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1.CONCEITO DE ESTADO
“Estado é a corporação de um povo, assentada num determinado território e dotada de um poder originário de mando”. (Jellinek)
CIÊNCIA POLÍTICA - JOAQUIM CARLOS KLEIN DE ALENCAR
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2. CONCEPÇÕES
2.1. FILOSÓFICA - Tem por objeto o estudo dos acontecimentos, das instituições e das idéias políticas, tanto em sentido teórico (doutrina) como em sentido prático (arte), referido ao passado, ao presente e às possibilidades futuras. A Filosofia leva para o estudo da Ciência Política a discussão de preceitos condizentes à origem, à essência, à justificação e aos fins do Estado, como das demais instituições sociais geradoras do fenômeno do poder.
2.2. JURÍDICA - O Estado pertenceria ao mundo do dever-ser, explicando-se pela unidade de normas de direito de determinado sistema, do qual ele é apenas nome ou sinônimo. Para esse pensador, quem elucidar o direito, elucida o Estado.
2.3 SOCIOLÓGICA. Na sociologia política de Max Weber estuda-se a política científica, à racionalização do poder, à legitimação das bases sociais em que o poder repousa, investiga-se o regime político, a essência dos partidos, sua organização, sua liderança, interrogam-se as formas legítimas de autoridade, indaga-se a administração pública.
CIÊNCIA POLÍTICA - JOAQUIM CARLOS KLEIN DE ALENCAR
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3. IMPORTÂNCIA DE CONHECER O ESTADO
“O de que mais se precisa no preparo dos agentes políticos de hoje é fazê-lo conhecer bem as instituições e os problemas da sociedade contemporânea, levando-os a compreender o papel que representam na atuação daqueles e aprenderem as técnicas requeridas para a solução destes.”. Edgar Bondenheimer
CIÊNCIA POLÍTICA - JOAQUIM CARLOS KLEIN DE ALENCAR
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Dessa Referência dois aspectos devem ser relevados: 
é necessário o conhecimento das instituições, pois quem vive numa sociedade sem consciência de como ela está organizada e do papel que nela representa não é mais do que um autômato (pessoa que age como máquina, sem raciocínio e sem vontade própria);
é necessário saber de que forma e através de que métodos os problemas sociais deverão ser conhecidos e as soluções elaboradas, para que não se incorra no gravíssimo erro de pretender o transplante, puro e simples, de fórmulas importadas, ou aplicação simplista de idéias consagradas, sem a necessária adequação às reivindicações e possibilidades da realidade social.
CIÊNCIA POLÍTICA - JOAQUIM CARLOS KLEIN DE ALENCAR
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4. ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO ESTADO
4.1. POPULAÇÃO E POVO
- População e povo são dois institutos inconfundíveis, distintos, pois enquanto que este pressupõe a existência de uma ligação jurídica do indivíduo com o Estado, aquele possui significado puramente quantitativo, devido à inexistência de qualquer vínculo de sujeição ao poder estatal.
4.1.1. Conceito de povo
Segundo Ranelletti, “é o conjunto de indivíduos que pertencem ao Estado, isto é, o conjunto de cidadãos”. Ou seja, o conceito de povo está diretamente vinculado ao exercício da cidadania.
Da cidadania derivam direitos, como os de votar e ser votado, ou deveres, como o de fidelidade à pátria, prestação de serviço militar e observância às leis.
Sistemas que determinam a cidadania (nacionalidade): A) jus sanguinis (determina a cidadania pelo vínculo pessoal); B) jus solli (a cidadania se determina pelo vínculo territorial); C) sistema misto (admite ambos os vínculos)
Povo brasileiro – art. 12 da CRFB.
CIÊNCIA POLÍTICA - JOAQUIM CARLOS KLEIN DE ALENCAR
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4.2. TERRITÓRIO
Constitui a base geográfica onde o Estado exerce sua soberania. 
4.1. Águas externas – Faixa variável de águas que banham as costas de um Estado e sobre os quais exerce direito de soberania.
A Lei nº 8.617, de 04.01.1993, fundamentada na Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos do Mar, celebrada em Montego Bay, na Jamaica, em 1982, define as três faixas distintas as águas externas brasileiras:
4.1.1. Mar territorial – faixa de 12 milhas marítimas, a partir da linha de baixa-mar (nível mínimo de cura da maré, maré baixa) inclusive seu leito, subsolo e espaço aéreo, onde o Brasil exerce soberania, admitida a passagem inocente (contínua e rápida) de navios de qualquer nacionalidade. Passagem inocente é aquela que não prejudica a paz, a boa ordem e a segurança.
Dentro do mar territorial, o Estado costeiro dispõe de direitos soberanos idênticos aos
de que goza em seu território e suas águas interiores, para exercer jurisdição, aplicar as
suas leis e regulamentar o uso e a exploração dos recursos 
CIÊNCIA POLÍTICA - JOAQUIM CARLOS KLEIN DE ALENCAR
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4.1.2. Zona contígua – faixa que vai das 12 às 24 milhas marítimas, onde o Brasil exerce a fiscalização para evitar infrações às leis e aos regulamentos aduaneiros, fiscais, de imigração e sanitários, podendo reprimir quaisquer dessas infrações.
4.1.3. Zona econômica exclusiva – faixa que se estende das 12 milhas do mar territorial até 200 milhas, ou 370,400 km. (uma milha marítima corresponde a 1.852 metros). 
O Brasil tem direitos de soberania para fins de exploração e aproveitamento, conservação e gestão dos recursos naturais, vivos ou não-vivos, das águas sobrejacentes ao leito do mar, do leito do mar e seu subsolo, e no que se refere a outras atividades com vistas à exploração e ao aproveitamento da zona para fins econômicos.
Na zona econômica exclusiva, o Brasil, no exercício de sua jurisdição, tem o direito exclusivo de regulamentar a investigação científica marinha, a proteção e preservação do meio marítimo, bem como a construção, operação e uso de todos os tipos de ilhas artificiais, instalações e estruturas. 
CIÊNCIA POLÍTICA - JOAQUIM CARLOS KLEIN DE ALENCAR
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4.2. Espaço aéreo – Ranelletti afirma que “a soberania do Estado sobre o espaço aéreo estende-se em uma altitude até onde haja o interesse público que possa reclamar a ação ou proteção do Estado”. + - 80km
O Espaço aéreo brasileiro corresponde à soberania sobrejacente ao mar territorial.
4.3. Espaço cósmico – (Direito espacial, astronáutico) Assim como acontece em alto-mar, não há possibilidade do direito de propriedade do espaço cósmico. A respeito, a Resolução da ONU nº 1.962 que dispõe: “o espaço extra-atmosférico, compreendendo a lua e os demais corpos celestes, não pode ser objeto de apropriação nacional através de proclamação de soberania, utilização ou ocupação, nem nenhum outro meio”.
CIÊNCIA POLÍTICA - JOAQUIM CARLOS KLEIN DE ALENCAR
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Exceções da territorialidade (extraterritorialidade 
a) navios de guerra ainda que estejam em terras de outro País; b) em alto-mar ou espaço aéreo livre os navios e aviões de um país são tidos como parte de seus territórios; c) imunidade diplomática – jurisdição civil e penal e isenção fiscal, esta alcançando impostos nacionais, regionais e municipais, ressalvadas as taxas.
Diplomata: representante do Estado de origem junto à soberania local; trato bilateral de assuntos de Estado.
Cônsul: representante do Estado de origem para o fim de cuidar de interesses privados.
Privilégios diplomáticos (Imunidade Penal e Civil) 
 
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5. PODER DO ESTADO/SOBERANIA
Conceito de Poder. O poder representa sumariamente aquela energia básica que anima a existência de uma comunidade humana num determinado território, conservando-a unida, coesa e solidária.
Para Afonso Arinos, poder é “a faculdade de tomar decisões em nome da coletividade”. 
Poder de Fato – Ainda que com uma aparente solidez ou estabilidade, exterioriza o aspecto coercitivo e o emprego freqüente de meios violentos para impor a obediência.
Poder de Direito – Busca sua base de apoio menos na força do que na competência, menos na coerção do que no consentimento dos governados. O poder de direito deve ser despersonalizado, ou seja, um poder de instituições e não de pessoas. 
CIÊNCIA POLÍTICA - JOAQUIM CARLOS KLEIN DE ALENCAR
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5.1. Traços característicos do poder
Imperatividade– O Estado possui o monopólio da coação organizada e incondicionada, não somente emite regras de comportamento senão que dispõe dos meios materiais imprescindíveis com que impor a observância dos princípios estatuídos na conduta social. O governo possui a prerrogativa exclusiva do emprego da força, exerce o poder estatal através de leis que obrigam, não porque são boas ou justas, mas simplesmente porque são leis.
Auto-organização – a capacidade circunstancial de proceder de um direito próprio, de uma autonomia constitucional. 
Unidade e Indivisibilidade – O poder do estado na pessoa do seu titular é indivisível: a divisão só se faz quanto ao exercício do poder, quanto às formas básicas de atividade estatal. Ver representatividade direta e indireta – art. 1º - CF)
Soberania – Qualidade do poder supremo, que apresenta duas faces distintas a interna e a externa.
Legalidade e Legitimidade – A legalidade exprime sempre a observância das leis, ou seja, o procedimento da autoridade em consonância estrita com o direito estabelecido. Situa-se a legalidade num domínio exclusivamente formal, técnico, jurídico.
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Já a legitimidade tem exigências mais delicadas, eis que levante problemas de fundo, questionando acerca da justificação e dos valores do poder legal. No conceito de legitimidade entram as crenças de determinada época, que presidem a manifestação do consentimento e da obediência. O poder legítimo é um poder cuja titulação se encontra alicerçada juridicamente; o poder legal é um poder que está sendo exercido de conformidade com as leis. O contrário de um poder legítimo é um poder de fato; o contrário de um poder legal é um poder arbitrário". (Norberto Bobbio, Dicionário de Política, V.2, Editora UNB, Página 674).
CIÊNCIA POLÍTICA - JOAQUIM CARLOS KLEIN DE ALENCAR
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6. FINALIDADE
Segundo Dallari, “impossível chegar-se a uma idéia completa de Estado sem ter consciência de seus fins”.
Observa-se que os Estados têm um fim geral, constituindo-se em meio para que os indivíduos e as demais sociedades possam atingir seus respectivos fins particulares. Conclui-se que o fim do Estado é o bem comum, sendo o “conjunto de todas as condições de vida social que consintam e favoreçam o desenvolvimento integral da personalidade humana”. (João XXIII)
 Ver art. 3º da CRFB
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O Analfabeto Político
“O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais”. Bertolt Brecht
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SÓ DE SACANAGEM 
Meu coração está aos pulsos!
Quantas vezes minha esperança será posta à prova?
Por quantas provas terá ela que passar? Tudo isso que está aí no ar, malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro que reservamos duramente para educar os meninos mais pobres que nós, para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais, esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.
Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova?
Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?
É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar o nosso nariz.
CIÊNCIA POLÍTICA - JOAQUIM CARLOS KLEIN DE ALENCAR
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Meu coração está no escuro, a luz é simples, regada ao conselho simples do meu pai, minha mãe, minha avó e os justos que o precederam: “Não roubarás”, “Devolva o lápis do coleguinha”, “Esse apontador não é seu minha filha”.
Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar. Até Hábeas Corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar e sobre a qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará.
Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda vou ficar. Só de sacanagem!
Dirão: “deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo mundo rouba”.
E vou dizer: Não importa, será esse o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez. Eu meu irmão, meu filho e meus amigos, vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau”.
Dirão: “É inútil, todo mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal”. E eu direi: “Não admito minha esperança é imortal”.
Eu repito, ouviram? Imortal! Sei que não dá pra mudar o começo mas, se a gente quiser, vai dar pra mudar o final!
CIÊNCIA POLÍTICA - JOAQUIM CARLOS KLEIN DE ALENCAR

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