Buscar

TRABALHO IDEIA DE JUSTIÇA melhoradoo

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE SALVADOR – UNIFACS
KAWANA BRITO
IURE PAMPONET
THAIS FAZZIO
RAFAEL NORONHA
RAFAEL MENDES
CAPACITARISMO
“A IDEIA DE JUSTIÇA”
AUTOR - AMARTYA SEN
SALVADOR
2017
 INTRODUÇÃO
Este trabalho tem por objetivo um estudo do horizonte de justiça social sob o olhar de Amartya Sen. Ela determina uma teoria onde é possível conduzir uma escolha qualificada e sensatamente informada. O estudo que impulsionou a teoria do autor, encontra na obra de sua autoria “A Ideia de Justiça” enfatizado nas partes 1 e 3, onde também há um confronto e um embate no que diz respeito a teoria de justiça de John Rawls. 
O livro tem como forma de supedâneo cêntrico a refutação que vem através do Iluminismo atentado por Sen por meio de éticas transcendentais e comparativas, para Amartya à justiça era entendida também como que vinha do neocontratualista defendido por Rawls. O livro reflete também parâmetros pertinentes à justiça com a finalidade de conduzir indivíduos que lutam por decisões onde prevaleçam liberdade, justiça e competência técnica, mas que ainda assim à justiça e a liberdade prevaleçam.
Desenvolvimento:
1. BIBLIOGRAFIA:
Amartya Sen, nascido no ano de 1993, na cidade Bengala Ocidental, localizado na Índia, foi professor em Oxford, Cambridge, Harvard e ganhou diversos prêmios, dentre eles o premio nobel de ciências econômicas no ano de 1998 por suas contribuições à teoria da decisão social e do "welfare state", algumas das suas principais obras foram: A Ideia De Justiça no ano de 2011; Desenvolvimento Como Liberdade em 2000; Desigualdade Reexaminada em 1992. É também um dos fundadores do Instituto Mundial de Pesquisa em Economia do Desenvolvimento.
"Vivemos um mundo de opulência sem precedentes, mas também de privação e opressão extraordinárias. O desenvolvimento consiste na eliminação de privações de liberdade que limitam as escolhas e as oportunidades das pessoas de exercer ponderadamente sua condição de cidadão", diz Amartya.
2. RESENHA DE “ A IDEIA DE JUSTIÇA”: 
Na obra, “A ideia de justiça”, mostra os desafios decorrentes do fato de existirem “ razões de justiça plurais e concorrentes, com a pretenção de imparcialidade, ainda que diferentes e rivais” (trecho citado por Amartya, na página 43).
No livro, relaciona-se diretamente com a filosofia, mas concentra-se especialmente em pensadores como: Stuart, Adam Smith, Karl Marx, no qual as obras exercem impacto no pensamento econômico, ainda que o principal interlocutor seja Rawls, a quem a obra é dedicada, Sen e Rawls foram colegas de docência em Harvard. Sen associa o filósofo contratualista John Locke a Rawls. Amartya Sen realiza uma crítica da teoria neocontratualista deste filosofo político, a partir de um enfoque comparativo inspirado nos autores citados.
Em contraste a estas teorias, em “A ideia de justiça” Sen parte para uma teoria: “proceder para enfrentar questões sobre a melhoria da justiça e a
remoção da injustiça” a fim de defender sua abordagem, recorda que “a justiça não pode ser indiferente às vidas que as pessoas podem viver de fato”. Com o objetivo de promover o debate sobre justiça não apenas nos municípios, estados, parte para a teoria de Adam Smith, “imparcialidade aberta”, onde seu conceito de imparcialidade é o de imparcialidade aberta que é a imparcialidade dos indivíduos e das sociedades aberta às opiniões e julgamentos de outros que não estão diretamente envolvidos no debate que levem a avaliações de comparações. A leitura de Smith foi fundamental para que ele formulasse elementos para um nova concepção da teoria da escolha social e para elaboração da sua abordagem das capacidades. Sen dedicou sua carreira acadêmica à contestação das teses prevalecentes no pensamento econômico contemporâneo, nomeadamente as defendidas pelos teoristas da escolha racional, tentando adequá-la para a modernidade oferecendo uma perspectiva em que o monoculturalismo passa para uma ferramenta de construção de uma modernidade mais justa. Sen demonstrou as suas 
limitações através de sua revisão da obra de Smith.
 Amartya Sen, assim como Rawls dão ênfase em: como considerar uma sociedade justa e equânime. Para Rawls a ideia dos bens primários é fundamental. Já Sen, dá ênfase aos critérios avaliativos sem deixar de considerar a questão do bem-estar dos indivíduos. A desigualdade deve ser também ter critérios avaliativos que enfatizam a diversidade própria dos seres humanos. A crítica de Sen à Rawls pode ser identificada bem clara no trecho “[...] a caracterização de instituições perfeitamente justas transformou-se no exercício central das teorias da justiça” (SEN, 2011, p. 38). 
Amartya não é um crítico ferrenho do pensamento de John, ao contrário, vemos suas considerações como complementares à teoria rawlseana, suas intenções e compromissos são semelhantes. Ambos estão de acordo sobre o que é fundamental na questão da justiça social: a liberdade efetiva, Sen não propõe uma teoria da justiça alternativa à de Rawls, apenas uma concepção de justiça distributiva em sentido estrito. 
Entretanto, Sen descorda demonstrando que é necessário repensar a teoria de Rawls no que diz respeito à relevância das perspectivas globais.“Razão e emoção desempenham papéis complementares na reflexão humana” (Sem, 2011, p. 50). Sendo que a argumentação racional é fundamental para “basear o pensamento sobre questões de justiça e injustiça em razões objetivas” (Sen, 2011, p. 71), e a emoção serve como uma ferramenta ponderadora afim de evitar a racionalidade excessiva. Amartya defende uma ideia de justiça que não seja definitiva, enquanto Rawls busca por uma justiça ideal.
Alguns autores acreditam que Sen não só propõe avanços na teoria rawlseana, mas sim uma abordagem que abandone o contratualismo – em detrimento de uma perspectiva comparativa da justiça.
A igualdade de Rawls tem a característica de se aproximar de um modo culturalmente dependente quanto fetichista, citado por Sen, enquanto a igualdade básica das capacidades evita o fetichismo, mas permanece dependente do modo cultural.
A pobreza para Sen é uma privação de capacidades básicas, dificultando a conversão da renda em funcionamentos socialmente adequados. Uma pessoa que é rica, mas que tem alguma doença grave e intratável tem uma privação que, em sentido significativo, pode ser maior que a de um trabalhador pobre desempregado, mas sadio, que conta com o seguro-desemprego.
3. Conclusão:
A partir do tema, consideramos debates e ponderações  esboçados pelos autores Amartya Sem e John Rawls, obra de titulo “ A teoria da justiça” executado por Rawls priorizando o utilitarismo, privilegiando a liberdade interiormente se pactuando com a provisão de “bens primários”. Neste caso, com base em Rawls “bens primários” vem por meio e não fim, o meio para aceder a liberdade, porém nesse contexto a liberdade não vem como capacidade real. Amartya defendia que a relação do indivíduo com a liberdade precisa ser ponderada entre muitos fatores, um deles é o “bem primaerios”, o qual seria a real capacidade do indivíduo para que por meio dela possa converter bens primários em resultados. Na medida em que Sen defende que a justiça de um ato deve ser medida em termos de sua capacidade de promover as liberdades, o resultado é uma identificação entre Justiça e Desenvolvimento.
Rawls se dispõe a criar uma teoria que pode se dispor com o utilitarismo, que ficou conhecida como teoria da justiça da equidade, essa teoria na visão de Sen era mais  flexível porem também tinha muitos problemas, Sem defendia muito a liberdade e o que as pessoas eram capazes de fazer com os bens que lhes eram dados. As motivações subjacentes à teoria de Rawls e ao enfoque da capacidade são similares, mas o tratamento da questão é diferente. O problema com respeito ao argumento rawlsiano está em que, mesmo tendo-se em vista os mesmos fins, a capacidade que as pessoas têm de converter bens primários em realizações é diferente,de tal maneira que uma comparação interpessoal.
“ Não há nenhum país perfeito no mundo. Há lições para tirar de um ou de outro. Ninguém precisa copiar um modelo de país. O essencial é raciocinar a partir das ideias que funcionaram em outros lugares.” ( SEN, AMARTYA)
4. Curiosidades: 
- Bem antes da última crise financeira mundial, que acabou por ressuscitar o discurso da regulação dos mercados, Amartya Sen fazia parte de um pequeno grupo de economistas que defendiam o papel do Estado, indo na contramão da onda neoliberal que varreu o mundo na década de 1990.  
- O campo de interesse de Amartya Sen pode também ser definido como uma antítese de fórmulas clássicas de entendimento social baseadas em um método definido, tal como o marxismo ou mesmo a psicanálise, cujas ferramentas são freqüentemente utilizados para além de seus campos originais de atuação.
- O Índice de Desenvolvimento Humano foi criado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em 1990, a partir do trabalho de dois economistas, o paquistanês Mahbub Ul Haq e o indiano Amartya Sem. O índice nasceu para servir como uma medida alternativa de desenvolvimento em contraposição ao mero uso do Produto Interno Bruto (PIB) dos países.
-Acerca dos temas de educação, saúde e desenvolvimento, Sen afirma que “o fato de que a educação e os cuidados de saúde podem ser produtivos a ponto de aumentarem o crescimento econômico reforça o argumento para conferir maior ênfase a esses arranjos sociais em economias pouco devolvidas”.
Referencias Biliograficas: 
LIVRO: “ A IDEIA DE JUSTIÇA” Amartya Sen.
UM DIÁLOGO ENTRE A ABORDAGEM DAS CAPACIDADES E A JUSTIÇA COMO EQUIDADE. ( Sen e RAWLS)
http://www.theoria.com.br/edicao15/Amartya_Sen_e_John_Rawls.pdf
https://conexoesinvisiveis.com/2012/01/29/amartya-sen-e-o-humano-como-indice-de-desenvolvimento/
https://www.fep.up.pt/docentes/joao/material/desenv_liberdade.pdf
http://capacidadeshumanas.org/sobre-amartya-sen/�� HYPERLINK ""��� 
http://www.theoria.com.br/edicao15/Amartya_Sen_e_John_Rawls.pdf

Continue navegando