografia dos Produtos Siderúrgicos Comuns
KAUCZOR, Egon
Processos de Trabalho na Metalografia
Catálogo de produtos para o procedimento metalográfico
Panambra Industrial e Técnica SA
		Quando o material ou peça é entregue a um laboratório de ensaios a fim de ser examinado para esclarecer alguma questão, o encarregado de estudar o assunto precisa, antes de tomar qualquer providência, inteirar-se bem do que o interessado deseja e qual ofim visado. O encarregado do ensaio não deve dar início a qualquer procedimento, sem antes discutir o assunto com o remetente, discutindo com o mesmo os métodos utilizados para o ensaio.
defeitos�
Causas�
�
Quebra do disco�
Disco de corte indicado para velocidades menores que 3400 rpm.
Velocidade de avanço excessiva do disco de corte.
Disco de corte pressionado excessivamente contra a amostra.
Sujeição (fixação) deficiente do disco de corte.
Fixação inadequada da amostra.
Refrigeração irregular causando entupimento das cânulas.
Disco de corte muito duro.�
�
Aquecimento excessivo�
Refrigeração insuficiente.
Baixa velocidade do disco de corte.
Inadequação do disco de corte.�
�
Desgaste excessivo do disco de corte�
Disco de corte muito mole.
Refrigeração irregular causada pelo entupimento das cânulas.
Rolamentos defeituosos.
Sujeição (fixação) deficiente do disco de corte.
�
�
Formação de rebarbas�
Disco de corte muito duro.
Disco de corte com granulometria muito grossa.
Corte efetuado muito rápido.�
�
ocorrência�
causa�
sugestão�
�
Queima da amostra�
Super aquecimento.�
Utilizar disco com baixa dureza.�
�
�
�
Aumentar a refrigeração.�
�
�
�
Aliviar a pressão de corte.�
�
Resistência ao corte�
Desgaste lento do disco.�
Oscilar a pressão de corte.�
�
�
�
Reduzir a refrigeração.�
�
�
�
Utilizar disco com baixa dureza.�
�
Rápido consumo do disco.
�
Aglutinante do disco eliminado muito rapidamente.
�
Utilizar disco mais duro.�
�
�
�
Aliviar pressão de corte.�
�
Quebra freqüente do disco.�
Peça mal apertada no suporte.
Refrigeração intermitente.�
Fixar a amostra rigidamente.�
�
�
�
Melhorar a refrigeração.�
�
Método�
Descrição e notas�
�
Ataque por imersão�
A superfície da amostra é imersa na solução de ataque; o método mais usado.�
�
Ataque por gotejamento�
A solução de ataque é gotejada sobre a superfície da amostra. Método usado com soluções reativas dispendiosas.�
�
Ataque por lavagem�
A superfície da amostra é enxaguada com a solução do ataque. Usado em casos de amostras muito grandes ou quando existe grande desprendimento de gás durante o ataque.�
�
Ataque alternativo por imersão�
A amostra é imersa alternadamente em duas soluções. As camadas oriundas do ataque com a primeira solução são removidas pela ação do segundo reagente.�
�
Ataque por esfregação�
A solução de ataque, embebida em um chumaço de algodão ou pano, é esfregada sobre a superfície da amostra, o que serve para remover as camadas oriundas da reação.�
�
Ataque – polimento�
O polimento é efetuado, estando a amostra imersa na solução de ataque, a fim de evitar a formação de camadas oriundas da reação química. Este processo é usado com o polimento mecano - eletrolítico.�
�
Ataque múltiplo e duplo�
A amostra é tratada com dois ou mais meios reativos, onde várias fases subsequentes são enfatizadas.�
�
Ataque de identificação�
Usam-se meios de ataque específicos para realçar certas fases de uma forma característica.�
�
�PAGE �
Pag. � PAGE �12� de � NUMPAGES �14�

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