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aula 3 do advogado

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ADVOGADO, EOAB art. 1º a 7º
	QUEM É. O profissional, graduado em Direito, e inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil após aprovação no Exame da Ordem, que representa, por procuração, uma das partes no processo judicial. Sua competência exclusiva, seus direitos e suas prerrogativas vêm estabelecidos no Estatuto OAB e seus deveres vêm estatuídos no Código de Ética e Disciplina. 
	COMPETÊNCIAS EXCLUSIVAS. Postulação ao Judiciário (salvo juizados especiais de pequena causas em 1ª instância nas causas até 20 salários mínimos, justiça do trabalho, justiça de paz), consultoria, assessoria e direção jurídicas, assessoramento jurídico, redação dos atos, contratos e estatutos das pessoas jurídicas (exceção das microempresas), impetração de peças judiciais (exceção do habeas corpus).
REGA, art. 2º. O visto do advogado em atos constitutivos de pessoas jurídicas, indispensáveis ao registro e arquivamento nos órgãos competentes, deve resultar da efetiva constatação, pelo profissional que os examinar, de que os respectivos instrumentos preenchem as exigências legais pertinentes.
§ único. Estão impedidos de exercer o ato de advocacia referido neste artigo os advogados que prestem serviços a órgãos ou entidades da Administração Pública direta ou indireta, da unidade federativa a que se vincule a Junta Comercial, ou a quaisquer repartições administrativas competentes para o mencionado registro.
	ELEMENTOS. Indispensabilidade, essencialidade, dignidade, inviolabilidade, independência, eticidade, serviço público, função pública-social, justiça e igualdade.
A Constituição da República, em seu art. 133, após considerar o advogado como indispensável à administração da Justiça, proclamou sua inviolabilidade por atos e manifestações no exercício profissional, nos limites da lei. A cláusula limitativa – nos limites da lei – recepciona e incorpora o art. 142, I, do Código Penal, à nova ordem constitucional, e, de consequência, situa a inviolabilidade no campo da injúria e da difamação, não alcançando a calúnia. Recurso ordinário desprovido (STJ, RHC 9779/MG, DJU 07.05.2001, p. 00.160).
	MANDATO OU PROCURAÇÃO, EOAB, art. 5º. É o instrumento que capacita o advogado postular em juízo ou fora dele, representando o cliente ou a parte. Numa urgência, pode ser apresentado posteriormente. Na renúncia ao mandato o advogado deve ficar à disposição do cliente, se necessário, por dez dias (ou até, nesse prazo, a sua substituição).
Mandato. Renúncia. Advogada que renuncia ao mandato judicial está sujeita ao dever ético de notificar seu cliente do término do mandato outorgado, através de meios comprováveis, tais como o correio (AR) ou telegrama, ainda que fonado, com a prova de sua expedição (Proc.E-E-2.202/00, 17.8.2002).
	ATOS ADVOCATÍCIOS, E,OAB, art. 4º. Os atos advocatícios são privativos dos advogados. São nulos quando praticados por não-inscritos na OAB (sob pena do exercício ilegal da profissão). São nulos os atos praticados por bacharel em direito, não inscrito na OAB. Nesses casos há exercício ilegal da profissão. Também são nulos os atos advocatícios praticados por advogados impedidos, suspensos, licenciados ou incompatibilizados. Aqui, há exercício irregular da profissão.
	ESTAGIÁRIO, EOAB, art. 3º, § 2º + REGA, art. 29. Pode, desde que inscrito como estagiário na OAB, e supervisionado por advogado responsável, retirar e devolver autos assinando a carga, assinar petições de juntada de documentos, obter certidões de peças ou autos, comparecer em atos extrajudiciais (quando autorizado ou substabelecido).
Estagiário que pratica atos excedentes à sua habilitação afronta o Código de Ética Profissional. Aplicação do art. 34, XXIX c/c art. 35, I, da Lei 8.906/94 (Acórdão nº 004/95 - 27.10.95 Processo de 154/92OAB-SC).
Falsidade ideológica. Estagiário que falsifica assinatura de Advogado em petição dirigida a Juízo e por ele também subscrita. Infração ao Artigo 34, XXV, da Lei 8.906/94, caracterizada. Competência do Tribunal de Ética e Disciplina para julgar o respectivo processo disciplinar (Acórdão 027/98, 24.04.98 Processo 093/96 OAB-SC).
	DIREITOS DO ADVOGADO, EOAB, Art. 6º e 7º. Igualdade, liberdade, inviolabilidade (pessoal, escritório, documentos, comunicações, salvo busca e apreensão por mandado judicial), comunicação com clientes, prisão especial, livre ingresso, comunicar-se com magistrado, uso da palavra, sustentação oral, reclamação (contra desrespeito à lei, regulamento ou regimento), exame e vista de autos (exceção: processos sob sigilo de justiça), exame de inquérito policial e autos de prisão em flagrante, desagravo público, recusar a testemunhar (sob fato de sigilo profissional), imunidade profissional (exceção ao desacato).
O advogado possui imunidade profissional, não pode ser processado por eventual cometimento de injúria ou difamação (L. 8.906/94, art. 7º, § 2º), salvo se houver comprovação de que cometeu excessos no exercício da sua atividade. Evidenciado, de plano, que o advogado não agiu com ânimo de injuriar ou de difamar, tendo inclusive se retratado quanto ao fato descrito como calúnia, impõem-se o trancamento da ação penal privada, em razão da manifesta ausência de justa causa para o seu prosseguimento (HC 2008.015871-4).
	DEVERES. Respeitar a classe e a advocacia, cumprir os deveres no Código de Ética e Disciplina�, não testemunhar sobre fato que incida sob sigilo profissional�, Atuar com destemor, honestidade e independência, cuidar da própria reputação, estimular a conciliação, desaconselhar aventuras judiciais, não se valer de influências indevidas, não patrocinar causas ou interesses escusos ou duvidosos, ter coleguismo, não tratar diretamente com a parte adversa sem assentimento do patrono desta�.
	ÉTICA DO ADVOGADO, EOAB, art. 31 a 33; REGRAS DEONTOLÓGICAS FUNDAMENTAIS, CED, arts. 1º a 7º. Os arts. 31 a 33 introduzem os deveres éticos do advogado, a serem estabelecidos no Código de Ética e Disciplina. O art. 31 dispõe dever o advogado agir de modo a merecer o respeito devido à advocacia e manter a sua independência, sem se deter na sua missão. O art. 32 determina a responsabilidade do advogado pelos seus atos, dolosos ou culposos. O art. 33 funda a obrigatoriedade do CED, bem como estatui o seu conteúdo. A moral advocatícia, estabelecida nesses artigos do EOAB, será complementada pelas regras deontológicas fundamentais do CED, que estipulam, além dos deveres do advogado (art. 2º), o fim que deve ter em vista na sua atividade (art. 3º), a proibição da mercantilização da advocacia e da captação de clientes (arts. 5º e 7º), bem como fundamentação normativa e principiológica do exercício profissional. (art.1º).
Advogado que atua na conciliação das partes, ainda que de forma indireta, sem a participação ou conhecimento do advogado constituído e conhecido da parte adversa, pratica atitude reprovável sob ponto de vista ético (OAB-SC).
Comete infração disciplinar o advogado que pratica conduta que se reflete prejudicialmente na reputação e na dignidade pessoal e da advocacia (OAB-SC).
��
	� EOAB, arts. 31 e 33.
��
	� EOAB, art. 7º, XIX.
��
	� CED, art. 2º, § único.

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