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Direito Empresarial II - Aula 1 e 2 (Profª Carmen Giordano - UCDB)

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Direito Empresarial II
Direito Empresarial II
Títulos de Crédito - Legislação 
1. Decreto 2.044/1908
2. Decreto 57.663/66
- Lei 5.474/68 — Duplicatas
- Lei 7.357/85 — Cheque
Bibliografia 
Rubens Requião - Curso de Direito Comercial, vol. 2
Fábio Ulhôa Coelho - Curso de Direito Comercial - vol. 2
Ricardo Megrão - Manual de Direito Comercial e de Empresa - vol. 2
Luiz Emygdio F. da Rosa Júnior - Títulos de Crédito
Títulos de Crédito: Quirografários ou Cambiais 
• Lei especial - Direito Cambial
• Regras próprias
• Não se aplicam as normas do Direito Civil
• Cheque, NP, LC e duplicata
 Quirógrafos Comuns 
Contratos:
a) De compra e venda
b) De locação
c) De prestação de serviços etc. 
Regidos pelo Direito Comum — Direito Civil
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1. Letra de Câmbio (L.C.) 
2. Nota Promissória (NP)
Direito Empresarial II
Definição de Cesárea Vivante
Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito literal e 
autônomo, nele mencionado.
Princípios, características ou atributos dos Títulos de Crédito 
1. Cartularidade (carta; papel; documento), titularidade ou incorporações. 
2. Literalidade (literis - letra)
3. Autonomia
Ricardo Negrão — Princípios das Cambiais (Títulos de Credito) 
a) Cartularidade
A Cartularidade ou incorporação invoca a necessidade ou indispensabilidade, isto é, 
sem o documento não se exerce o direito de crédito nele mencionado. A pessoa 
detentora do título — de boa-fé — é reconhecida como credora da prestação nele 
incorporada e, inversamente, sem a apresentação do título não há como obrigar o 
devedor a cumprir a obrigação no título. 
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Direito Empresarial II
b) Autonomia
A autonomia é característica dos títulos de crédito que garante a independência 
obrigacional das relações jurídicas subjacentes, simultâneas ou sobrejacentes à sua 
criação e circulação e impede que eventual vício existente em uma relação se 
comunique às demais ou invalide a obrigação literal inscrita na cártula.
c) Literalidade
A literalidade, na linguagem de Carvalho de Mendonça (1955:52, v. 5, t. 2), "determina o 
seu conteúdo e a sua extensão"; é, portanto, medida do direito inscrito no título. O que 
está escrito é exatamente a quantidade do crédito do portador e a extensão da 
obrigação do devedor. Nem o primeiro pode exigir mais, nem o segundo deverá pagar 
além do que está escrito. Por este princípio implica dizer que vale o que escrito e que, 
se algo diverso tiver sido contratado, não estando escrito no titilo, não pode ser alegado 
pelas pessoas intervenientes em defesa de seus direitos.
Prof.ª Carmen — Princípios das Cambiais 
 a) Cartularidade - Titularidade - Incorporação
O título de crédito materializa-se num documento. Para o exercício do direito resultante 
do crédito concedido é imprescindível a exibição do documento, sem ele o credor não 
pode exigir seu crédito. 
b) Literalidade
O título de crédito enuncia-se em um escrito e somente o que está nele escrito é que se 
leva em consideração. Qualquer obrigação que nele não conste, embora sendo 
expressa em documento separado, nele não se integra.
c) Autonomia
O título é autônomo não em relação à causa que lhe deu origem, mas, porque o 
possuidor de boa-fé exercita um direito próprio que não pode ser restringido em virtude 
das relações existentes entre os anteriores possuidores e o devedor. Cada obrigação 
deriva do título é autônoma em relação às demais. Da autonomia nasce o princípio da 
Inoponibilidade as exceções pessoais ao terceiro de boa-fé que proporciona ampla 
circulação do título de crédito e consiste em garantia ao terceiro possuidor de boa fé 
plena garantia de sua aquisição, desde que não tenha participação da relação 
fundamental anterior que deu nascimento ao título de crédito. 
Endossante: credor que transfere o título de crédito. 
Endosatário: quem recebe o título passado pelo endossante, é o terceiro possuidor. 
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Direito Empresarial II
Inoponibilidade das exceções pessoais ao terceiro de boa-fé
• Não se opõe. Não se transmite. Não se transfere. 
• Defesas. 
• Endossatário. 
• Não participou da obrigação anterior
Exemplo 
A emitiu uma nota promissória para B. 
A = Credor
B = Devedor
B endossou para C. 
No vencimento do título, "A" não pagou. 
C executou A pela nota promissória. 
A embargou (defendeu-se) a execução, provando que o negócio que fizera com 
B que deu origem a nota promissória foi desfeito, portanto não devia a nota 
promissória. 
Pergunta-se: 
Procede a defesa de A? Justifique dentre os princípios das cambiais. 
A tem uma relação de obrigação com B. 
B tem uma relação de obrigação com C. 
B é o endossante. C é o endossatário.
A defesa de A não se sustenta porque o possuidor de boa-fé exercita um direito 
próprio que não pode ser restringido em virtude das relações existentes entre os 
anteriores possuidores e o devedor.
Classificação dos Títulos de Crédito 
 Há várias, dentre elas:
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Quanto à sua natureza 
a) Abstratos: deles não se indaga sua origem. Valem pelo que nele estiver escrito. 
São: letra de câmbio; nota promissória; cheque. 
b) Causais: dependeu de uma causa que lhes deu origem. Ex. Duplicata: nasce de 
uma fatura; conhecimento de depósito; conhecimento de transporte. 
2. Quanto à forma e modo de circulação 
a) Ao portador: não traz o nome do credor e se transfere pela tradição. 
b) Nominal, "à ordem", endossável: traz o nome do credor e se transfere por endosso. 
c) Nominativo, "não à ordem": traz o nome do credor mas não pode ser endossado. 
Pode circular como Cessão de Crédito. 
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