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Resumo de Embriologia Greyce Azevedo TERATOLOGIA Anomalia congênita: Anomalia estrutural de qualquer tipo, entretanto, nem todas as variações são anomalias. Classificadas em quatro tipos: Malformação Disrupção Deformação Displasia TERATOLOGIA Ramo da ciência que estuda as causas, os mecanismos e os padrões do desenvolvimento anormal. Certos estágios do desenvolvimento embrionário são mais vulneráveis a perturbações o que outros. As causas podem ser: Fatores genéticos: Ex.: Anormalidades cromossômicas Fatores ambientais: Ex.: Drogas e vírus. Muitas anomalias podem ser por herança multifatorial, ou seja, fatores genéticos e ambientais juntos. Pequenas anomalias isoladas estão presentes em cerca de 14% dos RN. Ex.: Anomalias da orelha externa. ANOMALIAS CAUSADAS POR FATORES GENÉTICOS Cerca de 1/3 de todos os defeitos do nascimento Cera de 85% das anomalias de causas desconhecidas. Mecanismos como mitose e meiose podem funcionar mal. Aberrações cromossômicas estão presentes em 6% a 7% dos zigotos. Geralmente, pessoas com anormalidades cromossômicas têm fenótipos característicos. Ex.:Crianças com Síndrome de Down Anormalidades cromossômicas numéricas Geralmente resultam da não disjunção, ou erro na divisão celular no qaul um par de cromossomos ou duas cromátides de um cromossomo não se separam durante a mitose ou a meiose. ↓ Um par de cromossomos vai para a célula fila, e o outro fica sem nenhum. Pode ocorrer durante a gametogênese paterna ou materna Mulheres normais: 22 pares de autossomos + XX Homens normais: 22 pares de autossomos + XY Aneuploidia: Mudança no número de cromossomos. Qualquer desvio do numero diploide humano de 46 cromossomos. Principal causa é a não-disjunção durante a divisão celular. Como resultado, as células do embrião podem ser hipodiplóides (45, X, como na Síndrome de Turner) ou hiperdiplóide (Geralmente 47, como na trissomia do cromossomo 21: Síndrome de Down). Síndrome de Turner: Cerca de 1% dos embriões femininos com monossomia do X sobrevive. O fenótipo da síndrome de Turner é feminino. (Fenótipo: Características morfológicas de um indivíduo tais como determinadas pelo genótipo e pelo ambiente na qual são expressas.) trissomia: Anormalidade numérica mais comum dos cromossomos. Causa: Não-disjunção meiótica dos cromossomos. Trissomia dos autossomos: Relacionada à três síndromes principais: Trissomia do 21 ou Síndrome de Down Trissomia do 18 ou Síndrome de Edwards. Geralmente malformadas e mentalmente retardadas. Geralmente morrem no início da infância. Trissomia do 13 ou síndrome de Patau: Geralmente malformadas e mentalmente retardadas. Geralmente morrem no início da infância. A trissomia dos autossomos ocorre mais frequentemente à medida que a idade da mãe aumenta. ANORMALIDADES CROMOSSÔMICAS ESTRUTURAIS. Resulta da quebra de cromossomos seguida por reconstituição com uma recombinação anormal. Quebras de cromossomos podem ser induzidas por vários fatores ambientais, como radiação, drogas, substâncias químicas e vírus. O tipo de anormalidade depende do que acontece com o pedaço quebrado. As duas únicas aberrações estruturais cromossômicas prováveis de serem transmitidas de pai para filho são os rearranjos estruturais, como a inversão e a translocação. Translocação. Transferência de um pedaço de um cromossomo para um cromossomo não homólogo. Translocação recíproca: Quando dois cromossomos não-homólogos trocam pedaços. Não causa necessariamente, desenvolvimento anormal. Pessoas com translocações entre o cromossomo 14 e 21 são fenotipicamente normais, e são chamadas de portadoras de translocação equilibrada. Entre 3% e 4% das pessoas com síndrome de Down têm trissomia de translocação, ou seja o cromossomo 21 está ligado a outro cromossomo. Deleção Quando um cromossomo se quebra, uma parte dele pode perder-se. Síndrome do miado: deleção parcial terminal do cromossomo 5. Crianças têm grito fraco semelhante ao miado de um gato, microcefalia, hipertelorismo, orelhas de implantação baixa, micrognatia, retardo mental grave e doença congênita do coração. Cromossomo em anel: Se perderam ambas extremidades, e as extremidades quebradas se uniram formando um cromossomo em anel. São raros. ANOMALIAS CAUSADAS POR GENES MUTANTES Mutação: Envolve perda ou troca da função de um gene, e é qualquer mudança herdada permanente na sequência do DNA do genoma. Maioria das mutações são deletérias e algumas são letais. Grau de mutação pode ser aumentado por inúmeros agentes ambientais, tais como a radiação. Acondroplastia: Anomalia congênita dominante herdada. Resulta da mutação do cDNA no gene do receptor para o fator de crescimento de fibroblastos 3 do cromossomo 4p Anomalia autossômica recessiva. Síndrome do X frágil: Mais comum. Tem frequência de um em 1.500 nascimentos de meninos e pode ser a responsável por grande parte do número de homens na população com retardamento mental. ANOMALIAS CAUSADAS POR FATORES AMBIENTAIS Teratógenos podem causar perturbações no desenvolvimento após a exposição da mãe a eles. Um teratógeno é qualquer agente capaz de produzir uma anomalia congênita ou aumentar a incidência de uma anomalia na população. “Nem tudo que surge na família é genético.“ Fatores ambientais causam 7% a 10% das anomalias congênitas. Princípios da teratogênese Ao se considerar a possível teratogenicidade de um agente, como uma droga ou um composto químico, três princípios importantes devem ser considerados: Os períodos críticos do desenvolvimento A dosagem da droga ou composto químico O genótipo (constituição genética) do embrião Períodos críticos do desenvolvimento: Quando a diferenciação celular e a morfogênese estão em seu ponto máximo. Ponto mais crítico de desenvolvimento do cérebro vai de 3 a 16 semanas. O desenvolvimento dos dentes continua mesmo após o período fetal e pode ser afetado po tetraciclinas das 18 semanas (pré-natal) até os 16 anos. A dosagem da droga ou composto químico Para uma droga ser considerada um teratógeno humano é necessário observar a existência de uma relação dose-resposta. Isto é, quanto maior a exposição durante a gravidez, mais grave é o efeito fenotípico. O genótipo (constituição genética) do embrião Genótipo do embrião determina se um agente teratogênico perturbará seu desenvolvimento. TERATÓGENOS HUMANOS Teratogênese por drogas Tabagismo Cafeína Álcool Andrógenos e Progestógenos Antibióticos Anticoagulantes Anticonvulsionantes Antieméticos Agentes Antineoplásicos Corticosteróides Inibidores da enzima conversora da Angiotensina Insulina e drogas hipoglicemiantes Vitamina A (ácido retinoico) Salicilatos Drogas tireoidianas Tranquilizantes Drogas Psicotrópicas Drogas Ilícitas Compostos químicos ambientais Rubéola Mercúrio Orgânico Chumbo Bifenilas Policloradas Teratogênese por Agentes Infecciosos Rubéola Citomegalovírus Vírus do Herpes Simples Toxoplasmose Varicela (Catapora) Sífilis congênita Teratogênese por radiação Campos eletromagnéticos Ondas de ultrassom Fatores Maternos Diabetes Mellitus Fatores Mecânicos Deslocamento congênito do Quadril ANOMALIAS CAUSADAS POR HERANÇA MULTIFATORIAL Pode ser representada por um modelo no qual a “suscetibilidade” a um distúrbio é variável contínua, determinada por uma combinação de fatores genéticos e ambientais, com um limiar de desenvolvimento que separa os indivíduos portadores dos não portadores da anomalia.
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