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A classificação dos solos Camila Santarelli Roberta Pinheiro O ato de classificar um solo em determinado sistema taxonômico requer identificar quais atributos diagnósticos estipulados em cada sistema são aplicados a eles. Depois procura-se fazer o seu enquadramento pelo sistema de chaves, que define as classes até o 4º nível categórico. Critérios para distinção de classes de solos segundo o SiBCS Adaptados ou criados para atender às conveniências ou necessidades do SiBCS. Recomenda-se que sempre que forem aplicados, que se consulte as publicações mais atuais relativas ao SiBCS para verificar se foram procedidas alterações. Atributos diagnósticos: características dos solos, utilizadas para separação de classes em vários níveis categóricos do Sistema na definição de alguns horizontes diagnósticos. Álico: saturação por alumínio for igual ou superior a 50%, teor de Al extraível maior que 0,5cmolc .kg-1 de solo – Horizonte B, C ou A Neossolos Litólicos. Atividade da fração argila: capacidade de troca de cátions (valor T) correspondente à fração argila, calculada por: T.1000/teor de argila em g.kg-1. Atividade alta (Ta) refere-se a valor igual ou superior a 27cmolc .kg-1 de argila e atividade baixa (Tb) valor inferior a 27cmolc .kg-1 de argila, ambos os casos sem correção para carbono. Não se aplica a solos de textura arenosa. O valor T devem ser obtidos segundo a metodologia da Embrapa Solos - pela soma das bases (valor S) com H+ e Al3+ extraíveis pelo Ca(OAc)2 N a pH 7,0. Caráter ácrico: refere-se a materiais de solos contendo bases trocáveis (Ca2+, Mg2+, K+ e Na+) mais Al3+ extraível com KCl 1N, em quantidades iguais ou menores que 1,5cmolc . kg-1 de argila e satisfazendo ainda a pelo menos uma das seguintes condições: 1. pH KCl 1N igual ou superior a 5,0; ou 2. ΔpH positivo ou nulo. Caráter alítico: condição em que o solo se encontra fortemente dessaturado, caracterizado por apresentar teor de alumínio extraível maior ou igual a 4cmolc .kg-1 de solo, associado à atividade de argila > 20cmolc .kg-1 de argila, tendo saturação por bases menores que 50% e/ou saturação por alumínio maior ou igual a 50%. Caráter alumínico: condição em que o solo se encontra fortemente dessaturado, caracterizado por apresentar teor de alumínio extraível maior ou igual a 4cmolc .kg-1 de solo associado à atividade de argila < 20cmolc .kg-1de argila, tendo saturação por bases menores que 50% e/ou saturação por alumínio maior ou igual a 50%. Caráter argilúvico: usado para distinguir solos que têm concentração de argila no horizonte B, porém não suficiente para identificar um horizonte B textural, B plânico ou B espódico, expressa por gradiente textural (B/A) igual ou maior que 1,4 e/ou presença de horizonte E e/ou presença de cerosidade. Caráter carbonático: presença de 150g.kg-1 ou mais de CaCO3 equivalente, sob qualquer forma de segregação, inclusive nódulos e concreções, desde que não satisfaça os requisitos estabelecidos para horizonte cálcico. Caráter coeso: distinguir solos com horizontes pedogenéticos subsuperficiais adensados, muito resistentes à penetração da faca e muito duros a extremamente duros quando secos, passando a friáveis ou firmes quando úmidos. Estes horizontes são de textura média, argilosa ou muito argilosa e, em condições naturais, são geralmente maciços ou com tendência à formação de blocos. São comumente encontrados entre 30 e 70cm da superfície do solo, podendo prolongar-se até o Bw ou coincidir com o Bt, no todo ou em parte. Caráter concrecionário: apresentam ocorrência de material petroplíntico descontínuo em quantidade e/ou espessura inferiores às requeridas para horizonte concrecionário, em um ou mais horizontes em alguma parte da seção de controle que defina a classe. Para esta caracterização, é requerida uma quantidade mínima de 5% em volume. Caráter crômico: distinguir alguns solos que apresentam, na maior parte do horizonte B, predominância de cores (amostra úmida): matiz 5YR ou mais vermelho com valor igual ou superior a 3 e croma igual ou superior a 4; ou matiz mais amarelo que 5YR com valor 4 ou 5 e croma 3 a 6. Caráter dúrico: caracterizar solos que apresentem cimentação forte em um ou mais horizontes dentro da seção de controle que defina a classe, incluindo-se solos com presença de duripã, ortstein, plácico e outros horizontes com cimentação forte que não se enquadrem na definição de horizontes litoplíntico, concrecionário e petrocálcico. Caráter ebânico: utilizado para individualizar classes de solos de coloração escura, quase preta, na maior parte do horizonte diagnóstico subsuperficial com predominância de cores: matiz 7,5YR ou mais amarelo: cor úmida- valor < 4 e croma < 3; e cor seca - valor < 6. matiz mais vermelho que 7,5YR: cor úmida - preto ou cinzento muito escuro; e cor seca - valor < 5. Caráter espódico: caracterizar solos que apresentam acúmulo iluvial de complexos organometálicos em subsuperfície e que não satisfazem os critérios para horizonte B espódico e Espodossolo. Caráter êutrico: distinguir solos que apresentam pH (em H2 O) > 5,7, conjugado com valor S (soma de bases) > 2,0cmolc .kg-1 de solo dentro da seção de controle que define a classe. Caráter flúvico: solos formados sob forte influência de sedimentos de natureza aluvionar, que possuem um dos requisitos: Camadas estratificadas, identificadas por variações irregulares (erráticas) de granulometria, ou de outros atributos do solo em profundidade; e/ou Distribuição irregular (errática) do conteúdo de carbono orgânico em profundidade, não relacionada com processos pedogenéticos. Caráter hipocarbonático: presença de CaCO3 equivalente sob qualquer forma de segregação, inclusive concreções, em quantidade igual ou superior a 50g.kg-1 e inferior a 150g.kg-1. Caráter litoplíntico: solos que apresentam ocorrência de petroplintita na forma contínua e consolidada em um ou mais horizontes em alguma parte da seção de controle que defina a classe, em quantidade mínima de 10% do volume total do(s) horizonte(s) e não satisfazendo as exigências de espessura para caracterizar horizonte litoplíntico. Caráter plânico: distinguir solos intermediários com Planossolos, ou seja, com horizonte adensado e permeabilidade lenta ou muito lenta, cores acinzentadas ou escurecidas, neutras ou próximo delas, ou com mosqueados de redução que não satisfazem os requisitos para horizonte plânico, exclusive horizonte com caráter plíntico. Caráter plíntico: distinguir solos que apresentam plintita em quantidade insuficiente para caracterizar horizonte plíntico, ou que apresentem horizonte com a quantidade exigida de plintita (15%), porém com espessura insuficiente para caracterizar horizonte, em um ou mais horizontes ou camadas em alguma parte da seção de controle que defina a classe. Para essa caracterização, é requerida uma quantidade mínima de plintita de 5% em volume. Caráter redóxico: presença de feições redoximórficas na seção de controle da classe de solo, resultante da saturação temporária com água em horizontes e/ou camadas do mesmo, que induzem a ocorrência de processos de redução e oxidação, com segregação de ferro e/ou de manganês, na forma de cores mosqueadas e/ou variegadas. Se manifesta na forma de coloração variegada, ou de mosqueados, no mínimo comuns e distintos, admitindo-se, no caso de difusos, somente quando em quantidade abundante. Deve ser aplicado para expressar condição de oscilação temporária do lençol freático em camadas ou horizontes do perfil, nas quais geralmente identifica-se drenagem moderada ou imperfeita, distinguindo tais classes de solos das modalidades típicas. Caráter retrátil: usado para classes de Latossolos e Nitossolos, ambos Brunos e Vermelhos, de textura argilosa e muito argilosa, que apresentam retração acentuada da massa do solo após a exposição dos perfis ao efeito de secamento por algumas semanas, resultando na formação de fendas verticais pronunciadas e estruturas prismáticas grandes e muito grandes, que se desfazem em blocos quando manuseadas. Étípico de alguns solos encontrados sob condições de clima subtropical úmido dos planaltos altimontanos do Sul do Brasil. Caráter rúbrico: indicar avermelhamento em profundidade em alguma parte da seção de controle que define a classe (exclusive horizonte BC), cor úmida com matiz mais vermelho que 5YR, valor menor ou igual a 4 e cor seca com apenas uma unidade a mais em valor. Caráter sálico: presença de sais mais solúveis em água fria que o sulfato de cálcio (gesso), em quantidade tóxica à maioria das culturas, expressa por condutividade elétrica no extrato de saturação maior que ou igual a 7dS/m (a 25ºC), em alguma época do ano. Caráter salino: presença de sais mais solúveis em água fria que o sulfato de cálcio (gesso), em quantidade que interfere no desenvolvimento da maioria das culturas, expresso por condutividade elétrica do extrato de saturação igual ou maior que 4dS/m e menor que 7dS/m (a 25ºC), em alguma época do ano. Caráter sódico: distinguir solos que apresentem saturação por sódio (100 Na+/T) maior ou igual que 15%, em algum ponto da seção de controle que defina a classe. Caráter solódico: distinguir solos que apresentem valores de saturação por sódio (100 Na+/T) entre 6% e 15%, em algum ponto da seção de controle que defina a classe. Caráter sômbrico: ocorrente em certos horizontes subsuperficiais, transicionais ou principais (AB, BA ou B) de solos minerais de drenagem livre e dessaturados e atenda ao critérios: Apresentar 10cm ou mais de espessura; Não possuir, no seu limite superior, um horizonte eluvial E; Não atender ao conjunto de características exigidas para o horizonte espódico; O(s) horizonte(s) subsuperficial(is) escuro(s) deve(m) apresentar continuidade lateral nos vários segmentos da paisagem, indicando origem pedogenética e descartando a possibilidade de ser um horizonte A enterrado; Deve apresentar valores e cromas, nos estados seco e/ou úmido mais baixos do que o horizonte sobrejacente; Ter saturação por bases inferior a 50% (distrófico); Possuir evidências de acumulação de húmus ou por um conteúdo maior de carbono em relação ao horizonte imediatamente sobrejacente. Caráter vértico: Presença de slickensides (superfícies de fricção), quantidade considerável de fendas ou estrutura cuneiforme e/ou paralepipédica, em quantidade e expressão insuficientes para caracterizar horizonte vértico. Cauliníticos, oxídicos e gibbsíticos: distinção de solos com base na mineralogia das argilas (frações com diâmetro menor que 0,002mm) e toma por base valores das relações moleculares Ki e Kr: 1) Cauliníticos - predominância de argilominerais do grupo da caulinita. Classes: Cauliníticos (Ki e Kr > 0,75) e Cauliníticos-oxídicos (Ki > 0,75 e Kr < 0,75). 2) Gibbsíticos - solos com predominância de gibbsita. Classe: Gibbsíticos-oxídicos (Ki < 0,75 e Kr < 0,75). 3) Oxídicos - solos com predominância de óxidos de ferro e alumínio. Classe: Oxídicos (Kr < 0,75). Contato lítico: material coeso subjacente ao solo (exclusive horizonte petrocálcico, horizonte litoplíntico, duripã e fragipã). Sua consistência é de tal ordem que mesmo quando molhado torna a escavação com a pá reta impraticável ou muito difícil e impede o livre crescimento do sistema radicular e a circulação de água, os quais ficam limitados às fendas que por ventura ocorram. Tais materiais são representados por rochas duras e por rochas muito fracamente alteradas (R), de qualquer natureza (ígneas, metamórficas ou sedimentares), ou por rochas fraca a moderadamente alteradas (RCr, CrR). Contato lítico fragmentário: tipo de contato lítico em que o material endurecido subjacente ao solo encontra-se fragmentado, usualmente, em função de fraturas naturais, possibilitando a penetração de raízes e a livre penetração de água. Constituição esquelética(grupamento textural): um solo considerado esquelético é dado quando mais 35% e menos 90% de seu volume total de sua massa forem de material com diâmetro maior que 2mm. Quando maior que 90% de volume do solo, refere-se ao tipo de terreno. Constituição macroclástica: caracterizada pelo tamanho e quantificação das frações de solo com diâmetro superior a 2mm, dotadas pelos seguintes diâmetros: Cascalhos - 2mm - < 2cm Calhaus - 2cm - 20cm Matacões - > 20cm *considera-se apenas as suas dimensões e o seu percentual de ocorrência. Descontinuidade litológica: dadas por horizontais ou camadas do solo, refletida principalmente na composição granulométrica e na mineralogia. Sendo algumas de suas evidências: -Mudança na textura abrupta, não tendo ligação a processos pedogenéticos (migração de argila, por exemplo); -Contraste ou irregularidade no tamanho de partículas de areias (por exemplo: predominacia de areia fina sobre areia grossa);e - Natureza litológica do substrato rochoso diferente da natureza litológica de fragmentos de rocha no perfil do solo. Distribuição de cascalhos no perfil: é a macroclástica que compõe o solo, a quantidade de cascalho( 2mm-2cm de diâmetro) e sua ocorrência em relação a terra fina(<2mm), sendo descrita em: Pouco cascalhenta - conteúdo de cascalho > 80 e < 150g.kg-1 Cascalhenta - conteúdo de cascalho entre 150 e 500g.kg-1 Muito cascalhenta – conteúdo de cascalho maior que 500g.kg-1 Gradiente textural (argílico): argila orientada ou não, dos horizontes superficiais A ou E para o subsuperficial B, não exclusivamente descontinuo. Grau de decomposição do material orgânico: deve se levar em consideração a classe dos Organossolos do SiBCS: -Fíbrico – material orgânico composto por fibras, de origem vegetal. Regidos por alguns critérios como: classificado em escala de decomposição de von Post nas classes de 1 a 4; Apresentando cores(método de pirofosfato de sódio) tendo valores e cromas de 7/1, 7/2, 8/1, 8/2 ou 8/3 (MUNSELL..., 1994); e Tendo 40% ou mais de fibras por volume e pirofosfato maior ou igual a 5.Caso o teor de fibras seja igual ou maior a 75%, o critério de pirofosfato não se aplica. Hêmico – material orgânico em meio a decomposição entre fíbrico e sáprico. Atendendo aos seguintes critérios: a) classifica-se na escala de von Post nas classes % ou 6; b) teor de fibras esfregada entre 17 e < 40% por volume. Sáprico – material orgânico com decomposição avançada, apresentando pouco teor em fibras, alta densidade e mais baixa capacidade de reter água em estado de saturação. É quimicamente e fisicamente estável, tendo pouca alteração ao longo do tempo, caso o solo não seja drenado. Atendendo os seguintes critérios: a)classificar em escala de decomposição de von Post em escala de 7 ou mais; b)Apresentando cores(dado pelo pirofosfato de sódio), valores iguais ou menores que 7, fora as combinações de valor e croma de 5/1, 6/1, 6/2, 7/1, 7/2, ou 7/3; e c) teor de fibra esfregada < que 17% por volume. Grupamentos texturais: são as características das unidades taxonômicas até o 4º nível do SiBCS, referente a formação granulométrica e distingue os demais solos das classes texturais primárias, sendo elas: Arenosa - classes texturais areia e areia franca; Argilosa - classes texturais ou parte delas, que dispõe a granulométrica de 350 a 600g.kg-1 de argila; Média - classes texturais ou parte delas, com a granulométrica de menos 350g.kg-1 de argila e mais 150g.kg-1 de areia, exceto as classes texturais areia e areia franca; Muito argilosa - classe textural muito argilosa com mais de 600g.kg-1 de argila; Siltosa – parte das classes texturais que tenham silte maior que 650g.kg-1, areia menor que 150g.kg-1 e argila menor que 350g.kg-1. Guia para grupamentos de classes de textura http://www.ebah.com.br/content/ABAAAgPgwAC/curso-recuperacao-areas-degradadas?part=5 Material mineral: formado por composto inorgânicos, em ambiente geológico, diz-se para este tipo de solo, apenas quando não satisfaz ao material orgânico. Materialorgânico: composto por materiais orgânicos, dados por resíduos vegetais em diferentes períodos de decomposição, como fragmentos de carvão e biomassa meso e microbiana(processos naturais).Este pode estar associado ao material mineral, contudo suas composições orgânicas sobrepõe os constituintes minerais. É denominado como orgânico, quando seu teor de carbono orgânico for maior ou igual a 80g.kg-1, tendo como base os valores de determinação analítica dada pelo Centro Nacional de Pesquisa de Solos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Material sulfídrico: é um composto que contém enxofre oxidáveis, ocorre em solos minerais ou orgânicos, tendo um pH >3,5, onde são incubados em forma de camada de 1cm de espessura, em condições aeróbias úmidas, em temperatura ambiente variam o pH de 0,5 pra mais, ou pH 4,0 pra menos(em 8 semanas). Os materiais sulfídricos acumulam nos solos ou sedimentos, normalmente em água salobra. Em água estes são reduzidos a sulfetos à medida em que são acumulados, ocorrem em alagadiços costeiros que transportam sedimentos não calcários ou até mesmo em alagadiços de água fresca caso haja enxofre. Quando um solo contendo materiais sulfídricos é drenado ou são expostos a condições aeróbicas os sulfetos se oxidam gerando ácido sulfúrico, com isso o pH cai para valores abaixo de 3, com isso levando a formação de sulfatos de ferro e alumínio. Os materiais sulfídricos não tem uma especificação quanto a cor, estes normalmente apresentam cores de croma 1 ou menor(cores neutras), e solo orgânico sulfídrico têm croma mais alto (2 ou maior). Micáceo, anfibolítico, feldspático e silicoso: são termos para distinguir as classes de solo, com base em sua mineralogia de suas frações grosseiras(>0,05 cm de diâmetro),conforme critérios a seguir: -Micáceo - solos com predominância (> 40%) de micas (biotita, muscovita e outras), fração areia total e/ou cascalho(contagem de grãos); -Anfibolítico - solos com predominância (> 40%) de anfibólios, na fração areia total e/ou cascalho; -Feldspático - solos com predominância (> 40%) de feldspatos, na fração areia total e/ou cascalho; e -Silicoso - solos com predominância (> 90%) de quartzo, opala ou calcedônia, na fração areia total e/ou cascalho. Mudança textural abrupta: é o aumento no teor de argila, quem ocorre em uma pequena distância de zona de transição do horizonte A ou E e o subjacente B. Quando horiz. A ou E < 200g.Kg-1 de argila, o subjacente B, em distancia vertical será >= a7,5 cm( dobro do conteúdo do horiz. A ou E);e Quando o horiz. A ou E >200g.kg-1, o subjacente B,em distância vertical <=7,5cm, e ser pelo menos 200g.kg-1 a mais na fração terra fina. Plintita: é uma mistura de argila, pobre em húmus e rica em ferro(ou ferro/alumínio) com quartzo e outros materiais, formando mosqueados vermelhos e vermelho-escuros, com padões poligonais ou reticulares. Esta se forma pela segregação de ferro em ambiente redutos, levando em consideração a mobilização, transporte e concentração final dos composto de ferro. A plintita pode ocorrer em forma laminar, nodular, esferoidal ou irregular. Quando ocorre sua secagem reumedece, podendo dispersar em grande parte devido a agitação em água.Em solo úmido, a plintita torna-se macia, assim sendo facilmente cortada com uma pá.Quando encontra-se úmida apresenta uma textura firme, e quando seca-se torna-se dura, ou muito dura, e têm um diâmetro maior que 2mm. Suporta amassamentos e rolamentos moderados e podendo ser quebrada com a mão, quando submersa em água por espaço de duas horas não se desfaz. Petroplintita: provindo da plintita, que em condições de ressecamento sofre consolidação vigorosa, formando nódulos ou concreções ferruginosas de dimensões e formas variadas(laminar, nodular, esferoidal ou irregular), individuais ou aglomeradas, podendo conter camadas maciças, continuas com espessura variadas.