5 Farmacodinâmica (1)

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28/03/2018
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Farmacodinâmica
Profª Natália Tabosa Machado Calzerra
Instituto de Educação Superior da Paraíba
DISCIPLINA: FARMACOLOGIA Farmacodinâmica 
Farmacodinâmica 
O que o fármaco faz no organismo?
Local de ação
Mecanismo de ação
Efeitos
Farmacodinâmica 
Parte da farmacologia que estuda os efeitos dos
fármacos e os seus respectivos mecanismos de ação
• Local de ação
• Mecanismos de ação (compreende
processos moleculares subjacentes à ligação do
fármaco ao alvo de ação)
• Efeitos terapêuticos e tóxicos
Farmacodinâmica 
Alvo proteico 
para ação de 
fármacos
AlvoF + AlvoF
Efeito 
Terapêutico 
Fármacos
Mecanismos 
de ação 
ALVO
FÁRMACOFÁRMACO
Assim como uma
fechadura, para que um
receptor (ALVO) seja
ativado, o FÁRMACO
deverá ser específico, ou
seja, deve ter o mesmo
código.
Farmacodinâmica 
Farmacodinâmica 
Alvos proteicos para ação dos fármacos
(alvos farmacológicos)
Enzimas
Canais iônicos
Receptores 
Fo
n
te
: M
od
ific
ad
o 
de
 
ht
tp
://
rlv
.
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_
8b
yv
r_
51
2.
jp
g
Proteínas transportadoras
Farmacodinâmica 
Enzimas
As enzimas são substâncias orgânicas,
geralmente proteinas, que catalisam reações
biológicas
Farmacodinâmica 
Alvos proteicos para ação de fármacos
Ex: Ácido acetilsalicílico
- Aspirina ® (AINE)
Ciclo-oxigenase ( COX2)Lipooxigenase
Inflamação/ Dor/ Febre
Ácido araquidônico
AINEs
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Canais iônicos
São proteínas que atuam como um poro na
membrana celular e permitem a passagem
de íons.
Farmacodinâmica 
Alvos proteicos para ação de fármacos
Ex: Lidocaína - Xylocaína® 
(anestésico local) 
Na+
Na+
Bloqueando a propagação do
impulso nervoso e a percepção
da dor
LIDOCAÍNA
Proteínas 
transportadoras
São proteínas que agem transportando
através da membrana íons e pequenas
moléculas orgânicas.
Farmacodinâmica 
Alvos proteicos para ação de fármacos
Ex: Furosemida - Lasix® (diurético)
Fluoxetina - Prozac® (antidepressivo)
Macromoléculas proteicas cuja função 
é reconhecer e responder mediadores 
químicos ENDÓGENOS
Receptores 
Farmacodinâmica 
Alvos proteicos para ação de fármacos
Para ser considerado um 
receptor o alvo proteico tem 
que ter ligante endógeno 
Os receptores são macromoléculas proteicas utilizadas, fisiologicamente,
por substâncias endógenas, como hormônios, neurotransmissores e
autacoides (mediadores endógenos).
Cardiomiócito
Receptor
Noradrenalina
Noradrenalina
Sinalização 
intracelular
Fármaco
Efeito
EXEMPLO:
(mediadores endógeno)
(mediadores endógeno)
Interação Fármaco-Receptor
Fármaco que se liga ao receptor sem causar
sua ativação e bloqueia os efeitos do agonista
(ou mediador endógeno) no receptor
Antagonista
Nenhum 
efeito
Fármaco que se liga e ativa o receptor
produzindo um efeito biológico
Agonista
Agonista
Antagonista
Efeito
Farmacodinâmica 
Receptor
RECEPTOR
LIGANTE
antagonista
Interação Fármaco-Receptor
Antagonista
Farmacodinâmica 
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Interação Fármaco-Receptor
Mediador endógeno
Agonista
Farmacodinâmica 
Afinidade
Eficácia
intrínseca
ou 
atividade
intrínseca
Tendência do fármaco de 
se ligar ao receptor
Tendência do fármaco de 
se ligar e ativar o receptor
Interação Fármaco-Receptor
Célula
Célula
Fármaco
Fármaco
Receptor
Receptor
Efeito
Farmacodinâmica 
ATIVA
Ligação do fármaco ao receptor Ligação do fármaco ao receptor 
ligaçãoligação
resposta tecidualresposta tecidual sem resposta tecidualsem resposta tecidual
agonistas
Com afinidade
Com eficácia intrínseca
Com afinidade
Sem eficácia intrínseca
Interação Fármaco-Receptor
Farmacodinâmica 
Célula
Fármaco
Receptor
ativaçãoativação
ligaçãoligação
antagonistas
sem ativaçãosem ativação
Agonista
Farmacodinâmica 
Agonista pleno e parcial 
Produz uma resposta tecidual
máxima (produz 100% da resposta)
Apresenta resposta
submáxima, mesmo quando
ocupa 100% dos receptores
(produz uma resposta entre 0 e 100%)
Agonista
Pleno
Agonista
Parcial
RESPOSTA MÁXIMA → MAIOR RESPOSTA QUE UM TECIDO É CAPAZ DE DAR
Farmacodinâmica 
Curva concentração x resposta
mg 
Emax
Re
sp
os
ta
0
(%
)
100
50
10 20 30 40 5016
Farmacodinâmica 
eixo Y 
eixo X
Fármaco A
mg 
Re
sp
os
ta
0
(%
)
100
50
10 20 30 40 5016
eixo Y 
eixo X
25
75
Concentração (mg) 
Platô da curva→
correspondente a efeito
máximo
Concentração (mg) 
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Curva concentração x resposta
Re
sp
os
ta
0
(%
)
100
10 20 30 40 50
Agonista Pleno
Agonista Parcial
Produziu 100% de resposta 
(resposta máxima)70 B
A
Resposta submáxima
Antagonista
0% de resposta
Farmacodinâmica 
Concentração (mg) 
C
Curva concentração x resposta
Emax
Re
sp
os
ta
0
(%
)
100
50
CE50 Potência
Eficácia
Emax: resposta máxima que o
fármaco é capaz de produzir
CE50: concentração necessária
para produzir 50% do efeito
máximo de um fármaco
Potência será determina → CE50
Eficácia será determina → Emax
Eficácia e potência de um fármaco?
Farmacodinâmica 
10 20 30 40 5016
Concentração (mg) 
Curva concentração x resposta
Emax
Dose do fármaco (mg)
Re
sp
os
ta
0
100
50
Fármaco A
Fármaco B
CE50A=CE50B
(%
)
Comparação entre a eficácia e potência de dois fármacos?
Efeito máxima (atinge a resposta 
máxima do tecido)
Efeito submáxima (não atinge a 
resposta máxima do tecido)
Fármaco A e B têm a mesma potência, 
pois possuem a mesma CE50
Farmacodinâmica 
15
60
30 Fármaco A é mais eficaz que o 
fármaco B
(Agonista pleno)
(Agonista parcial)
Curva concentração x resposta
Comparação entre a eficácia e potência de dois fármacos?
Fármaco A e C atingem o efeito 
máxima
Emax
Concentração 
do agonista (mg)0
100
50
Fármaco A Fármaco C
CE50CCE50A
Re
sp
os
ta
(%
)
Fármaco A possui maior potência, pois 
necessita de uma menor concentração para 
exercer 50% da resposta máxima
15 30
Fármaco C possui menor 
potência, pois necessita de uma 
maior concentração para exercer 
50% da resposta máxima
Farmacodinâmica 
Fármaco A e C possuem a mesma 
eficácia
Antagonistas
Farmacodinâmica 
Nem todos os mecanismos de antagonismo envolvem interações de
fármacos com um receptor, pois alguns tipos de antagonismo NÃO
ENVOLVEM RECEPTOR ALGUM
Antagonista
 Antagonismo por bloqueio de receptores;
 Antagonismo farmacocinético;
 Antagonismo fisiológico;
 Antagonismo químico;
Farmacodinâmica 
TIPOS DE ANTAGONISTAS:
Antagonistas Bloqueiam os efeitos do agonista (ou mediador
endógeno)
• Antagonismo competitivo
• Antagonismo não-competitivo
Reversível
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Antagonista
Atua por meio do bloquei do receptor e envolve dois 
mecanismos: antagonismo competitivo e não-competitivo
Antagonista por bloqueio de receptores
É um fármaco que se liga ao
mesmo sítio de ação do
agonista ou mediador
endógeno sem ativar o
receptor e bloqueia os efeitos
dos mesmos no receptor
Antagonista competitivoAntagonista competitivo Antagonista
competitive
Mediador endógeno
Antagonista
competitive
Farmacodinâmica 
RECEPTOR
LIGANTE
antagonista
Interação Fármaco-Receptor
Antagonista
Farmacodinâmica 
 O aumenta da concentração do mediador endógeno é suficiente para
deslocar o antagonista competitivo reversível do sítio de açãoAntagonista competitivo reversívelAntagonista competitivo reversível
Antagonista competitivo
reversível
Antagonista competitivo
reversível
Efeito
Farmacodinâmica 
Antagonista por bloqueio de receptores
Agonista
ou Mediador endógeno Agonista
ou Mediador endógeno
 Antagonista forma ligação reversível (não covalente) com o receptor Deslocamento paralelo da curva dose-resposta para a direita
O efeito máximo é alcançado com o aumento da dose do
agonista
Concentração do agonista
+ AntAgCompetem pelo
mesmo sítio de ação
Antagonista competitivo reversívelAntagonista competitivo reversível
Farmacodinâmica 
Antagonista por bloqueio de receptores
10 20 30 40 50 60 70
100
Ag
Antagonista não-competitivoAntagonista não-competitivo
Antagonista não competitivo
Agonista ou mediador endógeno
Farmacodinâmica 
↓ Efeito
 É um fármaco que liga-se a
um sítio diferente do
domínio de ligação do
agonista ou mediador
endógeno.
Antagonista por bloqueio de receptores
Não há a competição pelo mesmo 
sítio de ação no receptor
Antagonista não-competitivo inibe os efeitos do mediador endógeno ou
do agonista no receptor (conhecidos como antagonistas alostéricos)
Interação Fármaco-Receptor
Antagonista
Farmacodinâmica 
RECEPTOR
LIGANTE
antagonista
↓ Efeito
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Antagonista não-competitivoAntagonista não-competitivo
Farmacodinâmica 
Antagonista por bloqueio de receptores
%
 
re
s
po
s
ta
 
m
áx
im
a
Concentração do agonista (mg)
Ag
Ag + Ant Não-Competitivo
Ag + alta dose do Ant Não-Competitivo
 O efeito máximo não é alcançado com o aumento da dose do Agonista
10 20 30
100
60
20
Antagonista
O antagonista químico é uma substância que se liga
quimicamente a outra (ao agonista) inativando-a, não a
deixando causar seu efeito no organismo
Exemplo: Heparina e protamine
Tetraciclina (Lamisil®) e Ca2+ (leite)
Antagonista químico
Farmacodinâmica 
Antagonista
Quando um fármaco reduz a concentração de outro
fármaco (ativo) em seu local de ação por alterar algum
parâmetro farmacocinético (absorção, distribuição,
biotransformação ou excreção)
Exemplo: 
Antibiótico (Rifampicina) e anticoncepcionais (Etinil estradiol)
Antagonista farmacocinético
Farmacodinâmica 
OBS: Um exemplo é a interação entre rifampicina e anticoncepcionais orais: rifampicina
aumenta a biotransformação dos hormônios e pode comprometer o nível plasmático
dos mesmos, diminuindo sua eficácia.
Antagonista
O antagonista tem ações contrárias ao do agonista no
organismo (atuando em receptores diferentes)
Exemplo: Histamina e adrenalina (Drenalin®, Epinefrina®)
(choque anafilático)
Antagonista fisiológico
Farmacodinâmica 
Farmacodinâmica
Profª Natália Tabosa Machado Calzerra
Instituto de Educação Superior da Paraíba
DISCIPLINA: FARMACOLOGIA
Estudo dirigido 
1. Quais são os alvos celulares para ação dos fármacos no
organismo?
2. Defina o que é um agonista e antagonista
farmacológico.
3. Qual a diferença entre agonista pleno e agonista
parcial?
4. Julgue a seguinte afirmativa como verdadeira ou falsa e
justifique a sua resposta: Quanto maior a eficácia,
menor será o CE50, ou seja, a concentração necessária
de um fármaco para promover 50% do efeito máximo.
5. Diferencie os tipos de antagonismo a seguir:
antagonismo por bloqueio de receptores, antagonismo
químico, antagonismo farmacocinético e antagonismo
fisiológico. Cite exemplos de cada tipo de antagonismo.