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1 APOSTILA – PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO - SICONTIBA ÍNDICE TEMA PÁG LUCRO PRESUMIDO Quem pode optar 01 Opção 02 Apuração 03 Percentual de apuração 04 Adições 05 Alíquotas 06 Deduções do imposto 06 Pagamentos e Códigos de Receita 07 Pagamento antecipado 07 SIMPLES NACIONAL Conceitos 08 Tributos alcançados 09 Abrangência 10 Opção 11 Cálculo do simples 12 Alíquotas 12 Cálculo Fator “R” 17 LUCRO REAL Conceito 22 Adições e exclusões 24 Lucro real trimestral 33 Lucro Real Estimativa 35 LUCRO PRESUMIDO – APURAÇÃO IMPOSTO DE RENDA 1. QUEM PODE OPTAR Pode optar pelo Lucro Presumido toda pessoa jurídica que não esteja obrigada a tributação pelo lucro real. Assim, não podem optar pelo Lucro Presumido as pessoas jurídicas: a - cuja receita bruta total, no ano-calendário anterior, tenha sido superior a R$ 48.000.000,00, ou ao limite proporcional de R$ 4.000.000,00 multiplicado pelo número de meses de atividade no ano, se inferior a doze; (R$ 78.000.000,00 e R$6.500.000,00 a partir de 01 de janeiro de 2014 – Lei 12814/2013). 2 b - cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta; c - que tiveram lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior; d - que, autorizadas pela legislação tributária usufruam de benefícios fiscais relativos a isenção ou redução do Imposto de Renda; e - que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal do Imposto de Renda pelo regime de estimativa; f - que explorem atividades de prestação cumulativa e continua de serviço de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring); g - que explorem atividades de compra e venda, loteamento, incorporação e construção de imóveis, desde que possuam operações imobiliárias para as quais haja registro de custo orçado; h - que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do agronegócio. Exceções As pessoas jurídicas que aderiram ao Programa de Recuperação Fiscal -REFIS, de que trata a Lei 9.964/2000, e estejam nas condições das letras "a", "c", "d" e "e", referidas no item 1, poderão optar pelo regime de tributação com base no Lucro Presumido enquanto estiverem submetidas ao REFIS. 2. OPÇÃO O pagamento da primeira quota ou da quota única do imposto, apurado no primeiro trimestre do ano-calendário, é que manifesta a opção pela tributação com base no Lucro Presumido. 2.1. Início de Atividades no Correr do Ano A pessoa jurídica que iniciar atividades no correr do ano poderá manifestar a sua opção pelo pagamento da primeira quota ou quota única do imposto apurado no trimestre em que as iniciar. 2.2. Duração da Opção A opção Lucro Presumido é definitiva em relação ao ano-calendário em que for efetuada. 3. TRIMESTRES Os trimestres a serem considerados são os civis. Assim, a tributação abrangerá: 1º trimestre - os meses de janeiro, fevereiro e março; 3 2º trimestre - os meses de abril, maio e junho; 3º trimestre - os meses de julho, agosto e setembro; 4º trimestre - os meses de outubro, novembro e dezembro. Se a empresa iniciar as suas atividades em qualquer dos meses desses trimestres, deverá apurar o Lucro Presumido relativo a esse trimestre, mesmo que abranja apenas um mês. Assim, se a empresa iniciar as suas atividades em junho, apurará o Lucro Presumido, relativo ao 2º trimestre, apenas do mês de junho. 4. APURAÇÃO DO LUCRO PRESUMIDO O Lucro Presumido é determinado mediante a aplicação, sobre a receita bruta de vendas de mercadorias e/ou prestação de serviços, percebida em cada trimestre civil, de determinados percentuais, fixados em função da atividade da pessoa jurídica, adicionado de valores de algumas operações. 4.1. Receita Bruta A receita bruta, sobre a qual se aplicam os percentuais de presunção do lucro, é constituída pelo produto da venda de mercadorias nas operações de conta própria, pelo preço dos serviços prestados e pelo resultado auferido nas operações de conta alheia, não computados os valores relativos: a - às vendas canceladas; b - aos descontos incondicionais concedidos; c - ao IPI incidente sobre as vendas; d - ao ICMS retido pelo substituto tributário, nos regimes de substituição tributária. 4.1.1. Compra e Venda de Veículos Usados Nas empresas que tenham por objeto social, declarado em seus atos constitutivos, a compra e a venda de veículos automotores, nas vendas de veículos usados, adquiridos para revenda ou recebidos como parte do preço de venda de veículos novos ou usados, será computada como receita a diferença entre o valor pelo qual o veículo usado for alienado, constante da nota fiscal de venda, e o seu custo de aquisição, constante da nota fiscal de entrada, o qual deve corresponder ao preço ajustado entre as partes. 4.1.2. Regime de Caixa A pessoa jurídica, optante pelo regime de tributação com base no Lucro Presumido, poderá adotar o regime de caixa, para o reconhecimento de suas receitas de venda de bens ou de prestação de serviços, com pagamento a prazo ou em parcelas. Esse reconhecimento se fará pelo recebimento desses valores, devendo a pessoa jurídica: a - quando mantiver escrituração do Livro Caixa: - emitir nota fiscal quando da entrega do bem ou direito ou conclusão do serviço; e 4 - indicar, no Livro Caixa, em registro individual, a nota fiscal a que corresponder cada recebimento; ou b - quando mantiver escrituração contábil, na forma da legislação comercial, deverá controlar os recebimentos de suas receitas em conta específica, na qual, em cada lançamento, será indicada a nota fiscal a que corresponder o recebimento. Os valores recebidos adiantadamente, por conta de vendas de bens ou prestação de serviços, serão computados como receita no mês em que se der o faturamento, a entrega do bem ou a conclusão dos serviços, o que ocorrer primeiro. 4.2. Percentuais de Presunção Os percentuais a serem aplicados sobre a receita bruta do trimestre são ; ATIVIDADE % RECEITA ANUAL ATÉ R$ 120.000,00 Serviços de transporte de cargas 8,0 - Sobre a receita bruta dos serviços hospitalares e de auxílio diagnóstico e terapia, patologia clínica, imagenologia, anatomia patológica e citopatologia, medicina nuclear e análises e patologias clínicas, desde que a prestadora destes serviços seja organizada sob a forma de sociedadeempresária e atenda às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa 8,0 - Sobre a receita bruta de construção por empreitada, quando houver emprego de materiais em qualquer quantidade (AD Normativo COSIT nº 06/97). 8,0 - Loteamento de terrenos, incorporação imobiliária e venda de imóveis construídos ou adquiridos para revenda 8,0 - Serviços de transporte de passageiros 16,0 - Revenda de combustíveis derivados de petróleo e álcool, inclusive gás 1,6 - Prestadoras de serviços relativos ao exercício de profissões legalmente regulamentada, inclusive escolas 32,0 - Intermediação de negócios, inclusive corretagem (seguros, imóveis, dentre outros) e as de representação comercial 32,0 16,0 Administração, locação ou cessão de bens imóveis, e móveis. 32,0 16,0 Construção por administração ou por empreitada unicamente de mão de obra 32,0 16,0 Venda de Mercadorias 8,0 - Prestação de serviços de gráfica, com ou sem fornecimento de material, em relação à receita bruta que não 32,0 16,0 5 decorra de atividade comercial ou industrial Prestação de serviços de suprimento de água tratada e coleta de esgoto e exploração de rodovia mediante cobrança de pedágio (AD COSIT nº 16/2000) 32,0 16,0 Atividade Rural 8,0 - 4.2.1. Atividades Diversificadas No caso da pessoa jurídica possuir várias atividades, será aplicado sobre a receita bruta de cada atividade o respectivo percentual de presunção do lucro. 4.2.2. Industrialização por Encomenda Para fins da apuração do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica, considera-se prestação de serviço as operações de industrialização por encomenda para uso do encomendante, caso em que o lucro presumido será obtido pelo percentual de 32%. Se a industrialização for como etapa de industrialização ou para comercialização, o percentual de presunção será 8%. 4.3. Redução do Percentual As empresas exclusivamente prestadoras de serviços, com exceção dos serviços hospitalares, de transporte e de sociedades civis de profissões regulamentadas, quando a sua receita bruta anual não ultrapassar R$ 120.000,00, poderão utilizar o percentual reduzido de 16%, em substituição ao de 32%. Se a receita bruta, acumulada até determinado trimestre, ultrapassar R$ 120.000,00, a pessoa jurídica passará a utilizar o percentual de 32% e ficará sujeita ao pagamento da diferença do imposto postergado, apurado em relação a cada trimestre transcorrido. Essas diferenças deverão ser recolhidas até o último dia útil do mês subseqüente ao trimestre em que ocorrer o excesso. Paga dentro desse prazo, a diferença apurada será recolhida sem acréscimo. Fora desse prazo haverá incidência de multa e juros. 4.4. Adições Para a determinação da base de cálculo do imposto, ao Lucro Presumido devem ser adicionados: a - os ganhos de capital; b - os rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa; c - os ganhos líquidos de aplicações financeiras de renda variável; d - os juros remuneratórios do capital próprio recebidos de outra pessoa jurídica da qual a empresa seja sócia ou acionistas. 6 e - os valores recuperados, correspondentes a custos, despesas ou perdas no recebimento de créditos, salvo se a pessoa jurídica comprovar que não os tenha deduzido anteriormente, em período em que tenha sido tributada pelo lucro real, ou que se refiram a período em que tenha sido tributada pelo lucro presumido ou arbitrado; e f - das receitas decorrentes de variações monetárias dos direitos de crédito, em função da taxa de câmbio, apropriadas pelo regime de caixa ou de competência, à opção do contribuinte, desde que utilizada uniformemente durante o ano-calendário. 4.4.1. Empresa com Operações Externas As empresas com operações externas, de exportação ou de mútuo, com pessoas vinculadas ou que estejam domiciliadas em países com tributação favorecida, devem adicionar à base de cálculo do imposto, apenas no quarto trimestre do ano-calendário, os seguintes valores: a - o resultado da aplicação do percentual de presunção sobre o que exceder ao valor apropriado na escrituração e o valor arbitrado, segundo a Instrução Normativa SRF Nº 38/97; b - a parcela dos juros pagos ou creditados a pessoas vinculadas ou domiciliadas em países com tributação favorecida, com base em contratos não registrados no Banco Central, que exceder ao limite calculado com base na taxa "Libor", para depósitos em dólares norte- americanos, pelo prazo de seis meses, acrescidos de 3 % anuais a título de "spread"; c - a parcela da receita financeira, relativa a mútuo contratado com pessoas vinculadas ou domiciliadas em países com tributação favorecida, com base em contratos não registrados no Banco Central, correspondente à diferença entre o valor calculado com base na "Libor", conforme a letra "b", e o valor contratado, quando este for inferior. 5. ALÍQUOTA Sobre a base de cálculo, encontrada pelo lucro presumido com as suas adições, aplica-se a alíquota de 15%. 5.1. Adicional A parcela do Lucro Presumido que exceder ao valor resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 pelo número de meses do respectivo período de apuração, sujeita-se à incidência do adicional do imposto de renda à alíquota de 10%, que será recolhido integralmente sem qualquer dedução. 6. DEDUÇÕES DO IMPOSTO Do imposto devido poderão ser deduzidos: a - o imposto de renda pago ou retido na fonte sobre as receitas que integraram a base de cálculo do imposto devido; e b - o imposto de renda pago indevidamente em períodos anteriores.(DCOMP). 6.1. Incentivos Fiscais Desde o ano-calendário de 1998, está vedada a dedução de qualquer incentivo fiscal no imposto devido com base no Lucro Presumido (Art. 10 da Lei nº 9.532/1997). 7 7. PRAZO DE PAGAMENTO O prazo de pagamento do imposto de renda e do adicional, incidentes sobre o lucro presumido, é o último dia útil do mês subseqüente ao encerramento do trimestre civil. 8. PARCELAMENTO DO IMPOSTO À opção da pessoa jurídica, o imposto devido poderá ser pago em até três quotas mensais, iguais e sucessivas, vencíveis no último dia útil dos três meses subseqüentes ao do encerramento do período de apuração a que corresponder. 8.1. Valor Mínimo Nenhuma quota poderá ter valor inferior a R$ 1.000,00 e o imposto de valor inferior a R$ 2.000,00 será pago, em quota única, até o último dia do mês subseqüente ao do encerramento do período de apuração. 8.2. Acréscimos As quotas do imposto serão acrescidas de juros equivalentes à taxa referencial do Selic, acumulada mensalmente, calculados a partir do primeiro dia do segundo mês subseqüente ao do encerramento do período de apuração até o último dia do mês anterior ao do pagamento e de um por cento no mês do pagamento. Assim, a primeira quota ou quota única não terá nenhum acréscimo. A segunda quota terá um acréscimo de 1%. A terceira quota terá um acréscimo referente à Selic do mês anterior mais 1%. 8.3. IR Inferior a R$ 10,00 Se o valor do Imposto de Renda for inferior a R$ 10,00, ela deverá ser somada ao valor do Imposto de Renda dos períodos seguintes até que atinja esse valor, quando então será recolhido juntamente com esse, sem nenhum acréscimo por essa acumulação. 9. CÓDIGO DE RECEITA O código da receita a ser aposto no Darf é 2089. 10. PAGAMENTO ANTECIPADO Algumas empresas, para minimizar o impacto de desembolso, preferem pagar o imposto mensalmente, no correr do trimestre em as receitas são geradas. Isso é possível desde que a pessoa jurídica observe: no campo 02 do Darf (período de apuração) deve ser colocado o último dia do trimestre de apuração; e no campo 06 do Darf (data de vencimento) deve ser colocadoo último dia útil do mês subseqüente ao de encerramento do trimestre de apuração. 8 11. ESCRITURAÇÃO A pessoa jurídica que optar pela tributação com base no lucro presumido, para efeitos da fiscalização da Receita Federal, deverá manter: a - escrituração contábil, nos termos da legislação comercial, ou Livro Caixa, no qual deverá ser escriturada toda a movimentação financeira, inclusive bancária; b - livro Registro de Inventário, no qual serão registrados os estoques existentes no término do ano-calendário abrangidos pela tributação pelo lucro presumido; c - em boa guarda toda a documentação relativa aos atos negociais praticados, os papéis e documentos que serviram para escrituração fiscal e comercial, bem como os livros de escrituração obrigatória, estabelecidos por legislação específica de tributos dos quais a pessoa jurídica seja contribuinte. 12. DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS Não estão sujeitos ao imposto de renda retido na fonte os lucros e dividendos pagos ou creditados a sócios, acionistas ou titular de firma individual. No caso de pessoa jurídica tributada com base no lucro presumido, poderá ser distribuído, sem incidência do imposto, na fonte e na declaração do beneficiário, o valor da base de cálculo do imposto, diminuída de todos os impostos e contribuições a que estiver sujeita a pessoa jurídica. Se a empresa demonstrar, através de escrituração contábil, feita com observância do Código Civil, que o lucro efetivo é maior que o determinado segundo as normas para a apuração da base de cálculo do imposto pelo lucro presumido, essa parcela, excedente ao lucro presumido, poderá ser distribuída sem incidência do imposto de renda, na fonte e na declaração do beneficiário. Fund.Legal: RIR, artigos 519, 521 e 536;Lei Nº 9.249/95; Lei Nº 9.718/98; Lei Nº 10.637/2002; MEDIDA PROVISÓRIA Nº 472, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2009; Decreto Nº 3.431/2000; Instruções Normativas SRF Nºs 93/97, 104/98, 152/98, 25/99 e 31/2001, e Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 20, de 13 de dezembro de 2007. SIMPLES NACIONAL Resolução CGSN nº 94, de 30 de maio de 2011. 1. INTRODUÇÃO O Simples Nacional é um regime tributário diferenciado, simplificado e favorecido, previsto na Lei Complementar nº123, de 14 de dezembro de 2006, aplicável às Microempresas e às Empresas de Pequeno Porte, a partir de 1º de julho de 2007. “Através da Resolução CGSN nº 94, de 29 de novembro (DOU de 01.12.2011), o Comitê Gestor do Simples Nacional consolidou todas as Resoluções do Simples Nacional voltadas para os contribuintes, contemplando inclusive as alterações introduzidas pela Lei Complementar nº 139/2011”. 9 2 TRIBUTOS ALCANÇADOS PELO SIMPLES O valor do recolhimento unificado pelo SIMPLES substitui os seguintes tributos e contribuições: a) Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (substituição parcial). b) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL. c) Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público – PIS/PASEP. d) Contribuição para Financiamento da Seguridade Social – COFINS. e) Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI. f) Contribuições para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, de que tratam a Lei Complementar 84/1996 (contribuição patronal sobre autônomos, e pró-labore), os artigos 22 e 22A da Lei 8.212/1991 (contribuição patronal – incluindo SAT - sobre remunerações de empregados e contratação de cooperativas de serviços) e o art. 25 da Lei 8.870/1994 (produção rural) (redação dada pela Lei nº 10.256, de 9.10.2001). g) As contribuições destinadas ao SESC, SESI, SENAI, SENAC, SEBRAE, Salário-Educação e contribuição sindical patronal. Desta forma, a empresa recolherá a título de Previdência Social em sua GPS, apenas o valor descontado de seus empregados, estando, portanto, excluído da obrigação de recolher a contribuição patronal de 20% sobre a folha de pagamento, 20% sobre a remuneração paga ou creditada aos empresários e autônomos, seguro acidente de trabalho e terceiros (SENAI, SESC, SEBRAE etc.). O SIMPLES poderá incluir o ICMS e o ISS, desde que a unidade Federada ou o Município em que esteja estabelecida a empresa venha a ele aderir mediante convênio. 3 TRIBUTOS NÃO ALCANÇADOS PELO SIMPLES O pagamento do imposto unificado não exclui a incidência dos seguintes impostos ou contribuições, devidos na qualidade de contribuinte ou responsável, em relação aos quais será observada a legislação aplicável às demais pessoas jurídicas: a) Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro ou Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários – IOF. b) Imposto sobre Importação de Produtos Estrangeiros – II. c) Imposto sobre Exportação, para o Exterior, de Produtos Nacionais ou Nacionalizados – IE. d) Imposto de Renda, relativo aos pagamentos ou créditos efetuados pela pessoa jurídica e aos rendimentos ou ganhos líquidos auferidos em aplicações de renda fixa ou variável, bem assim relativo aos ganhos de capital obtidos na alienação de ativos (o IR Fonte será considerado de tributação exclusiva). e) Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR. f) Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira – CPMF. g) Contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS. h) Contribuição para a Seguridade Social, relativa a parcela descontada do empregado. 10 4 EMPRESAS ENQUADRADAS NO SIMPLES Microempresa A Partir de 01.01.2012 A partir de 01.01.2012, considera-se microempresa a pessoa jurídica que, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e Base: Lei Complementar 139/2011 A Partir de 01.01.2006 A partir de 01.01.2006, considera-se microempresa (sigla ME), a pessoa jurídica que tenha auferido, no ano-calendário imediatamente anterior, receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais). Base: Lei 11.196/2005. Empresa de Pequeno Porte (EPP) A Partir de 01.01.2012 A partir de 01.01.2012, considera-se empresa de pequeno porte, a pessoa jurídica que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais). Base: Lei Complementar 139/2011 A Partir de 01.01.2006 A partir de 01.01.2006, considera-se empresa de pequeno porte (sigla EPP), a pessoa jurídica que tenha auferido, no ano-calendário imediatamente anterior, receita bruta superior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais). Base: Lei 11.196/2005. 5 LIMITES PROPORCIONAIS No caso de início de atividades no próprio ano-calendário, os limites serão proporcionais ao número de meses em que a pessoa jurídica houver exercido atividade, desconsideradas as frações de meses. A Partir de 01.01.2012 na hipótese de início de atividade no ano-calendário imediatamente anterior ao da opção, os valores proporcionais serão, respectivamente, de R$ 30.000,00 (trinta mil reais) para ME e R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) para EPP, multiplicados pelo número de meses de funcionamento naquele período, desconsideradas as frações de meses. Até 31.12.2011, na hipótese de início de atividade no ano-calendário imediatamente anterior ao da opção, os valores proporcionais serão, respectivamente, de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) para ME e R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) para EPP, multiplicados pelo número de meses de funcionamento naquele período, desconsideradas as frações de meses. Até 31.12.2005, para as pessoas jurídicas que iniciarem suas atividades no mês de dezembrodo ano-calendário será considerado como limite proporcional o valor equivalente a 11 R$ 10.000,00 e 100.000,00, respectivamente, para a microempresa e para a empresa de pequeno porte. Exemplo 1: Empresa constituída em 30/01/2011. Receita bruta de janeiro a dezembro: R$ 198.000. Enquadramento: R$ 198.000 dividido por 11 (número de meses de janeiro a dezembro, desconsiderando-se a fração do mês de janeiro) x 12 meses = R$ 216.000. Esta empresa está na categoria de ME, para o ano subsequente. Nota: para o ano em curso, considera-se a empresa como ME. Exemplo 2: Empresa constituída em 05/05/2011. Receita bruta de maio a dezembro: R$ 70.000. Enquadramento: R$ 70.000 dividido por 7 (número de meses de junho a dezembro, desconsiderando-se a fração do mês de maio) x 12 meses = R$ 120.000. Esta empresa está na categoria de ME, para o ano subsequente. Nota: para o ano em curso, considera-se a empresa como ME. 6 EFEITOS DA OPÇÃO DO SIMPLES A opção pelo SIMPLES produzirá efeitos: a partir de 1º de janeiro do próprio ano-calendário da opção, se formalizada até o último dia útil do mês de janeiro; a partir do primeiro dia do ano-calendário subsequente, se formalizada após janeiro; a partir de 1º de janeiro do próprio ano-calendário da opção, se formalizada até o último dia útil do mês de fevereiro, em relação ás opções efetuadas até 28.02.2001; a partir do primeiro dia do ano-calendário subsequente, se formalizada após fevereiro, em relação ás opções efetuadas até 28.02.2001; a partir do início de atividades, quando formalizada na constituição da empresa. Em qualquer caso, a opção é definitiva para o ano-calendário a que se refere. 7 INCENTIVOS FISCAIS, CRÉDITO DE IPI E ICMS A inscrição no Simples importa em vedação á utilização ou á destinação de qualquer valor a título de incentivo fiscal, bem como á tomada de créditos de IPI relativo a entradas, não sendo possível a transferência de créditos deste imposto. A opção pelo Simples Nacional dar-se-á por meio da internet, sendo irretratável para todo o ano-calendário. 8 ENQUADRAMENTO DO SIMPES NACIONAL A Lei Complementar nº 123/2006 e as atuais alterações, para fins de determinação da alíquota a ser utilizada no cálculo do Simples Nacional, trouxe 5 (cinco) Anexos, sendo: a) Anexo I - comércio; 12 b) Anexo II - indústria; c) Anexo III - para serviços e locação de bens móveis; d) Anexo IV - para serviços prestados com cessão de mão-de-obra; e) Anexo V - para serviços, conforme especificações da Lei Complementar nº 123/2006. TABELAS DOS SIMPLES NACIONAL – RESOLUÇÃO 94/2012 Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Comércio Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP CPP ICMS Até 180.000,00 4,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25% De 180.000,01 a 360.000,00 5,47% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86% De 360.000,01 a 540.000,00 6,84% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33% De 540.000,01 a 720.000,00 7,54% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56% De 720.000,01 a 900.000,00 7,60% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58% De 900.000,01 a 1.080.000,00 8,28% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82% De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 8,36% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84% De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 8,45% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87% De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 9,03% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07% De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 9,12% 0,43% 0,43% 1,26% 0,30% 3,60% 3,10% De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 9,95% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38% De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 10,04% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41% De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 10,13% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45% De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 10,23% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48% De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 10,32% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51% De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 11,23% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82% De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 11,32% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85% De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 11,42% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88% De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 11,51% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91% De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 11,61% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95% Anexo II da Resolução CGSN nº 94, de 29 de novembro de 2011. (art. 25, inciso II) (vigência: 01/01/2012) 13 Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Indústria Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP CPP ICMS IPI Até 180.000,00 4,50% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25% 0,50% De 180.000,01 a 360.000,00 5,97% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86% 0,50% De 360.000,01 a 540.000,00 7,34% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33% 0,50% De 540.000,01 a 720.000,00 8,04% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56% 0,50% De 720.000,01 a 900.000,00 8,10% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58% 0,50% De 900.000,01 a 1.080.000,00 8,78% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82% 0,50% De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 8,86% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84% 0,50% De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 8,95% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87% 0,50% De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 9,53% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07% 0,50% De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 9,62% 0,42% 0,42% 1,26% 0,30% 3,62% 3,10% 0,50% De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 10,45% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38% 0,50% De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 10,54% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41% 0,50% De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 10,63% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45% 0,50% De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 10,73% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48% 0,50% De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 10,82% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51% 0,50% De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 11,73% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82% 0,50% De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 11,82% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85% 0,50% De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 11,92% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88% 0,50% De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 12,01% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91% 0,50% De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 12,11% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95% 0,50% 14 Anexo III da Resolução CGSN nº 94, de 29 de novembro de 2011. (art. 25, inciso III) (vigência: 01/01/2012) Alíquotas e Partilha do Simples Nacional – Receitas Decorrentes de Locação de Bens Móveis e de Prestação de Serviços Relacionados no Inciso III do art. 25 da Resolução CGSN nº 94, de 2011 Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP CPP ISS Até 180.000,00 6,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 4,00% 2,00% De 180.000,01 a 360.000,00 8,21% 0,00% 0,00% 1,42% 0,00% 4,00% 2,79% De 360.000,01 a 540.000,00 10,26% 0,48% 0,43% 1,43% 0,35% 4,07% 3,50% De 540.000,01 a 720.000,00 11,31% 0,53% 0,53% 1,56% 0,38% 4,47% 3,84% De 720.000,01 a 900.000,00 11,40% 0,53% 0,52% 1,58% 0,38% 4,52% 3,87% De 900.000,01 a 1.080.000,00 12,42% 0,57% 0,57% 1,73% 0,40% 4,92% 4,23% De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 12,54% 0,59% 0,56% 1,74% 0,42% 4,97% 4,26% De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 12,68% 0,59% 0,57% 1,76% 0,42% 5,03% 4,31% De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 13,55% 0,63% 0,61% 1,88% 0,45% 5,37% 4,61% De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 13,68% 0,63% 0,64% 1,89% 0,45% 5,42% 4,65% De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 14,93% 0,69% 0,69% 2,07% 0,50% 5,98% 5,00% De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 15,06% 0,69% 0,69% 2,09% 0,50% 6,09% 5,00% De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 15,20% 0,71% 0,70% 2,10% 0,50% 6,19% 5,00% De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 15,35% 0,71% 0,70% 2,13% 0,51% 6,30% 5,00% De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 15,48% 0,72% 0,70% 2,15% 0,51% 6,40% 5,00% De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 16,85%0,78% 0,76% 2,34% 0,56% 7,41% 5,00% De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 16,98% 0,78% 0,78% 2,36% 0,56% 7,50% 5,00% De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 17,13% 0,80% 0,79% 2,37% 0,57% 7,60% 5,00% De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 17,27% 0,80% 0,79% 2,40% 0,57% 7,71% 5,00% De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 17,42% 0,81% 0,79% 2,42% 0,57% 7,83% 5,00% 15 Anexo IV da Resolução CGSN nº 94, de 29 de novembro de 2011. (art. 25, inciso IV) (vigência: 01/01/2012) Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Receitas Decorrentes da Prestação de Serviços Relacionados no Inciso IV do art. 25 da Resolução CGSN nº 94, de 2011 Receita Bruta Total em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP ISS Até 180.000,00 4,50% 0,00% 1,22% 1,28% 0,00% 2,00% De 180.000,01 a 360.000,00 6,54% 0,00% 1,84% 1,91% 0,00% 2,79% De 360.000,01 a 540.000,00 7,70% 0,16% 1,85% 1,95% 0,24% 3,50% De 540.000,01 a 720.000,00 8,49% 0,52% 1,87% 1,99% 0,27% 3,84% De 720.000,01 a 900.000,00 8,97% 0,89% 1,89% 2,03% 0,29% 3,87% De 900.000,01 a 1.080.000,00 9,78% 1,25% 1,91% 2,07% 0,32% 4,23% De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 10,26% 1,62% 1,93% 2,11% 0,34% 4,26% De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 10,76% 2,00% 1,95% 2,15% 0,35% 4,31% De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 11,51% 2,37% 1,97% 2,19% 0,37% 4,61% De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 12,00% 2,74% 2,00% 2,23% 0,38% 4,65% De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 12,80% 3,12% 2,01% 2,27% 0,40% 5,00% De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 13,25% 3,49% 2,03% 2,31% 0,42% 5,00% De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 13,70% 3,86% 2,05% 2,35% 0,44% 5,00% De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 14,15% 4,23% 2,07% 2,39% 0,46% 5,00% De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 14,60% 4,60% 2,10% 2,43% 0,47% 5,00% De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 15,05% 4,90% 2,19% 2,47% 0,49% 5,00% De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 15,50% 5,21% 2,27% 2,51% 0,51% 5,00% De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 15,95% 5,51% 2,36% 2,55% 0,53% 5,00% De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 16,40% 5,81% 2,45% 2,59% 0,55% 5,00% 16 De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 16,85% 6,12% 2,53% 2,63% 0,57% 5,00% 9 - Atividades Sujeitas No Anexo V Segue abaixo as atividades de prestação de serviços na forma do Anexo V: a) cumulativamente administração e locação de imóveis de terceiros; b) academias de dança, de capoeira, de ioga e de artes marciais; c) academias de atividades físicas, desportivas, de natação e escolas de esportes; d) elaboração de programas de computadores, inclusive jogos eletrônicos, desde que desenvolvidos em estabelecimento da optante; e) licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação; f) planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas, desde que realizados em estabelecimento da optante; g) empresas montadoras de estandes para feiras; h) laboratórios de análises clínicas ou de patologia clínica; i) serviços de tomografia, diagnósticos médicos por imagem, registros gráficos e métodos óticos, bem como ressonância magnética; j) serviços de prótese em geral. 10. FATOR “R” As empresas com atividades enquadradas no Anexo V do SIMPLES NACIONAL, a contribuição para a Seguridade Social (INSS patronal) não está incluída no Simples Nacional, devendo ser recolhida na forma da legislação aplicável, devendo ser apurado o fator “r” (site da Receita Federal do Brasil). Ressalta-se que umas das características que difere a tabela do Anexo V das tabelas dos Anexos III e IV (que também são tabelas para receitas de prestação de serviço) é o fator “r”. Fator “r” é a relação entre a folha de salários, incluídos encargos, nos 12 (doze) meses anteriores ao período de apuração, e a receita bruta total acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao período de apuração (“r”), ou seja, é cálculo desta relação (r). 17 11. RECEITAS ENQUADRADAS NO ANEXO V Como já foi visto, ressaltam-se, que as empresas optantes pelo Simples Nacional que obtiverem receitas sujeitas ao Anexo V, devem calcular (mensalmente) a relação entre a folha de salários incluídos encargos, nos 12 (doze) meses anteriores ao período de apuração e a receita bruta total acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao período de apuração (r). O Anexo V da Lei Complementar 123, de 14 de dezembro de 2006, vigência: 01.01.2012 (Redação dada pela Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011), contempla alíquotas variando entre 8% (oito por cento) e 22,9% (vinte e dois, vírgula nove por cento), para a apuração do fator “r”, conforme Anexo V - Tabela V-A. O SIMPLES NACIONAL será recolhido através de documento único de arrecadação (DAS), considerando os impostos e contribuições descritos abaixo: a) IRPJ (Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica); b) CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido); c) Contribuição para o PIS/PASEP; d) COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social); e) CPP (Contribuição Patronal Previdenciária); f) ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza). 12 CÁLCULO DO FATOR “R” DE EMPRESAS COM ATIVIDADE INCLUÍDAS NO ANEXO V DO SIMPLES NACIONAL Nas receitas sujeitas à aplicação de alíquotas do Anexo V, o fator “r” deverá ser apurado pela relação entre a folha de salários, incluídos encargos, nos 12 (doze) meses anteriores ao período de apuração e a receita bruta total acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao período de apuração. Observação: O cálculo do fator “r” é feito mensalmente, cálculo da relação (r). 13 - Considera-se Folha de Salários Para Fins do SIMPLES NACIONAL Considera-se folha de salários, incluídos também os encargos, o montante pago nos 12 (doze) meses anteriores ao do período de apuração, a título de salários, retiradas de pró- labore, acrescidos do montante efetivamente recolhido a título de contribuição para a Seguridade Social destinada à Previdência Social e para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (Resolução Comitê Gestor do Simples Nacional nº 94, de 29 de novembro de 2011, artigos 25 e 26). “Art. 26. Na hipótese de a ME ou EPP optante pelo Simples Nacional obter receitas decorrentes da prestação de serviços previstas no inciso V do art. 25, deverá apurar o fator (r), que é a relação entre a: (Lei Complementar nº 123, de 2006, Anexo V) I - folha de salários, incluídos encargos, nos 12 (doze) meses anteriores ao período de apuração; e II - receita bruta total acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao período de apuração. 18 § 1º Para efeito do disposto no inciso I do caput, considera-se folha de salários, incluídos encargos, o montante pago nos 12 (doze) meses anteriores ao do período de apuração, a título de salários, retiradas de pró-labore, acrescidos do montante efetivamente recolhido a título de contribuição para a Seguridade Social destinada à Previdência Social e para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 24). 2º Para efeito do disposto no § 1º: I - deverão ser considerados os salários informados na forma prevista no inciso IV do art. 32 da Lei nº 8.212, de 1991; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 25) II - consideram-se salários o valor da base de cálculo da contribuição prevista nos incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, agregando-se o valor do décimo-terceiro salário na competência da incidência da referida contribuição, na forma do caput e dos §§ 1º e 2º do art. 7º da Lei nº 8.620, de 5 de janeiro de 1993. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 24)”. 14 - Não Integra Para o Cálculo do Fator “R” As Resoluções CGSN determinam que para o cálculo do fator “r” devemos considerar o valor da folha de pagamento, como já vimos anteriormente. Ressaltamos que não deverá ser considerado para calcularo fator “r”, como dispõe o Decreto nº 3.408/1999, artigo 214, § 9º, ou seja, deverá ser excluído o que não integra ao salário- de-contribuição. Importante: Ressaltamos que as parcelas citadas acima, conforme o decreto, quando pagas ou creditadas em desacordo com a Legislação pertinente, integra o salário-de-contribuição para todos os efeitos legais. Através da alteração da Lei Complementar nº 123/2006, artigo 18, § 25 ficou determinado também que para fins de cálculo do fator “r” deverão ser considerados os salários informados na forma prevista no inciso IV do artigo 32 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, ou seja, salários informados em GFIP. 15 - Encargos Conforme citado no item acima, os encargos também integram para o cálculo do fator “r” juntamente com a folha de salários, conforme abaixo: a) Contribuição Previdenciária Patronal; b) FGTS (valor efetivamente recolhido). Importante: Ressalta-se, que o montante efetivamente recolhido a título de contribuição para Seguridade Social, somente refere à parte patronal (CPP – Contribuição Previdenciária Patronal) paga pela empresa, ou seja, não inclui os valores descontados dos empregados. 16 - Empregado Afastado O empregado afastado recebendo benefício previdenciário (por exemplo, auxílio-doença acidentário), em que o encargo da empresa deste funcionário é apenas o recolhimento do FGTS, esse encargo deve ser considerado no cômputo do Fator “r” a que se refere o art. 18 da Lei Complementar nº 123/2006. Observação: Como o recolhimento do FGTS um encargo da empresa, o valor recolhido a esse título entra no cálculo do Fator “r”. 17- Hipótese de A ME ou EPP Terem Menos de 13 (Treze) Meses de Atividade 19 Conforme a Resolução Comitê Gestor do Simples Nacional nº 94, de 29 de novembro de 2011, artigo 26, § 4°, na hipótese de a ME ou EPP ter menos de 13 (treze) meses de atividade, adotar-se-ão, para a determinação da folha de salários anualizada, incluídos encargos, os mesmos critérios para a determinação da receita bruta total acumulada, estabelecidos no art. 21, no que couber. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º) Exemplo: Empresa com início de sua atividade de junho de 2011, com os valores da folha de salário mais encargos, o cálculo do fator “r” será junho de 2011 a dezembro de 2011, o período de apuração janeiro de 2012 e o recolhimento no DAS no dia 20 do mês subseqüente, ou seja, fevereiro de 2012, conforme demonstração a seguir: - Junho/2011: R$ 30.000,00 - Julho/2011: R$ 15.000,00 - Agosto/2011: R$ 15.000,00 - Setembro/2011: R$ 15.000,00 - Outubro/2011: R$ 10.000,00 - Novembro/2011: R$ 10.000,00 - Dezembro/2011: R$ 15.000,00 - Total: R$ 110.000,00 Para o cálculo do fator “r”, com recolhimento em fevereiro de 2012, devemos considerar os valores de junho de 2011 a dezembro de 2011, conforme o exemplo acima, ou seja, os 7 (sete) meses, no total de R$ 110.000,00. Dessa forma, a média aritmética da folha de salários mais encargos será: R$ 110.000,00 / 7 (meses) = R$ 15.714,28 R$ 15.714,28 x 12 = R$ 188.571,36 Para cálculo do fator “r”, a empresa em questão utilizará o montante de R$ 188.571,36. 18- Fórmula Para Cálculo do Fator “r” Conforme a Resolução Comitê Gestor do Simples Nacional nº 94, de 29 de novembro de 2011 e a Lei Complementar n° 123/2006, Anexo V, para fatos geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2009, deverá ser apurada a relação entre a folha de salários, incluídos encargos, nos 12 (doze) meses anteriores ao período de apuração e a receita bruta total acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao período de apuração (r), conforme demonstrado abaixo: (r) = Folha de Salários incluídos encargos (em 12 meses) Receita Bruta (em 12 meses) 19 - Exemplos eo Fator “r” Exemplo 1: Dados da empresa (utilizando os dados do item 5.4, desta matéria) temos: a) folha de salários, mais encargos e receita bruta dos últimos 7 (sete) meses à apuração do fator “r”: b) folha de salários mais encargos = R$ R$ 188.571,36 20 c) receita bruta mensal = R$ 500.000,00 Cálculo do Fator “r”: r = R$ 188.571,36 / R$ 500.000,00 = 0,38 Exemplo 2: Dados da empresa: a) folha de salários, mais encargos e receita bruta dos últimos 12 (doze) meses à apuração do fator “r”: b) folha de salários mais encargos = R$ 48.000,00 c) receita bruta mensal = R$ 300.000,00 Cálculo do Fator “r”: r = R$ 48.000,00 / R$ 300.000,00 = 0,16 20- Apurada da Relação (r) Conforme o cálculo do exemplo 2 acima citado, o fator “r” corresponde a 0,16, conforme apuração do Anexo V da Lei Complementar 123, de 14 de dezembro de 2006, com vigência a partir de 01.01.2012 (Redação dada pela Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011). Tabela - Anexo V da Lei Complementar 123, de 14 de dezembro de 2006, vigência: 01.01.2012 (Redação dada pela Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011). E a receita bruta nos últimos 12 (doze) meses = R$ 300.000,00, então, pode-se identificar a alíquota do Simples Nacional, conforme destacada na tabela abaixo: Receita Bruta em 12 meses (em R$) (r)<0,10 0,10≤ (r) e (r) < 0,15 0,15≤ (r) e (r) < 0,20 0,20≤ (r) e (r) < 0,25 0,25≤ (r) e (r) < 0,30 0,30≤ (r) e (r) < 0,35 0,35≤ (r) e (r) < 0,40 (r) ≥ 0,40 ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... De 360.000,01 a 540.000,00 ... ... 14,20% ... ... ... ... ... De acordo com a apuração acima, a alíquota do Simples Nacional atribuída à empresa é de 14,20%. 21 – Alíquota de Serviços - ISS Além da alíquota apurada no item acima, deve-se incluir, conforme a atividade, também a apuração do percentual do ISS devido ao próprio Município. 21 Anexo V da Lei Complementar n° 123, de 14 de Dezembro de 2006 (vigência: 01/01/2012) Segue abaixo, informações e a tabela completa, referente à apuração do fator “r”, conforme estabelece a Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. Anexo V da Lei Complementar 123, de 14 de dezembro de 2006, vigência: 01/01/2012 (Redação dada pela Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011) Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Receitas decorrentes da prestação de serviços relacionados no § 5o-D do art. 18 desta Lei Complementar. 1) Será apurada a relação (r) conforme abaixo: (r) = Folha de Salários incluídos encargos (em 12 meses) Receita Bruta (em 12 meses) 2) Nas hipóteses em que (r) corresponda aos intervalos centesimais da Tabela V-A, onde “<“ significa menor que, “>” significa maior que, “d”” significa igual ou menor que e “e”” significa maior ou igual que, as alíquotas do Simples Nacional relativas ao IRPJ, PIS/Pasep, CSLL, Cofins e CPP corresponderão ao seguinte: TABELA V-A Receita Bruta em 12 meses (em R$) (r)<0,10 0,10≤ (r) e (r) < 0,15 0,15≤ (r) e (r) < 0,20 0,20≤ (r) e (r) < 0,25 0,25≤ (r) e (r) < 0,30 0,30≤ (r) e (r) < 0,35 0,35≤ (r) e (r) < 0,40 (r) ≥ 0,40 Até 180.000,00 17,50% 15,70% 13,70% 11,82% 10,47% 9,97% 8,80% 8,00% De 180.000,01 a 360.000,00 17,52% 15,75% 13,90% 12,60% 12,33% 10,72% 9,10% 8,48% De 360.000,01 a 540.000,00 17,55% 15,95% 14,20% 12,90% 12,64% 11,11% 9,58% 9,03% De 540.000,01 a 720.000,00 17,95% 16,70% 15,00% 13,70% 13,45% 12,00% 10,56% 9,34% De 720.000,01 a 900.000,00 18,15% 16,95% 15,30% 14,03% 13,53% 12,40% 11,04% 10,06% De 900.000,01 a 1.080.000,00 18,45% 17,20% 15,40% 14,10% 13,60% 12,60% 11,60%10,60% De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 18,55% 17,30% 15,50% 14,11% 13,68% 12,68% 11,68% 10,68% De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 18,62% 17,32% 15,60% 14,12% 13,69% 12,69% 11,69% 10,69% De 18,72% 17,42% 15,70% 14,13% 14,08% 13,08% 12,08% 11,08% 22 1.440.000,01 a 1.620.000,00 De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 18,86% 17,56% 15,80% 14,14% 14,09% 13,09% 12,09% 11,09% De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 18,96% 17,66% 15,90% 14,49% 14,45% 13,61% 12,78% 11,87% De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 19,06% 17,76% 16,00% 14,67% 14,64% 13,89% 13,15% 12,28% De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 19,26% 17,96% 16,20% 14,86% 14,82% 14,17% 13,51% 12,68% De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 19,56% 18,30% 16,50% 15,46% 15,18% 14,61% 14,04% 13,26% De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 20,70% 19,30% 17,45% 16,24% 16,00% 15,52% 15,03% 14,29% De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 21,20% 20,00% 18,20% 16,91% 16,72% 16,32% 15,93% 15,23% De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 21,70% 20,50% 18,70% 17,40% 17,13% 16,82% 16,38% 16,17% De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 22,20% 20,90% 19,10% 17,80% 17,55% 17,22% 16,82% 16,51% De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 22,50% 21,30% 19,50% 18,20% 17,97% 17,44% 17,21% 16,94% De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 22,90% 21,80% 20,00% 18,60% 18,40% 17,85% 17,60% 17,18% 23 Lucro real: 1 Conceito: O lucro real será determinado a partir do lucro líquido do período de apuração obtido na escrituração comercial (antes da provisão para o imposto de renda) e demonstrado no Lalur, observando-se que: 1. Serão adicionados ao lucro líquido (RIR/1999, art. 249): a. os custos, despesas, encargos, perdas, provisões, participações e quaisquer outros valores deduzidos na apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação tributária, não sejam dedutíveis na determinação do lucro real (exemplo: resultados negativos de equivalência patrimonial, custos e despesas não dedutíveis); b. os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores não incluídos na apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação tributária, devam ser computados na determinação do lucro real (exemplo: ajustes decorrentes da aplicação dos métodos dos preços de transferência, lucros auferidos por controladas e coligadas domiciliadas no exterior); 1. Poderão ser excluídos do lucro líquido (RIR/1999, art. 250): a. os valores cuja dedução seja autorizada pela legislação tributária e que não tenham sido computados na apuração do lucro líquido do período de apuração (exemplo: depreciação acelerada incentivada); b. os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores incluídos na apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação tributária, não sejam computados no lucro real (exemplo: resultados positivos de equivalência patrimonial, dividendos); Poderão ser compensados, total ou parcialmente, à opção do contribuinte, os prejuízos fiscais de períodos de apuração anteriores, desde que observado o limite máximo de 30% (trinta por cento) do lucro líquido ajustado pelas adições e exclusões previstas na legislação tributária. O prejuízo compensável é o apurado na demonstração do lucro real de períodos anteriores e registrado no Lalur (parte B) (Lei n o 8.981, de 1995, art. 42). Portanto, Lucro real é o lucro líquido apurado na escrituração contábil, com observância das normas da legislação comercial, ajustado no Livro de Apuração do Lucro Real – LALUR, pelas adições, exclusões e compensações prescritas ou autorizadas pela legislação tributária (arts. 247, 249 e 250 do RIR/99). 2 Finalidade: A finalidade do lucro real é apurar a base de cálculo do imposto de renda das pessoas jurídicas que optarem por esse tipo de apuração. 24 O Lucro real é demonstrado no Livro de Apuração do Lucro Real – LALUR. Lembramos que em 2014 o Lalur será extinto. 3 Lalur: O Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) é um livro fiscal exigido pela legislação do imposto de renda (art. 262 do RIR/99). Conforme o modelo aprovado pela IN SRF nº 28/78, o LALUR, é dividido em duas partes distintas (cada uma delas deve conter 50% das folhas) reunidas em um só volume encadernado, a saber: Parte A, destinada aos lançamentos de ajustes do lucro líquido do período de apuração e à transcrição da demonstração do lucro real. Nessa parte é que apuramos a base de cálculo do imposto. Parte B (cuja numeração é seqüencial à da Parte A), destinada ao controle dos valores que foram ajustados na Parte A que devam influenciar a determinação do lucro real de períodos de apuração futuros e não constem da escrituração comercial. Adições: a) custos, despesas, encargos, perdas, provisões, participações e quaisquer outros valores deduzidos na apuração do lucro líquido e que, de acordo com a legislação do Imposto de Renda, não sejam dedutíveis na determinação do lucro real; b) resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores não incluídos na apuração do lucro líquido e que, de acordo com a legislação do Imposto de Renda, devam ser computados na determinação do lucro real. ADIÇÕES, EXCLUSÕES E COMPENSAÇÕES NO LALUR Tratamento de valores (exemplos): a)Despesas decorrentes da utilização de bens pelas empresas(aluguel, arrendamento, depreciação, manutenção e reparos, seguros, tributos, etc) Somente são dedutiveis se os bens estiverem ligados intrinsecamente com a produção ou a comercialização. IN SRF 11/1996. Dita Instrução normativa, apenas exemplificou com a relação de alguns bens ligados intrinsecamente com a produção e comercialização, não sendo uma relação exaustiva a lista. b) Ativo imobilizado – despesa operacional, custo de aquisição de bens para o ativo permanente Não superior a R$ 326,61, ou cujo prazo de vida útil não supere a um ano. Deve ser considerada como despesa, na ocasião da aquisição do bem, sendo inadmissível reverter para despesa o custo de bem anteriormente ativado. O bem por si só deve ter condições de prestar utilidade: ex. grampeador, cadeira, mesa, etc. Tijolo e telha não tem condições de gerar utilidade à empresa. 25 Não é o caso de vasilhames, engradados que não podem ser jogados como despesa pois não podem ser analisados senão em conjunto, devendo ser jogados na contabilidade como ativo imobilizado. (Art. 301 RIR/1999). C) Conservação de bens, substituição de peças do ativo imobilizado Podem ser lançados como despesa, desde que destinadas a manter a eficiência do bem e estes estejam relacionados intrinsecamente com a produção ou comercialização. Se resultar em aumento de vida útil do bem em mais de um ano, deve o valor ser ativado para servir de depreciações futuras. Exemplo: A empresa substituiu o motor de um caminhão: Custo de aquisição 80.000,00 Depreciação acumulada 60.000,00 Valor do bem na contabilidade 20.000,00 Custo de aquisição do motor = 15.000,00 Cálculo do percentual correspondente a parte não depreciada do bem: 20.000,00 x 100 / 80.000,00 = 25% Classificação contábil do custo de aquisição do motor novo: 25% de 15.000,00 = 3.750,00 (valor a escriturado a débito na conta de resultado. Parcela a ser incorporada ao custo de aquisição do bem no ativo imobilizado 15.000,00 – 3750,00 = 11250,00 Novo valor contábil 20.000,00 + 11.250,00 = 31.250,00 O 1º Conselho de contribuintes já decidiu que cabe ao Fisco demonstrarque houve aumento de mais de um ano na vida útil do bem Acórdão 101-77955/88. c) Amortização de capitais classificados no ativo imobilizado Dedutibilidade como custo ou despesa operacional De acordo com o artigo 324 do RIR/1999, as pessoas jurídicas podem apropriar como custo de produção ou despesa operacional, a titulo de amortização, importância correspondente à recuperação de capitais (classificados no ativo imobilizado) aplicados, com o objetivo de manutenção das atividades da empresa, em : a)bens imateriais, entendidos como tais os direitos de propriedade industrial ou comercial(marcas e patentes), direitos autorais etc., com prazo de fruição limitado; b)bens materiais cujo prazo de utilização, por disposição legal ou contratual, tenha duração inferior ao prazo de vida útil dos bens. Capitais amortizáveis 26 Pode ser amortizado o capital aplicado na aquisição de direitos cuja existência ou exercício tenha duração limitada, ou bens cuja utilização pelo contribuinte tenha prazo legal ou contratualmente limitado (art. 325 RIR/99), tais como: a)patentes, invenções, formulas, direitos autorais, processos de fabricação, licenças, autorizações ou concessões; b)Investimentos em bens que, nos termos da lei ou contrato que regule a concessão de serviço publico, devam reverter ao poder publico concedente, ao fim do prazo da concessão, sem indenização; c)Custo de aquisição, prorrogação ou modificação de contratos e direitos de qualquer natureza, inclusive de exploração de fundos de comercio; d)Custo das construções ou benfeitorias em bens locados ou arrendados ou em bens de terceiros, quando não houver direito ao recebimento do valor; e)Valor contratual de exploração de florestas. Não poderá ser amortizado (nem depreciados) os recursos aplicados em direitos cujo exercício ou duração não tenha prazo determinado, como por exemplo a linha telefônica. Não é admitida a amortização para os quais haja registrada quota de exaustão, exemplo recursos minerais, empreendimentos florestais destinados ao corte para industrialização, comercialização ou consumo. Não podem também ser amortizados cujo contrato de locação de bens ou arrendamento não tiver prazo de duração. Ou que não vede a empresa arrendatária o direito de ser indenizada pelas benfeitorias realizadas. Caso sejam feitas benfeitorias em bens dos sócios não podem ser amortizadas, sob pena de se caracterizar distribuição disfarçada de lucro. (Art. 464 do RIR/99). d) Leasing - Arrendamento mercantil As prestações podem ser deduzidas como o custo ou despesa operacional se o bem estiver ligado intrinsecamente a atividade de produção de bens e serviços ( Art. 356, RIR/99). Quanto ao valor de antecipação mensal de compra há controvérsias quanto a possibilidade de dedução como despesa dedutível do lucro real. Portaria MF 140/1984. Todavia no final o a opção de compra devera ser lançada na conta de ativo, com os valores antecipados durante o contrato e o valor residual Lei 609/74, art. 15. O bem tem que ter sido lançado na contabilidade como despesa. Caso seja lançado como ativo, vai ter que seguir as regras da depreciação. São também dedutíveis os gastos necessários para manter em bom estado o bem, desde que não lhe aumente a vida útil em mais de um ano. Seguros, também podem ser deduzidos como despesa. Não pode a arrendatária se apropriar como despesa de benfeitorias em bens objeto de contrato de arrendamento mercantil durante a vigência do contrato. PN CST 18/1987. Leasing back A perda pela venda do bem para a arrendadora a arrendante não poderá ser deduzida na determinação do lucro real da alienante. 27 Prazo mínimo do contrato de leasing: Leasing financeiro – 2 anos, quando se tratar de bens com vida útil igual ou inferior a cinco anos; três anos para os demais bens Leasing operacional – noventa dias. e) Arrendamento de imóvel construído pela arrendadora em terreno da arrendatária Não pode ser deduzido por não se considerar arrendamento mercantil PN CST 24/1982. Arrendamento de bens destinados à locação Somente se o bem for adquirido de terceiros e a atividade da arrendatária for locação de bens. f) Royalties e despesas com assistência técnica ou semelhantes Condições para dedutibilidade: a partir da averbação do contrato no INPI; até o limite máximo de 5% da receita liquida da receita liquida das vendas dos produtos fabricados ou vendidos; Se o contrato estiver registrado no BACEN se o destinatário for pessoa domiciliada no exterior. Somente será admitida a despesa se esta for necessária para que o contribuinte mantenha a posse, o uso ou a fruição do bem ou direito que produz o rendimento. g) Franquia De acordo com a ADI do SRF 2/2002 a remuneração paga pelo franqueado ao franqueador é dedutível da base de calculo do imposto aplicando-se o mesmo percentual de 5% . Não são dedutíveis os royalties pago aos sócios, pessoas físicas ou jurídicas, dirigentes de empresas, bem como parentes ou dependentes. Bem como não são dedutíveis o que é pago pela filial de empresa com sede no exterior em beneficio de sua matriz. h) Software Se for software de base que compõe o hardware, os dispêndios devem compor o ativo imobilizado. Se for software aplicativos, cuja remuneração tem a natureza de direito autoral, podem ser deduzidos como despesa, observando-se sempre a necessidade e a normalidade. i) Propaganda Art. 366 do RIR/99. Podem ser deduzidas, observados os requisitos do citado artigo desde que relaciona-se diretamente com a atividade da empresa e que se difunda o nome da empresa, seus produtos, etc. Deve-se observar o regime de competência e a empresa beneficiaria tenha CNPJ e mantenha escrituração regular (pedir declaração e cartão CNPJ). As despesas de propaganda devem ser lançadas em conta própria na contabilidade. 28 j) Amostra grátis Requisitos para dedução: contabilização pelo custo real; Emissão de NF; Não pode ultrapassar 5% da receita obtida na venda dos produtos. Cosméticos, perfumes e toucador 1%. IN SRF 2/1969 . custo real = todos os gastos(diretos e indiretos) e encargos incorridos na produção. Pode ultrapassar o limite se houver planos especiais de divulgação aprovados pelo Delegado da Receita Federal. (item 96, IN SRF 2/1969. ART. 366, parágrafo 1º do RIR/99. k) locação de dependências em agremiações esportivas Podem ser lançadas como despesas de propaganda e podem ser deduzidas do lucro real (ex. placas). l) brindes Não podem ser deduzidos, exceto de for de diminuto valor e relacionados diretamente com a atividade da empresa.( Lei 9249/1995, art. 13). Bens ativados com via útil superior a um ano, ainda que sejam empregados na propaganda devem ser registrados em conta própria do ativo. m) Despesas com propaganda no exterior Podem ser deduzidas como despesa do Lucro Real – Art. 367 RIR/1999. n) Patrocínio de Evento Podem ser deduzidos desde que relacionados a divulgação de produtos da empresa – Acórdão 105-3-187/1989 1º CC. o) Tributos e contribuições Art. 344 RIR/1999 Podem ser deduzidos tributos estaduais, municipais e federais pelo regime de competência. Não podem ser deduzidos se estiverem com a exigibilidade suspensa. (art. 151 do CTN). Contribuição social e IR não podem ser deduzidos. p) Impostos pagos na aquisição de bens do ativo permanente ICMS e IPI não podem. Podem ser deduzidos o ITBI e o diferencial de alíquota. q) Imposto de renda incidente na fonte sobre rendimentos pagos a terceiros Art. 344 do RIR/99 29 A dedutibilidade como custo ou despesa abrange o imposto sobre os rendimentos queo contribuinte, como fonte pagadora, tiver o dever legal de reter e recolher, ainda que assuma o ônus do imposto. r) multas por infrações fiscais Não são dedutíveis PN CST 61/1979, nas transgressões de leis que regem os tributos. Somente as de natureza compensatórias e as impostas por infrações das quais não tenha falta ou insuficiência de pagamentos de tributos Art. 344, parágrafo 5º do RIR/1999. São dedutíveis as multas de recolhimento em atraso de pagamento de impostos antes de qualquer procedimento do Fisco, e, também a multa por preenchimento incorreto de obrigações acessórias. Deve-se observar o regime de competência. s) Multas FGTS Tendo natureza indenizatória, e o FGTS não tendo natureza de tributo podem ser deduzidas. t) Multas de trânsito Podem ser deduzidas porém se atender a um gasto necessário a atividade da empresa e manutenção da fonte produtora. Não é o entendimento da Receita, sendo segundo ela indedutivel. PN CST 61/1979. u) Juros de Mora São dedutíveis PN CST 174/1974. v) Correção monetária Podem ser deduzidas se o imposto puder ser deduzido. Lembramos que os imposto desde 1995 não sofrem correção. x) Diárias Pagamentos por viagens eventuais para atender serviços da empresa fora da sede do trabalho Perguntas e Respostas IRPF/2002 questão 259 Requisitos: Valores pagos guardem critério de razoabilidade; Empregados com vinculo com a empresa; Despesas com alimentação, hotel, etc. Comprovação a qualquer momento – docs. Deve-se comprovar o deslocamento. y) Ajuda de custo 30 Podem ser deduzidas PN CT 582/1979. z) Despesas com viagens a serviço da empresa deduções como despesa – requisitos Devem ser a qualquer momento comprovadas ( relatórios de atividades, copias de contratos, atas, reuniões. Gastos com alimentação desde que não ultrapassem o valor de R$ 16,57 por dia, independentemente de comprovação. Tabela de adições e Exclusões no Lucro Real e Contribuição Social It. Despesas / Receitas IRPJ CSLL Base Legal ADIÇÕES 01 Provisão para Contribuição Social X Lei 9.316/96 art. 1 02 Perdas Apuradas no mercado renda variável e de Swap que excederem o ganho X Art. 249 RIR/99-X 03 Doações ou Excesso de Doações X X Art. 365, 477 e 249 RIR/99 04 Multas de Trânsito X Art. 344 RIR/99 05 Multas fiscais de Ofício (autuações Art. 344 RIR/99 06 Fringe Beneficts (benefícios indiretos) X X Art. 249 RIR/99 Quaisquer Provisões, exceto 13º. e Férias X X Art. 13 L. 9.249/95 Arrendamento ou Leasing não relacionados a atividade da empresa X X Art. 13 L. 9.249/95 e Art. 339 RIR/99 Depreciação, manutenção, reparo, conservação, seguro de bens móveis ou imóveis não relacionados a atividade da empresa X X Art. 13 L. 9.249/95 Despesas com alimentação de sócios, acionistas e administradores X X Art. 13 L. 9.249/95 Contribuições não compulsórias dos empregados e de dirigentes, exceto seguro e plano de saúde X X Art. 13 L. 9.249/95 Doações não filantrópicas ou Excessos X X Art. 13 L. 9.249/95 07 13º. Pró Labore X Art. 357 RIR/99 08 Gratificações pagas aos Dirigentes X Art. 303 RIR/99 09 Brindes diversos X X Art. 249 RIR/99 31 10 Lucro Inflacionário Realizado X Art. 448 RIR/99 11 Resultado Negativo da Equivalência Patrimonial X X Art. 389 RIR/99 13 Reserva de Reavaliação Baixada no exercício X X Art. 435 RIR/99 14 Parcela Depreciação incentivada após 100% realizada X X Art. 313 RIR/99 15 Prejuízo não operacional do período X X Art. 431 I. 9.249/95 e art. 15 L. 9.065 16 Despesa aluguel acima valor Mercado Imóvel do sócio X X Art. 351 RIR/99 17 Furtos e Apropriações dos sócios X X Art. 364 RIR/99 18 Receitas Diferidas no Período – Org. Público X X Art. 407 e 409 RIR/99 e Lei 9.718/98 19 Pagamentos não identificados X X Art. 304 RIR/99 20 Excesso de Juros pagos s/ Capital Próprio X X Art. 347 RIR/99 DEDUÇÕES Lucros e Dividendos Recebidos avaliado Custo Aquisição X X Art. 383 RIR/99 Art. 655 RIR/99 Resultado Positivo da Equivalência Patrimonial X X Art. 389 RIR/99 Saldo Inicial Contas de Provisões Legais X X Art. 335 a 339 RIR/99 Receitas a Diferir – órgãos públicos X X Art. 407 e 409 RIR/99 Compensação Prejuízos não operacionais 30% X Art. 250 RIR/99 São operacionais as despesas não computadas nos custos, necessárias à atividade da empresa e à manutenção da respectiva fonte produtora; São necessárias as despesas pagas ou incorridas para a realização das transações ou operações exigidas pela atividade da empresa; As despesas operacionais admitidas são as usuais ou normais no tipo de transações, operações ou atividades da empresa; 32 Assim, despesa operacional dedutível é toda aquela que é necessária, normal ou usual. Basicamente, são três os requisitos que habilitam um determinado gasto a ser considerado como despesa operacional dedutível: 1. É necessário que o gasto seja incorrido, ou seja, é indispensável que a empresa já tenha usufruído dos bens e serviços adquiridos; 2. O gasto deve ser necessário para a manutenção da atividade da empresa e, além disso, deve ser normal e usual ou relacionado com a atividade explorada; e 3. O gasto deve ser adequadamente comprovado. Provisões: Diferente tratamento ocorre com as provisões; os valores debitados nos resultados pela formação de provisões não são, em princípio, dedutíveis: a dedução só poderá ser feita se houver autorização legal. De acordo com o artigo 335 do RIR/99: “Art. 335 - Na determinação do lucro real somente serão dedutíveis as provisões expressamente autorizadas neste Decreto (Decreto-lei nº 1730, de 17 de outubro de 1979, art. 3º, e Lei nº 9249, de 1995, art. 13, inciso I)”. A diferença entre despesa incorrida e provisão é fundamental. a) Provisão é um valor estimado no resultado do exercício. O valor não está definido (por exemplo: Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa; Provisão de Contingências etc.) b) Despesa é um valor já definido, determinado, no resultado do exercício. (Por exemplo: folha de salários; aluguéis; contas de consumo etc.). Provisões representam decréscimos patrimoniais (débito em conta de resultado) que tem como contrapartida contas do Ativo (casos em que ostentam a forma de contas retificadoras) ou contas de Passivo; neste último caso, as provisões representam parcelas que ainda não são exigíveis. Os valores que afetam o resultado são ou não dedutíveis: a regra geral é de que as provisões não são dedutíveis, exceto as autorizadas pela legislação tributária. II – Exclusões: a) Resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores incluídos na apuração do lucro líquido e que, de acordo com a legislação do Imposto de Renda, não sejam computados no lucro real; b) Valores cuja dedução seja autorizada pela legislação do Imposto de Renda e que, pela sua natureza exclusivamente fiscal, não tenham sido computados na apuração do lucro líquido. - Principais Exclusões: • Lucros ou dividendos recebidos, de investimento avaliado pelo custo de aquisição; • Reversão de provisões não dedutíveis; • Ajustes de RTT; e • Outras exclusões. 33 III – Compensação de prejuízos fiscais de períodos de apuração anteriores, respeitado o limite de 30% do lucro ajustado. 4. Pessoas Jurídicas Obrigadas à Apuração do Lucro Real: Estão obrigadas à apuração do Lucro Real (art. 14 daLei n° 9.718/98): a) As pessoas jurídicas que auferiram receita total no ano a imediatamente anterior superior a R$ 48.000.000,00; A partir de janeiro 2014 R$ 78.000.000,00; b) Cuja atividade sejam Instituições Financeiras e equiparadas; c) As pessoas jurídicas que auferiram lucros, rendimentos ou ganhos de capital no exterior; d) As pessoas jurídicas que usufruam benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto de renda; e) Que optarem pelo pagamento por estimativa; f) Factoring; g) As atividades de compra e venda, loteamento, incorporação e construção de imóveis que realizarem venda de imóveis antes de concluído o empreendimento e computaram, no custo do imóvel vendido, os custos orçados para a conclusão das obras (IN SRF n° 25/99); h) que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do agronegócio. Se a pessoa jurídica não estiver obrigada à apuração ao lucro real poderá optar por essa forma de apuração, como pessoa jurídica optante. Nesse caso, as pessoas jurídicas optantes deverão observar as mesmas exigências estabelecidas pela legislação, para as pessoas jurídicas obrigadas à apuração do lucro real. 5. Período de Apuração: O período de apuração das empresas é trimestral (art. 1° da Lei n° 9.430/96). A pessoa jurídica sujeita a tributação com base no lucro real poderá optar pelo regime anual de tributação. Nesse caso, a empresa deverá antecipar o imposto devido em 31 de dezembro pelo pagamento, em cada mês, por estimativa. Essa estimativa poderá ser calculada com base nas receitas brutas e demais receitas ou com base no levantamento de balanço ou balancete de verificação para suspender ou reduzir o pagamento do imposto. A opção pelo regime trimestral ou anual do imposto será efetuada no primeiro pagamento do imposto no ano-calendário e será irretratável para todo o ano calendário (art. 17 da IN SRF n° 93/1997). 6. Lucro Real Trimestral: Se a empresa optar pelo período trimestral deverá, apurar a base de cálculo do imposto de renda e da contribuição sobre o lucro líquido nos resultados apurados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano calendário, da seguinte maneira: 34 a) com base no levantamento de balanço patrimonial ou balancete de verificação; e b) efetuar os ajustes extracontábil no LALUR. Deverá, ainda: a) Escriturar, trimestralmente, o livro de Registro de Inventário e o livro para Registro Permanente de Estoque, até a data de vencimento da primeira ou da quota única do imposto; b) Apurar e pagar o imposto de renda e a CSLL, trimestralmente. O balanço ou balancete deverá ser efetuado com observância das disposições contidas nas leis comerciais e fiscais e ser transcrito no livro Diário até a data fixada para pagamento do imposto do respectivo trimestre, caso não esteja tendo a ECD. 1.6.1. Determinação do IRPJ: Lucro líquido contábil antes IRPJ (+) Adições (-) Exclusões (=) Lucro Ajustado (-) Compensações ( até 30% do lucro ajustado) (=) LUCRO REAL Cálculo: a) Alíquota normal: Lucro Real x 15% = IRPJ b) Adicional do imposto de renda: Lucro Real (-) Parcela Isenta ($ 60.000,00) (=) Base de cálculo do adicional (X) alíquota de 10% (=) Adicional do IRPJ c) A + B = Imposto Total Dedução dos Incentivos Fiscais: Do imposto normal devido (alíquota normal de 15%), poderão ser deduzidos os seguintes incentivos fiscais, observados os limites e condições aplicáveis, tais como: DEDUÇÕES Individual a partir de 1º.01.98 Global a partir de 1º.01.98 35 1) Programa Alimentação do Trabalhador (PAT) 4% 4% 2) PDTA/PDTI após 03.06.93 4% 3) Fundos da Criança 1% Não tem 4) Operações de Caráter Cultural e Artístico 4% 4% 5) Atividade Audiovisual 3% Deduções Permitidas: Poderão ser deduzidos do imposto devido (imposto total – incentivos fiscais), no trimestre: a) IR Fonte sobre pagamentos efetuados por órgãos públicos federais, estaduais e municipais; b) IR Fonte sobre pagamentos efetuados entidades da administração pública federal (empresas públicas; sociedades de economia mista e demais entidades que a União detenha a maioria do capital social com direito a voto); c) IR Fonte sobre remuneração de serviços profissionais; d) IR Fonte sobre os rendimentos de aplicação financeira;e) IR pago sobre os ganhos líquidos decorrentes de aplicação de renda variável. 7 Pagamento O imposto de renda, apurado no final do trimestre (IRPJ devido – Deduções), será pago em quota única, até o último dia útil do mês subsequente ao do encerramento do período de apuração (art. 19 da IN SRF n° 93/1997). O referido imposto poderá ser pago em até três quotas mensais, iguais e sucessivas, vencíveis no último dos três meses subsequentes ao do encerramento do período de apuração. 36 O valor de cada quota não poderá ser inferior a R$ 1.000,00. As quotas do imposto serão acrescidas de juros equivalentes à Taxa Selic, acumulada mensalmente, calculadas a partir do primeiro dia do segundo mês subsequente ao do encerramento do período de apuração até o último dia do mês anterior ao do pagamento e de 1% no mês do pagamento. No campo 04 do DARF serão informados os seguintes códigos: a) 3373, para pessoas jurídicas não obrigadas ao lucro real; b) 0220, para pessoas jurídicas obrigadas ao lucro real. Se for apurado imposto a compensar, este valor poderá ser compensado com os impostos administrados pela Fazenda Nacional, a partir do trimestre seguinte. Nesse caso, o valor do crédito deverá ser acrescido da taxa SELIC acumulada, mensalmente, a partir do 1º dia do mês seguinte ao encerramento do período base (trimestral). 8. Estimativa: No regime de tributação pelo lucro real, a empresa pode, a seu critério optar pelo pagamento mensal do imposto por estimativa (art. 2° da Lei n° 9.430/1996). As empresas, caso assim o procedam devem antecipar, mensalmente, o imposto devido no final do ano calendário por estimativa da seguinte forma: a) Receitas Brutas e Demais Receitas Auferidas no mês; ou b) Levantamento de Balanços ou Balancetes de Redução ou Suspensão. 1.8.1. Opção pelo pagamento mensal: A opção pelo pagamento mensal é exercida com o pagamento do imposto correspondente ao mês de janeiro (ou do início de atividade), vencível no último dia útil do mês subsequente (fevereiro), observado o seguinte: a) o exercício dessa opção implica, por si só, a obrigatoriedade de apuração do lucro real, em 31 de dezembro ou por ocasião de incorporação, cisão, fusão ou encerramento de atividades; b) a opção pelo pagamento mensal do Imposto de Renda impõe o pagamento mensal também da Contribuição Social sobre o Lucro. 1.8.2. Determinação do IRPJ: Base de cálculo do imposto mensal por estimativa, com base nas receitas brutas e acréscimos: No regime de pagamento por estimativa com base nas receitas brutas e demais acréscimos, a base de cálculo do Imposto de Renda mensal é o somatório dos seguintes valores: a) resultado da aplicação dos percentuais abaixo mencionados sobre a receita bruta mensal proveniente das vendas de mercadorias ou produtos, da prestação de serviços e de outras atividades compreendidas no objeto da empresa; 37 b) ganhos de capital e outras receitas ou resultados auferidos no mês, não compreendidos na receita bruta proveniente das atividades referidas na letra “a”. Percentuais aplicáveis sobre a receita bruta: A T I V I D A D E S % RB RB Anual até R$ 120.000,00* Serviços de transporte de cargas 8,0
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