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Aula 3 Educação em Saúde nos Processos Endêmicos e Epidêmicos

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Prof. Ms. Luciana de Oliveira Fumian
Processos Endêmico e Epidêmico
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Uma determinada doença, em relação a uma população, que a afete ou possa vir a afetar, pode ser caracterizada como: 
 Presente em nível endêmico;
 Presente em nível epidêmico;
 Presente com casos esporádicos;
 Inexistente.
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“Elevado número de casos de certas doenças em um determinado lugar não indica necessariamente a existência de uma epidemia. Por outro lado, um único caso autóctone poderá ser tido como epidêmico.”
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Casos Autóctones - aqueles que tiveram origem dentro dos limites do lugar em referência ou sob investigação;
Casos Alóctones – são casos importados, ou seja, o doente adquiriu seu mal em outra região de onde emigrou.
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Disseminação do vírus H1N1 em vários países.
Março e Abril 2009
México
EUA
Canadá
Viagens Aéreas
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Conceito
“Dá-se a denominação de endemia à ocorrência coletiva de uma determinada doença que, no decorrer de um largo período histórico, acometendo sistematicamente grupos humanos distribuídos em espaços delimitados e caracterizados, mantém sua incidência constante, permitidas as flutuações de valores, tais como as variações sazonais”. 
(Rouquayrol, 2003)
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Existem vários critérios para definir se, na atualidade, uma doença está presente em nível endêmico ou em nível epidêmico.
O conceito atribuído à expressão “nível endêmico” é complexo e sua compreensão depende de uma série de conceitos que lhe são anteriores, tais como: 
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1) Freqüência Média:
“Denomina-se incidência mensal média para um determinado mês a média aritmética das incidências brutas ou trabalhadas, ocorridas nos meses de igual denominação, meses equivalentes, numa série de anos imediatamente anteriores”.
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Frequência Média t = Incidência Média t
Coeficiente de Incidência Mensal Médio = Média Aritmética dos Coeficientes de Incidência calculados para os meses dos anos anteriores 
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Incidência mensal (por 100 mil hab) de meningite meningoócica - SP, 1960 - 1969
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Incidência Mensal Média:
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 Desvio-padrão:
Para cada período mensal do ano, haverá além de uma média de valores, um desvio-padrão característico do conjunto.
“Define-se desvio-padrão para o período t do ano como sendo o desvio-padrão St, calculado a partir das freqüências brutas ou trabalhadas, observadas no mesmo período do ano, numa série de anos imediatamente anteriores, e que, espera-se, sejam repetidos nos mesmos meses, nos anos vindouros”.
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		 	 _
S=  (X-X)²
 N-1
X: Cada uma das frequências
X : Média aritmética das frequências
N: Número de frequências
Raiz Quadrada
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 (X-X)² = (0,05 – 0,13) ² + (0,10 – 0,13) ² + (0,20 – 0,13) ² + (0,21 – 0,13) ² + (0,13 – 0,13) ² + (0,15 – 0,13) ² + .......... = 0,0064 + 0,0009 + 0,0049 + 0,0064 + ........ = 0,0248
S=  (X-X)² = 0,0248 = 0,0028 = 0,05
 N-1 9
Raiz Quadrada
Desvio-padrão para o conjunto de meses de Janeiro
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Freqüência máxima esperada (Limite superior da incidência):
Fmáx.P% t = Fméd.t + zSt
 Freqüência mínima esperada (Limite inferior da incidência):
 
Fmin.P% t = Fméd.t - zSt
Método de Cullen
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“É um dispositivo gráfico destinado ao acompanhamento, no tempo, semana a semana, mês a mês, da evolução dos coeficientes de incidência, com o objetivo de se estabelecer e implementar medidas profiláticas que possam manter a doença sob controle”.
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O diagrama de controle será construído então com os valores de incidência média mensal, um limite superior constituído pelos valores obtidos, somando-se 1,96 desvios-padrão ao valor médio mensal e um limite inferior constituído pelos valores obtidos subtraindo-se 1,96 desvios-padrão do valor médio mensal.
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F MÁX t = Freq. Med jan + (1,96 x sjan)
F Máx t = 0,13 + (1,96 x 0,05) por 100 mil hab
F Máx t = 0,228 por 100 mil hab
Os CI sejam iguais ou menores que a Fmáx t
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F Min t = Freq. Med jan - (1,96 x sjan)
F Min t = 0,13 - (1,96 x 0,05) por 100 mil hab
F Min t = 0,032 por 100 mil hab
Os CI seja iguais ou maiores que a Fmin t
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“Incidência normal, com referência ao que foi observado na semana, no mês ou no ano que acabam de se encerrar, é a incidência que se iguala à que vinha sendo registrada em igual período de tempo, nos anos anteriores, respeitadas as flutuações de medidas”.
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“É o espaço nos limites do qual as medidas de incidência podem flutuar sem que delas se possa inferir ter havido qualquer alteração sistêmica na estrutura epidemiológica condicionante do processo saúde-doença considerado”. 
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“A intensidade do caráter endêmico de determinada doença, em determinados lugar e intervalo cronológico, é a endemicidade dessa doença no lugar e no tempo considerados”.
Ex: valores hipoendêmicos, mesoendêmicos ou hiperendêmicos. Ou ainda “menor, igual ou maior endemicidade”. 
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Epidemia não significa propriamente um grande número de casos , mas uma elevação significante da incidência, quando comparada à frequência habitual de uma doença em uma localidade;
Quando a incidência mensal ultrapassar a linha do limite superior dizemos que esta incidência é epidêmica.
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EPIDEMIA
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 Senso comum: 
É a ocorrência de doença em grande número de pessoas ao mesmo tempo.
Operativo: 
É uma alteração, espacial e cronologicamente delimitada, do estado de saúde-doença de uma população, caracterizada por uma elevação progressivamente crescente, inesperada e descontrolada dos coeficientes de incidência de determinada doença, ultrapassando e reiterando valores acima do limiar epidêmico preestabelecido. 
Conceitos:
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Limiar epidêmico = Limite superior endêmico
 
As doenças de uma maneira geral podem ter seu nível de incidência classificado como endêmico ou epidêmico. 
Demarca o início de uma ocorrência que poderá ser epidêmica.
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Quanto as doenças erradicadas ou inexistentes até então, o coeficiente de incidência que fixa seu limiar epidêmico é igual a zero.
Nessa situação apenas um caso poderá ser considerado uma ocorrência epidêmica.
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Exemplo:
Desde 1990 não se registram casos de poliomielite no Brasil. Um único caso, que fosse agora confirmado no país, seria considerado epidêmico;
No Paquistão os 198 casos confirmados de poliomielite em 2011 não chegaram a caracterizar uma epidemia, devido à endemicidade dessa doença no país, que de 2002 a 2011 tiveram dezenas de casos.
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A incidência de uma doença pode chegar ao nível epidêmico através de um dos seguintes mecanismos:
a) Importação e incorporação de casos alóctones a populações formadas por grande número de pessoas suscetíveis, com as quais a transmissão seja uma possibilidade real;
b) Ingresso de casos alóctones em áreas cujas condições ambientais são favoráveis à propagação da doença.
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c) Contato acidental com agentes infecciosos, toxinas ou produtos químicos, estando sujeitos grupos de indivíduos ou populações nas quais a incidência da doença permanecia nula até então.
d) Modificações ocorridas na estrutura epidemiológica.
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É a representação gráfica geral de uma situação epidêmica. Nesta curva genérica existem alguns aspectos que merecem ser destacados, são eles:
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 Incremento Inicial de Casos:
“Acontece nos eventos em que o processo saúde-doença passa de uma situação endêmica preexistente para uma situação epidêmica. Com a situação ainda em nível endêmico, observa-se um incremento do número de casos com o coeficiente de incidência tendendo para o limite superior endêmico”.
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 Egressão:
“Tem seu marco inicial no surgimento dos primeiros casos e termina quando a incidência fornula ou quando o processo se estabilizar num dado patamar de endemicidade, caracterizando uma endemia”.
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 Progressão:
“Estabelecida a epidemia, o crescimento progressivo da incidência caracteriza a fase inicial do processo. Esta primeira etapa, descrita pelo ramo ascendente da curva epidêmica, termina quando o processo epidêmico atinge seu clímax”. 
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 Regressão:
É a última fase na evolução de uma epidemia. O processo de massa tende a:
- retornar aos valores iniciais de incidência; 
- estabilizar-se em patamar endêmico, abaixo ou acima do patamar inicial;
- regredir até incidência nula, incluída aí a erradicação.
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Contrariamente à endemia, que é temporalmente ilimitada, a epidemia é restrita a um intervalo de tempo marcado por um começo e um fim, com retorno das medidas de incidência aos patamares endêmicos observados antes da ocorrência epidêmica. Este intervalo de tempo pode abranger umas poucas horas ou dias ou pode estender-se a anos ou mesmo décadas.
Ex: A intoxicação alimentar é um evento extremamente curto; a febre tifóide é um evento intermediário e a AIDS um evento de longa duração.
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 Surto Epidêmico:
“Denomina-se surto epidêmico, ou simplesmente surto, uma ocorrência epidêmica restrita a um espaço extremamente delimitado: colégio, quartel, edifício de apartamentos, bairro, etc.”
 Pandemia:
“Dá-se o nome de pandemia à ocorrência epidêmica caracterizada por uma larga distribuição espacial, atingindo várias nações”.
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 Epidemia Explosiva: O critério diferenciador é a velocidade do processo na etapa de progressão. Epidemia explosiva é a que apresenta uma rápida progressão até atingir a incidência máxima num curto espaço de tempo. É também denominada epidemia maciça. 
Ex: intoxicações decorrentes da ingestão de água, leite ou outros alimentos contaminados.
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 Epidemia Lenta: O critério diferenciador continua sendo a velocidade de progressão. A qualificação “lenta” refere-se á velocidade com que é atingida a incidência máxima. A velocidade é lenta, a ocorrência é gradualizada e progride durante um longo tempo. Pode ocorrer com as doenças cujos agentes apresentam baixa resistência o meio exterior ou para os quais a população seja altamente resistente. A epidemia terá também decurso lento quando os fatores de transmissão estiverem parcamente difundidos no meio.
Ex: Epidemias decorrentes de longo período de incubação (AIDS).
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 Epidemia Progressiva ou Propagada: O critério diferenciador é a existência de um mecanismo de transmissão de hospedeiro a hospedeiro. Na epidemia progressiva ou propagada a doença é difundida de pessoa a pessoa por via respiratória, anal, oral, genital, ou por vetores. A propagação se dá em cadeia, gerando verdadeira corrente de transmissão, de suscetível a suscetível, até o esgotamento destes ou sua diminuição abaixo do nível crítico. É também denominada epidemia de contato ou de contágio. Sua progressão é lenta. 
Ex: Epidemia de AIDS.
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 Epidemia por Fonte Comum: O critério diferenciador é a inexistência de um mecanismo de transmissão de hospedeiro a hospedeiro. Nesta epidemia, o fator extrínseco é veiculado pela água, alimento, ar ou introduzido por inoculação. Aqui não existe a propagação pessoa a pessoa: todos os afetados devem ter tido acesso direto ao veículo disseminador da doença. Trata-se geralmente de uma epidemia explosiva e bastante localizada em relação às variáveis tempo, espaço e pessoa.
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AIDS
Epidemia Lenta e Epidemia Progressiva.
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A) Calcule a frequência máxima e mínima esperada (limite superior endêmico e limite inferior endêmico) para o mês de janeiro a junho;
B) Constura o diagrama de controle endêmico, com os limites máximos e mínimos esperados;
C) No ano de 1970, o municipio de São Paulo registrou, no mês de janeiro, uma taxa de incidência para meningite de 0,30 por 100 mil habitantes. Podemos considerar uma epidemia de meningite? Justifique sua resposta.
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“all honor and glory be to God”
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Miranda, S.M.R.C; Malagutti, W. Educação em Saúde. São Paulo: Phorte, 2010.
Medronho, R. A. Epidemiologia, 2 ed. Atheneu, Rio de Janeiro 2011;
Rouquayrol, M.Z; Filho, N. A. Epidemiologia e Saúde. 6 ed. Guanabara, Rio de Janeiro, 2003;

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