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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Tecnológica Federal do Paraná Câmpus Cornélio Procópio Diretoria de Graduação e Educação Profissional Coordenação do Curso de Licenciatura em Matemática ENGENHARIAS APOSTILA DE PRÉ-CÁLCULO PARA OS ALUNOS INGRESSANTES NOS CURSOS DE ENGENHARIA Prof. Me. Armando Paulo da Silva Profª. Me. Gabriela Castro S. Cavalheiro CORNÉLIO PROCÓPIO 2012 Pré-cálculo para os ingressantes dos Cursos de Engenharia da UTFPR –Câmpus Cornélio Procópio Prof. Me. Armando Paulo da Silva e Profª. Me. Gabriela Castro Silva Cavalheiro 1 CONJUNTOS NUMÉRICOS O desenvolvimento científico e tecnológico do homem nos últimos séculos, é uma consequência natural da descoberta da contagem (forma de expressar os números). Mesmo desconhecendo a ideia de coleção, o homem primitivo já usava a ideia de números, para determinar “quantos” animais possuía, “quantas” pessoas viviam na tribo, etc.. Assim, pela necessidade de contagem, surgiu o primeiro conjunto numérico, denominado conjunto dos números naturais. a) Conjunto dos Números Naturais: Quando contamos os elementos de um conjunto, o resultado é número natural. N = { 0, 1, 2, 3, .....} Do conjunto N, obtemos o subconjunto N * : N * = { 1, 2, 3, 4, ...} De modo geral, o asterisco indica que o zero foi excluído do conjunto mencionado. b) Conjunto dos Números Inteiros: A necessidade de calcular a diferença entre dois números naturais, em que o primeiro é menor que o segundo, deu origem aos números inteiros. Z = { .... 3, 2, 1, 0 , 1, 2, 3, ....} SUBCONJUNTOS IMPORTANTES DE Z : a) Conjunto dos inteiros não- nulos. Z * = {...3, 2, 1, 1, 2, 3, ...} b) Conjunto dos inteiros não- negativos. Z+ = { 0 , 1, 2, 3, 4, ....} c) Conjunto dos inteiros não-positivos. Z = { ...., 4, 3, 2, 1, 0} d) Conjunto dos inteiros positivos. * Z = { 1, 2, 3, 4, 5, ....} e) Conjunto dos inteiros negativos. * Z = {...., 4, 3, 2, 1} O conjunto N também é um subconjunto de Z, pois N = Z+ = { 0 , 1, 2, 3, 4, ....}. c) Conjunto dos Números Racionais: A necessidade de calcular o quociente entre dois números naturais quaisquer a e b ( 0b ) deu origem aos números fracionários. Q = *Z q e Z p que em , q p x/x Assim: a) Todo número natural é racional. Exemplo: ..... 2 6 1 3 3 b) Todo número inteiro é racional Exemplo: ..... 2 8 1 4 4 c) Toda dízima periódica é racional. Exemplos: 0,333.. .= 3 1 2,555... = 9 23 d) Todo número decimal exato é racional. Exemplos: 0,5 = .... 4 2 2 1 2,43 = ... 200 486 100 243 Portanto, os conjuntos dos números naturais e dos inteiros são subconjuntos dos números racionais. d) Conjunto dos Irracionais: Toda raiz não- exata, bem como todo número decimal não-exato e não-periódico é um número Irracional (Q’) Exemplos: a) ....414213,12 b) .....141592,3 c) e = 2, 71828..... d) ....154434,2103 Observamos que tais números, não podem ser escritos na forma de fração. Pré-cálculo para os ingressantes dos Cursos de Engenharia da UTFPR –Câmpus Cornélio Procópio Prof. Me. Armando Paulo da Silva e Profª. Me. Gabriela Castro Silva Cavalheiro 2 e) Conjunto dos números Reais: Chamamos número real todo nº Racional ou Irracional, ou seja, o conjunto dos nºs reais ( R) é a reunião do conjunto dos números racionais (Q) com o conjunto dos números irracionais ( 'Q ), isto é: R=Q 'Q . É óbvio que: QZN e 'Q . Graficamente, temos: Obs. Um número não é real quando ocorrem dois casos: a) divisão por zero; b) raiz de índice par e radicando negativo. 1.1 INTERVALOS REAIS Intervalos Limitados (os dois extremos do intervalo são finitos) a) fechados : na reta: 3 7 colchetes: [ 3 , 7 ] desigualdades: 7x3/x b) abertos: na reta: 3 7 colchetes: ] 3 , 7 [ ou 7 ,3 desigualdades: 7x3/x c) mistos: na reta: 3 7 colchetes: [ 3 , 7 [ ou 7 ,3 desigualdades: 7x3/x na reta: 3 7 colchetes: ] 3 , 7 ] ou 7 ,3 desigualdades: 7x3/x Intervalo Ilimitado: (quando pelo menos um dos extremos não é finito) a) na reta: 7 colchetes: [ ,7 [ ou +,7 desigualdades: 7x/x b) na reta: 3 colchetes: ,-3- ou 3, desigualdades: 3x/x c) na reta: 3 8 colchetes: [ ,8 [ [ 3,] desigualdades: 8xou 3x/x N Z Q 'Q R Pré-cálculo para os ingressantes dos Cursos de Engenharia da UTFPR –Câmpus Cornélio Procópio Prof. Me. Armando Paulo da Silva e Profª. Me. Gabriela Castro Silva Cavalheiro 3 1.2 OPERAÇÕES COM INTERVALOS 1.2.1 Intersecção: Sejam A e B dois intervalos reais. Chama-se BA o conjunto formado pelos elementos x tal que x A e x B. Em símbolos: Bx e Ax/xBA Exemplos Resolva as seguintes operações + ,2 3 , )e 8x4/x 4x/x )d 3 ,2 2 ,2 )c 2 , 4 ,1 )b 8 ,3 5 ,2 )a 1.2.2 União: Sejam A e B dois intervalos reais. Chama-se BA o conjunto formado pelos elementos x tal que x A ou x B. Em símbolos: Bxou Ax/xBA Exemplos Resolva as seguintes operações 2 ,1 3 , )e 8x4/x 4x/x )d 5 , 2 3 2 ,2 )c 2 , 4 ,1 )b 8 ,3 5 ,2 )a 1.2.3 Diferença: Sejam A e B dois intervalos reais. Chama-se AB o conjunto formado pelos elementos x tal que x A e x B. Em símbolos: } B xeA x / Sx {BA . O evento diferença é formado pelos pontos amostrais que pertencem unicamente a AObs.: Note que A B B A. Exemplos Seja A = ]3 ,( e B = ) ,1[ , determine A B. Exercícios 1. Construa um diagrama contendo os conjuntos N, Z, Q, Q * e e cite os seguintes números: 3,123 ; 2 4 4,123....; 2,1313...; 0; ;3 ; 8 3 ;4 ;2 3 2. Represente cada intervalo na reta real e represente na notação de desigualdades: 5 ,5 e) 3,+- d) ] 2 , ] )c 5 ,2 b) 1 ,4 )a 3. Represente cada conjunto numérico com a notação de intervalos, e na reta real: 3x0/xd) 4x3/xc) 2x/xb) 4x/x)a S A B Pré-cálculo para os ingressantes dos Cursos de Engenharia da UTFPR –Câmpus Cornélio Procópio Prof. Me. Armando Paulo da Silva e Profª. Me. Gabriela Castro Silva Cavalheiro 4 4. Dados os intervalos: A=[ 3, 2 ]; B=]1, 1 ]; C=[2,4] e D=]0,3[ , efetue as seguintes operações: DCBA e) C)BA( d) DA c) CA b) CB )a 5. Considerando os seguintes intervalos: 2 ,2 =D e 3 ,0 C + ,3 B e 2 , A efetue as operações: )DC()CB)(d C)BA)(c CBb) BA)a 6. Efetue as seguintes operações: 2 , 2 9 ,1 )e ,0 2 , )d 3 4 ,0 5 2 ,1 c) 3 ,1 2 ,0 )b 3 ,1 2 ,0 )a Respostas 4. 2 ,2)b 1 ,1)a 3 ,1)e 2 ,2)d 0 ,3)c 5. 3 ,0)d 3 ,0)c 0 ,3)b 2 ,3)a 6. 2,0) 5/ 2 ,0) 2 ,1) 2 ,1) dc ba 2 ,1)e NÚMEROS RACIONAIS Chamamos de número racional a todo número que pode ser representado na forma b a ( fração com a e b inteiros e b 0). Exemplos 8 ; 100 17 ;0 ;2 ; 3 5 ; 3 4 Verificamos que os números naturais e inteiros, pertencem ao conjunto dos números racionais. 1.3 FRAÇÕES EQUIVALENTES A possibilidade de representar qualquer fração por outra equivalente permite-nos facilitar os cálculos necessários. As frações 8 4 e 6 3 ; 4 2 ; 2 1 representam a mesma quantidade do todo referência. Elas são equivalentes, e podemos escrever: 8 4 6 3 4 2 2 1 Quando duas frações são equivalentes, os seus termos estão relacionados pela multiplicação ou pela divisão. Exemplos 2 12 8 6 4 ) 5por dividimos 2 1 10 5 )b 4 8 4 2 1 ) pormosmultiplicac pormosmultiplicaa 1.4 O INVERSO DE UM NÚMERO RACIONAL Consideremos os números 4 1 e 3 2 ;5;2 Seus respectivos inversos são: 4 1 de inverso o é 4 3 2- de inverso o é 2 3 5- de inverso o é 5 1 2, de inverso o é 2 1 Pré-cálculo para os ingressantes dos Cursos de Engenharia da UTFPR –Câmpus Cornélio Procópio Prof. Me. Armando Paulo da Silva e Profª. Me. Gabriela Castro Silva Cavalheiro 5 1.5 ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO Para somar ou subtrair frações, é preciso que elas possuam o mesmo denominador. Se as frações possuem o mesmo denominador, basta somar ou subtrair os numeradores. Se as frações possuem denominadores diferentes, primeiramente devemos reduzi-las ao mesmo denominador, usando para isso, a regra prática do m.m.c. Exemplos 60 73 60 124540 5 1 4 3 3 2 )a 1.6 MULTIPLICAÇÃO DE FRAÇÕES O produto de duas ou mais frações é uma nova fração onde: i) o numerador é o produto dos numeradores ii) o denominador é o produto dos denominadores Entretanto, devemos atenção às regras de sinais: Lembrando: Exemplos Efetue as operações: 10 2 8 3 . 5 4 ) 7 2 . 4 3 ) 3 1 . 4 1 ) c b a 1.7 DIVISÃO DE FRAÇÕES Conserva-se a primeira fração e multiplica-se pelo inverso da segunda fração Exemplos 45 10 9 )d 2 9 1 )c 12 5 8 3 )b 5 4 5 2 )a 2 1 4)e NÚMEROS DECIMAIS No século XVI, na Europa ocidental, surgiu uma nova maneira de fazer cálculos sem precisar usar frações. Era um jeito mais rápido e simples que os mercadores ambulantes encontraram para contar. Hoje utilizamos essa notação em diversos momentos do nosso dia-a- dia. Exemplos a) o preço de um abacaxi: R$1,79 a unidade b) a extensão do rio amazonas é superior à 6,5 mil quilômetros. Esses números, em cuja representação aparece uma vírgula, indicam as frações na forma decimal. Por isso eles são conhecidos como números decimais. Os Algarismos à esquerda da vírgula constituem a parte inteira , e os que estão à direita, constituem a parte decimal . 1,23 parte inteira do número 1.8 TRANSFORMAÇÃO DE FRAÇÃO PARA DECIMAL Para se escrever uma fração decimal sob forma de numeração decimal, escreve-se o seu numerador e separa-se com uma vírgula (a partir da direita), tantos algarismos quantos são os zeros do denominador. Exemplos milésimos) 5 e inteiros 8( 005,8 1.000 8.005 milésimos) décimos 29( 0029,0 1.0000 29 )centésimos 58 e inteiros 32( 58,32 100 258.3 )).(( )).(( )).(( )).(( 2 décimos 3 centésimos Pré-cálculo para os ingressantes dos Cursos de Engenharia da UTFPR –Câmpus Cornélio Procópio Prof. Me. Armando Paulo da Silva e Profª. Me. Gabriela Castro Silva Cavalheiro 6 1.9 TRANSFORMAÇÃO DE DECIMAL PARA FRAÇÃO Um número decimal é igual a fração que se obtém, escrevendo para numerador o número sem a vírgula e para denominador o número 1 seguido de tantos zeros quantos forem os algarismos da parte decimal. Exemplos 19 25 1 1,9 0,25 10 100 4 1 0,001 1000 1.10 PROPRIEDADE FUNDAMENTAL O número decimal não altera seu valor quando se acrescentam ou se suprimem zeros à direita do seu último algarismo significativo. Por exemplo: 2,7 = 2,70 = 2,700 = 2,7000 = . . . 1.11 POTÊNCIAS DE 10 Para facilitar a escrita de números que contém muitos algarismos, dos quais grande parte deles são zeros, podemos usar as potências de 10. Exemplos a) 1 bilhão = 1 000 000 000 = 10 9 b) 1 centésimo de milésimo = 0,00001= 510 510 1 0000.10 1 c) 1000= d) 0,001= e) 0,01 = f) O diâmetro do sol é de aproximadamente 1 390 000 km. Este número pode ser escrito mais simplificado como mostramos a seguir: 1 390 000 = 139*10 000 = 139*10 4 Exemplos Escreva os números que aparecem abaixo usando potências de 10 a) a velocidade da luz é de, aproximadamente, 300 000 000 m/s. b)há vírus cuja espessura é de, aproximadamente, 0,0006mm. c) a população da China em 2001 era de, aproximadamente, 1300000000 de habitantes. d) o raio de um átomo é de, aproximadamente, 0,00000000005 mm . e) 5,6 milhões de panfletos de imóveis são distribuídos por fim de semana. f) 6,2 bilhões 1.12 NOTAÇÃO CIENTÍFICA Cientistas, astrônomos, biólogos, químicos e outros profissionais, costumas trabalhar com números muito “grandes” ou muito“ pequenos”, isto é, com muitos algarismos. Para tornar essa escrita mais simples, foi criada a notação científica, que usa as potências de 10. CARACTERÍSTICAS Um número escrito na notação científica deve ter as seguintes características: Deve ser escrito como um produto de dois fatores; Um dos fatores deve ser um número entre 1 e 10 O outro fator deve ser uma potência de 10 Observe estes números escritos em notação científica: Exemplos a) Plutão é o planeta que fica mais distante do Sol, e a distância média entre eles é de 5 910 000 000 km. Em notação científica temos: 5,91 * 10 9 b) Uma molécula chega a ter um diâmetro de 0,0000018 mm. Em notação científica temos: 1,8*10 -6 Exemplos Escreva os números abaixo em notação científica: a) diâmetro do Sol: 1 390 000 km b) comprimento de uma célula do olho: 0,0045cm Exemplos Escreva os números abaixo em escrita decimal comum a) 1,23 * 10 4 b)1,75 * 10 -3 Pré-cálculo para os ingressantes dos Cursos de Engenharia da UTFPR –Câmpus Cornélio Procópio Prof. Me. Armando Paulo da Silva e Profª. Me. Gabriela Castro Silva Cavalheiro 7 Exercícios 1. Calcule: 9 5 )a de 18 5 4 )b de R$ 135,00 8 1 )c de 576 11 2 )d de 121 100 3 )e de R$ 4.000,00 6 5 )f de 96 2. Efetue as seguintes operações 3 2 7 3 1)d 3 2 5 3 2)c 5 1 . 4 3 2 3 )b 2 1 . 3 2 4 3 )a 5 2 . 6 5 )h 2 4 3 )g 6 5 3 2 2 1 )f 3 1 7 3 )e 6 1 9 2 3 1 )j 2 3 2 1)i 3 2 2 1 )l 4 1 10 3 )k 2 1 . 2 1 4 3 )p 5 1 12)o 5 2 8 3 )n 5 2 1 )m 3. Escreva os números abaixo em notação científica: a) 49000 000 000 b) 0,00000607 c) 9 000 000 d) 0,00001 e) 10 000 000 000 000 f) 0, 00007 g) 0, 0000018 h) 5 910 000 000 4. Escreva os números abaixo em forma de escrita decimal comum 810*5,1)d 510*25,4)c 610*3,3)b 810*5,1)a 5. O diâmetro de um grão de areia varia entre 0,0006 m e 0,0021 m. Escreva estes números em notação científica. 6. Efetue os cálculos abaixo e coloque o resultado em notação científica 310*5710*965,2)d 310*2,3*310*1,5)c 210*2,1310*6,3)b 110*5*310*7,3)a Respostas 1. a) 10 b) 108 c) 72 d) 22 e) 120 f) 80 2. a)5/12 b)2/5 c) 11/15 d)7/2 e)-2/21 f)-1/3 g)9/16 h)-1/3 i)5/6 j)6 k)-11/20 l)1/64 m)-1/32 n)-15/16 o)-4/5 p)-1/2 3. a) 4,9 * 10 10 b)6,07 * 10 -6 c) 9 * 10 6 d)1 * 10 -5 e) 1 * 10 13 f) 7 * 10 -5 g) 1,8* 10 – 6 h) 5,91 * 10 9 4. a)150 000 000 b) 0,0000033 c)425 000 5. 6*10 -4 e 2,1 * 10 –3 6. 3)1,85 *10 )3 *10 9)1,632 *10 )5,93 *10 a b c d Pré-cálculo para os ingressantes dos Cursos de Engenharia da UTFPR –Câmpus Cornélio Procópio Prof. Me. Armando Paulo da Silva e Profª. Me. Gabriela Castro Silva Cavalheiro 8 RETA REAL E ORDEM Pré-cálculo para os ingressantes dos Cursos de Engenharia da UTFPR –Câmpus Cornélio Procópio Prof. Me. Armando Paulo da Silva e Profª. Me. Gabriela Castro Silva Cavalheiro 9 Pré-cálculo para os ingressantes dos Cursos de Engenharia da UTFPR –Câmpus Cornélio Procópio Prof. Me. Armando Paulo da Silva e Profª. Me. Gabriela Castro Silva Cavalheiro 10 VALOR ABSOLUTO E DISTÂNCIA NA RETA REAL Pré-cálculo para os ingressantes dos Cursos de Engenharia da UTFPR –Câmpus Cornélio Procópio Prof. Me. Armando Paulo da Silva e Profª. Me. Gabriela Castro Silva Cavalheiro 11 Pré-cálculo para os ingressantes dos Cursos de Engenharia da UTFPR –Câmpus Cornélio Procópio Prof. Me. Armando Paulo da Silva e Profª. Me. Gabriela Castro Silva Cavalheiro 12Pré-cálculo para os ingressantes dos Cursos de Engenharia da UTFPR –Câmpus Cornélio Procópio Prof. Me. Armando Paulo da Silva e Profª. Me. Gabriela Castro Silva Cavalheiro 13 Pré-cálculo para os ingressantes dos Cursos de Engenharia da UTFPR –Câmpus Cornélio Procópio Prof. Me. Armando Paulo da Silva e Profª. Me. Gabriela Castro Silva Cavalheiro 14 EXPRESSÕES RACIONAIS E RADICAIS Exercícios: 1) Reduza a termos de menor grau: 2 3 3 2 25 8 3 ( ) ) b) ) 225 9 x x x a x h x a c x a hx 4 4 3 2 1 ) e) 4 2 2 4 3 22 3 3 1 3 3( ) f ) x y x x x d x x y y x x x x h x h 1 2 2: ) b) )2 5 3 2 2 2 1 2 2) e) f)3 3 2 2 2 2 1 x R a x ax a c x h x x y x d x xh h x y x x 2) Explique por que todo polinômio é também uma expressão racional R: Uma expressão racional é aquela que pode ser escrita como o quociente de dois polinômios. Todo polinômio P pode ser escrito como P/1, sendo que o numerador e o denominador são polinômios; portanto, todo polinômio é igualmente uma expressão racional. 3) Faça as operações indicadas: 2 3 27 12 6 9 ) . 2 3 29 4 2( 3) ( 3) x x x x x a x x x x R x x 2 24 2 2) : ( 3 2 ) 22 1 ( ) x y b x xy y xy y R y x y 1 1 ) R ( ) h c x h x x x h 2 3 4 2 1 ) R 21 1 11 x d x x xx 1 3 3 ) ( 1)( 2) ( 1)( 2) ( 1)( 1) 1 R ( 1)( 1) e x x x x x x x x 5 3 1 ) 22 2 4 3 27 5 36 12 R 4 16 x f x x x x x x x 3 1 2 5 ) 2 2 2( 4) 4 3 22 5 11 21 R 2 2( 4) x x g x x x x x x 2 5 42)( 3 2). 3 26 8 2 2 1 x x h x x x x x x x R x 4) Escreva cada fração complexas na forma de fração simples com termos de menor grau: 2 2 2 ) R 2 3 x y y xy a y y 11 1) R 1 1 x x x xb x x x x x 2 3 23 42) R 4 2( 2)(4 ) x xxc x xx x 1 1 1 ) Rx ad x a ax Pré-cálculo para os ingressantes dos Cursos de Engenharia da UTFPR –Câmpus Cornélio Procópio Prof. Me. Armando Paulo da Silva e Profª. Me. Gabriela Castro Silva Cavalheiro 15 5) Simplifique: 2 4 3 5)3( 3) (2 1) 8( 3) (2 1) 2( 3) (2 27) 5(2 1) a x x x x x x R x 2 2( ) 2 ) R 2 2( ) x h x x h b h x x h 6) Escreva na notação mais simples para forma radical: 3 4 5 2 2) 20 R 2 5a x y z xy z xz 33 5 6 2 2) 108 ( ) R 3 ( ) 4b x x y x x y x 153 ) R= 5 5 xyx c y y 3 24 62 3) R 2 39 x xy zx d yzyz 4 6 7 8 24 2 3) 48 R 2 3e x y z xyz x y 4 2 32 3015 4) R 7 28 2 x yzx f y z y z 7) Racionalize o denominador: 32 23 2 4 ) R 23 32 x y x yx y a xy ) R 11 x x x b xx 2 ) R x h x xh h c x hx h 2 216 ) R ( 4 )( 2 ) 2 x y d x y x y x y 1 ) R a b e a ba b 2 3 2 ) R 11 x x x f xx 8) Racionalize o numerador: ) R 1 x x a x x x ) R 2 x h x h b x h x xh h 1 ) R x h x c h x h x 1 1 1 ) R 1 1 x a d x a x a 3 3 1 ) R 3 32 23 x a e x a x xa a 1 1 ) 1 R ( x h x f h x x h x x h 9) Escreva em notação exponencial: 3 1 2 3 2) Ra xy x y 3 2 5 2 3 1 3 5 3) ( ) R ( )b a b x y a b x y 10) Escreva como uma soma ou diferença de termos em notação exponencial: 1 1 2 1 2) R x a x x x 3 26 3 1 ) 3 56 1 1 14 3 1 3 2 3 5 3 6 2 6 x x x b x R x x x x 11) Escreva como uma única fração de termos de menor grau possível. Não racionalize os denominadores. 2 ) 2 R 2 2 x a x x x Pré-cálculo para os ingressantes dos Cursos de Engenharia da UTFPR –Câmpus Cornélio Procópio Prof. Me. Armando Paulo da Silva e Profª. Me. Gabriela Castro Silva Cavalheiro 16 2 2 1 2 1 ) 2 1 1 2 3 2( 1) x x x b x R x 2 2 1 2 2( 9) 9 ) 2 9 2 2 1 2( 9) x x x c x R x x 12 1 3 2 2 3( 9) 3 (4 )( )( 9) (2 ) 3) 2 1 3 2[( 9) ] 2 81 2 4 33( 9) x x x x d x x R x 12) Sejam 4 7 e w 6 5z i i dois números complexos. Calcule: ) 2 2 ) 10 12 ) . 11 62 59 22 ) 65 2) 18 64 a z w i b w z i c w z i w i d z e w iz i EXPOENTES 7.1.Expoentes naturais: são definidos por: . (n fatores de )nx x x x x Exemplos ) . . . .a x x x x x 4 3)5 5 . . . . . . .b x yz x x x x y z z z 3 3)5 3(2 ) 5 . . . 3.(2 ).(2 ).(2 ) c a b ab a a a b ab ab ab 7.2.Expoente zero: 0 *1 ( )x x . 00 não é definido. 7.3. Expoentes inteiros negativos: são definidos por: *1 ( )n n x x x *0 (não é definido )n n Exemplos 5 5 1 )a x x 3 3 4 )4b y y 3 3 1 1 )5 1255 c 2 2 1 1 ) 4 164 d 7.4. Expoentes racionais: 1/ nx , a raiz n-ésima de x, é definida, sendo n um inteiro maior que 1, como se segue: Se n é ímpar, 1/ nx é o único número real y que elevado à potência n é igual a x. Se n é par, então, Se 1/0, nx x é o número real positivo y que elevado à potência n é igual a x; Se 1/0, 0nx x ; Se 1/0, nx x não é um número real. Exemplos 1/ 3)8 2a 1/ 3)( 8) 2b 1/ 3) 8 2c 1/ 4)16 2d 1/ 4)( 16) não é um número reald 1/ 4) 16 = 2e Pré-cálculo para os ingressantes dos Cursos de Engenharia da UTFPR –Câmpus Cornélio Procópio Prof. Me. Armando Paulo da Silva e Profª. Me. Gabriela Castro Silva Cavalheiro 17 m nx é definido por: 1 ( ) m mn nx x , Desde que 1 nx seja real. / / 1m n m n x x Exemplos 2/3 1/3 2 2)125 (125 ) 5 125 a 1 1 1 14/3)8 4/3 1/3 4 4 168 (8 ) 2 b (50.000.000)(0,0000000006) ) 3(20.000) 7 10(5x10 )(6x10 ) 4 3(2x10 ) 330x10 153,75x10 128x10 c 5 6)( 64) não é um número real d 7.5. Propriedades para expoentes: Para a e b números racionais e x e y números reais (evitando raízes pares de números negativos e divisão por zero): . : a b a b a b a bx x x x x x ( . ) . : 1/ a a a a b b ax y x y x x x .( ) ( : ) :a b a b a a ax x x y x y ( : ) (y : ) : y : m m n m m nx y x x y x Observação: /1/ se é ímpar ou se é par e não é negativo n nx x n n x /1/ se é par e não é negativon nx x n x Exemplos Para x qualquer: 2 1/ 2)( )a x x 3 1/ 3)( )b x x 4 1/ 2 2 2)( )c x x x 6 1/ 2 3)( )d x x Exercícios de fixação 1) Fatore: 3 3 4 4 3 4 )4(3 2) 3( 5) 3( 5) (3 2) 3(3 2) ( 5) ( +18) a x x x x R x x x 3 2 / 3 2 5 / 3 2 2 / 3 )5 (3 1) 3 (3 1) (3 1) (14 3) b x x x x R x x x 2) Simplifique: 2) R= p q q p q x a x x 1 2 1 2 4)( ) ( ) R= p p pb x x x 2 1/n ) R= mn m n n x b x x 3) Simplifique sem considerar que as variáveis das bases são positivas: 4 1/4)( ) R= a x x 2 4 6 1/2 2 3)( y z ) R=y z b x x 3 6 9 1/3 2 3)( y z ) R=xy c x z 2 1/2)[ ( ) ] R= d x x h x x h 4)Escreva em notação científica: a)a velocidade da luz é 186.000 milhas/segundo b)o número de segundos em um ano. c)a distância que a luz percorre em um ano. 5) Simplifique: 2 / 3 3/ 4 5 / 3 1/ 2 3 17 / 3 9 / 4 )3 (2 ) 24 y a x y x y R x Pré-cálculo para os ingressantes dos Cursos de Engenharia da UTFPR –Câmpus Cornélio Procópio Prof. Me. Armando Paulo da Silva e Profª. Me. Gabriela Castro Silva Cavalheiro 18 2 2 / 3 2 / 3 3/ 4 3 11/12 23/ 9 (8 ) 2 ) 2( ) x y b R x y x y 2 / 3 2 8 / 3 5 / 3 2 / 3 ) ( 3) 3 c x x x R x x x 1/ 2 1/ 2 2 1/ 2 1/ 2 )( ) R 2 d x y x x y y 1/ 3 1/ 3 2 2 / 3 1/ 3 1/ 3 2 / 3 )( ) R 2 d x y x x y y Exercícios de fixação Nos Exercícios de 1 a 8 as bases são assumidas como positivas, a menos que seja dito o contrário. 1)Simplifique: 2 3 4 3 2 14 9)2(3 ) ( ) 54a x y x y R x y 5 3 2 7(4 ) 8 ) 4 3 62( ) x y x b R xy y 2)Simplifique e escreva com expoentes positivos: 2 3 1 ) 3 3 6 x y a R x y xy 2 3 2 8 22 3 4 4 ( ) ) ( ) x y b R x y x y 2 2 2 4 2 2 4 1 )( ) 2 c x y R x x y y 10 5 2 4 3 12 125 )(3 ) (5 ) 9 x d x y R y 2 2 2 4 2 2 4 1 2 1 )( ) c x y R x x y y 3 4 6 3 5 3 3 64 )( ) 4 t u t f R t u u 3) Simplifique: 1/ 2 1/ 3 5/ 6) a x x R x 2 / 3 5/8 1/ 24) : b x R x 4 4 1/ 2 2 2)( ) 1/ y c x y R x 4 4 1/ 2 4 4)( ) 1/ +y d x y R x 4) Fatore: 4 2 2 2) 3 +2 ( +1)( +2) a x x R x x 2 / 3 1/ 3 1/ 3 1/ 3) 6 ( 3)( 2) b x x R x x 11/ 3 8 / 3 5 / 3 5 / 3 ) 7 12 ( 3)( 4) c x x x R x x x 2 3 3)( 2) ( 2) ( 2) ( 3) d x x R x x 5 3 6 4 5 4)6 3 3 (2 ) e x y x y R x y y x 5) Simplifique: 0 0 0) ( ) 3a x y x y R 2 0 5 10 5 3 16 8 9 ) 3 64 x y x b R x y y 3/ 5 2 4 7 6 3 6 32 8 ) x y c R x y x y 6) Faça as operações indicadas: 1/ 2 1/ 2 1/ 2 1/ 2)( )( ) a x y x y R x y 1/ 3 1/ 3 1/ 3 1/ 3 2 / 3 2 / 3 )( )( ) b x y x y R x y 1/ 3 1/ 3 2 / 3 1/ 3 1/ 3 2 / 3)( )( ) c x y x x y y R x y 2 / 3 2 / 3 3 2 4 / 3 2 / 3 2 / 3 4 / 3 2 )( ) 3 3 d x y R x x y x y y 7) Coloque em evidência os fatores comuns: 8 7 7 8 8 8) ( )a x y x y R x y y x 5/ 3 3 2 / 3 2 5/ 3 2) ( )b x y x y R x y y x ) R= ( 1)p q p p qc x x x x Pré-cálculo para os ingressantes dos Cursos de Engenharia da UTFPR –Câmpus Cornélio Procópio Prof. Me. Armando Paulo da Silva e Profª. Me. Gabriela Castro Silva Cavalheiro 19 2 3/ 2 1/ 3)4( 4) (3 5) + 4 / 3 2 1/ 2(3 5) ( 4) 3 1/ 3 2 1/ 2 2R=(3 5) ( 4) (13 15 16) d x x x x x x x x x 8) Coloque em evidência os fatores comuns: 5 4 3 5 2) 2 2 (1 2 2 )a x x x R x x x 2 2 3/ 2 3 2 1/ 2)6 ( 1) + ( 1) (6 ) 2 2 1/ 2 2 6 ( 1) (2 1) b x x x x x R x x x 9) Calcule: 1/ 2 1/ 2)25 16 1/ 20a R 1/ 2)(25 16) 1/ 3b R 3/ 4 3/ 4)16 16 65/8c R 10) Simplifique e escreva em notação científica: 3 12 10)(7,2x10 )(5x10 ) 3,6x10a R 3 12 15)(7,2x10 ) : (5x10 ) 1,44x10b R 5 3 3(3x10 )(6x10 ) 10) 8x10 12 2(9x10 ) c R 11) Há aproximadamente 236,01x10 átomos de Hidrogênio em um grama. Calcule a massa aproximada, em grama de um átomo de Hidrogênio. 241,67x10R grama POLINÔMIOS 8.1 Introdução Polinômios são funções cuja forma geral obedece à expressão: 0x0a 1x1a 2x2a.. 1nx1na nxna)x(P onde n , 0121nn a ,a ,a ....., ,a ,a são os coeficientes e x é a variável. Exemplos de Polinômios: t20t5t2)t(P)d 6x2)x(P)c 1x2x3x)x(P b) x20x15x5)x(P)a 53 34 56 Contra – exemplos: xx4b)P(x) 3 x 1 x)x(P)a 1 8.2 Grau de um Polinômio Seja P(x) um polinômio não nulo. Chamamos de grau do polinômio e indicamos por GR(P) o maior expoente de x tal que o coeficiente do termo onde este expoente aparece seja diferente de zero. Obs. P(x) = 0, não se define o grau do polinômio. Exemplos: Em função das variáveis K, m ou n, determine o grau dos seguintes polinômios: 7x2x3kx)x(P)a 23 Resolução: 2 será polinômio dograu o , 0 k Se 3, será polinômio dograu o ,0k Se 4x5nxkx)x(P)b 23 Resolução: 1 será polinômio dograu o , 0n e 0k Se 2. será polinômio dograu o , 0n e 0 k Se 3, será polinômio dograu o ,0k Se Não são polinômios pois n não pertence aos naturais Pré-cálculo para os ingressantes dos Cursos de Engenharia da UTFPR –Câmpus Cornélio Procópio Prof. Me. Armando Paulo da Silva e Profª. Me. Gabriela Castro Silva Cavalheiro 20 8x)2p(x)3m(nxkx)x(P)c 234 Resolução: 1 será pol. dograu o 2 p e 3 m 0, n 0, k Se 2 será pol. dograu o 3m e 0 n , 0 k Se 3 será polinômio dograu o 0,n e 0 k Se 4, será polinômio dograu o ,0k Se 8.3. Polinômio Nulo ou Identicamente Nulo Quando todos os coeficientes de um polinômio são iguais a zero, dizemos que este polinômio é nulo. 0a e 0a,...,0a ,0a0)x(P 011nn Notação: 0)x(P Exemplos 1) 0x0x0)x(p 2 2) Determine m , n e k, para os quais ospolinômios abaixo sejam nulos: x)nK(x)2n(mx)x(P)a 23 Resolução: m=0 n-2=0 logo n = 2 k+n=0 logo k = -2 234 Kxx)5n(x)2m()x(P)b Resolução: m+2=0 logo m = -2 n-5=0 logo n = 5 k=0 8.4. Polinômios Idênticos Dados os polinômios 0 0 1 1 2 2 1n 1n n n xaxaxa..xaxa)x(P e 0 0 1 1 2 2 1n 1n n n xbxbxb...xbxb)x(Q dizemos que P(x) é idêntico a Q(x) se, e somente se, 00 11 22 2n2n 1n1n nn ba ba ba ba ba ba Notação: )x(Q)x(P Exemplos 1) Determinar a ,b e c para que o polinômio )2c(x)5b(x)1a()x(P 2 seja nulo. Resolução: a – 1 = 0a =1 b – 5 =0b =5 c – 2 =0c =2 2) Determinar m ,n e p para que o polinômio )pn(x)1nm(x)3nm()x(P 2 seja nulo Resolução: 1p 0p-1 : temos1 n como (3) 0pn 1n 03-n2 : temos1 equação na dosubstituin 2m 04m2 (2) 01nm )1( 03nm 8.5. Valor Numérico de um Polinômio Os polinômios são funções, desta maneira, para cada valor da variável, existe um único valor correspondente como resultado. Esse resultado é chamado de valor numérico de um polinômio. Exemplo Se 1x2xx2)x(P 23 Temos para x = 3: 52 13.233.2)3(P 23 De modo geral: Se 0 0 1 1 2 2 1n 1n n n xaxaxaxaxa)x(P Pré-cálculo para os ingressantes dos Cursos de Engenharia da UTFPR –Câmpus Cornélio Procópio Prof. Me. Armando Paulo da Silva e Profª. Me. Gabriela Castro Silva Cavalheiro 21 o valor numérico de P(x) para x = b é: 0 0 1 1 2 2 1n 1n n n bababababa)b(P 8.6. Raiz de um Polinômio Dado um polinômio P(x) e um número , dizemos que é raiz ou zero do polinômio P(x) se e somente se P( )=0. Exemplo Dado 6x5x)x(p 2 verifique se os números 1, 2, 3 são raízes do polinômio. Resolução: polinômio do raiz é não 1 logo, 261.51)1(p : temos1 x para 6x5x)x(p 2 2 polinômio do raiz é 2 logo, 062.52)2(p : temos2 x para 6x5x)x(p 2 2 polinômio do raiz é 3 logo, 063.53)3(p : temos3 x para 6x5x)x(p 2 2 Exercícios de fixação 01) Calcule m de modo que o polinômio 7x5x).1m(x).1m()x(P 2243 seja do 1° grau em relação a x. R: m = 1 02) Determine m , para que o polinômio 4x).4m(x).16m()x(P 22 seja de grau 2. R: m 4 03) Calcule os valores de m, p e q para os quais o polinômio abaixo seja identicamente nulo: )q23(x).2p5(x).1m2()x(P 23 R: 2 3 q e 5 2 p , 2 1 m 04) Dados cx).1b(x).1a()x(A 2 e c3x.bx.a)x(B 2 , calcule a, b e c, para que: 0)x(B)x(A R: 0c e 2 1 b , 2 1 a 05) Determine os valores de m, n e p, de modo que sejam idênticos os polinômios: nx)pn( mxx)1p(x)pnm()x(P 2341 m2mx5x).7p2(mx2)x(P 232 R: m =1, n=2 e p= 3 06) Dado o polinômio: 1xxx4)x(P 23 , calcule: a) 2P R: 329 b) )0(P )1(P)1(P R: 10 c) 2 1 P.2 )0(P 3 1 P R: 27 140 07) Ache o polinômio P(x) do segundo grau em x, sabendo que admite 2 como raiz e P(1) = 2 e P(3) =4. R: 2xx)x(P 2 8.7. Operações com Polinômios 8.7.1 Adição e Subtração Para somar ou subtrair polinômios, basta somar ou subtrair os coeficientes dos termos correspondentes. Assim, dados os polinômios: 0 0 1 1 2 2 1n 1n n n xaxaxa..xaxa)x(P e 0 0 1 1 2 2 1n 1n n n xbxbxb...xbxb)x(Q a soma de P(x) com Q(x) é dada por: )ba(x.ba... x.bax.ba)x(Q)x(P 0011 n 1n1n n nn Pré-cálculo para os ingressantes dos Cursos de Engenharia da UTFPR –Câmpus Cornélio Procópio Prof. Me. Armando Paulo da Silva e Profª. Me. Gabriela Castro Silva Cavalheiro 22 a subtração é dada por: )ba(x.ba... x.bax.ba)x(Q)x(P 0011 n 1n1n n nn Obs.: Os polinômios P(x) e Q(x) não precisam ser necessariamente do mesmo grau. Exemplo: Considere os polinômios: 8x5x2xQ(x) e 2x3x5x3x5)x(P 23 234 Determine P(x) + Q(x) e P(x) Q(x) Resolução: 6x8x3x4x5)x(Q)x(P 8x5x2x 2x3x5x3x5)x(Q)x(P 234 23 234 )8x5x2 x( 2x3x5x3x5)x(Q)x(P 23 234 10x2x7x2x5)x(Q)x(P 8x5x2 x 2x3x5x3x5)x(Q)x(P 234 23 234 8.7.2 Multiplicação Para multiplicar polinômios devemos multiplicar cada termo de um polinômio por todos os termos do outro, e efetuar a redução dos termos semelhantes. Exemplo Sejam P(x) e Q(x) do exemplo anterior, então o produto será dado por: 16x14 x59x41x48x24x7x5)x(Q).x(P 16 x10x42xx24x15 x6x3 x40x25x105xx24x15 x6x3x40x25x10x5)x(Q).x(P )8x5x2(x . ). 2x3x5x3x5()x(Q).x(P 234567 23234 234534 564567 23 234 8.7.3 Divisão de Polinômios a) Método da chave( algoritmo de Euclides) Dados os polinômios A(x) e D(x) , não nulos, dividir A(x) por D(x) é obter os polinômios Q(x) e R(x) que satisfaçam as seguintes condições: A(x) D (x) R(x) Q(x) Assim: A(x) = D(x).Q(x) + R(x) R(x) = 0 ou gr ( R) < gr(D) gr ( Q) = gr(A) gr(D) Onde: A(x) é o dividendo; D(x) é o divisor; Q(x) é o quociente; R(x) é o resto. Exemplos 1) Calcule o quociente e o resto da divisão de A(x) por B(x) dados 1x32xB(x) 8x2x2x3x6)x(A )a 2 245 8x2x2x3x6 245 1x32x2 345 x3x9x6 3x3 2x3 x3 4 8x2x2x3x60 234 234 x3x9x6 8x2xx60 23 x3x9x6 23 8x5x80 2 4x12x8 2 4x70 Importante: Quando R(x) = 0 dizemos que A(x) é divisível por D(x). Pré-cálculo para os ingressantes dos Cursos de Engenharia da UTFPR –Câmpus Cornélio Procópio Prof. Me. Armando Paulo da Silva e Profª. Me. Gabriela Castro Silva Cavalheiro 23 47xR(x) 4x3x3x3)x(Q 23 1xB(x) 4x3x)x(A)b 2 23 2) Determine k, de modo que 3kxx)x(P 3 seja divisível por B(x) = x1 b) Método dos Coeficientes a Determinar (Método de Descartes) Já vimos que, na divisão de A(x) por B(x), temos: A(x)= D(x).Q(x) + R(x) R(x) = 0 ou gr ( R) < gr(D) gr ( Q) = gr(A) gr(D) Essas relações podem ser usadas como recursos para determinarmos os coeficientes de um polinômio em uma divisão. Exemplo Determinar o quociente e o resto da divisão de 2x3x2x)x(A 23 por 1xx)x(B 2 Resolução: O quociente é um polinômio do primeiro grau, pois: gr (Q) = gr (A) gr (B) = 3 2 = 1, logo: bax)x(Q Como gr (R) < gr (B), sendo o divisor 1xx)x(B 2 , então gr ( B) = 2 e gr ( R) < 2, isto é, o resto tem no máximo, grau 1, assim: dcx)x(R Como A(x) B(x).Q(x)+R(x), podemos escrever: 2x3x2x 23 = 1xx2 . bax + cx + d Comparando os termos, temos: 1 d 5 c 1b 1 a Logo 1x)x(Q e 1x5)x(R Exemplos 1) Determinar K, de modo que 3kxx3 seja divisível por x 1. 2) Determinar K e m, de modo que kxmxx3x 234 seja divisível por x3x2 . 8.7.4 Teorema do Resto O resto da divisão de P(x) por ax é P (a). 8.7.5 Teorema de D’Alembert Um polinômio P (x) é divisível por ax se, e somente se, P (a) = 0 . Exemplos 1) Determinar K, de modo que o resto da divisão de 4kxx3x)x(P 23 por x 2 seja 10. 2) Calcular a e b, de modo que os polinômios b3axx)x(P 2 e bax2x)x(Q 3 sejam divisíveis por x 1. 8.7.6 Divisão de P(x) por ( ax + b), a 0 O resto da divisão de P(x) por ( ax + b) é a b P Exemplos Determinar K, de modo que 4kxxx)x(P 23 seja divisível por 2x + 1. 8.7.7 Dispositivo prático de Briot- Ruffini Utilizado para determinar o quociente e o resto da divisão de um polinômio P(x) por um binômio (xa) Exemplo 01: Obter o quociente e o resto da divisão de 3x2x7x3x4x3)x(P 2345 por (x 1) a) Primeiramente devemos dispor os coeficientes de P(x) e a raiz de x-1 conforme abaixo: b) 1 3 + 4 +3 7 2 3 Raiz de x1 Coeficientes do polinômio Pré-cálculo para os ingressantes dos Cursos de Engenharia da UTFPR –Câmpus Cornélio Procópio Prof. Me. Armando Paulo da Silva e Profª. Me. Gabriela Castro Silva Cavalheiro 24 c) Abaixa o primeiro coeficiente de p(x), o qual será o primeiro coeficiente do quociente. 1 3 + 4 +3 -7 - 2 3 3 d) Multiplica-se o 1 (a raiz) pelo 3 (primeiro coeficiente), o resultado obtido adiciona-se com o segundo coeficiente do polinômio, e o resultado encontrado será o segundo coeficiente do quociente. 1 3 +4 +3 7 2 3 3 7 e) Análogo a isso, devemos agora multiplicar o 1 ( raiz) por 7 ( segundo coeficiente do quociente ), somar o resultado com 3 ( terceiro coeficiente do polinômio e o resultado encontrado será o terceiro coeficiente do quociente. 1 3 +4 +3 7 2 3 3 7 Assim por diante, e encontraremos o quociente e o resto. Como o polinômio dado era do grau 5, dividindo por um binômio do tipo (x 1) abaixaremos um grau. Assim o quociente e o resto encontrado será: 1x3x10x7x3)x(Q 234 R(x) = 4 Exemplo 2: Divida 10x4x2x3)x(P 34 por (x - 2), determinando o quociente e o resto. Exercícios 1) Dados os polinômios 5x10xx2)x(A 23 , 4x4x)x(B 3 , C(x) = x3 e D(x)= x 2, determine o valor de: )x(C )x(D.)x(B2)x(A R: 2xx2 2) Dados os polinômios 3nxmxx2)x(P 231 e 3xx)x(P 22 , se P1(x) é divisível por P2(x), então m n é igual a: R: 8 3) Dividindo um polinômio P(x) por x 3, resulta um resto de 7 e um quociente de x 4. Qual é P(x)? R: 5x7x2 4) A divisão de do polinômio P(x) por x a fornece quociente 1xxx)x(Q 23 e resto P(a) =1. Sabendo-se que P(0) = 15, o valor de a é? R: 16 1 3 + 4 +3 7 2 3 3 7 10 3 1 4 Soma 3+4=7 Multiplica-se 1x3=3 Soma 7+3=10 Multiplica-se 1x7=7 Pré-cálculo para os ingressantes dos Cursos de Engenharia da UTFPR –Câmpus Cornélio Procópio Prof. Me. Armando Paulo da Silva e Profª. Me. Gabriela Castro Silva Cavalheiro 25 5) Dados os polinômio P(x) e Q(x), onde m2x3x3mxP 23 )()( e x)3m2(x)2m(x)1m()x(Q 23 determine P(x).Q(x) de modo que gr(P+Q) = 1. R: x4x3x4x2xxQxP 2346 )().( 6) Sabendo-se que 1x B 4x A 4x3x 10x5 2 , calcular A e B. R: A = 2 e B =3 7) Se 6x B 4x A 24x2x 1x 2 , então 2A + B é igual a: R: 2 3 8) Um polinômio cbxaxx)x(P 23 que satisfaz as condições P(1)= 0, P( x) +P(x) = 0, qualquer que seja x real. Qual o valor de P(2)? R: P(2) = 6 9) O resto da divisão do polinômio xxxxxx)x(P 392781243 por x1 é? R: 6 10) Qual é o número real que se deve adicionar a ,xx2x)x(P 23 para se obter um polinômio divisível por x 3? R: a = 12 9 EQUAÇÕES POLINOMIAIS Equação polinomial ou algébrica é toda equação redutível à forma: 0xaxaxa...xaxa 00 1 1 2 2 1n 1n n n Chamamos de zero ou raiz de uma equação polinomial P(x) = 0 todo número tal que 0)(P Lembrando que quando um número é raiz de uma equação, o resto é igual a zero. 9.1 Resolução de uma Equação Polinomial Resolver uma equação polinomial é obter o seu conjunto verdade, que é o conjunto de todas as suas raízes. a equação for do primeiro grau: Isolamos a variável através de operações elementares. Exemplo: 3x 03x A equação admite uma única solução. Se a equação for do segundo grau: Usaremos a fórmula de Báskara ou as relações de Girard para resolver. Exemplo: 02x3x2 Solução x = 2 e x = 1 Se a equação for de grau > 2 Utilizaremos o diapositivo prático de Briot Ruffini, para facilitar nosso trabalho, primeiramente encontraremos as possíveis raízes racionais da equação. 9.2 Teorema das Raízes Racionais Dada a equação polinomial com coeficientes inteiros: 0xaxaxa...xaxa 00 1 1 2 2 1n 1n n n Seja p os divisores de a0 e seja q os divisores de an. Os possíveis valores das raízes racionais são dados pela razão: Q q p Exemplo 1 : Encontre as possíveis raízes da equação 05x14x23x4 23 . Temos que: p ( divisores de 5) = { 1 ,1, 5, 5} q (divisores de 4 ) = { 1, 1, 2, 2, 4, 4} Pré-cálculo para os ingressantes dos Cursos de Engenharia da UTFPR –Câmpus Cornélio Procópio Prof. Me. Armando Paulo da Silva e Profª. Me.Gabriela Castro Silva Cavalheiro 26 Possíveis raízes racionais da equação 4 5 ; 2 5 ;5 ; 4 1 ; 2 1 ;1 q p Agora para encontrar as raízes, utilizaremos o dispositivo de BriotRuffini, testando as possíveis raízes. Lembrando que se for raíz o resto da equação será zero. Assim, temos: Assim , as raízes da equação são x = 1, x = ¼ e x = 5. Exemplo 2 : Encontre as possíveis raízes da equação 06x7 3 x 9.3 DECOMPOSIÇÃO DE UM POLINÔMIO EM FATORES DO 1º GRAU (FATORAÇÃO) Se P(x) = 0 é de grau n ( 1n ) e tem raízes n21 ...,, , então P(x) pode ser decomposto em n fatores do 1º grau, sendo 1nn o fator em evidência: Exemplos 1) Decomponha (fatore) a equação 04x2 Como as raízes desta equação são – 2 e 2, temos 0)2x)(2x( 04x2 2) Decomponha (fatore) a equação 02x3x2 Como as raízes desta equação são 1 e 2 , temos 0)2x)(1x( 02x3x2 9.4 RAÍZES MÚLTIPLAS As raízes de uma equação polinomial podem ser todas distintas, ou não. Se uma equação possui duas raízes iguais, a raiz terá multiplicidade 2, isto é, será uma raiz dupla, se tiver três raízes iguais , a raiz terá multiplicidade 3, isto é, será uma raiz tripla, e assim, sucessivamente. Se um número for uma só vez raiz de uma equação algébrica, ele será chamado raiz simples ou raiz de multiplicidade 1. Exemplos 1) Determine a multiplicidade das raízes 1, 2 e –3 na equação e coloquea na forma fatorada. 012x44x59x32x2x4x 23456 1 1 4 2 32 59 44 12 1 1 3 5 27 32 12 0 1 1 2 7 20 12 0 1 1 1 8 12 0 2 1 1 6 0 2 1 3 0 3 1 0 Notamos que esta equação tem uma raiz tripla igual a 1, uma raiz dupla igual a 2 e uma raiz simples igual a –3. 2)Resolva a equação 04x3x 23 0)nx)...(2x).(1x.(na 0x0a 1x1a... 1nx1na nxna 4 +23 14 5 1 4 27 41 36 1 4 19 5 0 1/2 4 25 43/2 33/2 1/4 4 20 0 0 5 4 0 x = 1 não é raiz da equação x =1 é raiz da equação x=1/2 não é raiz da equação x= ¼ é raiz da equação x = 5 é raiz da equação Pré-cálculo para os ingressantes dos Cursos de Engenharia da UTFPR –Câmpus Cornélio Procópio Prof. Me. Armando Paulo da Silva e Profª. Me. Gabriela Castro Silva Cavalheiro 27 Exercícios: 1) Em função das variáveis k, m e n, determine o grau de cada polinômio abaixo: kx)3n(x)4m()x(P)c px2nx3x)8m()x(P)b 2x3x)1m2()x(P)a 22 23 2 2) Determine os valores de m, n e k para os quais o polinômio abaixo seja identicamente nulo x)2k(nxx)3m()x(P)b )k23(x)2n5(x)1m2()x(P)a 34 23 3) Determine os valores de m, n e k para que os polinômios A(x) e B(x) sejam idênticos. x3xB(x) x)2k(x) 2 1 n(x)2m()x(A)b 2x35xB(x) kx)2n(x)3m()x(A)a 3 23 2 2 4) Dado o polinômio 1xxx4)x(P 23 calcule: a) P(2) b) P(1) c) P(0) 5) Entre os números 1, 1, 2, 2, 3 e –3, quais são raízes de 12x4x15x5x3x)x(P 2345 ? 6) Divida utilizando o método da chave, D(x) por d(x), indicando o quociente e o resto. 1-xd(x) e 1x2xc)D(x) 3xd(x) e 2x35xb)D(x) 1-2xd(x) e 2xx3x2)x(D)a 23 2 23 7) Divida A(x) por B(x) , utilizando o dispositivo de BriotRuffini, indicando o quociente e o resto: 4 3 2) ( ) 5 2 3 1 e B(x) x-2 3 2b)A(x) 2x 1 e B(x) x-1 2c)A(x) 5x 3 2 e B(x) 3 a A x x x x x x x x 8) Resolva as seguintes equações e coloqueas na forma fatorada: 0x6x11x6x)f 03x13x13x3)e 01x2xx2)d 04x5x)c 018x3x13x7x)b 010x13x2x)a 3456 23 23 24 234 23 Respostas dos exercícios 1 ao 8 1) grau primeiro do será polinômio o 2 1 - m Se grau. segundo do será polinômio o 2 1 - m Se)a grau 1º do será polinômio o 0 p e 0 n , 8 m Se grau 2º do será polinômio o 0n e 8 m Se grau. terceirodo será polinômio o 8 m Se)b grau 1º do será polinômio o 3n e 2 m Se grau. 2º do será polinômio o 2 m Se)c 2) 2 k 0,n ,3m)b 2 3 k , 5 2 n , 2 1 m)a 3) 5k , 2 1 n 3,b)m 2k 5,n ,2m)a 4) a) 29 b) –7 c) -1 5)1, -1, 2, -2, -3 Pré-cálculo para os ingressantes dos Cursos de Engenharia da UTFPR –Câmpus Cornélio Procópio Prof. Me. Armando Paulo da Silva e Profª. Me. Gabriela Castro Silva Cavalheiro 28 6) 0R(x) ,1x2xc)Q(x) 56R(x) , 18-5xb)Q(x) 2 R(x) ,xx)x(Q)a 2 2 7) 56R(x) e 18-5xc)Q(x) 0R(x) e 1x2xb)Q(x) 11- R(x) e 5x4x3x)x(Q)a 2 23 8) 0)3x)(2x).(1x.()x)(f 0)3x).(1x).( 3 1 x.(3)e 0)1x).(1x).( 2 1 x.(2)d 0)1x)(2x).(1x).(2x)(c 0)2x.()3x).(1x)(b 0)2x).(1x).(5x)(a 3 2 Pré-cálculo para os ingressantes dos Cursos de Engenharia da UTFPR –Câmpus Cornélio Procópio Prof. Me. Armando Paulo da Silva e Profª. Me. Gabriela Castro Silva Cavalheiro 29 TRIGONOMETRIA 10.1 ORIGEM DA TRIGONOMETRIA: A etimologia da palavra TRIGONOMETRIA significa “ medida dos triângulos”, sendo formada pelos radicais gregos tri ( três), gonos ( ângulo) e metron ( medir). A trigonometria teve origem na antiga Grécia, em decorrência dos estudos das relações entre os lados e os ângulos de um triângulo, possivelmente com o intuito de resolver problemas de navegação, agrimensura e astronomia. O astrônomo grego Hiparco ( 150 a.C.) construiu a primeira tabela trigonométrica, mas o vocábulo Trigonometria foi criado em 1595 pelo matemático alemão Bartholomaus Pitiscus (15611613). 10.2 ÂNGULO: Ângulo é o nome que se dá à abertura formada por 10.3 MEDIDA DE UM ÂNGULO. É igual à medida do arco que ele determina sobre uma circunferência, cujo centro é o vértice. 10.4 RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO: Um triângulo retângulo possui um ângulo reto e dois ângulos agudos e complementares. Os lados de um triângulo retângulo chamamse catetos e hipotenusa. Os catetos são sempre perpendiculares e formam um ângulo reto. Quando construímos sobre um ângulos agudo dois triângulos retângulos, estes serão semelhantes e, portanto, terão lados proporcionais. Os triângulos ABC e APQ são semelhantes. Como seus lados são proporcionais, podemos escrever: Reescrever estas proporções utilizando a nomenclatura de catetos e hipotenusa, temos: Estas relações que acabamos de generalizar recebemnomes especiais. A primeira é chamada seno do ângulo x e escrevese: vértice ângulo lado lado B A 0 ˆ ABmed AOB med Pré-cálculo para os ingressantes dos Cursos de Engenharia da UTFPR –Câmpus Cornélio Procópio Prof. Me. Armando Paulo da Silva e Profª. Me. Gabriela Castro Silva Cavalheiro 30 cateto oposto sen x = hipotenusa A segunda é chamada cosseno do ângulo x e escrevese: cateto adjacente cos x = hipotenusa A terceira é chamada tangente do ângulo x e escrevese: cateto oposto tg x = cateto adjacente Determinar o diâmetro d da cabeça do parafuso, conforme as medidas da figura. R: d = 22,44 mm A torre de Pisa, na Itália, é um campanário cuja construção iniciouse em 1174. Devido ao tipo de solo, a torre inclinouse, significativamente, desde sua construção. A reta vertical que passa pelo centro A de seu terraço superior encontra o solo em um ponto B distante 4m do centro C de sua base. Sabendo que a distância CA é 56 m, calcule a inclinação )ACˆB( dessa torre, em graus. R: 85º14’ Um observador na margem de um rio, vê o topo de uma torre na outra margem segundo um ângulo de 56º. Afastandose vê a mesma torre segundo um ângulo de 35º. Calcule a largura do rio. R: x=17,95 m Quebra Cabeça: Quaisquer dois quadrados, não importa seus tamanhos relativos, podem ser cortados em cinco peças que se juntarão novamente para formar um só quadrado maior. Os cortes estão ilustrados nos quadrados do exemplo abaixo. Trace outros dois quadrados. Você sabe onde fazer os cortes de modo que depois sejamos capazes de remontar as peças num outro quadrado? Exercícios: Pré-cálculo para os ingressantes dos Cursos de Engenharia da UTFPR –Câmpus Cornélio Procópio Prof. Me. Armando Paulo da Silva e Profª. Me. Gabriela Castro Silva Cavalheiro 31 1) Determine os elementos incógnitos: a) b) c) R: a) x =26,75m; b) x =8,76m, y = 7,10m e z =5,75m c) x =12,99m e y = 10m 2) Determine a altura de um painel de propaganda situado no topo de um edifício, sabendose que o observador está situado a 100 m do edifício e pode visualizar a base inferior e superior, segundo um ângulo de 30º e 45º, respectivamente. (R.: 42 m ) 3) Numa rua horizontal um menino vê o topo de um prédio sob um ângulo de 36º. Deslocandose 18 m no sentido do prédio, passa a avistálo sob um ângulo de 42º. Calcular a altura do prédio. (R.: 66,67 m ou 69,56 m). 4) Um engenheiro civil que constrói uma estrada diz que, em certo trecho, há uma “rampa” de 33%. Qual, então, a medida aproximada do ângulo de inclinação? ( R.: 18º). 5) Um mastro de 6 m está em cima de uma colina de altura d. De um ponto A avistamos seu pé sob um ângulo de 60º e sua ponta sob 75º. Calcule a altura da colina. ( R: 5,19 m ou 5, 22 m). 6) As posições relativas de uma pista de aeroporto e de uma torre de controle de 6,1 m de altura são ilustradas na figura abaixo. A cabeceira da pista está a uma distância perpendicular de 100 metros da base da torre. Se x é a distância percorrida na pista por um avião, expresse a distância d entre o avião e a torre de controle como função de x. (R: 2d 10037 x ) 7) De um ponto exterior P que está a h unidades de um círculo de raio r, traça-se uma tangente ao círculo (veja a figura). Seja y a distância do ponto P ao ponto de tangência T. Expresse y como função de h e r. ( lembre-se Pré-cálculo para os ingressantes dos Cursos de Engenharia da UTFPR –Câmpus Cornélio Procópio Prof. Me. Armando Paulo da Silva e Profª. Me. Gabriela Castro Silva Cavalheiro 32 que se C é o centro do círculo, PT é perpendicular a CT.) Se r é o raio da terra e h é a altura de um foguete, então podemos deduzir uma fórmula para a distância máxima ( à terra) que um astronauta pode ver da nave. Em particular, se h= 321.800 m e r = 6 436 000 m, dê uma aproximação para y. (R: 2 2 y h hr 2.060 milhões ) 10.5 PONTO MÓVEL SOBRE UMA CURVA Consideremos uma curva no plano cartesiano. Se um ponto P pertence à curva, dizemos que P é um ponto fixo da mesma. Se assumirmos que este ponto possa ser deslocado sobre a curva, este ponto receberá o nome de ponto móvel. Um ponto móvel localizado sobre uma circunferência, partindo de um ponto A pode percorrer esta circunferência em dois sentidos opostos. Por convenção, o sentido antihorário (contrário aos ponteiros de um relógio) é adotado como sentido positivo. 10.6 ARCOS DA CIRCUNFERÊNCIA Quando escolhemos um dos sentidos de percurso, o arco é denominado arco orientado e simplesmente pode ser denotado por AB se o sentido de percurso for de A para B e BA quando o sentido de percurso for de B para A. Quando não consideramos a orientação dos arcos formados por dois pontos A e B sobre uma circunferência, temos dois arcos não orientados sendo A e B as suas extremidades. 10.7 MEDIDA DE UM ARCO A medida de um arco de circunferência é feita por comparação com um outro arco da mesma circunferência tomado como a unidade de arco. Se u for um arco de comprimento unitário (igual a 1), a medida do arco AB , é o número de vezes que o arco u cabe no arco AB . Na figura abaixo, a medida do arco AB é 5 vezes a medida do arco u . Denotando a medida do arco AB por m( AB ) e a medida do arco u por m( u ), temos: m( AB ) = 5 m( u ). A medida de um arco de circunferência é a mesma em qualquer um dos sentidos. 10.8 UNIDADES DE MEDIDA DE ARCOS A unidade de medida de arco do Sistema Internacional (SI) é o radiano, mas existem outras medidas utilizadas pelos técnicos que são o grau e o grado. Este último não é muito comum. Radiano: Medida de um arco que tem o mesmo comprimento que o raio da circunferência na qual estamos medindo o arco. Assim o arco tomado como unidade tem comprimento igual ao comprimento do raio ou 1 radiano, que denotaremos por 1 rad. Pré-cálculo para os ingressantes dos Cursos de Engenharia da UTFPR –Câmpus Cornélio Procópio Prof. Me. Armando Paulo da Silva e Profª. Me. Gabriela Castro Silva Cavalheiro 33 Lembramos que o comprimento de uma circunferência de raio r é dado por 2r. Assim, para calcularmos em radianos a medida a de um arco de uma volta, fazemos: a = 2r/r = 2rad Exemplos: Grau: Medida de um arco que corresponde a 1/360 do arco completo da circunferência na qual estamos medindo o arco. Exemplos: Dividindo a circunferência em 4 e 6 partes congruentes, temos: O grau comporta ainda os submúltiplos, minuto ( ’) e segundo (”) , de forma que: 1º = 60' e 1' = 60” Grado: É a medida de um arco igual a 1/400 do arco completo da circunferência na qual estamos medindo o arco. 10.9 ARCOS DE UMA VOLTA Se AB é o arco correspondente à volta completa de uma circunferência, então: 2 rad = 360º Podemos estabelecer os seguintes resultados: Desenho Grau 90º 180º 270º 360º Grado 100 200 300 400 Radiano /2 3/2 2 Obs: 0 graus = 0 grado = 0 radianos 10.10 MUDANÇA DE UNIDADES Consideremosum arco AB de medida R em radianos, esta medida corresponde a G graus. A relação entre estas medidas é obtida pela seguinte proporção: 2 rad …………… 360 graus R rad …………… G graus Assim, temos a igualdade R/2 = G/360, ou ainda: a) b) c) Pré-cálculo para os ingressantes dos Cursos de Engenharia da UTFPR –Câmpus Cornélio Procópio Prof. Me. Armando Paulo da Silva e Profª. Me. Gabriela Castro Silva Cavalheiro 34 180 GR Exercícios: 1) Determinar a medida em radianos dos arcos: 120º e 300º ( R: rad 8 5 e rad 3 2 ). 2) Determinar a medida em graus de um arco de medida 1 radiano ( R: 57º19’29”). 11 CICLO TRIGONOMÉTRICO Considere uma circunferência de raio unitário com centro na origem de um sistema cartesiano ortogonal e o ponto A=(1,0). O ponto A será tomado como a origem dos arcos orientados nesta circunferência e o sentido positivo considerado será o antihorário. Assim, chamase círculo trigonométrico ou ciclo trigonométrico, ao círculo orientado de raio unitário, cujo centro é a origem do sistema de coordenadas cartesianas, conforme figura a seguir. Os eixos OX e OY decompõem o ciclo trigonométrico em quatro quadrantes que são enumerados como segue: 2o. quadrante abscissa: negativa ordenada: positiva 90º<ângulo<180º 1o. quadrante abscissa: positiva ordenada: positiva 0º<ângulo<90º 3o. quadrante abscissa: negativa ordenada: negativa 180º<ângulo<270º 4o. quadrante abscissa: positiva ordenada: negativa 270º<ângulo<360º Obs.: Os quadrantes são usados para localizar pontos e a caracterização de ângulos trigonométricos. Por convenção, os pontos situados sobre os eixos não pertencem a qualquer um dos quadrantes. 11.1 ARCOS COM MAIS DE UMA VOLTA Em Trigonometria, algumas vezes precisamos considerar arcos cujas medidas sejam maiores do que 360º. Por exemplo, se um ponto móvel parte de um ponto A sobre uma circunferência no sentido antihorário e para em um ponto M, ele descreve um arco AM . A medida deste arco (em graus) poderá ser menor ou igual a 360º ou ser maior do que 360º. Se esta medida for menor ou igual a 360º, dizemos que este arco está em sua primeira determinação. Acontece que o ponto móvel poderá percorrer a circunferência uma ou mais vezes em um determinado sentido, antes de parar no ponto M, determinando arcos maiores do que 360º ou arcos com mais de uma volta. Existe uma infinidade de arcos, mas com medidas diferentes, cuja origem é o ponto A e cuja extremidade é o ponto M. Seja o arco AM cuja primeira determinação tenha medida igual a m. Um ponto móvel que parte de A e pare em M, pode ter várias medidas algébricas, dependendo do percurso. Se o sentido for o antihorário, o ponto M da circunferência trigonométrica será extremidade Pré-cálculo para os ingressantes dos Cursos de Engenharia da UTFPR –Câmpus Cornélio Procópio Prof. Me. Armando Paulo da Silva e Profª. Me. Gabriela Castro Silva Cavalheiro 35 de uma infinidade de arcos positivos de medidas: m, m+2, m+4, m+6, ... Se o sentido for o horário, o ponto M será extremidade de uma infinidade de arcos negativos de medidas: m2, m4, m6, ... Generalizando este conceito, se m é a medida da primeira determinação positiva do arco AM, podemos representar as medidas destes arcos por: µ( AM ) = m + 2k onde k é um número inteiro, isto é, k pertence ao conjunto Z={...,2,3,1,0,1,2,3,...}. Família de arcos: Uma família de arcos { AM } é o conjunto de todos os arcos com ponto inicial em A e extremidade em M. Exemplo: Se um arco de circunferência tem origem em A e extremidade em M, com a primeira determinação positiva medindo 2/3, então os arcos desta família { AM }, medem: Exemplos: Obter a menor determinação, o quadrante e a expressão geral dos arcos. a) AB = 1690º Dividimos o arco por 360º O quociente representa o número de voltas que o arco descreve sobre a circunferência trigonométrica. O resto será a menor determinação. Menor Determinação: 250º Quadrante :3º Expressão Geral: AB K.360º 250º b) AM = 1270º15’40” Dividimos o arco por 360º O quociente representa o número de voltas no sentido negativo sobre o ciclo trigonométrico. O resto é um arco negativo, portanto, não é a menor determinação. Para obtermos a menor determinação, adicionamos 360º ao resto obtido. Menor Determinação: α = 169º44'20" Quadrante:4º Expressão Geral: AM = K.360º +169º44'20" c) AC = rad 3 23 Dividimos o numerador pelo dobro do valor do denominador. O quociente representa o número de voltas que o arco descreve sobre a circunferência trigonométrica. O resto será o numerador da menor determinação procurada. 5 Menor Determinação: 3 Quadrante : 4º 5 Expressão Geral: AC 2K 3 Exercícios: Determinações positivas (sentido antihorário) k=0 µ( AM ) = 2/3 k=1 µ( AM ) = 2/3+2=8/3 k=2 µ( AM ) = 2/3+4=14/3 k=3 µ( AM ) = 2/3+6=20/3 ... ... k=n µ( AM ) = 2/3+2n = (2+6n) /3 Determinações negativas (sentido horário) k=1 µ( AM ) = 2/32 = 4/3 k=2 µ( AM ) = 2/34 = 6/3 k=3 µ( AM ) = 2/36 = 16/3 k=4 µ( AM ) = 2/38 = 22/3 ... ... k=n µ( AM ) = 2/32n = (26n) /3 Pré-cálculo para os ingressantes dos Cursos de Engenharia da UTFPR –Câmpus Cornélio Procópio Prof. Me. Armando Paulo da Silva e Profª. Me. Gabriela Castro Silva Cavalheiro 36 1) Obter a menor determinação , o quadrante e a expressão geral dos arcos dados:¨ a) AM = 535º R: 175º 2º quadrante AM 360º.K 175º b) AC = 430º R: 290º 4º 2 quadrante AM 360º.K 90º c) AR = 1079º23” R: 59º37" 1º 59º37" quadrante AM 360º.K d) AB = rad 5 26 R: 6 . 5 3º 6 2 . 5 rad quadrante AP .K. rad e) AP = rad 11 43 R: 11 1º 2 11 rad quadrante AP .K. rad 11.2 ARCOS CÔNGRUOS Dois arcos trigonométricos são ditos côngruos, quando a diferença entre eles é um número múltiplo de 360º. Assim é que sendo x e y dois arcos trigonométricos, eles serão côngruos se e somente se: x y = k . 360º , onde k é um número inteiro. Portanto, para descobrir se dois arcos são côngruos, basta verificar se a diferença entre eles é um múltiplo de 360º (ou 2 radianos, pois 2 rad = 360º). OBS. ARCOS DE UMA MESMA FAMÍLIA SÃO CÔNGRUOS. EXEMPLO: Os arcos 2780º e 1700º, são côngruos, pois: 2780º 1700º = 1080º e 1080º é divisível por 360º (1080º / 360º = 3). Exercício resolvido: Quantos são os valores de m compreendidos entre 30 e 40, que tornam côngruos os arcos de medidas (4m+10).180º e (3m2).180º ? Solução: Pela definição de arcos côngruos dada, deveremos ter: (4m+10).180º (3m2).180º = k . 360º, com k. 720m + 1800 [540m 360] = k . 360 720m + 1800 540m + 360 = k . 360 180m + 2160 = k . 360
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