Carta Diogo

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São Bento do Sul, 12 de março de 2017.
Caro Diogo,
O seu trabalho como Orientador Educacional é muito importante no ambiente escolar, pois é você o mediador dos conflitos e ponte entre alunos, professores e pais. Seu primeiro desafio nesta instituição é com um aluno com a Síndrome do Espectro Autista, onde ele, sua professora e seus colegas precisam de orientação para melhor lidar com esta situação.
Primeiramente você deveria conversar com o professor individualmente, se inteirar da situação real em sala de aula, proporcionando o estabelecimento de um vínculo entre o professor e a criança, e entre a criança com o restante da turma, para que todos se sintam confortáveis, seguros, e confiantes. Após este momento conversar com as demais crianças pedir paciência com o amiguinho João, orientar para que quando ele esteja agitado deixa-lo sozinho e avisar a professora, e mostrar que eles precisam ajudar o colega a conviver com o grupo.
É de extrema importância pesquisar a doença um pouco mais a fundo, a fim de melhor orientar os envolvidos, conversar com um profissional de saúde para entender melhor alguns aspectos do autismo, pois esta síndrome pode apresentar agressividade, isolamento, dificuldade de compreensão e pouco contato interpessoal. A fim de ajudar na busca por um caminho seguro e de suporte para todos. 
Em muitas situações é mais fácil lidar com a criança do que com os adultos, neste momento convide-os para uma reunião de pais e responsáveis, e na pauta abordar as características da síndrome, poderá chamar um palestrante especializado no assunto para detalhar melhor, pois é imprescindível à escola adaptar-se com seus meios possíveis para receber essa criança. É importante fazer com que os pais entendam algumas características da síndrome, para que possam colaborar no processo com seus filhos. Falar das dificuldades que uma pessoa com autismo possui para se relacionar com as demais, das atitudes impulsivas que possui, sem saber a real consequência de seus atos, movimentos e palavras repetitivas também são uma característica de autismo, muitas vezes a criança não se interessa por atividades comuns a todos, como brincar, pular corda entre outros, é preciso ter calma, não se alterar, o professor e os colegas podem ajudar redirecionando a atividade chamando sua atenção para alguma coisa que ele goste, assim, expondo a situação com intuito de contar com a ajuda dos pais na aceitação desta situação e demostrando a importância dos pais em colaborar 
Passar orientações a professora como olhar nos olhos de João para conversar com ele, usar materiais concretos, gravuras, para fazer uma explicação de atividade, pois as crianças com síndrome autista absorvem melhor a informação quando tem algo para visualizar. E mostrar a professora que pode contar com seu apoio pedagógico e emocional nos conflitos que possam vir a ocorrer.
O importante é o respeito pela criança com síndrome, o desejo de auxiliar no desenvolvimento, no seu crescimento, são fundamentais. Outro fator é a comunicação, procurar outras escolas que tenham crianças com o autismo, buscar conhecer um pouco mais sobre a síndrome, como os outros professores e coordenadores lidam com essas crianças, para que você saiba lidar com situações de crises, a troca de informações e experiências é muito importante.
É importante relatar todos os acontecimentos para a família de João, a troca de informações entre professores e pessoas que participam da vida dele, pode ajudar a entender determinados comportamentos e juntos encontrar soluções para algumas caracteristcas da síndrome. Afinal não há nada mais gratificante do que receber um sorriso de uma criança e saber que você fez parte do processo de ensino e aprendizagem.
Atensiosamente/ Cordialmente/Até breve (despedida e assinatura)