Buscar

limites clero

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

FACULDADE PARAIBANA - FAP 
 
 
 
ROTEIRO DE AULAS 
 
 
Curso : DIREITO 
Disciplina : PROCESSO CIVIL - EXECUÇÃO 
Professor : Francisco Clero Gomes Monteiro 
Turmas : 6º e 7º períodos 
Aluno : _________________________________ 
 
 
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL 
 
 
 
4.Limites: objetivo e subjetivos 
 
Coisa Julgada – CF, art. 5º, XXXVI e CPC, art. 502 
 
A teor do art. 5º, XXXVI, da Constituição Federal, a lei não prejudicará o direito 
adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. 
 
Por seu turno, o CPC/2015, no art. 502 conceitua a coisa julgada nos seguintes termos: 
“denomina-se coisa julgada material a autoridade que torna imutável e indiscutível a 
decisão de mérito não mais sujeita a recurso “ 
 
O termo coisa julgada vem do latim, res judicata, significando que uma decisão judicial 
transita em julgado no momento em que se torna irrecorrível, ou seja, após 
esgotados todos os recursos admissíveis surge o instituto da coisa julgada. 
 
 
Logo, a Coisa Julgada pode ser entendida como uma garantia constitucional que ao 
revestir uma decisão de mérito, esta torna-se imutável, não podendo mais ser discutida 
seja por meio de um recurso ordinário tal como a Apelação ou por um recurso extremo 
tais como os Recursos Especial e Extraordinário. 
 
A coisa julgada atua como expressão do princípio da segurança jurídica, um dos 
pilares do Estado de Direito, eis que proporciona a efetivação da imutabilidade e 
indiscutibilidade do conteúdo contido em decisão de mérito. 
 
A pacificação social, objetivo maior da jurisdição, só é alcançável por meio da 
previsibilidade das decisões judiciais. Atinge-se a estabilidade jurídica ao não se 
prolongar indefinidamente a possibilidade de revisão da decisão judicial. 
 
No processo civil, há previsão de revisão da coisa julgada material, por meio de ação 
rescisória, observadas as hipóteses taxativamente previstas no art.966, com prazo de 2 
anos – art. 975. 
 
Pontua-se, ainda que enquanto pender ou ainda couber qualquer recurso ou reexame 
necessário contra decisão, não há seu trânsito em julgado nem, consequentemente, 
coisa julgada. 
 
 
2 
 
Espécies de Coisa Julgada: 
 
 
4.1-Coisa Julgada Formal 
 
 
Consiste na proibição de reabertura e redecisão de um processo já encerrado (ou da 
fase cognitiva processual já encerrado), de forma que, toda sentença, seja de mérito ou 
não, faz coisa julgada formal, pois sempre veicula comando que encerra o processo 
como um todos ou sua fase cognitiva, nos termos do art. 203, §2º do CPC/2015. 
 
De outro modo, ocorre a coisa julgada formal quando não é mais possível a impugnação 
da sentença no processo em que foi prolatada, ou seja, está ligada a ideia de término do 
processo, consistindo na impossibilidade de interposição de recurso pelo instituto da 
preclusão, seja pelo decurso de prazo, seja porque não são cabíveis, seja pelo próprio 
desinteresse da parte vencida, o que faz com que a sentença se torne imutável naquele 
processo em que foi prolatada. 
 
 
 
4.2-Coisa Julgada Material 
 
Consiste na impossibilidade de alteração do comando da sentença prolatada, nos 
próprios autos, a partir do momento em que não caiba qualquer recurso, inclusive em 
outro processo entre as mesmas partes, ele seja revisto. Por isso é comum dizer que 
apenas as sentenças de mérito fazem coisa julgada material. 
 
Limites da coisa julgada 
 
5.1-Limite Territorial 
 
O limite territorial da coisa julgada está contido no art. 16, do CPC/2015 ao definir que a 
jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo território Nacional. 
 
Logo, a coisa julgada decorrente do julgamento de determinado caso concreto existe, é 
válida e eficaz em todo território brasileiro. 
 
Já a coisa julgada internacional relaciona-se a decisões oriundas de cortes 
internacionais, e a sua eficácia no Brasil dependerá tão somente da adesão de nosso 
país a tratados ou convenções internacionais, sendo que diferentemente da sentença 
estrangeira, não precisará passar pelo procedimento de homologação. 
 
 
5.2-Limite Objetivo 
 
Os limites objetivos da coisa julgada são definidos, de regra, pelo dispositivo da 
sentença, não se estendendo aos motivos (ainda que importante determinar o alcance 
da parte dispositiva da sentença) e a verdade dos fatos estabelecida como fundamento 
da decisão, ou seja, a coisa julgada atinge apenas as questões decididas em caráter 
principal, como dispositivo da sentença, e não a motivação sentencial, ainda que 
importante para determinar o alcance de sua parte dispositiva, por força do que dispõe o 
art. 504, do CPC/2015. Além disso, a coisa julgada não atingirá também a verdade dos 
fatos, estabelecida como fundamento da sentença. 
 
O art. 503, diz que a decisão que julgar total ou parcialmente o mérito tem força de lei 
 
3 
 
nos limites da questão principal expressamente decidida, ou seja, nos termos do art. 5º, 
XXXVI, da CF/88, uma vez constituída a Coisa Julgada, nem mesmo um lei poderá 
desconstituí-las. 
5.5-Limite Subjetivo 
 
Por limite subjetivo entende-se por quais pessoas estarão vinculadas à cosia julgada 
formada, não podendo mais discuti-la. 
 
Pela regara contida no art. 506, do CPC/2015, a coisa julgada só opera perante as 
partes do processo em que ela se estabeleceu, sendo assim uma imposição das 
garantias do acesso à justiça, devido processo legal, contraditório e ampla defesa. 
 
Eficácia Preclusiva da Coisa Julgada 
 
Por preclusão entende-se pela perda de uma faculdade ou poder processual no curso 
do processo, que pode ser ocasionada: 
 
a)Preclusão temporal (pelo decurso do prazo, ou pela passagem da fase processual, 
pra exercício do poder ou faculdade); 
 
b)Preclusão consumativa (pelo anterior exercício do poder ou faculdade); 
 
c)Preclusão lógica (pela prática de ato logicamente incompatível com o exercício do 
poder ou faculdade). 
 
CPC/2015 – art. 507. 
 
 
Coisa Julgada e Negócio Jurídico Processual 
 
A coisa julgada está fora do âmbito de disponibilidade das parte. Mesmo que réu não 
argua sua existência, cumpre ao juiz conhece-la de ofício. Por isso, não é possível um 
negócio jurídico processual que elimine a coisa julgada ou lhe diminua o alcance. Mas, 
observados os requisitos do art. 190, do CPC/2015, as partes podem convencionar a 
obrigação de não rediscutir pronunciamentos e questões que não estão abrangidos pela 
coisa julgada.

Continue navegando