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DISCIPLINA: Controle de Processos Industriais EMENTA: Normas e padrões de instrumentação e de sistemas de controle. Sintonia de controladores. Estratégias de controle avançado. Noções de controle de processos multivariáveis. Controle supervisório. Estudo de casos. Sintonia de controladores Estratégias de controle avançado Noções de controle de processos multivariáveis A introdução de controladores visa modificar o comportamento de um dado sistema, o objetivo é, normalmente, fazer com que a resposta do sistema atenda às especificações de desempenho, o controlador é um dispositivo físico. pode ser: eletrônico, elétrico, mecânico, pneumático, hidráulico, dentre outros ou ainda combinações destes. Introdução Um controlador compara o valor real da saída do processo com o valor desejado, determina um desvio (ou erro) e produz um sinal de controle que reduz o erro a um valor nulo ou muito pequeno. Introdução r(t) é o sinal de entrada ou referência ou “set-point” u(t) é a variável de controle ou variável manipulada (MV) y(t) é a variável controlada ou variável do processo (PV) e(t) é o erro entre r(t)e y(t) Introdução A filosofia básica de um sistema de controle consiste em aplicar sinais adequados na entrada do processo com o intuito de fazer com que o sinal de saída satisfaça as especificações desejadas. Controle de processo do tipo industrial Seja, por exemplo, um trocador de calor: Trata-se de um equipamento com a finalidade de realizar o processo de troca térmica entre dois sistemas, fluido quente e fluido frio. É amplamente aplicado em diversos setores da engenharia, como, por exemplo, em aquecedores, refrigeração, usinas de geração de energia, refinaria de petróleo, processamento de gás natural e tratamento de águas residuais. Controle de processo do tipo industrial Exemplo Se o objetivo for aquecer o fluido frio: - a temperatura do fluido na saída (fluido Aquecido) será a variável controlada (PV), - a vazão de entrada de fluido quente (vapor) será a variável manipulada (MV). Controle de processo do tipo industrial Exemplo Neste caso, o controle em malha aberta implica em, com base em conhecimentos prévios (manuais de operação, curvas, tabelas, experiência do operador), regular a válvula para que a vazão de fluido quente (MV) circulando no trocador seja suficiente para garantir que a PV atenda as especificações. Ou, em outras palavras, determinar a abertura da válvula (posição do atuador) para que a temperatura do fluido aquecido, na saída, atinja as especificações. Controle de processo do tipo industrial Exemplo Porém, se o sistema sofrer o efeito de qualquer perturbação, como, por exemplo, uma variação na temperatura de entrada de um dos fluidos, a temperatura do fluido aquecido, na saída, sofrerá os efeitos desta variação, saindo de especificação. Controle de processo do tipo industrial Exemplo Para corrigir distorções causadas por eventuais perturbações, seria necessário que o operador reavaliasse a temperatura de saída do fluido aquecido e determinasse uma nova condição de abertura da válvula. Neste caso, o operador faria o papel de fechar a malha, ajustando, constantemente, a posição da válvula, em função da avaliação da saída, quando comparada com o valor desejado. . Controle de processo do tipo industrial Exemplo Outra desvantagem desse tipo de controle é a sobrecarga de trabalho desinteressante, repetitivo e desgastante para o operador. Estes fatores estimulam o operador a ser conservador, operando em uma região mais segura, que, na maioria das vezes, é menos econômica. . Controle de processo do tipo industrial Exemplo Paraeliminar tais problemas, pode-se medir a variável importante para o processo (PV) e implementar um controle automático em malha fechada, também conhecido com controle porrealimentação. Controle de processo do tipo industrial Exemplo Com o sistema em malha fechada surge a figuradocontrolador, que compara o valor desejado(SetPoint-SP)como valor medido, e se houver um desvio entreestesvalores, envia um comando para a válvula (atuador)demaneiraa atuar sobre a MV. Controle de processo do tipo industrial Exemplo Destamaneira, o controleemmalhafechada mantém a PVnoSP, compensando asperturbações externas. Controle de processo do tipo industrial Exemplo Opapel do operador passaaserdefinir o SP e acompanhar o processo, eventualmente reajustandoo SP e osparâmetros do controlador(sintonia). Ações básicas de controle ação Liga – Desliga (on-off), ação Proporcional, ação Integral, ação Derivativa. A maneira pela qual o controlador produz o sinal de controle é chamada ação de controle: Controladores Os controladores podem ser classificados de acordo com as ações de controle. Os mais utilizados são os seguintes: controladores de duas posições ou liga-desliga (on-off), controlador Proporcional (P), controlador Proporcional - Integral (PI), controlador Proporcional - Derivativo (PD), controlador Proporcional – Integral – Derivativo (PID). Ação liga-desliga Neste tipo de ação o elemento de ação possui apenas duas posições, ou seja, o dispositivo fornece apenas dois valores na saída. Esta ação pode ser modelada por um relé conforme a figura a seguir: Ação liga-desliga Seja u(t) o sinal de saída do controlador e e(t) o sinal de entrada. O sinal de controle u(t) pode assumir apenas dois valores, conforme o erro seja positivo ou negativo, de tal forma que: Neste caso teríamos uma inconsistência em zero, e na presença de ruídos, teríamos chaveamentos espúrios quando o sinal e(t) for próximo de zero. Ação liga-desliga - exemplo Controle de nível em um tanque do tipo liga-desliga - Quando o nível é baixo, a boia provoca o fechamento do interruptor elétrico, causando a abertura da válvula e liberando a entrada de líquido. - Se o fornecimento de água (vazão de entrada) for maior do que a retirada (vazão de saída), então a altura de líquido no tanque irá subir. - Quando for atingido o nível de operação, a bóia sobe e abre a chave, o que fecha o fornecimento de água. Ação liga-desliga Os gráficos a seguir mostram a curva de resposta em malha fechada e o respectivo sinal de controle para um sistema com controlador on-off: Ação liga-desliga Características: é a ação de controle mais simples e mais econômica, restringe-se a sistemas em que não é necessário precisão nem um bom desempenho dinâmico, apresenta chaveamentos rápidos, provocando grande desgaste do atuador, é geralmente implementado através de dispositivos elétricos principalmente válvulas solenóides. Ação liga-desliga Controlador liga-desliga com histerese ou intervalo diferencial ou zona morta: Se u(t) = U1, é necessário que o valor de e(t) desça abaixo de –E2 para que haja um chaveamento para U2. Se u(t) = U2, é necessário que o valor de e(t) ultrapasse o valor de E1 para que haja um chaveamento para U1. Minimiza uma operação frequente do mecanismo liga-desliga E1 e E2 são constantes escolhidas com base na frequência de chaveamento Em geral, E1 é positivo e E2 é negativo Ação liga-desliga A figura a seguir mostra o comportamento dinâmico de um sistema com controlador liga-desliga com zona morta: Nesse caso, a resposta fica oscilando entre os valores mínimo e máximo da zona morta. Entre os extremos o sistema segue a sua própria dinâmica, uma vez que não há atuação dentro da zona morta. Aqui, se h0 for a altura a ser controlada, o controle com zona morta seria da forma: ligar se e desligar se . Controladores PID Mais de 90% de todos os controladores usados em processos industriais empregam esquemas de Controle PID. A popularidade dos controladores PID pode ser atribuída parcialmente ao seu desempenho robusto sobre uma grande faixa de condições operacionais e a sua simplicidade operacional. Para se implementar um Controlador PID, três parâmetros devem ser determinados: Ganho Proporcional Kp Ganho Integral Ki Ganho Derivativo Kd O processo de selecionar os Parâmetros do Controlador que garantam uma dada especificação de desempenho é conhecido como Sintonia do Controlador. Controladores PID Seja o sistema: AÇÃO PROPORCIONAL Neste tipo de ação o sinal de controle aplicado a cada instante à planta é proporcional à amplitude do valor do sinal de erro. Ou seja a relação entre a ação de controle u(t) e o erro de atuação e(t) é dado por: u(t)=Kpe(t) ou expresso na variável de Laplace como: U(S)= KpE(S) Onde Kp é denominado constante proporcional. AÇÃO PROPORCIONAL Considerando um sistema G(S) do tipo 0, ou seja, em que não existam pólos na origem, o erro em regime permanente é dado por: Portanto, o aumento do ganho proporcional diminuirá o erro em regime permanente do sistema porém jamais o tornará nulo. CONTROLADOR PROPORCIONAL O controlador proporcional utiliza apenas a ação de controle proporcional, ou seja as outras ações integral e derivativa (que ainda foram mostradas) são igualadas a zero, desligadas. Tem-se então o seguinte algoritmo de controle PID: u(t)=Kpe(t) CONTROLADOR PROPORCIONAL A principal característica do controle proporcional é eliminar as oscilações do processo provocadas pelo controle on-off. Porém, o controle proporcional não consegue eliminar o ERRO DE OFF-SET (erro em regime permanente). Resultado do controle pela ação proporcional CONTROLADOR PROPORCIONAL CONTROLADOR PROPORCIONAL Quanto maior Kp menor erro em regime permanente, isto é, melhor é a precisão em malha fechada; O erro em regime permanente pode diminuir com o aumento do ganho mas nunca conseguiremos anular o mesmo completamente (erro de off-set) ; Quanto maior Kp, mais oscilatório tende a ficar o comportamento transitório do sistema em malha fechada; O aumento excessivo do ganho proporcional pode levar o sistema a instabilidade. AÇÃO INTEGRAL - A principal característica da ação integral é a eliminação do erro de off-set deixado pela ação proporcional. - Assim, a ação integral vai atuar no processo ao longo do tempo enquanto existir diferença entre o valor desejado e o valor medido. AÇÃO INTEGRAL Na ação integral, o valor da ação de controle u(t) varia proporcionalmente ao sinal de erro e(t): Onde Ki = 1/Ti e Ti é chamado de tempo integral ou reset-time. AÇÃO INTEGRAL A função de transferência da ação integral é dada por: AÇÃO INTEGRAL - a ação integral permite, devido a inserção de um pólo na origem, aumentar o tipo do sistema, - assim, o sistema em malha fechada passa a ter erro nulo em regime permanente, - tipicamente, a ação integral não é utilizada sozinha, vindo sempre associada à ação proporcional. CONTROLADOR PROPORCIONAL – INTEGRAL (PI) - O controlador proporcional - integral utiliza em conjunto as ações proporcional e integral, - Esta combinação tem por objetivos principais, corrigir os desvios instantâneos (proporcional) e eliminar ao longo do tempo qualquer desvio que permaneça (integral).Tem-se então o seguinte algoritmo de controle PI: CONTROLADOR PROPORCIONAL – INTEGRAL (PI) A função de transferência do controlador PI é dada por: Ti: Tempo Integral (reset-time), pólo na origem: diminui o erro de seguimento em regime permanente, zero em -1/ Ti : tende a compensar o efeito desestabilizador do pólo na origem. CONTROLADOR PROPORCIONAL – INTEGRAL (PI) Resposta do mesmo sistema anterior considerando a ação integral, com a ação proporcional constante. CONTROLADOR PROPORCIONAL – INTEGRAL (PI) Para altos valores de Ti tem-se a predominância da ação proporcional, sendo que Ti igual a infinito corresponde ao controlador proporcional; Diminuindo Ti a ação integral começa a predominar sobre a ação proporcional e a resposta tende a se aproximar mais rapidamente da referência, ou seja, o erro em regime tende a ser anulado mais rapidamente; Diminuindo excessivamente Ti a resposta começa a ficar mais oscilatória numa tendência de instabilização, neste caso o zero do controlador começa a se afastar muito do pólo na origem e o controlador tende a se comportar como um integrador puro. AÇÃO DERIVATIVA - A ação derivativa tem como propósito melhorar o comportamento transitório do sistema em malha fechada, - esta ação corresponde a aplicação de um sinal de controle proporcional a derivada do sinal de erro: AÇÃO DERIVATIVA A função de transferência desta ação é dada por: Tal função de transferência implica em um ganho que cresce com o aumento da frequência, fato este que deixaria o sistema extremamente sensível a ruídos de alta frequência. Assim, é fisicamente impossível a implementação de um derivador puro. CONTROLADOR PROPORCIONAL – DERIVATIVO (PD) A ação derivativa combinada com a ação proporcional tem a função de “antecipar” a ação de controle afim de que o processo reaja mais rápido. O sinal de controle a ser aplicado é proporcional a uma predição da saída do processo. Tem-se então o seguinte algoritmo de controle PID: CONTROLADOR PROPORCIONAL – DERIVATIVO (PD) Considerando-se que e(t + Td) pode ser aproximada por Tem-se que u(t) ≈ Ke(t + Td), ou seja o sinal de controle é proporcional a estimativa do erro de controle Td unidades de tempo a frente. CONTROLADOR PROPORCIONAL – DERIVATIVO (PD) A função de transferência do controlador PD é dada por: A ação preditiva tende a aumentar a estabilidade relativa do sistema e a tornar a resposta transitória do mesmo mais rápida. CONTROLADOR PROPORCIONAL INTEGRAL – DERIVATIVO (PID) A combinação das três ações de controle proporcional, integral e derivativa forma o principal controlador industrial. Tem-se então o seguinte algoritmo de controle PID: CONTROLADOR PROPORCIONAL INTEGRAL – DERIVATIVO (PID) Contribuição de cada ação no algoritmo PID: a ação proporcional elimina as oscilações, a ação integral elimina o desvio de off-set, a ação derivativa fornece ao sistema uma ação antecipativa evitando previamente que o desvio se torne maior. CONTROLADOR PROPORCIONAL INTEGRAL – DERIVATIVO (PID) A função de transferência do controlador PID é dada por: É importante ressaltar que esta função de transferência constitui a versão clássica do controlador PID. Outras versões e variações serão mostradas posteriormente. CONTROLADOR PROPORCIONAL INTEGRAL – DERIVATIVO (PID) Resposta do mesmo sistema anterior considerando a ação derivativa, com a ação proporcional e integral constantes. CONTROLADOR PROPORCIONAL INTEGRAL – DERIVATIVO (PID) CONTROLADOR PROPORCIONAL INTEGRAL – DERIVATIVO (PID) Para baixos valores de Td tem-se a predominância da ação proporcional, sendo que Ti está constante, tendo assim uma resposta oscilatória; Aumentando Td a ação derivativa começa a predominar sobre a ação proporcional tendo um comportamento antecipatório, assim a resposta tende a se aproximar mais rapidamente da referência; Dando um valor “ideal” para Td conseguimos fazer com que a resposta do sistema seja adequada para a mesma, tendo assim os valores das ações do controlador PID ótimas. VARIAÇÕES DO ALGORITMO PID OU TIPOS DE PID Por sua simplicidade, o algoritmo PID possui algumas variações, ou seja, a forma como ocorre a combinação dos termos pode variar significativamente de fabricante para fabricante. Controladores PID Resumo das características das Ações Proporcional, Integral e Derivativa O controle proporcional atua na resposta transitória do sistema de forma a diminuir o tempo de subida (tr), diminuindo adicionalmente o erro de regime permanente. O controlador integral elimina por completo o erro de regime permanente, mas pode piorar a resposta transitória do sistema. A ação derivativa tem o efeito de aumentar a estabilidade do sistema, reduzindo o sobressinal e o tempo de estabilidade, com isso melhorando a resposta transitória. O efeito final na variável saída do sistema, que é ocasionado pela conjunção destas ações de controle, pode não seguir exatamente as especificações observadas na tabela. Por esta razão, esta tabela deverá ser empregada somente como um guia rápido de referência, ficando os ajustes finais do controlador ao encargo do projetista. Sintonia de controladores PID - Sintonia é a escolha de parâmetros adequados do controlador, de maneira à atender os requisitos de processo/desempenho. - Ou seja, é o estabelecimento dos valores dos ganhos proporcional, integral e derivativo do PID para atender os critérios de sobressinal, tempo de acomodação, estabilidade, erro em estado permanente, dentre outros. Sintonia de controladores PID - A boa sintonia é sempre um compromisso entre a estabilidade/robustez e a velocidade de resposta/desempenho da malha de controle. - Não existe uma “receita de bolo” única para todos os casos. - O sucesso da sintonia depende de vários fatores como conhecimento, método, ferramentas adequadas e principalmente experiência. - A sintonia é facilitada pelo conhecimento do processo controlado. Sintonia de controladores PID Objetivos Encontrar os parâmetros proporcional, integral e derivativo para atender critérios tais como: Mínimo (ou nenhum) sobressinal para mudanças de “set-point”, Atingir rapidamente o novo “set-point” em caso de mudança, Operação estável do controlador mesmo para alterações significativas nos parâmetros do processo (robustez). Sintonia de controladores PID utilizando tentativa e erro 1. Obter a resposta em malha aberta e determinar os requisitos a serem melhorados, 2. Adicionar o controle proporcional para melhorar o tempo de subida, 3. Adicionar o controle derivativo para melhorar o sobressinal, 4. Adicionar o controle integral para eliminar o erro em regime permanente, Ajustar Kp, Ki, e Kd até obter a resposta desejada. Não há a obrigatoriedade de se implementar todas as três ações de controle ( proporcional, integral e derivativo). Por exemplo, se um controlador PI fornecer uma resposta satisfatória, a ação derivativa torna-se desnecessária. Sintonia de controladores PID utilizando tentativa e erro Exemplo Seja dado um processo qualquer modelado como a seguir: O objetivo do exemplo é mostrar a contribuição de Kp, Ki, e Kd para obter-se: um tempo de subida rápido (de até 0,1 s), uma resposta sem sobressinal, erro em regime permanente nulo, tempo de acomodação reduzido, de no máximo 1 s. Todas a especificações devem ser relacionadas à entrada degrau unitário. Sintonia de controladores PID utilizando tentativa e erro Primeiramente, deve-se obter a resposta em malha aberta e determinar os requisitos a serem melhorados. num=1; den=[1 10 20]; step(num,den) ts = 1,6 s ess = 0,95 tr = 1 s Sintonia de controladores PID utilizando tentativa e erro Controle proporcional Da tabela mostrada anteriormente, pode-se verificar que o controle proporcional reduz o tempo de subida, aumenta o sobressinal e reduz o erro em regime permanente. A função de transferência do sistema com um controlador proporcional é: Kp=300; num=[Kp]; den=[1 10 20+Kp]; t=0:0.01:2; step(num,den,t) K=300 K=100 O controlador proporcional reduziu o tempo de subida e o erro em regime, aumentou o sobressinal e diminuiu um pouco o tempo de acomodação. ts = 0,78 s tr = 0,1 s tp = 0,18 s Sintonia de controladores PID utilizando tentativa e erro Controle proporcional-derivativo Da tabela, verifica-se que Kd reduz o sobressinal e o tempo de acomodação. A função de transferência do sistema em malha fechada com um controlador proporcional-derivativo é: Kp=300; Kd=10; num=[Kd Kp]; den=[1 10+Kd 20+Kp]; t=0:0.01:2; step(num,den,t) Kp=300; Kd=20; Kp=300; Kd=10; O compensador PD reduziu o sobressinal e o tempo de acomodação e teve pouco efeito no no tempo de subida e no erro em regime ts = 0,28 s tp = 0,18 s tr = 0,1 s Sintonia de controladores PID utilizando tentativa e erro Controle proporcional-integral Da tabela, verifica-se que Ki diminui o tempo de subida, aumenta o Sobressinal, bem como o tempo de acomodação e elimina o erro em Regime permanente. A função de transferência do sistema em malha Fechada com um controlador proporcional-integral é: Kp=30; Ki=70; num=[Kp Ki]; den=[1 10 20+Kp Ki]; t=0:0.01:2; step(num,den,t) Kp=30; Ki=70; Kp=30; Ki=100; Reduziu-se o ganho proporcional (Kp) uma vez que o controle integral também atua na redução do tempo de subida e no aumento do sobressinal (assim como o controle proporcional). A resposta obtida mostra a eliminação do erro em regime. ts = 0,6 s tp = 0,8 s tr = 0,5 s Sintonia de controladores PID utilizando tentativa e erro Controle proporcional-integral-derivativo A seleção dos ganhos é feita após várias simulações . A função de transferência do sistema em malha fechada com um controlador proporcional-integral-derivativo é: Com o controlador PID, obteve-se um sistema sem sobressinal, com um tempo de subida rápido e nenhum erro de regime. ts = 0,83 s tr = 0,08 s Kp=350; Kd=5500; Ki=300 Controladores PID Controladores PID Controladores PID Ziegler e Nichols sugeriram escolher valores de Kp, Ki e Kd de acordo com a fórmula que aparece na tabela abaixo. Note que o controlador sintonizado por este método fornece: Controladores PID Método do Limiar de Oscilação ou da resposta em frequência Neste método, faz-se inicialmente as constantes Ki = ∞, e Kd = 0, trabalhando apenas com a ação de controle proporcional. Experimentalmente aumenta-se o valor de Kp até que a resposta do sistema apresente uma oscilação sustentada pela primeira vez. A esse valor de Kp dá-se a notação de Kcr (ganho crítico). O período da senóide encontrada será denominada Pcr (período crítico). Controladores PID Ziegler e Nichols sugeriram escolher valores de Kp, Ki e Kd de acordo com a fórmula que aparece na tabela abaixo. Note que o controlador sintonizado por este método fornece: Controladores PID Ziegler-Nichols Método da Curva de Reação: h(t) KP KI KD P T/L 0 0 PI 0.9 T/L 0.3/L 0 PID 1.2 T/L 0.5/L 0.5L Método do Limiar de Oscilação: t h(t) P c Oscilação com Kp = Kc L T t K KP KI KD P 0.5 Kc 0 0 PI 0.45Kc 1.2/Pc 0 PID 0.6Kc 2/Pc 0.125Pc Controladores PID Controladores PID Controladores PID Portanto a equação característica para Kcr é: Fazendo s=jw tem-se: Donde obtém-se que: Portanto: Pela regra de Ziegler-Nichols, são determinados os valores de Kp, Ki e Kd : Controladores PID Substituindo na função de transferência de um controlador PID tem-se: Verifica-se que o controlador PID possui um polo na origem e um zero duplo em s = -1,4235. Controladores PID Para encontrar a resposta ao degrau unitário, fecha-se a malha e obtém-se a função de transferência de malha fechada no MATLAB. Máximo de sobressinal em torno de 62% Controladores PID Fazendo ajustes finos pode-se chegar a resposta desejada. Máximo de sobressinal menor que 25% Controle de Processos Industriais Controle de Processos Industriais Controle de Processos Processos Industriais Sensor, Transmissor, Válvula de Controle: campo (junto ao processo); Controlador: sala de controle ou campo; Equipamentos de controle: analógicos ou digitais; Sistemas analógicos: sinais de ar pressurizado (3 a 15 psi) ou sinais de corrente/tensão (4-20 mA, 0-10 Vdc). Controlador Industrial Modos de Operação: Manual ou Automático; Ações de Controle: Direta ou Reversa A escolha da ação de controle depende da ação da MV sobre a PV no processo, da ação da válvula e do sensor. Características de um Controlador Industrial Indicar o valor da Variável de Processo (PV); Indicar o valor da saída do controlador, a Variável Manipulada (MV); Indicar o Set Point (SP); Ter um chave para selecionar entre modo manual ou automático; Ter uma forma de alterar o valor do SetPoint quando o controlador está em automático; Ter uma forma de alterar MV quando o controlador está em manual; Ter um modo de seleção entre ações direta e reversa do controlador. CONTROLE “FEEDFORWARD” 87 O que é ? Controle feedforward usa o conhecimento das perturbações para agir sobre o sistema antes que as mesmas afetem o erro; Desvantagens: necessidade de medição das perturbações Necessidade do conhecimento do modelo do processo e da perturbação Controle Feedforward Gc(s) G(s) Gn(s) + - + + Y(s) R(s) E(s) N(s) Controle Convencional Influência da entrada Influência das perturbações Se as perturbações são mensuráveis, o controle feedforward é um método útil para cancelar os seus efeitos na saída do processo. Controle Convencional Gc(s) G(s) Gn(s) + - + + Y(s) R(s) E(s) N(s) Gff(s) + saída perturbação controlador feedforward Controle Feedforward A vantagem deste tipo de controle é que a ação corretiva ocorre antecipadamente, ao contrário do controle por realimentação, em que a ação corretiva acontece somente depois da saída ser afetada. Controle Feedforward Sistema de controle de temperatura Exemplo Exemplo Perturbação: mudança vazão de saída da torre (depende do nível da torre); seu efeito não pode sentido imediatamente, devido aos atrasos envolvidos no sistema; um controlador convencional agirá somente quando houve um erro; um controlador feedforward que receberá a também a informação da vazão, poderá agir mais cedo sobre a válvula de vapor. Exemplo CONTROLE EM CASCATA 97 O que é ? É um método simples, envolvendo dois controladores por realimentação em cascata; O controle em cascata é definido como a configuração onde o sinal de saída de um controlador é o Set-Point gerado pelo outro controlador. Gc1(s) + - + Gc2(s) G2(s) G1(s) - R1(s) R2(s) Y2(s) Y1(s) laço secundário laço primário Controle em Cascata Controle em Cascata Gc1(s) + - G1(s) R1(s) R2(s) Y2(s) Y1(s) Equação característica: primário secundário Controle Convencional – exemplo LC + - G(s) SP H Controle em Cascata - exemplo LC + - + FC G1(s) G2(s) - SP2 Q H malha de vazão malha de nível SP1 Controle em Cascata - exemplo Considerando: Controle convencional: - + LGR Controle em Cascata - exemplo Controle em cascata: - + + - laço secundário laço primário LGR-primário -2 LGR-secundário COMPENSAÇÃO DO TEMPO MORTO 105 É o atraso entre a variação do sinal de controle (MV) e o início da variação da saída (PV). Exemplos: Transporte de fluidos em linhas longas; Variável controlada medida por analisador de linha; Elemento final de controle lento; Um controlador convencional não funciona bem com tempo morto, pois a ação de controle demora um certo tempo para ser detectada. Tempo morto tempo morto Compensação do tempo morto Considerando: Gc1(s) e-sτ G(s) + - R(s) Y(s) A FT de malha fechada é:: (I) Compensação do tempo morto Idéia: deslocar o tempo morto para fora da malha de controle (II) Gc(s) G(s) + - R(s) e-sτ Y(s) Para isto, projetaremos um controlador a fim de que a FT de malha fechada seja: Compensação do tempo morto Gc(s) G(s) + - R(s) e-sτ Y(s) (1-e-sτ)G(s) + - Gc1(s) Igualando as equações (I) e (II) temos: Compensação do tempo morto O controlador Gc(s) é projetado de forma usual; O controlador de Smith realimenta a saída sem o atraso (não pode ser obtida na prática); O controlador modifica a variável controlada da seguinte forma: Quando o controlador enviar uma ação de controle ao processo, o controlador imediatamente responde pelo processo para que a resposta seja isenta do tempo morto; Após o tempo morto, à medida que o processo começar a responder, o controlador vai retirando a sua ação de acordo com a dinâmica do processo. CONTROLE “OVERRIDE” 111 Controle “Override” Também chamado de controle seletivo; É uma forma de controle multivariável em que uma única variável manipulada (MV) pode ser ajustada usando-se várias variáveis controladas (PV), uma de cada vez; Escolhe-se a variável principal que estará na maior parte do tempo atuando na variável manipulada, sendo as outras apenas variáveis de restrição. Coluna de Destilação - exemplo Coluna de Destilação - exemplo Deve-se controlar a vazão de vapor para o refervedor (trocador de calor para aquecimento) de fundo de uma coluna de destilação, atuando na única válvula do sistema; Entretanto, o nível deste refervedor não pode ser menor que um valor para não perder o selo de líquido; Solução: controle override. Vantagens Quando não existem graus de liberdade suficientes no processo, pode-se controlar preferencialmente uma variável até que uma outra atinja o seu limite operacional; Forma simples de respeitar as restrições do processo e evitar que o sistema de segurança atue parando a planta. Cuidados na implementação Prever proteção contra saturação do sinal de saída dos controladores que não estiverem sendo selecionados para atuar no elemento final de controle; Implementar uma estratégia de rastreamento dinâmico forçando a saída dos controladores que não estão controlando a válvula a seguir a posição atual da válvula (saída do seletor). Controle Override – Exemplo 2 Quando a pressão do gás de saída do compressor ultrapassa um valor pré-ajustado, o controle passa a ser exercido pela malha de pressão, ao invés da malha de fluxo, através da chave HSS ativada por valores altos. Controle override para proteção de um compressor Controle Override – Exemplo 3 Inicialmente o controle busca manter a pressão na linha de vapor. Quando o nível se torna muito baixo, o controle passa a ser exercido pela malha de nível. Controle override para proteção de geradores de vapor CONTROLE “SPLIT RANGE” 119 Controle “Split Range” Em certas aplicações, uma única malha de controle de fluxo pode ser suficiente para garantir um bom desempenho do sistema em uma grande faixa de operação; Controle de fluxo do tipo Split Range usa dois controladores (um com uma válvula de controle pequena e o outro com uma válvula de controle grande), ambos em paralelo; Para fluxos pequenos, a válvula grande é fechada e a válvula pequena garante um controle de fluxo de boa qualidade; Para grandes fluxos, ambas as válvulas estão abertas. Exemplo Controle de pressão em split-range: Exemplo Se a pressão começar a subir, o controlador deve primeiro fechar toda a válvula que admite gás e em seguida abrir a válvula de alívio; Assim, supondo o controlador em ação direta, entre 0 e 50% na saída do PID, a válvula que admite gás vai da posição toda aberta para a posição toda fechada; Na faixa entre 50 e 100% na saída do PID, a válvula que alivia gás vai da posição fechada para a posição toda aberta. Controle Split Range – Exemplo 2 Controle Split Range – Exemplo 3 Controle de Temperatura Split Range Controle Split Range – Exemplo 2 Controle de Temperatura Split Range T > Tref Resfriar T < Tref Aquecer CONTROLE DE RELAÇÃO 126 O que é ? Existem muitas situações nos processos industriais onde é necessário manter duas variáveis numa proporção ou relação definida; Uma variável flutua livremente de acordo com as exigências do processo e é chamada de variável livre; A outra variável é proporcional à variável livre e é chamada de variável manipulada; Exemplos: a mistura de aditivos à gasolina, mistura proporcional de reagentes de um reator químico e a mistura de fluxos quentes e frios para se obter uma determinada temperatura da mistura. Controle de Relação - Exemplo Chart1 0 0 0.8 0 1 0.0666667 1 1 Larger Control Valve Smaller Control Valve Total Flow Rate Signal to Control Valve (%) F4B 0.00E+00 0.00E+00 0.00E+00 2.00E-01 8.00E-01 0.00E+00 2.50E-01 1.00E+00 6.67E-02 1.00E+00 1.00E+00 1.00E+00 Chart1 100 0 0 18.18182 0 0.45 0 18.1818 0.55 0 100 1 Steam Cooling Water Error from Setpoint for Jacket Temperature Signal to Control Valve (%) F8 0 100 0 4.50E-01 1.82E+01 0.00E+00 5.50E-01 0.00E+00 1.82E+01 1.00E+00 0.00E+00 1.00E+02
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