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Fontes do Direito e ramos do Direito. Fontes primárias, 
fontes secundárias. Ramos do Direito Público e ramos 
do Direito Privado 
Maria Tereza Ferrabule Ribeiro
Introdução
Nesta aula estudaremos as fontes do Direito e suas origens, apresentando os ordenamentos 
jurídicos e o comportamento das leis, de acordo com sua eficácia e temporalidade. Aprenderemos 
ainda sobre as fontes primárias e secundárias, que também são chamadas de mediatas e imedia-
tas. E, finalmente, abordaremos a divisão do Direito em ramos, o Direito Público e o Direito Privado.
Objetivos de aprendizagem
Ao final desta aula, você será capaz de:
 • compreender os conceitos e as fontes no ramo do Direito;
 • identificar as fontes primárias e secundárias do Direito;
 • entender Direito Público e Direito Privado.
1 Conceitos de fontes e ramos do Direito
Vamos apresentar inicialmente o significado etimológico da palavra fonte, que é derivado do 
latim fons e significa “nascente manancial”. Assim, em um sentido amplo, entende-se que se trata 
do local em que “nascem ou brotam as águas” (SILVA, 1989, p. 311). No sentido legal podemos 
dizer que é a origem do nascimento das leis.
Por “fonte do direito” designamos os processos ou meios em virtude dos quais as regras 
jurídicas se positivam com legítima força obrigatória, isto é, com vigência e eficácia no 
contexto de uma estrutura normativa. (REALE, 2002, p. 140) 
As fontes podem ser dividas em materiais ou formais. Observe a seguir.
 • Fontes materiais
Estão diretamente ligadas ao conteúdo das normas, à integração do fato ao ordena-
mento jurídico, e são construídas ao logo do tempo. 
 • Fontes formais
Constituem o conjunto de normas de determinado território. É o mecanismo pelo qual 
o Direito se manifesta. 
Contudo, vale ainda destacar que as fontes podem ser estudadas sob outra perspectiva, 
sendo divididas entre fontes primárias e fontes secundárias.
Figura 1 – Fonte
Fonte: Inked Pixels / Shutterstock.com
2 Fontes primárias
As leis são consideradas fontes primárias do Direito. São fontes diretas, principais e possuem 
aplicabilidade imediata. As leis são classificadas ainda como formais, pois regulam e “dizem o 
direito” a um determinado povo.
Figura 2 – Igualdade
Fonte: Shutterstock.com.
FIQUE ATENTO!
As leis são de caráter genérico e obrigatório, impostas pelo Estado, e devem ser 
obedecidas por todos sem qualquer tipo de distinção.
O artigo 5° da Constituição Federal em seu caput dispõe que as leis são obrigatórias, desta 
forma os cidadãos não poderão alegar ignorância ou falta de conhecimento, caso venham a pra-
ticar ato que prejudique qualquer ordenamento jurídico (BRASIL, 1988). Assim, tenha sempre em 
mente que na organização administrativa brasileira, a Constituição Federal ocupa o primeiro grau 
na hierarquia das leis, seja no âmbito estadual ou municipal (NADER, 2014).
FIQUE ATENTO!
Em relação ao caráter de continuidade, uma norma somente perde a sua eficácia 
quando outra a modifica ou a revoga.
 
 Saiba ainda que as leis serão gerais, quando aplicadas para alcançar todos os cidadãos, 
como, por exemplo, a Constituição Federal; e especiais, quando este alcance se refere a situações 
particulares, como no caso da Consolidação das Leis do Trabalho (NADER, 2014).
Figura 3 – As leis
Fonte: Rafa Irusta / Shutterstock.com
Os ordenamentos jurídicos, como as leis, possuem atributos para validarmos sua existência. 
A seguir, vamos destacar esses atributos (NADER, 2014). Acompanhe!
 • Vigência
As leis podem ser permanentes (quando não houver prazo para a sua vigência) e tempo-
rárias (quando há prazo de vigência). Para que uma lei seja vigorada, ela sofre uma tem-
poralidade, conforme determina o artigo 1° da Lei de Introdução ao Código Civil. “Salvo 
disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país 45 (quarenta e cinco) dias 
depois de oficialmente publicada”. Esta vacância da lei é denominada de vacatio legis.
 • Efetividade
Deve ser obedecida tanto por quem se destina a lei, quanto por aqueles que a escrevem.
 • Eficácia
É determinada pela capacidade de produção de efeitos da norma jurídica. Estuda-se a 
função social da norma e se esta foi cumprida com sua vigência.
 • Legitimidade
Neste caso, a norma somente será legítima quando criada em conformidade com as 
exigências legais.
Por fim, é preciso entender também que os usos e costumes são considerados fonte primária e 
classificados como consuetudinários (costume jurídico), ou seja, quando o Direito está intimamente 
ligado à cultura da sociedade, sem passar pelo processo formal de criação de leis (DINIZ, 2017).
3 Fontes secundárias
As fontes secundárias são encontradas na forma de doutrina, analogia, jurisprudência e equi-
dade, ou seja, são mecanismos norteadores dos aplicadores do Direito, como as leis serão profe-
ridas em palavras, para facilitar o conhecimento e aplicação pelo órgão competente (DINIZ, 2017). 
A seguir, você conhecerá cada uma destas fontes de forma detalhada. 
 • Doutrina: são os compêndios escritos por juristas e pesquisadores do Direito, auxiliando 
de forma fundamental os operadores do Direito (formados como Bacharel em Direito) 
(SARAIVA, 2006).
EXEMPLO
O advogado, ao elaborar sua peça processual, poderá utilizar uma obra de autor 
consagrado para fortalecer sua tese acerca do que se pretende provar.
 • Analogia: é aplicada em casos que possuem certa semelhança. É uma forma de auxi-
liar os juízes na aplicabilidade de determinada sanção, analisando situações análogas 
(semelhantes) (GAGLIANO; PAMPLONA, 2012).
EXEMPLO
Sabe-se que a Lei Maria da Penha foi criada para proteger as mulheres, mas o juiz 
poderá utilizar medidas protetivas desta lei também para homens, ou seja, utilizan-
do a legislação de forma análoga. 
 • Jurisprudência: refere-se às decisões proferidas por um juiz, denominadas decisões 
monocráticas ou decisões de vários tribunais, chamadas de acórdão. Quando estas 
decisões são reiteradamente semelhantes, elas serão uniformizadas e denominadas 
de Súmulas, que significa um resumo de todas essas decisões, e os tribunais passam a 
adotá-las em seus julgamentos. Também é uma forma de auxiliar os juízes quando não 
localizam os códigos e leis formalmente constituídos (GAGLIANO; PAMPLONA, 2012) 
SAIBA MAIS!
Para buscar mais conhecimento sobre jurisprudências, acesse o link de consultas 
do Tribunal Regional Federal da 2ª Região: <http://www10.trf2.jus.br/consultas/
jurisprudencia/infojur/>.
 • Equidade: tem suas origens no filósofo Aristóteles, em sua obra “Ética a Nicômaco”. Como 
diz o próprio nome, remete à igualdade na aplicação de justiça, procurando auxiliar o Judi-
ciário a se adequar à norma, de forma justa ao caso concreto (ENCARNAÇÃO, 2010).
 • Costumes: dotado de historicidade, os costumes são formados com o passar do tempo 
e todo ordenamento recepciona-os, de modo a respeitar os comportamentos lícitos e 
não positivados de determinada sociedade, que busca preencher as lacunas da lei. 
4 Ramo do Direito Público
Antes de iniciarmos os estudos no ramo do Direito Público, lembre-se de que trataremos 
de dois grandes ramos do Direito, o Público e o Privado. O primeiro estará presente, por exemplo, 
nos ordenamentos do Direito Constitucional, Administrativo, Financeiro, Internacional Público e 
Processual. Então, compreenda que o Direito Público está vinculado às relações que envolvem o 
Estado, com o objetivo de executar atividades em favor da população (DI PIETRO, 2014). 
FIQUE ATENTO!
A divisão entre os dois ramos do Direito não é taxativa, uma vez que existe divergên-
cia entre os doutrinadores.
Figura 4 – Servidor público
Fonte: Monkey Business Images / Shutterstock.com
De acordo com o professor Paulo Nader (2014, p. 140), “as investigações que a doutrina 
moderna desenvolve sobre o Estado caminham em três direções”.São elas: no campo da Sociologia, 
evidenciando o Estado como um ente social; no político, com o Estado promovendo o bem-estar dos 
cidadãos, e finalmente no campo jurídico, verificando a estrutura “normativa” do Estado.
5 Ramo do Direito Privado
Vamos compreender agora do que trata o Direito Privado, o ramo que disciplina as relações 
legais entre os particulares. Assim, primeiramente, é importante destacar que o Direito Privado 
deve obedecer ao Código Civil, que estabelece direitos e obrigações dos cidadãos. 
Neste ramo, temos o Direito Empresarial e o Direito do Consumidor, que tratarão das ativi-
dades empresariais na produção ou na circulação de bens ou de serviços, no que concerne às 
relações empresariais, comerciais e de consumo, e o que houver dessas relações na legislação do 
Direito Público (BITTI, 2008).
No mundo globalizado, também é preciso destacar o Direito Internacional Privado, que tem 
como objetivo disciplinar as normas que ultrapassam as fronteiras nacionais. Observa-se que a 
Constituição Federal, em seu artigo 4°, inciso IX, estabelece a fonte do Direito Internacional Privado. 
SAIBA MAIS!
Leia o texto “Dicotomia Direito Privado x Direito Público” (LEMKE, 2011) para saber 
mais sobre os ramos do Direito. Está disponível em: <http://www.egov.ufsc.br/
portal/sites/default/files/anexos/22384-22386-1-PB.pdf>. 
Fechamento 
Nesta aula, você teve a oportunidade de: 
 • conhecer os ordenamentos jurídicos e as suas classificações;
 • diferenciar as fontes primárias e secundárias;
 • compreender a diferença entre Direito Público e Direito Privado. 
Referências
BITTI, Eduardo Silva. A sociedade em comum no Código Civil Brasileiro. f. 92, Dissertação (Mes-
trado), Direito Empresarial. Nova Lima: Faculdade de Direito Milton Campos, FDMC, 2008. Dispo-
nível em: <http://www.mcamos.br/u/201503/eduardosilvabittisociedadecomumcodigocivilbrasi-
leiro.pdf>. Acesso em: 16 ago 2017. 
BRASIL. Presidência da República, Casa Civil. Decreto-Lei n° 4.657, de 04/09/1942. Lei de introdução 
às normas do Direito Brasileiro. Redação dada pela Lei n° 12.376 de 2010. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del4657compilado.htm>. Acesso em: 6 ago 2017. 
_______. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: Texto constitu-
cional promulgado em 5 de outubro de 1988, com as alterações determinadas pelas Emendas 
Constitucionais de Revisão nos 1 a 6/94, pelas Emendas Constitucionais nos 1/92 a 91/2016 e 
pelo Decreto Legislativo no 186/2008. Disponível em: <http://www2.senado.leg.br/bdsf/item/
id/518231>. Acesso em: 04 ago. 2017.
DINIZ, Maria Helena. Fontes do Direito. Tomo Teoria Geral e Filosofia do Direito, 1. ed. Enciclo-
pédia Jurídica da PUCSP, junho, 2017. Disponível em: <https://enciclopediajuridica.pucsp.br/ver-
bete/157/edicao-1/fontes-do-direito>. Acesso em: 11 ago 2017.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 2014. 
ENCARNAÇÃO, João Bosco da. Que é isto, o Direito? Introdução à Filosofia Hermenêutica do 
Direito. 5. ed. Revisada, maio de 2010. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/down-
load/texto/ea000736.pdf>. Acesso em: 13 ago 2017.
GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA, Rodolfo Filho. Novo Curso de Direito Civil. Parte Geral 1. 14 ed. 
São Paulo: Saraiva, 2012. Disponível em: <http://www.fkb.br/biblioteca/Arquivos/Direito/Novo%20
Curso%20de%20Direito%20Civil%20-%20Pablo%20Stolze%20Gagliano.pdf>. Acesso em: 22 jul 2017.
LEMKE, Nardim Darcy. Dicotomia Direito Privado x Direito Público. Revista de E-gov, Florianópolis, 
p.1-31, 4 mar. 2011. Portal E-gov da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Disponível em: 
<http://www.egov.ufsc.br/portal/sites/default/files/anexos/22384-22386-1-PB.pdf>. Acesso em: 
06 ago. 2017.
NADER, Paulo. Introdução ao Estudo do Direito. 36. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2014.
REALE, Miguel. Lições preliminares de direito. 27.ed. São Paulo: Saraiva, 2002.
SARAIVA, Carmen Ferreira. Considerações sobre o Estudo do Direito. Parte integrante da edição 
166. Boletim Jurídico, 2006. Disponível em: <http://www.boletimjuridico.com.br/doutrina/texto.
asp?id=1079>. Acesso em: 22 jul. 2017.
 SILVA, De Plácido E. Vocabulário Jurídico. v. 2, 11. ed. Rio de Janeiro, Forense, 1989.
______. Vocabulário Jurídico. v. 4, 11. ed. Rio de Janeiro, Forense, 1989.
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